GRUPOS DE PRESSÃO

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GRUPOS DE PRESSÃO
OPINIÃO PÚBLICA
Definição 
“Os grupos de pressão, segundo J. H. Kaiser, são organizações da esfera intermediária entre o indivíduo e o Estado, nas quais um interesse se incorporou e se tornou politicamente relevante. Ou são grupos que procuram fazer com que as decisões dos poderes públicos sejam conformes com os interesses e as idéias de uma determinada categoria social.
Características 
O Grupo de Pressão é, uma organização temporária, o subgrupo do grupo de interesses em dados momentos, que visa a obter, por intermédio da pressão seus objetivos, tenta influenciar uma decisão, no caso do parlamento, aprovando ou rejeitando um projeto.
Existem para influenciar o poder, tentar modificá-lo e adaptá-lo segundo as necessidades e vontades do interessado. Seguindo essa linha de raciocínio, chegasse à Teoria das Elites, presente nos parlamentos. Dentro, tanto da Câmara como no Senado, existem aqueles parlamentares que tem influência sobre vários outros, são os membros da elite decisória. 
Partidos políticos e grupos de pressão
Semelhanças :
1. intermediários entre o estado e o cidadão;
2. buscam a realização dos anseios do seu grupo junto ao poder;
3. são instrumentos representativos
Diferenças :
 a) o partido procura conquistar o poder e seus objetivos políticos são permanentes ao passo que o grupo de pressão, atua apenas transitoriamente sobre o poder com uma interferência política que se exaure na adoção da lei ou da medida do poder público pleiteada, para atendimento de um interesse ou pretensão; ali tomada do poder, aqui, mera influência sobre o poder; 
b) no partido a perspectiva política é global, implica uma concepção total, no grupo essa perspectiva ou função é unicamente parcial; 
c) o partido, de preferência, estaria voltado para o interesse geral, os grupos para os interesses particulares de seus membros nem sempre coincidentes com aquele; 
d) o partido pela sua natureza mesma se apresenta apto a generalizar os particularismos e os grupos pela sua índole tendem a impor um interesse particular ou a potencializar a unilateralidade de uma representação de interesses .”
Os partidos representam o povo, os cidadãos no Estado, eles são as formas de organização frente ao Estado, ao passo que os grupos, são a forma de organização no campo social, eles representam os interesses diferenciados frente a sociedade. Os partidos possuem uma responsabilidade definida e exposta, os grupos possuem propósitos nem sempre claros.
Modalidades 
Segundo os interesses:
A. Os que buscam vantagens materiais: as organizações patronais e obreiras, as entidades rurais, bem como as associações profissionais das chamadas classes liberais (associações médicas, ordem dos advogados, etc.)
B. Aquelas que buscam fins menos egoísticos e mais altruístas, de âmbito moral ou de cunho ideológico: associações filantrópicas aparentemente desinteressadas
Outras classificações:
 Grupos nacionais públicos e privados, e os estrangeiros. Dentro da concepção clássica, todos os grupos de pressão são privados. 
 Quando setores da administração pública agem como grupo de pressão, a doutrina qualifica-os de grupos públicos, abrangendo duas categorias: os pertinentes aos serviços público e os alusivos aos interesses do corpo de funcionários. 
 Os grupos de pressão estrangeiros buscam interferir, de maneira simbólica, através de manifestações e protesto, na vida política de certos Estados, principalmente contra os atos de ingerência nos assuntos que envolvam a soberania dos Estados e a violação dos direitos humanos.
No Congresso Nacional Brasileiro atuam vários grupos de pressão
1) Internos ao Governo e internos ao Parlamento, 
2) Internos ao Governo e externos ao Parlamento: é formado pelo lobby dos Ministérios e outros órgãos ligados ao Governo
3) Externos ao Governo: os lobbies de empresas privadas ou de organismos internacionais que tentam influenciar o poder Legislativo a aprovar projetos que os beneficiem ou a rejeitar aqueles que possam vir a lhes prejudicar.
1) Internos ao Governo e internos ao Parlamento:
1.1) a Bancada Feminina, 
1.2) a Frente Parlamentar da Pequena e Micro Empresa, 
1.3) a Bancada da Amazônia Legal, 
1.4) a Frente Parlamentar de Habitação e Desenvolvimento Urbano, 
1.5) a Bancada da Agricultura Familiar,
 1.6) a Bancada Sindical, 
1.7) a Bancada Evangélica, 
1.8) a Bancada dos Empresários, 
1.9) a Bancada da Saúde, 
1.10) A Bancada Ruralista
Técnicas de ação
 As organizações exclusivas ou lobistas, que atuam, no domínio político, interferindo sobre determinado projeto de lei ou medida governamental juntos aos poderes públicos, especialmente o parlamento. 
 São altamente burocratizados, utilizando-se de todas as técnicas de relações públicas para atrair a simpatia da opinião pública. Freqüentemente, dispõem de somas econômicas consideráveis, obtidas por meio de contribuições voluntárias ou cotas obrigatórias para seus membros.
O grupo mobiliza rádio, imprensa, televisão, exterioriza a propaganda de seus objetivos pela publicidade remunerada, ou através da simpatia dos que dominam os meios de comunicação, produzindo assim, o clima de apoio para efeitos favoráveis a seus interesses.
Suborno e intimidação;
Financiamento de campanhas eleitorais
Aspecto negativo
Eles sacrificam o interesse geral, o bem comum, patrocinando privilégios, empregando a intimação, o suborno e a corrupção em todas as possíveis variantes. Eles não fazem triunfar a razão e o bom senso, porém os interesses dos mais forte, apoiados no poder do dinheiro, da organização e eventualmente do número.
Aspectos positivos
Os grupos são canais necessários de comunicação a uma sociedade complexa que gradualmente estreita as possibilidades de participação efetiva do povo no processo decisório.
São úteis à coletividade dando vazão a sentimento e aspirações que ficam a parte das decisões políticas.
Institucionalização 
Os Estados Unidos introduziu em suas leis a nova matéria, disciplinando pela primeira vez a atividade dos grupos de pressão.
Reconheceu legítimo o trabalho dos grupos de interesse e do mesmo passo trouxe uma série de disposições restritivas.