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DIREITO DE FAMÍLIA
27-02-15
Princípio da Afetividade: afetar positivamente a criança, o marido ou a esposa. Alguns doutrinadores fazem uma crítica a esse princípio, dizendo que há, atualmente, um panprincipiologismo (exagero de princípios), fazem essa crítica porque não há um artigo específico na CF para esse princípio. O panprinciologismo é minoritário. 
É essencial pensarmos no Direito de Família como um conjunto de fatores, quais sejam: biológico, psicológico, jurídico, econômico e religioso. 
	CÓDIGO CIVIL/16
	CÓDIGO CIVIL/02
	CF/88
	Matrimonializado
	Pluralizado
	Idem
	Patriarcal
	Democrático
	Idem
	Hierarquizado
	Igualitário
	Idem
	Biológico
	Socioafetivo
	Idem
	Unidade de produção e reprodução
	Unidade socioafetiva
	Idem
	
	
	
ESPÉCIES DE FAMÍLIA
Matrimonial (art.226, parágrafos 1º e 2º CF)
Possui natureza contratual, oriunda do casamento. 
Monoparental (art.226, parágrafo 4º CF)
A mãe ou o pai solteiro tem a proteção jurídica no estatuto da família. 
União Estável (art.226, parágrafo 3º, CF)
Não possui a mesma relação do matrimônio.
Homoafetiva (Interpretação STF e STJ)
Recurso Especial 395904 – RS STJ (2005)
Lei 11.340/2006 – Lei Maria da Penha, arts. 2º e 5º. 
STF (2011) ADI 4277/DF + arguição de descumprimento de preceito de132/RJ
STJ: 2011 Recurso Especial 1183378185
CNJ – Resolução 175 de 14/05/2013
Substituta (art. 19 c/c 28 e 165 do ECA)
Ocorre quando a criança não tem família natural ou extensa e é colocada em uma família. Seria uma humanização do abrigo. Alguns doutrinadores entendem que a família substituta seria o mesmo que a extensa, porém outros doutrinadores fazem essa distinção. 
Extensa ou Ampliada (art. 25 ECA)
Qualquer pessoa que esteja ao redor da criança.
Importante * - Novos desafios
Anaparental: é a convivência de parentes ou não parentes em um mesmo ambiente com propósito.Exs.: duas irmãs, duas amigas que convivem em ambiente familiar que desejam formar uma família, sem necessidade de sexo. Porque estamos falando de uma capacidade afetiva e não de procriação. 
Recurso especial – 1.217.415/RS (2012): princípio da honrizontalidade, permitiu o STF reconhecer a família anaparental
Eudemonista: busca da felicidade
Paralela ou Simultânea: matrimônio mais uma possível “união estável”. R.E. 669465/RS (2012)
Súmula 380 STF – NÃO SE APLICA
Agravo Reg. R.E 1235648/RS (2014)
Apelação cível 19048/2013 TJ/MA: união estável post mortem + casamento primeira esposa
03/03/2015
Poliafetiva: várias relações ao mesmo tempo, todos vivendo juntos ou não, sendo que todos reconhecem essas relações. 
Pluriparental
É um matrimônio ou uma união estável em que as pessoas tem várias relações derivadas. 
Lei 11.924/2009 – Lei Clodovil – dá a possibilidade da pessoa acrescentar o sobrenome do padrasto ou madrasta.
. Doutrina majoritária: art. 1579 CC (novas relações não modificam o poder familiar do pai ou da mãe que está fora dessa relação) – monoparental. Não pode existir a família pluriparental.
. Doutrina minoritária: é possível. Mesmo que o art. 1579 entenda que rompe o casamento, surgem novas questões de alimentos, sucessões, etc, devendo o “novo” pai ou a mãe assumir responsabilidades por aquela criança. 
AULA 06/03/2015
Correção caso concreto 1
Questão discursiva
Errado, tendo em vista o princípio da igualdade, que tornaria essa resolução inconstitucional ao vetar somente a mulher, livre planejamento familiar e o da dignidade da pessoa humana. 
Importante anotar que a questão da adoção por idade, se ela tivesse interesse em realmente adotar uma criança ela poderia ingressar no judiciário para colocar no rol das pessoas interessadas em adoção, tendo em vista o princípio da dignidade da pessoa humana, da afetividade e que não existe vedação referente a idade máxima que podemos adotar. Além disso, a medicina evoluiu muito nesse assunto.
Questão Objetiva
Letra A. Resolução 175 do CNJ. 
Letra D. Art. 1º, III, CF.
NATUREZA JURÍDICA
Art. 226 da CF: princípio da responsabilidade solidária
Art. 82 do CPC: atuação do MP em determinados assuntos
Direito público (art.226, CF e 82 do CPC): corrente minoritária
Direito privado: corrente majoritária.
Entretanto, é importante lembrar que no momento que entra criança na história, reconfigura-se tudo, isto é, o Estado pode sim intervir. 
CONCEITO DIREITO DE FAMÍLIA
Regula as relações entre seus membros e as consequências que dela resultam para as pessoas e bens. (Carlos Roberto Gonçalves)
FONTES DO DIREITO DE FAMÍLIA
Fontes históricas: direito romano, direito canônico (que impedia as separações) e o direito português
Fontes formais: CC/1916, CC/2002, CF/1988 e legislação ordinária
PARENTESCO
Cônjuges e companheiros não são parentes.
Na petição inicial é importante mencionar para as pessoas que vivem juntos, que embora solteiros, estão em união estável.
Art. 1829 do CC, 1521 CC, 1696 do CC, 405 do CPC, 61, II, CP.
Linha Reta: infinita enquanto tiver reprodução, não extingue nada.
Linha Colateral: possui limites. Art. 1592 CC.
Natureza do parentesco (arts. 1593, 1595):
Natural: ligação por sangue
Civil ou Socioafetiva: geralmente para adoção. Art. 227, p. 6º, CC.
Afinidade: até 2º grau, cunhado, sogro, etc. Art. 1521, II, CC
10/03/2015
CASAMENTO
Conceito: “O casamento é uma das diversas e variadas formas de convivência afetiva, através da união de duas 2 pessoas, realizando uma integração fisiopsiquica.” (Caio Mario)
“O casamento é uma relação complexa, assumindo o par direitos e deveres recíprocos, que acarretam sequelas não só no âmbito pessoal. Casamento é uma relação ética.” (Maria Berenice e Pontes de Miranda)
Natureza jurídica:
Contratualista (Silvio Rodrigues): É uma concepção do direito canônico. O casamento é uma relação contratual.
Contrato especial (Caio Mario): não se subordina as regras contratuais gerais, mas sim nas regras do direito de família.
Institucionalista (Maria Helena Diniz): considera o casamento uma instituição social uma vez que se define num estatuto imperativo pré organizado ao qual os nubentes aderem. 
Mista: considera o casamento um ato complexo, portanto seria contrato sui generis na formação (casamento fonte) e instituição no conteúdo e na formação (casamento Estado). Corrente majoritária. 
Características
Art.1542: ato pessoal, garante a liberdade de escolha, podendo ser realizado através de procuração especial.
Art. 1542: ato solene, formalíssimo.
Art.1511 do CC: comunhão plena de vida com igualdade de direitos e deveres. 
Art. 1566, I do CC: monogamia (fidelidade recíproca), mútuo assistência.
Diversidade de sexo. Não existe mais essa obrigatoriedade por decisão do STF e do STJ.
Obs.: a jurisprudência tem entendido que o rompimento do noivado é considerado ato ilícito. Tendo alguns requisitos:
A promessa tenha sido séria e feita livremente pelos noivos que devem ser capazes.
Existência de uma recusa de cumprir a promessa que deve ser inequívoca. 
Ausência de justo motivo.
O efetivo dano material ou moral (psiquico)
Inexistência de impedimento para o casamento
CASAMENTO CIVIL E RELIOSO
Art.1516 c/c 1512
Casamento religioso equiparado ao civil
Existem dois caminhos:
Habilitação Prévia : o casal se apresenta no cartório e após apresenta para o ministro religioso, que deve realizar o casamento religioso em até 90 dias.
Habilitação Posterior: a cerimônia religiosa é realizada antes da habilitação. Efeitos ex tunc (retroage para a data do casamento religioso).
Se uma pessoa casa no religioso, não levando a habilitação no civil e dois dias depois casa no civil. Qual que vale?
Apenas no civil, por causa da habilitação. 
OBS.: AS QUESTOES DISCURSIVAS SERÃO TODAS SOBRE OS TIPOS DE FAMÍLIA
Aula 17/03/2015
Habilitação - registro civil do domicílio
Requisitos (pressuposto de existência)
1 – Diversidade dos sexos* (o stf e o stj entenderam, depois de 2007, que isso não é mais necessário), o que vem na CF não é taxativa e sim exemplificativo.2 – Consentimento (livre, desimpedido, informado)
3 – Celebração por autoridade competente
Obs.: teoria da aparência 
Faltou algum requisito? = casamento inexistente. 
OBS.: o casamento de transexual ainda gera problemas. Se a mudança de sexo for anterior ao casamento, e o transexual informa, poderia se casar com a outra pessoa. Agora, se o transexual não informa para a outra pessoa do seu sexo anterior, o casamento pode vir a ser anulável por existir um direito fundamental da dignidade que não foi respeitado e ainda por haver um vício de consentimento no ato da habilitação. Não houve uma relação de confiança, nem tampouco de lealdade (minha tese – cada um pode ter sua teoria)
Vide art. 1518
Art.1520
11.106/05 e 12015/09
Uma parte da doutrina entende que essa lei de 2005 não seria recepcionada pela CF.
Na lei de 09 trouxe a impossibilidade total do casamento. Art. 217-a do CP – estupro de vulnerável. Antes tratava-se de ação penal privada, hoje é pública incondicionada. Assim, aparentemente o art. 1520 CCé inconstitucional, pq o abusador vai preso independente da vontade da vítima ou há outro raciocínio jurídico, que entendem pela superioridade do direito civil, pois os requisitos tirariam a justa causa do processo penal (ver matéria online).
Aula 20/03/2015
Plano de existência: plano de ser
Plano de validade: pressupostos da lei para realização do ato
- condição física (idade núbil, potencia, sanidade)
- condição intelectual (erro substancial quanto pessoa, coação moral)
- moral e social (grau de parentesco, casamento anterior, etc)
Plano de eficácia: possibilidade do casamento produzir os efeitos que dele se espera.
Oposição: art.1529 e 1530 do CC
Ato praticado por pessoa legitimada que antes da realização do casamento leva ao conhecimento do oficial perante quem se processa a habilitação ou do juiz que celebra a solenidade, a existência de impedimentos ou causas suspensivas acerca das pessoas que pretendem convolar núpcias. 
Obs. Todas as oposições são escritas
Impedimento matrimonial: qualquer pessoa maior e capaz pode pedir a nulidade.
As causas suspensivas podem ser opostas pelos parentes em linhas retas, colaterais em 2º grau, os afins e pelo ex cônjuge. 
O impedimento pode ser realizado até a celebração do casamento. 
As causas suspensivas só podem ser após a publicação dos proclamas, até 15 dias após a publicação dos proclamas. 
O oponente não pode ser anônima e deve ser escrita.
Vide art. 1530, parágrafo único do CC.
O impedimento matrimonial (casamento nulo): art. 1521 do CC = rol taxativo. Razões: impedir o incesto, evitar problemas congênitos. 
Causas de anulabilidade: art. 1550 do CC.
Causas suspensivas: 1523 do CC.
As causas suspensivas não impedem o casamento. Apenas determina os regimes de bens. 
Impedimento por afinidade: em linha reta até o infinito. Nora, sogro, etc. Razão meramente moral. 
Art. 1595, p. 2º do CC. Pode se casar com ex cunhado (a). 
Decreto Lei 3.200/1941
Uma corrente entende que o decreto não foi recepcionada, porque o CC menciona que não pode casar tio e sobrinha. 
Outra parte da doutrina entende que este decreto ainda está em vigor, portanto, ignoramos o art. Que veda casamento de tio sobrinha no CC.
Pelo enunciado 98 da Jornada de Direito Civil majoritariamente entende que o Decreto está valendo.
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Inciso VII
A doutrina majoritária entende que o crime precisa ser DOLOSO e deve ocorrer o TRÂNSITO EM JULGADO, isto por causa da presunção da inocência. 
Até o trânsito em julgado, a princípio, o casamento é válido, não nulo. 
Os impedimentos matrimoniais aqui transcritos geram a nulidade absoluta do casamento.