Buscar

DESENHO TÉCNICO 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 51 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Universidade de Mogi das Cruzes 
 
 
 
 
 
 
Leitura e Interpretação de Desenho Técnico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professores: Luciano Medina de Oliveira 
 
 Claudia C. Castilho 
 2 
Sumário 
 
Introdução........................................................................................................................03 
Geometria Descritiva do Desenho Técnico......................................................................07 
Desenho Técnico e Indústria...........................................................................................08 
Formato do Papel............................................................................................................10 
Legenda...........................................................................................................................11 
Caligrafia Técnica............................................................................................................12 
Linhas Convencionais......................................................................................................13 
Escalas............................................................................................................................14 
Disposição do Desenho na Folha....................................................................................16 
Perspectiva......................................................................................................................19 
Perspectiva Isométrica.....................................................................................................21 
Projeção Ortogonal..........................................................................................................25 
Cotagem..........................................................................................................................29 
Cortes..............................................................................................................................38 
Hachuras.........................................................................................................................39 
Corte Total.......................................................................................................................41 
Meio Corte.......................................................................................................................43 
Corte com Desvio............................................................................................................45 
Secções...........................................................................................................................47 
Rupturas..........................................................................................................................51 
Exercícios........................................................................................................................52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
Leitura e Interpretação de Desenho Técnico 
 
 
 
 
Introdução 
 
Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar seus pensamen-
tos para o papel na forma de palavras escritas. Quem lê a mensaem fica conhecendo os 
pensamentos de quem a escreveu. Quando alguém desenha, acontece o mesmo: passa 
seus pensamentos para o papel na forma de desenho. A escrita, a fala e o desenho repre-
sentam idéias e pensamentos. A representação que vai interessar neste curso é o dese-
nho. 
 
Desde épocas muito antigas, o desenho é uma forma importante de comunicação. E es-
sa representação gráfica trouxe grandes contribuições para a compreensão da História, 
porque, por meio dos desenhos feitos pelos povos antigos, podemos conhecer as técni-
cas utilizadas por eles, seus hábitos e até suas idéias. 
 
 
 
 
As atuais técnicas de re-
presentação foram criadas 
com o passar do tempo, à 
medida que o homem foi 
desenvolvendo seu modo 
de vida, sua cultura. Veja 
algumas formas de repre-
sentação da figura huma-
na, criadas em diferentes 
épocas históricas. 
 
 
Desenho das cavernas de Skavberg (Noruega) 
do período mesolítico (6000 - 4500 a.C.). 
Representação esquemática da figura humana. 
 
 4 
 
 
Representação egípcia do túmulo do escriba 
Nakht, século XIV a.C. Representação plana 
que destaca o contorno da figura humana. 
 
Nu, desenhado por Miguel Ângelo Buonar-
roti (1475-1564). Aqui, a representação do 
corpo humano transmite a idéia de volume. 
 
Esses exemplos de representação gráfica são considerados desenhos artísticos. Em-
bora não seja artístico, o desenho técnico também é uma forma de representação gráfi-
ca, usada, entre outras finalidades, para ilustrar instrumentos de trabalho, como máqui-
nas, peças e ferramentas. E esse tipo de desenho também sofreu modificações, com o 
passar do tempo. 
 
 
Quais as diferenças entre 
o desenho técnico e o desenho artístico? 
 
O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizado por profissionais de uma 
mesma área, como, por exemplo, na mecânica, na marcenaria, na eletricidade. Maiores 
detalhes sobre o desenho técnico você aprenderá no decorrer deste curso. Por enquan-
to, é importante que você saiba as diferenças que existem entre o desenho técnico e o 
desenho artístico. Para isso, é necessário conhecer bem as características de cada um. 
Observe os desenhos abaixo: 
 
 
 Cabeça de Criança, Paloma, de Pablo Picasso 
 de Rosalba Carreira (1675-1757). (1881-1973). 
Estes são exemplos de desenhos artísticos. Os artistas transmitiram suas idéias e seus 
sentimentos de maneira pessoal. Um artista não tem o compromisso de retratar fielmente a 
realidade. O desenho artístico reflete o gosto e a sensibilidade do artista que o criou. 
 5 
 
Já o desenho técnico, ao contrário do artístico, deve transmitir com exatidão todas as 
características do objeto que representa. Para conseguir isso, o desenhista deve seguir 
regras estabelecidas previamente, chamadas de normas técnicas. Assim, todos os 
elementos do desenho técnico obedecem a normas técnicas, ou seja, são normaliza-
dos. Cada área ocupacional tem seu próprio desenho técnico, de acordo com normas 
específicas. Observe alguns exemplos. 
 
 
 
 
Desenho técnico de arquitetura Desenho técnico de marcenaria 
 
Desenho técnico mecânico 
 
Nesses desenhos, as representações foram feitas por meio de traços, símbolos, núme-
ros e indicações escritas, de acordo com normas técnicas. 
 
No Brasil, a entidade responsável pelas normas técnicas é a ABNT - Associação Brasilei-
ra de Normas Técnicas. Neste curso você vai conhecer a aplicação das principais nor-
mas técnicas referentes ao desenho técnico mecânico, de acordo com a ABNT. 
 
 
Como é elaborado um desenho técnico 
 
 6 
Às vezes, a elaboração do desenho técnico mecânico envolve o trabalho de vários pro-
fissionais. O profissional que planeja a peça é o engenheiro ou o projetista. Primeiro ele 
imagina como a peça deve ser. Depois representa suas idéias por meio de um esboço, 
isto é, um desenho técnico à mão livre. O esboço serve de base para a elaboração do 
desenho preliminar. O desenho preliminar corresponde a uma etapa intermediária do 
processo de elaboração do projeto, que ainda pode sofrer alterações. 
 
Depois de aprovado, o desenho que corresponde à solução final do projeto será execu-
tado pelo desenhista técnico. O desenho técnico definitivo, também chamado de dese-
nho para execução, contém todos os elementos necessários à sua compreensão. 
 
O desenho para execução,que tanto pode ser feito na prancheta como no computador, 
deve atender rigorosamente a todas as normas técnicas que dispõem sobre o assunto. 
O desenho técnico mecânico chega pronto às mãos do profissional que vai executar a 
peça. Esse profissional deve ler e interpretar o desenho técnico para que possa execu-
tar a peça. Quando o profissional consegue ler e interpretar corretamente o desenho téc-
nico, ele é capaz de imaginar exatamente como será a peça, antes mesmo de executá-
la. Para tanto, é necessário conhecer as normas técnicas em que o desenho se baseia e 
os princípios de representação da geometria descritiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geometria descritiva: a base do desenho técnico 
 
 7 
O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi desenvolvido graças ao mate-
mático francês Gaspar Monge (1746-1818). Os métodos de representação gráfica que 
existiam até aquela época não possibilitavam transmitir a idéia dos objetos de forma 
completa, correta e precisa. 
 
Monge criou um método que permite representar, com precisão, os objetos que têm três 
dimensões (comprimento, largura e altura) em superfícies planas, como, por exemplo, 
uma folha de papel, que tem apenas duas dimensões (comprimento e largura). 
 
Esse método, que passou a ser conhecido como método mongeano, é usado na geo-
metria descritiva. E os princípios da geometria descritiva constituem a base do desenho 
técnico. Veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho Técnico e Indústria: 
 
 
Representação de um objeto de acordo com os princípios da geometria descritiva. 
 8 
Na indústria, para a execução de uma determinada peça, as informações podem ser apresentadas 
de diversas maneiras: 
• A palavra 
- dificilmente transmite a idéia da forma de uma peça. 
• A peça 
- nem sempre pode servir de modelo. 
• A fotografia 
- não esclarece os detalhes internos da peça. 
• O desenho 
- transmite todas as idéias de forma e dimensões de uma peça, e ainda fornece uma série 
de informações, como: 
- material de que é feita a peça 
- acabamento das superfícies 
- a tolerâncias de suas medidas, etc. 
 
O desenho mecânico, como linguagem técnica, tem necessidade fundamental do estabelecimento 
de regras e normas. É evidente que o desenho mecânico de uma determinada peça possibilita a 
todos que intervenham na sua construção, mesmo que em tempos e lugares diferentes, interpretar 
e produzir peças tecnicamente iguais. 
Isso, naturalmente, só é possível quando se têm estabelecidas, de forma fixa e imutável, todas as 
regras necessárias para que o desenho seja uma linguagem técnica própria e autêntica, e que 
possa cumprir a função de transmitir ao executor da peça as idéias do desenhista. 
 
Por essa razão, é fundamental e necessário que o desenhista conheça com segurança todas as 
normas do desenho técnico mecânico. 
 
Como em outros países, existe no brasil uma associação (ABNT) que estabelece, fundamenta e 
recomenda as normas do Desenho Técnico Mecânico, as quais serão expostas gradativamente no 
desenvolvimento deste curso, como também as normas DIN. 
 
Normas ABNT 
Editadas e distribuídas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. 
 
Normas ISO 
Editadas e distribuídas pela ISO - International Organization for Standardization. 
Representante no Brasil: ABNT - que também representa o Brasil na ISO e possui coleção com-
pleta das normas ISO. 
Normas DIN 
DIN - Deutsche Normen (antigamente Deutsche Industrie - Normen). 
Editada pelo DIN - Deutsche Institut fur Normung - Instituto Alemão para Normalização. 
Representante no Brasil: ABNT - que possui na sua sede no Rio de Janeiro e na Delegacia de 
São Paulo coleções completas e em dia de todas as normas DIN. 
 9 
Observação 
Nesta apostila, os códigos de normas citados em certos itens indicam que a informação 
está de acordo com a referida norma, mas não trazem necessariamente o seu conteúdo 
completo. 
 
 
 
 
Tipos de desenhos 
 
 
Desenho de conjunto 
 
 
 
 
 
 
Desenho de detalhes 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
Formatos de papel - NRB - 5984/1980 (DIN 476) 
 
O formato básico do papel, designado por A0 (A zero), é o retângulo cujos lados medem 
841mm e 1 189mm, tendo a área de 1m2. Do formato básico, derivam os demais forma-
tos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
Legenda 
 
A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3, A2, A1 e A0, ou ao longo 
da largura da folha de desenho no formato A4. 
 
 
 
A legenda consiste de: 
1. título do desenho 
2. número 
3. escala 
4. firma 
5. data e nome 
6. descrição dos componentes: 
- quantidade 
- denominação 
- peça 
- material, normas, dimensões 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
Caligrafia técnica NRB - 5984/1980 (DIN 16) 
 
 
Um dos mais importantes requisitos dos desenhos mecânicos é a caligrafia simples, per-
feitamente legível e facilmente desenhável. 
 
Adotamos a caligrafia técnica, cujas letras e algarismos são inclinados para a direita, 
formando um ângulo de 75 graus com a linha horizontal. 
 
 
Alfabeto de letras maiúsculas 
 
 
 
 
Alfabeto de letras minúsculas 
 
 
 
 
Exemplo de algarismos 
 
 
 
 
Proporções 
 
 
 
 
Linhas convencionais NRB 8403/1984 (ISO 128/1982) 
 13 
 
N.º Tipo, espessura e emprego Exemplo 
1 
 
Contínua - larga 
 
Arestas e contornos visíveis 
 
2 
 
Tracejada - larga 
 
Arestas e contornos não-visíveis 
 
3 
 
Traço ponto - estreita 
 
Linhas de centro e eixos de simetria 
Perfis e contornos auxiliares 
Posições extremas de peças móveis 
 
4 
 
Contínua - estreita 
Linhas de: cota, extensão, chamada, hachuras 
e secções sobrepostas, diâmetros internos de 
roscas externas e diâmetros externos de ros-
cas internas 
 
5 
 
Traço e ponto - estreita - larga nas extremi-
dades e na mudança de direção. 
 
Cortes e secções 
 
6 
 
Contínua - estreita - em ziguezague 
 
Rupturas longas 
 
7 
 
Contínua - estreita - a mão livre 
 
Rupturas curtas 
 
 
 
Larguras das linhas 
 14 
 
Desenhos a tinta, desde que executados com canetas técnicas e instrumentos normali-
zados, devem ter a largura das linhas escolhidas de acordo com o seguinte escalona-
mento: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40; e 2,00mm. 
 
A relação entre as larguras de linhas larga e estreita não deve ser inferior a 2. 
 
Baseando-se nas especificações acima, podemos estabelecer para os desenho as lápis 
que a linha larga seja no mínimo o dobro da estreita. 
 
 
 
 
Escalas - NRB 8196/1983 (DIN 823) 
 
Escala é a proporção definida existente entre as dimensões de uma peça e as do seu 
respectivo desenho. 
 
O desenho de um elemento de máquina pode estar em: 
 
• Escala natural 1 : 1 
• Escala de redução 1 : 5 
• Escala de ampliação 2 : 1 
 
 
 
Na representação através de desenho executados em escala natural (1 : 1), as dimen-
sões da peça correspondem em igual valor às apresentadas no desenho. 
 
 
 
Na representação através de desenhos executados em escala de redução, as dimensões 
do desenho se reduzem numa proporção definida em relação às dimensões reais das 
peças. 
 15 
 
 
 
Na escala 1:2, significa que 1mm no desenho corresponde a 2mm na peça real. 
 
 
 
Na representação através de desenhos executados em escala de ampliação, as dimen-
sões do desenho aumentam numa proporção definida em relação às dimensões reais 
das peças. 
 
 
 
Na escala 5:1, significa dizer que5mm no desenho correspondem a 1mm na peça real. 
 
 
 
 
 
Disposição do desenho nas folhas 
 
 16 
Nos exemplos a seguir, representamos a disposição mais conveniente do desenho da 
peça na folha. 
 
Para a representação da peça escolhemos a escala 1:1 e o formato A4 (210x297mm). 
 
Em uma folha de desenho com margem, ainda resta uma área livre para desenho de 
287mm de altura por 180mm de largura. 
 
 
 
Na largura colocam-se: 
largura da elevação = 60mm 
largura da lateral = 40mm 
e uma distância entre as vistas de 30mm. 
 17 
Portanto, deve-se deixar na esquerda 25mm e na direita 25mm. 
 
 
 
Na altura colocam-se: 
altura da elevação = 105mm 
espessura da lateral = 40mm 
e uma distância entre as vistas de 30mm. 
 
Sobram, portanto, na parte superior 30mm e, na inferior, 30mm. 
 
 
 
 
 18 
Tomando esses cuidados, teremos o desenho bem distribuído e centralizado na folha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 19 
Perspectivas 
 
O desenho, em perspectiva, mostra a peça como ela aparece aos olhos do observador e 
dá uma idéia clara de sua forma. 
Em desenho mecânico, a perspectiva, por ser um desenho ilustrativo, ajuda a interpreta-
ção de peças, embora em muitos casos, não mostre todos os detalhes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São três os tipos de perspectiva: 
• Perspectiva cavaleira 
• Perspectiva dimétrica DIN-5 
• Perspectiva isométrica DIN-5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
Perspectiva cavaleira (Não normalizada) 
• Ângulo α = 45º 
• Altura = escala 1:1 
• Comprimento = escala 1:1 
• Largura = escala 0,5: 
 
 
 
 
 
 
 
Perspectiva dimétrica DIN-5 
• Ângulo α = 42º β = 7º 
• Altura = escala 1:1 
• Comprimento = escala 1:1 
• Largura =escala 0,5:1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 21 
Perspectiva isométrica DIN-5 
 
• Ângulo α = 30º β = 30º 
• Altura = escala 1:1 
• Largura = escala 1:1 
• Espessura = escala 1:1 
Geralmente é a mais usada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
A representação da Perspectiva Isométrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Regras: 
1. Fixação do ponto A 
2. Linhas nos três sentidos 
3. Medidas do corpo 
4. Corpo básico com paralelas 
5. Medidas do rebaixo 
6. Rebaixo com paralelas 
 23 
Perspectiva com linha não-isométrica 
 
As linhas não-paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não-isométricas. Es-
sas linhas, quando em perspectiva, não se apresentam com suas verdadeiras grandezas 
e devem ser traçadas através de linhas isométricas auxiliares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
Perspectiva de elementos cilíndricos 
 
 
A seguir são apresentadas as fases do traçado a mão livre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 25 
Projeção Ortogonal 
 
 
 
 
Projeção DIN-6 em seis vistas 
 
O desenho de uma peça deve apresentar uma quantidade suficiente de vistas para que 
sua compreensão seja perfeita. Uma peça, por mais complicada que seja, é representa-
da em desenho por suas vistas, que são as “imagens” obtidas através de projeções feitas 
em posições determinadas. 
 
 
 
Projeções 
 Rebatimento 
 
No desenho técnico, as vistas correspondem às projeções rebatidas para um plano, que 
é a superfície da folha de papel do nosso desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
 
 
As vistas de um desenho técnico podem ser obtidas através do rebatimento prático, co-
mo vemos abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 27 
 
 
Projeção em três vistas (método prático) 
 
Os detalhes da maioria das peças na indústria ficam rigorosamente definidos com um 
desenho de três vistas. Podemos obter as três vistas, de maneira prática, fazendo as 
projeções através de giros a 90º da peça. 
 
 
Em peças com detalhes invisíveis, utilizam-se projeções com linhas tracejadas. 
 
 28 
 
 
Nas peças com furos cilíndricos, adotam-se projeções com linhas de centro. 
 
 
 
Vistas simétricas recebem eixos de simetria. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 29 
Cotagem 
Norma - NBR-5984/80 (DIN-406/68) 
 
 
Os desenhos devem conter todas as cotas necessárias de maneira a permitir a completa 
execução da peça, sem que, para isso, seja preciso recorrer à medição do desenho. 
 
Geralmente, a cotagem deve ser iniciada pelas medidas externas da peça. 
 
Para a cotagem de um desenho, são necessários quatro elementos: 
• Valores numéricos 
• Linhas de cotas 
• Setas 
• Linhas de chamadas 
 
 
 
A linha de cota deve ter uma distância mínima de 8mm do desenho e 6mm de outra linha 
de cota qualquer. As linhas de chamada devem exceder no máximo 2mm da linha de 
cota. 
 
 
Os números devem ser legíveis e posicionados sempre de forma que facilitem a sua lei-
tura, em pé ou à direita. 
 
 
 30 
Cotas com inclinação igual às compreendidas dentro do ângulo de 30º, hachurado na 
figura, devem ser evitadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
A cotagem é feita por meio de faces de referência. Todas as cotas partem de uma única 
face. 
 
 
 
 
Em peças simétricas o dimensionamento também é simétrico, ou seja, a cotagem é feita 
com base no eixo de simetria. 
 
As linhas de simetria não devem ser utilizadas como linhas de cota. 
 
 
 
As linhas de centro podem ser utilizadas como linhas de chamada. 
 
 
 
 
 
 
 32 
Na cotagem em paralelo deve-se fazer a distribuição dos números de forma a evitar a 
sobreposição. 
 
 
 
A cotagem em série deve ser evitada. Caso não seja possível, recomenda-se haver uma 
cota medida total e desprezar uma das parciais (exemplo: a última cota). 
 
Se não houver lugar para setas, estas serão substituídas por pontos. 
 
 
 
 
A fabricação da peça anterior será facilitada, se o dimensionamento for feito com base 
em superfície de referência 
 
 
 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 34 
Formas de cotagem de diâmetros dependem da dimensão do elemento. 
 
 
 
 
Cotagem de raios, cordas e arcos 
Quando a cota do raio for maior ou menor que a sua dimensão, coloca-se R, antes do 
valor numérico. 
 
 
 
 
Os centros dos raios podem ser apresentados conforme o desenho abaixo. 
 
 
 
 35 
Cotagem de furos eqüidistantes 
 
 
 
Cotagem com símbolos 
 
 
Indicativo de diâmetro ( Ø ) 
 
 
 
Indicativo de quadrado ( □ ) 
 
 
 36 
 
Uso combinado de (Ø) e ( □ ) 
 
 
 
Indicativo de superfícies planas (executadas em elementos cilíndricos) 
 
 
 
 
 
 
 
Indicativo de esférico 
 
 
Em peças cônicas, as linhas de chamada podem ser traçadas obliquamente. 
 
 
 
 37 
Cotagem de ângulo e chanfros 
 
Cotas com inclinação igual às compreendidas dentro do ângulo de 30º, hachurado na 
figura, devem ser evitadas. 
 
 
 
 
 
Quando o chanfro for a 45º podemos simplificar a cotagem. Exemplo: (3x3). 
 
 
 
Aplicação de cotagem em peças cilíndricas. 
 
 
 
 38 
Cortes 
 
Os cortes sãoutilizados em peças ou conjuntos com a finalidade de representar, de mo-
do claro, os detalhes internos, visto que, através das vistas normais, esses mesmos de-
talhes seriam de difícil interpretação, ou mesmo ilegíveis. 
 
Uma projeção mostrada em corte, além de representar o material empregado na confec-
ção da peça, facilita a leitura de detalhes internos e simplifica a colocação de cotas. 
O corte, quando representado em toda a extensão da peça, é considerado corte total ou 
pleno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 39 
Hachuras 
 
Nos desenhos técnicos mecânicos, as superfícies atingidas pelo corte são hachuradas. 
 
O hachurado é traçado com inclinação de 45º em relação à base ou ao eixo da peça. 
 
 
 
De acordo com a norma DIN, existem vários tipos de hachuras que são utilizadas em 
desenhos para representar os diversos materiais empregados nas indústrias mecânicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 40 
No caso de ocorrer uma necessidade especial, por exemplo, um desenho de conjuntos, a 
representação dos diferentes materiais pode ser feita através de hachuras ou cores (con-
forme norma DIN 201). 
Quando o corte atinge duas ou mais peças, como ocorre nos desenhos de conjunto, as 
suas superfícies são hachuradas em posições inversas uma da outra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
Corte total 
A direção do corte é mostrada nos desenhos por linhas de corte e as setas indicam o 
sentido em que as peças foram observadas. 
A expressão corte A-B é escrita abaixo da vista hachurada, onde as linhas tracejadas 
poderão ser omitidas, desde que não dificulte a interpretação. 
As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas. 
 
Os cortes são representados em três planos, conforme ilustrações a seguir. 
 
 
 
 
 
Corte longitudinal 
 
 
 
 
 
 
Corte horizontal 
 42 
 
Corte transversal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 43 
Meio corte 
 
É empregado no desenho de peças simétricas, onde somente meia vista aparece em 
corte. Apresenta, ainda, a vantagem de indicar, em uma só vista, a parte interna e a ex-
terna da peça. 
Na projeção da peça com aplicação de meio-corte, as linhas tracejadas devem ser omiti-
das na parte não cortada. 
m peças com eixos de simetria verticais, o corte é representado à direita da linha de si-
metria (ISO e DIN). 
 
 
 
 
 
Em peças com eixos de simetria horizontais, o meio corte deve ser representado abaixo 
da linha de simetria (norma ISO e DIN). 
 44 
 
As linhas de cota, para dimensionar os elementos internos, devem ultrapassar alguns 
milímetros o eixo de simetria e levam seta somente na extremidade que toca o contorno 
ou a linha de extensão. 
 
 
 
A cotagem de peças cilíndricas com furos internos em meio corte deve ser executada 
conforme o desenho seguinte. 
 
 
 
 
 
 
 
 45 
Cortes em desvio 
 
A direção do corte, normalmente passa pelo eixo principal da peça, mas pode também, 
quando isso se fizer necessário, mudar de direção para atingir detalhes situados fora do 
eixo e que devam ser mostrados em corte. Este corte é chamado corte em desvio. Ca-
da vértice da linha de corte recebe uma letra. 
 
 
 
 
Corte parcial 
É aquele representado sobre parte de uma vista, para mostrar algum detalhe da peça, 
evitando, com isso, o corte total. Observe que apenas uma parte da peça foi considerada 
“cortada”. Este corte é limitado por uma linha de ruptura. 
 
 
 
 
 
Detalhes invisíveis, não atingidos pelo corte, como no exemplo abaixo, permanece com 
representação tracejada. 
 
 46 
 
 
Quando, no entanto, os detalhes invisíveis forem evidentes, dispensamos a representa-
ção tracejada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 47 
Secções 
 
O modo mais prático e simples de indicação de perfis ou partes de peças é através do 
uso de secções. 
 
 
Secção tracejada sobre a vista 
 
É executada diretamente sobre a vista com linha contínua estreita, permitindo o recurso 
prático e satisfatório de representar o perfil de certas partes de uma mesma peça, tais 
como: nervuras, braços de volante, perfilados, etc. O eixo da execução é sempre per-
pendicular ao eixo principal da peça ou da parte seccionada. 
 
 
 
 
Secção redonda e chata 
Nervura 
 
 
 
 
Perfilados T Elo de corrente 
 
 
 
Secções de um timão Rasgos de chaveta 
 
 
 
 
 48 
Secção traçada fora das vistas 
 
Tem a mesma finalidade da secção anterior. Entretanto, em lugar de ser desenhada so-
bre a vista, ela é desenhada fora da vista, com linha contínua larga e em posição que 
facilite a colocação das cotas. A direção do seccionamento é indicada através da linha de 
corte. 
 
 
 
 
 
 
Conforme conveniências, as secções fora da vista podem ser desenhadas como no e-
xemplo do gancho abaixo. 
 
 
 
 
 49 
Exceções nas representações com corte 
 
Alguns elementos normalizados não são representados em corte, quando atingidos por 
este no sentido longitudinal, e portanto não hachurados, são eles: parafusos, porcas, 
arruelas, eixos, pinos, manípolos, contrapinos, rebites, chavetas, raios de rodas, nervu-
ras, elos de corrente, cabo de aço, dentes de engrenagens, roletes de rolamento e esfe-
ras de rolamento. 
 
 
 
 
Parafuso, porca e arruela Pino e contrapino 
 
 
 
 
Eixo e chaveta Rebites 
 
 
 
 
Roletes Manípulo 
 
 
 
 
 
Raios de rodas Nervuras 
 
 
 
 
Nervuras Elos de corrente 
 
 
 50 
 
 
Rolamento 
 
Quando for necessário representar detalhes internos dos elementos referidos anterior-
mente, podemos aplicar-lhes o corte parcial, como no caso do eixo chavetado na página 
anterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 51 
 
Rupturas 
 
Peças simples, porém longas, como chapas, eixos, tubos, etc., não precisam ser dese-
nhadas em escala muito reduzida para caber em papel de formato habitual. 
 
Economizam-se espaço e tempo, empregando-se rupturas. Quebra-se imaginariamente 
a peça nos dois extremos e remove-se a parte quebrada, aproximando as extremidades 
partidas. O comprimento real será dado pela cota. 
 
 
 
Quando a ruptura não tem o objetivo de representar a forma do corpo da peça, ela pode 
ser feita como aparece na próxima figura. 
 
 
 
Quando, no entanto, o tubo estiver em corte, a ruptura pode ser feita como mostra o de-
senho abaixo.

Outros materiais