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Física Termometria e dilatometria Professor: Mário Sérgio INTRODUÇÃO Dependendo da temperatura e da pressão, uma substância pode existir na forma sólida, líquida e gasosa. Temperatura A temperatura de um corpo indica o quão quente ele se acha em relação a um corpo de referência. Uma unidade de temperatura muito utilizada em nosso país é o grau Celsius (ºC). Temperatura é uma grandeza escalar. Temperatura As grandezas físicas associadas à matéria dividem-se em duas categorias: as intensivas e as extensivas. Intensivas – Ao dividir a matéria, seu valor não se altera. Extensivas – Seu valor é alterado ao se dividir a matéria. Temperatura A temperatura é uma medida da energia cinética média de translação das moléculas ou dos átomos de um corpo. Não existe temperatura onde não há matéria. “a temperatura é uma medida da energia cinética média das moléculas, e não da energia cinética total”. Medindo a Temperatura Termômetros geralmente graduados nas escalas: • Celsius; • Fahrenheit e; • Kevlin Escalas de Medição Celsius - Proposta no século XVIII pelo sueco Anders Celsius, essa escala é baseada na convenção de que, sob a pressão de 1 atm, as temperaturas de fusão do gelo e de ebulição da água são iguais a 0 ºC e 100 ºC, respectivamente. Escalas de Medição Fahrenheit - proposta pelo cientista alemão Daniel alguns anos antes de a escala Celsius ter sido criada. • A temperatura Fahrenheit é simbolizada por ºF. O valor 32 ºF corresponde à temperatura de fusão do gelo, e o valor 212 ºF, à temperatura de ebulição da água, a 1 atm. • uma variação de 1 ºC na escala Celsius corresponde a uma variação de 1,8 ºF na escala Fahrenheit Escalas de Medição Fahrenheit 𝑎 𝑏 = 𝑇𝑐 100 = 𝑇𝐹 −32 180 → 𝑇𝑐 5 = 𝑇𝐹 −32 9 Escalas de Medição Kelvin - O cientista inglês William Thomson (1824-1907), também conhecido como lorde Kelvin, propôs uma escala termométrica na qual a temperatura de –273,15 ºC fosse igual a zero, valor que passou a ser chamado de zero absoluto. Assim, na escala Kelvin (também conhecida como escala absoluta), a temperatura correspondente ao repouso molecular vale 0 K (nesse caso, falamos zero Kelvin, e não zero grau Kelvin). Escalas de Medição Kelvin - Na escala Kelvin, um intervalo entre duas divisões inteiras e sucessivas tem valor exatamente igual ao valor do intervalo de 1 ºC. Por isso, a equação de recorrência entre as escalas Kelvin e Celsius é a seguinte: 𝑻𝒌 = 𝑻𝑪 + 𝟐𝟕𝟑 A figura a seguir mostra três termômetros graduados nas escalas Fahrenheit, Celsius e Kelvin, marcando a temperatura ambiente. Escalas de Medição Kelvin - Dilatação Térmica Ocorre com o aumento ou a diminuição da temperatura. Temperatura Sólido Aumenta em Coprimento, Largura e Altura. Expansão Dilatação Térmica Ocorre com o aumento ou a diminuição da temperatura. Temperatura Sólido Diminui em Coprimento, Largura e Altura. Contração Dilatação Linear O aumento ou a diminuição ocorre em apenas uma dimensão: É possível calcular a dilatação linear pela expressão a seguir: ∆𝐿 = 𝐿0𝛼∆𝜃 Dilatação Linear É possível calcular a dilatação linear pela expressão a seguir: = 𝐿0𝛼∆𝜃 ∆𝐿 : Variação do comprimento (𝐿 − 𝐿0) 𝛼 : Coeficiente de dilatação linear (No SI: º𝐶−1). ∆𝜃 : Variação de Temperatura: (𝜃 − 𝜃0). Observação: valor que depende do material da barra. O coeficiente a pode ser considerado constante em uma grande faixa de temperaturas. Dilatação Linear Dilatação Superficial e Volumétrica Ao se aquecer um sólido como mostra a figura abaixo, as diagonais das faces e as diagonais internas dilatam-se. A dilatação térmica ocorre em todas as direções. Por isso, as superfícies desse corpo, assim como seu volume, sofrem dilatações. Dilatação Superficial e Volumétrica . Para muitos materiais, o coeficiente de dilatação linear é igual em todas as direções. Nesses materiais, a dilatação é chamada de isotrópica. Abaixo podemos ver a dilatação isotrópica de uma placa. Dilatação Superficial e Volumétrica . Podemos calcular o valor da dilatação superficial da placa pela expressão: ∆𝐴 = 𝐴0𝛽∆𝜃 Sendo 𝛽 = 2𝛼 Onde fator ß é chamado de coeficiente de dilatação superficial e seu valor é, com alta precisão, igual ao dobro do coeficiente de dilatação linear. Dilatação Superficial e Volumétrica . Semelhante à dilatação superficial, Podemos calcular o valor da dilatação volumétrica isotrópica pela seguinte expressão: ∆𝑉 = 𝑉0𝛾∆𝜃 Sendo γ = 3𝛼 O fator γ é o coeficiente de dilatação volumétrica, e vale, com alta precisão, o triplo do coeficiente linear. Dilatação de sólidos vazados . Objetos vazados, como anéis e tubos, dilatam-se como se fossem maciços. Dilatação de sólidos vazados . Os engenheiros usam a equação ∆𝑑 = 𝑑0𝛼∆𝜃 para avaliar a dilatação do diâmetro do furo, sendo 𝛼 o coeficiente de dilatação do material da peça vazada. Dilatação dos Líquidos . Os líquidos são substâncias em que as forças de atração entre as moléculas ou átomos são fracas. Por isso, em geral, os líquidos apresentam coeficientes de dilatação térmica maiores que os sólidos. A tabela a seguir mostra valores Dilatação dos Líquidos . Ao se aquecer um líquido em um recipiente, ambos dilatam. Dessa forma, o volume de líquido derramado é chamado de dilatação aparente. Dilatação dos Líquidos . A dilatação aparente do líquido (volume derramado) é a diferença entre a dilatação real do líquido e a dilatação do recipiente: ∆𝑉𝐴𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒= ∆𝑉𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 − ∆𝑉𝑅𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 Equação I O volume do líquido e do recipiente podem ser calculados pelas equações abaixo: ∆𝑉𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜= 𝑉0𝛾∆𝜃 ∆𝑉𝑅𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒= 𝑉0𝛾∆𝜃 Dilatação dos Líquidos . Como o volume inicial do líquido é o mesmo volume do recipiente, e a variação de temperatura é comum a ambos, podemos substituir as duas equações anteriores na equação I, para encontrarmos a equação de dilatação dos líquidos: ∆𝑉𝐴𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒= 𝑉0∆𝜃(𝛾𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 − 𝛾𝑅𝑒𝑐𝑖𝑝𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒) Dilatação da Água A maioria das substâncias sofre expansão quando aquecidas, e retração quando resfriadas. A água, entretanto, apresenta um comportamento invertido entre 0 ºC e 4 ºC. Tensão Superficial A tensão superficial é um efeito que ocorre na superfície livre de um líquido formando uma membrana plástica. Tensão Superficial A tensão superficial é um efeito que ocorre na superfície livre de um líquido formando uma membrana plástica. Forças de Adesão e Coesão Quando um líquido entra em contato com um sólido, as moléculas do sólido atraem as moléculas do líquido. Essas são as forças de adesão. Por sua vez, as moléculas do líquido atraem-se uma às outras através das forças de coesão. Se 𝐹𝐴𝑑𝑒𝑠ã𝑜 > 𝐹𝐶𝑜𝑒𝑠ã𝑜 → Líquido molha a superfície. Se 𝐹𝐶𝑜𝑒𝑠ã𝑜 > 𝐹𝐴𝑑𝑒𝑠ã𝑜 → Líquido não molha a superfície. Forças de Adesão e Coesão
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