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Português
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Data de impressão: 20/08/2007
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Polícia Rodoviária Federal 
 Profª Noely Landarin Português 
 
 
Atualizada 20/08/2007 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 
 
1
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
 
Compreensão ou Intelecção de Texto – consiste em 
analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar 
dados do texto. O enunciado normalmente assim se 
apresenta: 
As considerações do autor se voltam para... 
Segundo o texto está correta... 
De acordo com o texto, está incorreta... 
Tendo em vista o texto, está incorreta... 
O autor sugere ainda que.. 
De acordo com o texto é certo... 
O autor afirma que ... 
 
Interpretação de Texto – consiste em saber o que se 
infere (conclui) do que está escrito. O enunciado 
normalmente é encontrado da seguinte maneira: 
O texto possibilita o entendimento de que... 
Com apoio no texto, infere-se que... 
O texto encaminha o leitor para... 
Pretende o texto mostrar que o leitor... 
O texto possibilita deduzir que... 
 
O Vocabulário 
Todo leitor deve preocupar-se em melhorar 
constantemente a sua capacidade de identificar palavras-
chave e palavras de complementação periférica do texto. 
Estas tornam a percepção mais aguda e profunda, mas 
não chegam a comprometer o resultado geral da leitura. 
Já aquelas (palavras-chave) podem impedir a 
compreensão do sentido geral do texto. Nos dois casos, 
é necessário atentar para as pistas contextuais e ler 
diariamente, para ampliar o conhecimento vocabular. 
 
Tema do Texto 
O tema traz em si a informação principal para a qual 
cada uma das partes se volta. Um tema é retomado 
diversas vezes dentro de um texto, apresentando 
aspectos diferentes; na verdade, é a armação 
sustentadora do assunto. Quase se poderia afirmar que é 
a redução mais sintética a que se pode chegar de um 
texto. 
 
A PARÁFRASE 
 
A paráfrase também é uma forma de reprodução de 
um texto. É uma reafirmação em palavras diferentes da 
idéia central de uma passagem. Na paráfrase 
recontamos o texto com as próprias palavras, é quase 
uma tradução daquilo que parte do texto ou o todo 
querem dizer. Em geral, a paráfrase se aproxima do 
original em extensão. Exemplo.: 
 
“Na verdade, como estamos todos ligados não só 
pelas regras da globalização, mas sobretudo pelas leis 
da espiritualidade, de uma forma ou de outra 
acabaremos sofrendo as conseqüências da imperfeição 
humana.” 
 
Quanto a reescritura do texto acima, sem mudar-lhe o 
sentido, julgue os itens a seguir 
1.Acabaremos sofrendo, de uma forma ou de outra, as 
conseqüências da imperfeição humana, porque estamos 
todos ligados não só pelas regras da globalização, mas 
sobretudo pelas leis da espiritualidade. 
2. Acabaremos sofrendo, de uma forma ou de outra, as 
conseqüências da imperfeição humana, embora 
estejamos todos ligados não só pelas regras da 
globalização, mas sobretudo pelas leis da espiritualidade. 
3. Acabaremos sofrendo as conseqüências da 
imperfeição humana, embora estejamos, de uma forma 
ou de outra, todos ligados não só pelas regras da 
globalização, mas sobretudo pelas leis da espiritualidade. 
4. Como acabaremos sofrendo, de uma forma ou de 
outra, as conseqüências da imperfeição humana, 
estamos todos ligados na só pelas regras da 
globalização, mas sobretudo pelas leis da 
espiritualidade. 
. 
O RESUMO 
 
O resumo é uma condensação fiel das idéias ou dos 
fatos contidos num texto. Para reduzir um texto ao seu 
esqueleto essencial, não se deve perder de vista as suas 
partes principais, a ordem em que aparecem e a 
correlação estabelecida entre as idéias. Não podem ser 
introduzidos comentários ou conclusões pessoais. O 
resumo, com redução de um texto, deve evitar ser 
apenas uma colagem de frases retiradas do original, 
precisa procurar um estilo objetivo com vocabulário 
próprio de quem o redige. 
 
AMBIGÜIDADE 
 
É o duplo sentido causado por má construção da 
frase.Exemplo: “Para investigar in loco os casos de 
corrupção envolvendo inspetores, supervisores e fiscais, 
o Secretário informou ao Diretor que ele deveria viajar 
para acompanhar a situação da alfândega dos aeroportos 
do Rio e de São Paulo. 
 
Muitas vezes, a utilização dos pronomes possessivos 
seu / sua pode tornar a frase ambígua. 
 
Exs.: O policial prendeu o ladrão em sua casa. 
 O candidato saiu com o filho; seu nome é João Maria .// 
Jorge encontrou um amigo e soube que sua mãe viajara. 
 
O duplo sentido pode ser explorado com malícia e 
humor, como se vê no trecho a seguir: 
“Foi a primeira vez que o governo manifestou alguma 
preocupação genuína com a agricultura. O ministro José 
Serra mandou um jornalista plantar batatas” 
 
 Leia esta piadinha de Ziraldo: 
 
 A patroa pedia informações para a nova empregada: 
- Por que você foi despedida do seu último emprego? 
- Porque me recusei a continuar dando banho no filho do 
patrão. 
- Mas é justo. Você não podia se negar a fazer isso. 
- Mas toda manhã, madame? Antes de ele ir pro 
quartel? 
 
A piada é construída a partir da supressão de uma 
informação, revelada apenas no final. 
a) Qual é essa informação? 
______________________________________________
_______________________ 
 
Polícia Rodoviária Federal 
 Profª Noely Landarin Português 
 
 
Atualizada 20/08/2007 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 
 
2
b) Considerando a situação comunicativa e o 
conhecimento prévio que os interlocutores têm um do 
outro, concluímos que a nova empregada, ao afirmar que 
se recusou a dar banho no filho do patrão, não levou em 
conta um princípio básico de comunicação. Qual dos 
itens seguintes traduz esse princípio? 
 
1.O desconhecimento do locutor a respeito do assunto; 
2. O desconhecimento do interlocutor a respeito do 
assunto; 
3. Os valores e preconceitos do interlocutor sobre o 
assunto. 
 
Outras piadas que exemplificam a 
ambigüidade:(comentário oral) 
* 
- Desculpe, querida, mas eu tenho a impressão de que 
você quer casar comigo só porque eu herdei uma fortuna 
do meu tio. - Imagina, meu bem! Eu me casaria com você 
mesmo que tivesse herdado a fortuna de outro parente 
qualquer! 
* 
- Você tem aí quinhentos mangos pra me emprestar? 
-Não. - E em casa? - Tudo bem, obrigado. 
* 
Na viagem, a mãe ajuda a filha, que está enjoada. O 
cavalheiro ao lado pergunta: 
- Foi comida? 
- Foi, mas vai casar, responde a mãe. 
* 
- Como é que você anda? 
- Como você vê. 
* 
Foi quando chegou o amigo do Manuel e o convidou: 
- Ó gajo! Estou a lhe convidaire para a festa de quinze 
anos de minha filha. 
- Está bem, patrício. Eu irei. Mas ficarei no máximo uns 
dois anos... 
 
* A professora passou a lição de casa: fazer uma 
redação com o tema “Mãe só tem uma”. 
No dia seguinte, cada aluno leu sua redação. Todos 
dizendo mais ou menos as mesmas coisas: a mãe nos 
amamenta, é carinhosa conosco. É a rosa mais linda de 
nosso jardim etc. etc. etc. Portanto, mãe só tem uma... 
Aí chegou a vez de o Juquinha ler sua redação : 
“Domingo foi visita lá em casa. As visitasficaram na sala. 
Elas ficaram com sede e minha mãe pediu para mim ir 
buscar coca-cola na cozinha. Eu abri a geladeira e só 
tinha uma coca-cola. Aí eu gritei para minha mãe: ‘Mãe, 
só tem uma!’”. 
 
Obs.: Para que haja um duplo sentido, é preciso que 
haja duas leituras em níveis lingüísticos diferentes. Na 
anedota acima, enuncia-se a frase com uma entonação e 
é lida com outra. 
 
 Os textos de humor fazem largo uso da dupla 
possibilidade de leitura. 
É o que acontece nestas piadinhas rápidas: 
 
1) DIÁLOGO DESENCONTRADO 
 
Um garoto pergunta para o outro: 
- Você nasceu em Pelotas? 
- Não , eu nasci inteiro. 
 
Qual o duplo sentido desse texto? 
______________________________________________
______________________________________________
__________________________________________ 
a) Qual é o dado lingüístico que explica o duplo 
sentido? 
______________________________________________
____________________________________________ 
 
2) DIÁLOGO DESCONTRAÍDO 
 
Duas turistas em Paris trocam idéias sobre generalidades 
da viagem: 
- Você acredita que estou há três dias em Paris e ainda 
não consegui ir ao Louvre? 
- Pois eu também. Deve ser a comida. 
 
a) Como a segunda interlocutora entendeu a fala da 
primeira? 
______________________________________________
______________________________________________
_____________________________________________ 
 
b) Qual a palavra que permitiu essa interpretação? 
 
 
 
PASSOS PARA LEITURA E INTERPRETAÇÃO 
 
1) Não extrapole ao que está escrito no texto. Muitas 
vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato 
interpreta o que não está escrito. Deve-se ater 
somente às informações que estão relatadas. 
2) Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto 
deve ser considerado como um todo, não se atenha à 
parte dele. 
3) Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar 
de se entender justamente o contrário do que está 
escrito. Leia duas vezes o comando da questão, para 
saber realmente o que se pede. Tome cuidado com 
algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre, é 
necessário, correta, incorreta, exceto, erro etc. 
4) Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noção do 
assunto, a segunda para prestar atenção às partes. 
Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma 
idéia. 
5) Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que é 
absurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são. 
6) Se o comando pede a idéia principal ou tema, 
normalmente deve situar-se no primeiro ou no último 
parágrafo - introdução e conclusão. 
7) Se o comando busca argumentação, deve localizar-se 
nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. 
8) Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais 
significativo e/ou fazer observações à margem do 
texto. 
9) Não levar em consideração o que o autor quis dizer, 
mas sim o que ele disse; escreveu. 
10) Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que 
remetem a outros vocábulos do texto: pronomes 
relativos, pronomes pessoais, pronomes 
demonstrativos, etc. 
 
Polícia Rodoviária Federal 
 Profª Noely Landarin Português 
 
 
Atualizada 20/08/2007 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 
 
3
 
TIPOLOGIA TEXTUAL 
 
Considerando-se que um texto, em geral, apresenta 
características mistas, torna-se muito complexa a 
delimitação de seus traços específicos. Dessa forma, o 
importante, na redação textual, é que haja uma idéia em 
torno da qual se possa considerar um núcleo, os dados 
que apóiam essa afirmação e a relação entre ambos. 
Pode-se dizer que existem basicamente três tipos de 
texto: o descritivo, o narrativo e o dissertativo. 
 
1. Texto Descritivo 
A descrição assemelha-se ao retrato. Num retrato 
observam-se detalhes. Numa descrição, é preciso que o 
autor chame a atenção para determinadas características 
do ser. A descrição procura transmitir ao leitor a imagem 
que se tem de um ser mediante a percepção dos cinco 
sentidos: tato, gustação, olfato, visão e audição. 
 
Texto Literário 
 
A CASA MATERNA 
 
Há, desde a entrada, um sentimento de tempo na 
casa paterna. As grades do portão têm uma velha 
ferrugem e o trinco se oculta num lugar que só a mão 
filial conhece. O jardim pequeno parece mais verde e 
úmido que os demais, com suas palmas, tinhorões e 
samambaias que a mão filial, fiel a um gesto de infância, 
desfolha ao longo da haste. 
É sempre quieta a casa materna, mesmo aos 
domingos, quando as mãos filiais se pousam sobre a 
mesa farta do almoço, repetindo uma antiga imagem. Há 
um tradicional silêncio em suas salas e um dorido 
repouso em suas poltronas. [...] 
A imagem paterna persiste no interior da casa 
materna. Seu violão dorme encostado junto à vitrola. Seu 
corpo como que se marca ainda na velha poltrona da 
sala e como que se pode ouvir ainda o brando ronco de 
sua sesta dominical. Ausente para sempre da casa 
materna, a figura paterna parece mergulhá-la docemente 
na eternidade, enquanto as mãos maternas se fazem 
mais lentas e mãos filiais mais unidas em torno à grande 
mesa, onde já vibram também vozes infantis 
 
Texto Não-Literário 
 
“Com a finalidade de compensar as possíveis 
irregularidades do piso, o seu freezer possui, na parte 
inferior dianteira, dois pés nivelados para um perfeito 
apoio no chão.”(Manual de Instrução) 
“Este pequeno objeto que agora descrevemos 
encontra-se sobre uma mesa de escritório e sua função é 
a de prender folhas de papel. Tem o formato semelhante 
ao de uma torre de igreja. É constituído por um único fio 
metálico que, dando duas voltas sobre si mesmo, 
assume a configuração de dois desenhos (um dentro do 
outro), cada um deles apresentando uma forma 
específica. Essa forma é composta por duas figuras 
geométricas: um retângulo cujo lado maior apresenta 
aproximadamente três centímetros e um lado menor de 
cerca de um centímetro e meio; um dos seus lados 
menores é, ao mesmo tempo, a base de um triângulo 
eqüilátero, o que acaba por torná-lo um objeto 
ligeiramente pontiagudo.(descrição de um clipe)” 
“Eram sapatos de homem, de bico fino, sem cadarço, 
de couro marrom. Ainda novos. Porém recobertos de 
uma poeira fina, parecendo açúcar de confeiteiro.” 
2. Texto Narrativo 
A narração é a forma de composição que consiste no 
relato de um fato real ou imaginário. É como se 
acabássemos de assistir a um filme e contássemos a 
história sem colocar a nossa opinião. O texto narrativo 
compõe-se de exposição, enredo e desfecho; e os 
elementos centrais são as personagens, as ações e as 
idéias. 
 
Elementos da Narrativa 
 
* Personagens -Quem? Protagonista/Antagonista 
*Acontecimento -O quê? Fato 
*Tempo -Quando? Época em que ocorreu o fato 
*Espaço -Onde? Lugar onde ocorreu o fato 
*Modo Como? De que forma ocorreu o fato 
*Causa Por quê? Motivo pelo qual 
ocorreu o fato 
 
Com a fúria de um vendaval 
 
Em uma certa manhã acordei entediada. Estava em 
minhas férias escolares do mês de julho. Não pudera 
viajar. Fui ao portão e avistei, três quarteirões ao longe, a 
movimentação de uma feira livre. 
Não tinha nada para fazer, e isso estava me matando 
de aborrecimento. Embora soubesse que uma feira livre 
não constitui exatamente o melhor divertimento do qual 
um ser humano pode dispor, fui andando, a passos 
lentos, em direção àquelas barracas. Não esperava ver 
nada original, ou mesmo interessante. Como é triste o 
tédio! Logo que me aproximei, vi uma senhora alta, 
extremamente gorda, discutindo com um feirante. 
O homem, dono da barraca de tomates, tentava em 
vão acalmar a nervosa senhora. Não sei por que 
brigavam, mas sei o que vi:a mulher, imensamente gorda, 
mais do que gorda (monstruosa), erguia seus enormes 
braços e, com os punhos cerrados, gritava contra o 
feirante. Comecei a me assustar, com medode que ela 
destruísse a barraca (e talvez o próprio homem) devido a 
sua fúria incontrolável. Ela ia gritando e se empolgando 
com sua raiva crescente e ficando cada vez mais 
vermelha, assim como os tomates, ou até mais. 
De repente, no auge de sua ira, avançou contra o 
homem já atemorizado e, tropeçando em alguns tomates 
podres que estavam no chão, caiu, tombou, mergulhou, 
esborrachou-se no asfalto, para o divertimento do 
pequeno público que, assim como eu, assistiu àquela 
cena incomum. 
 
3. Texto Dissertativo 
A dissertação é a forma de composição que consiste 
na posição pessoal sobre determinado assunto. Quanto à 
formulação dos textos, o discurso dissertativo pode ser: 
 
a)expositivo: consiste numa apresentação, explicação, 
sem o propósito de convencer o leitor. Não há intenção 
expressa de criar debate, pela contestação de posições 
contrárias às nossas. 
Ex.: “Eu, se tivesse um filho, não me meteria a chefiá-lo 
como se ele fosse um soldado de chumbo. Teria que lhe 
dar uma certa autonomia, para que pudesse livremente 
escolher o seu clube de futebol, procurar os seus livros, 
opinar à mesa, sem que esta aparência de liberdade 
fosse além dos limites. Não queria que parecesse um 
ditador, nem tampouco um escravo. Os meninos 
mandões e os meninos passivos são duas deformações 
desagradáveis.”(Edições O Cruzeiro – O Vulcão e a 
Fonte) 
Polícia Rodoviária Federal 
 Profª Noely Landarin Português 
 
 
Atualizada 20/08/2007 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 
 
4
b) argumentativo: consiste numa opinião que tenta 
convencer o leitor de que a razão está do lado de quem 
escreveu o texto. Para isso, lança-se mão de um 
raciocínio lógico, coerente, baseado na evidência das 
provas. 
Ex.: “Em geral as pessoas morrem em torno dos trinta 
anos e são sepultadas por volta dos setenta. Leva 
quarenta anos para os outros perceberem que aquela 
pessoa está morta. Lembre-se: a vida é sempre uma 
incerteza. Somente o que é morto é certo, fixo, sólido.” 
(Revista Motivação&Sucesso, Empresa ANTHROPOS 
Consulting) 
 
TIPOS DE DISCURSO 
 
Assim como as pessoas, os personagens de uma 
narração podem se expressar através da fala. Damos o 
nome de discurso à fala dos personagens em uma 
narração. 
Há três tipos de discurso: o discurso direto, o 
discurso indireto e o discurso indireto livre. 
 
DISCURSO DIRETO 
 
Observe esse trecho do texto de Stanislaw Ponte Preta: 
 
"Em lá chegando, pediu audiência a Satanás e 
perguntou: 
 
- Qual é o lance aqui? " 
 
O narrador, após introduzir o personagem, deixa que 
ele se expresse por suas próprias palavras. Observe, no 
exemplo, que a fala "Qual é o lance aqui" foi feita pelo 
próprio personagem-falecido e reproduz (ou tenta 
reproduzir) fielmente aquilo que ele teria dito a Satanás 
naquele instante. Temos aí um exemplo de discurso 
direto. 
No discurso direto, a fala do personagem é 
normalmente acompanhada por um verbo de elocução 
(verbo que introduz a fala da personagem: dizer, falar, 
responder, perguntar, afirmar,etc.) entre o qual e a fala 
do personagem não há conectivo, mas uma pausa 
marcada, na escrita, por sinal de pontuação (em geral 
dois-pontos e travessão). 
 
DISCURSO INDIRETO 
 
Observe, agora, esse outro trecho de Stanislaw Ponte 
Preta: 
 
"Ele agradeceu muito e disse a Satanás que ia dar uma 
voltinha para escolher o seu departamento." 
 
Nesse caso, o personagem da história não fala com 
suas próprias palavras. O narrador é quem reproduz com 
suas próprias palavras aquilo que o personagem teria 
dito. Temos aí um exemplo de discurso indireto. 
No discurso indireto, há também a presença de verbo 
de elocução ( que será o núcleo do predicado da oração 
principal) seguido de oração subordinada introduzida por 
conectivo. 
 
Ele disse a Satanás que ia dar uma voltinha. 
 
Veja como ficaria o trecho acima se fosse utilizado o 
discurso direto. 
 
Ele agradeceu muito e disse a Satanás: 
- Vou dar uma voltinha para escolher o meu 
departamento. 
 
Verifique que, ao passar o trecho em discurso indireto 
para discurso direto, o verbo de elocução ( disse ) se 
manteve, desapareceu o conectivo ( que ) e a fala do 
personagem passou a ser marcada por sinal de 
pontuação. 
Veja ainda que o verbo, que no discurso indireto se 
encontrava no passado ( ia dar ), no discurso direto 
passa para o presente ( vou dar ). Além disso, note que 
o possessivo seu do discurso indireto transforma-se em 
meu , no direto, ou seja, a fala do personagem, no 
discurso direto, aparece em 1ª pessoa (Eu vou dar uma 
voltinha). 
 
DISCURSO INDIRETO LIVRE 
 
O discurso indireto livre é um tipo de discurso misto, 
em que se associam as características do discurso direto 
e do discurso indireto. Nele a fala do personagem se 
insere sutilmente no discurso do narrador, permitindo-lhe 
revelar aspectos psicológicos do personagem, já que 
esse tipo de discurso pode revelar o fluxo do pensamento 
do personagem através de uma fala marcada de 
hesitações. 
No discurso indireto livre, a fala do personagem não é 
marcada por verbo de elocução ou por sinais de 
pontuação. Leia com atenção o fragmento seguinte: 
 
Como nas noites precedentes, uma fila de agricultores se 
formou na porta de uma padaria e o padeiro saiu a 
informar que não havia pão. Por quê? Onde estava o 
pão? O padeiro respondeu que não havia farinha. Onde 
então estava ela? Os agricultores invadiram a padaria e 
levaram o estoque de roscas e biscoitos, a manteiga e o 
chocolate. 
 
O fragmento apresentado é muito interessante, pois o 
autor relata um diálogo entre um grupo de agricultores e 
um padeiro sem se utilizar da estrutura tradicional de 
diálogo. As falas referentes ao padeiro são exemplos de 
discurso indireto: "O padeiro saiu a informar que não 
havia pão" e "O padeiro respondeu que não havia 
farinha." 
Por outro lado, para relatar a fala dos agricultores (Por 
quê? Onde estava o pão?) , é utilizada uma estrutura que 
associa os dois tipos de discurso visto anteriormente. 
Observe, em primeiro lugar, a maneira como esses 
enunciados são formulados: aparecem na forma de 
perguntas, bastante próximos, portanto, do discurso 
direto. Pereba, no entanto, que o verbo estar se encontra 
no passado, situação típica do discurso indireto, de um 
fato acontecido que está sendo relatado. Também são 
omitidos os recursos que assinalam o personagem que 
está falando. Esse tipo de discurso, em que se fundem 
narrador e personagem, é chamado de discurso indireto 
livre. 
É muito empregado na narrativa moderna, pela 
fluência e ritmo que confere ao texto. 
 
Polícia Rodoviária Federal 
 Profª Noely Landarin Português 
 
 
Atualizada 20/08/2007 Neste curso os melhores alunos estão sendo preparados pelos melhores Professores 
 
5
Como transformar um discurso direto em indireto e 
vice-versa: 
 
Ao fazer uma narração, podemos reconstituir as falas 
dos personagens utilizando a estrutura de um discurso 
direto ou de um discurso indireto. Portanto, é importante 
dominar essas estruturas e conhecer as relações entre 
elas. Vamos destacar alguns aspectos dessas relações: 
 
• O discurso direto apresenta-se em primeira 
pessoa; o discurso indireto, em terceira pessoa (a fala 
do personagem - ele - é reproduzida com palavras do 
narrador) 
 
Discurso direto: Ela respondeu: 
- Comprei um lindo vestido. 
 
Discurso indireto: Ele respondeu que comprara um 
lindo vestido. 
 
• Como você observou no exemplo acima, o discurso 
direto requer uma pontuação específica; o mesmo não 
ocorrendo com o discurso indireto. 
• Outra observação importante: o tempo verbal, no 
discurso indireto, será sempre passado em relação ao 
tempo verbal do discurso direto. Dessa forma, as 
relações são: 
 
Discurso Direto - verbo no presentedo indicativo 
- Não bebo dessa água - afirmou a menina 
 
Discurso Indireto - verbo no pretérito imperfeito do 
indicativo: 
 A menina afirmou que não bebia daquela água. 
 
Discurso Direto - verbo no pretérito perfeito 
- Perdi meu guarda-chuva - disse ela. 
 
Discurso Indireto - verbo no pretérito mais que perfeito 
 Ele disse que perdera seu guarda-chuva. 
 
Discurso Direto - verbo no futuro do indicativo 
Ele confessou: 
- Irei ao jogo. 
 
Discurso Indireto - verbo no futuro do pretérito 
 Ele confessou que iria ao jogo. 
 
Discurso Direto - verbo no imperativo 
- Aplaudam ! - ordenou o diretor. 
 
Discurso Indireto - verbo no pretérito imperfeito do 
subjuntivo 
O diretor ordenou que aplaudíssemos. 
 
LINGÜÍSTICA TEXTUAL 
 
Para não ser enganado pela articulação do contexto, é 
necessário que se esteja atento à coesão e à coerência 
textuais. 
 
Coesão textual é “o fenômeno que diz respeito ao modo 
como os elementos lingüísticos presentes na superfície 
textual se encontram interligados entre si, por meio de 
recursos também lingüísticos, formando seqüências 
veiculadoras de sentidos.”(Ingedore V. Koch). 
 Diz-se que um texto tem coesão quando seus vários 
enunciados estão organicamente articulados entre si, 
quando há concatenação entre eles. A conexão entre os 
vários enunciados é fruto das relações de sentido que 
existem entre eles. A título de exemplificação do que foi 
dito, observe-se o texto a seguir: 
 
É sabido que o sistema do Império Romano dependia 
da escravidão, sobretudo para a produção agrícola. É 
sabido ainda que a população escrava era recrutada 
principalmente entre os prisioneiros de guerra. 
Em vista disso, a pacificação das fronteiras fez 
diminuir consideravelmente a população escrava. 
Como o sistema não podia prescindir da mão-de-obra 
escrava, foi necessário encontrar outra forma de manter 
inalterada essa população. 
 
Como se pode observar, os enunciados desse texto 
não estão amontoados caoticamente, mas estritamente 
interligados entre si: ao se ler, percebe-se que há 
conexão entre cada uma das partes. 
Quando escrevemos um texto, uma das maiores 
preocupações é como amarrar a frase seguinte à 
anterior. Isso só é possível se dominarmos os princípios 
básicos de coesão. A cada frase enunciada devemos ver 
se ela mantém um vínculo com a anterior ou anteriores 
para não perdermos o fio do pensamento. 
Uma das modalidades de coesão é a remissão. E a 
coesão pode desempenhar a função de (re)ativação do 
referente. A reativação do referente no texto é realizada 
por meio da referenciação anafórica ou catafórica, 
formando-se cadeias coesivas mais ou menos longas. 
 
A remissão anafórica realiza-se por meio de 
pronomes pessoais de 3ª pessoa(retos e oblíquos) e os 
demais pronomes; também por numerais, advérbios e 
artigos. Exemplos: 
1. A jovem acordou sobressaltada. Ela não conseguia 
lembrar-se do que havia acontecido e como fora parar ali. 
2. Márcia olhou em torno de si. Seus pais e seus irmãos 
observavam-na com carinho. 
3. O concurso selecionará os melhores candidatos. O 
primeiro deverá desempenhar o papel principal na nova 
peça. 
4. O juiz olhou para o auditório. Ali estavam os parentes 
e amigos do réu, aguardando ansiosos o veredito final. 
 
A remissão catafórica (para a frente) realiza-se 
preferencialmente através de pronomes demonstrativos 
ou indefinidos neutros, ou de nomes genéricos, mas 
também por meio das demais espécies de pronomes, de 
advérbios e de numerais. Exemplos: 
1. O incêndio havia destruído tudo: casas, móveis, 
plantações. 
2. Desejo somente isto: que me dêem a oportunidade de 
me defender das acusações injustas. 
3. O enfermo esperava uma coisa apenas: o alívio de 
seus sofrimentos. 
4. Ele era tão bom, o presidente assassinado! 
 
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6
Coerência textual “diz respeito ao modo como os 
elementos subjacentes à superfície textual vêm a 
constituir, na mente dos interlocutores, uma configuração 
veiculadora de sentido.” É a relação que se estabelece 
entre as diversas partes do texto, criando uma unidade 
de sentido. Está ligada ao entendimento, à possibilidade 
de interpretação daquilo que se ouve ou lê. Mas não 
basta costurar uma frase a outra para dizer que estamos 
escrevendo bem. Além da coesão, é preciso pensar na 
coerência. É possível escrever um texto coeso sem ser 
coerente. Observe: 
 
Os problemas de um povo têm de ser resolvidos pelo 
presidente. Este deve ter ideais muito elevados. Esses 
ideais se concretizarão durante a vigência de seu 
mandato .O seu mandato deve ser respeitado por todos. 
 
Ninguém pode dizer que falta coesão a esse 
parágrafo. Mas de que ele trata mesmo? Dos problemas 
do povo? Do presidente? Do seu mandato? Fica difícil 
dizer. Embora ele tenha coesão, não tem coerência. A 
coesão não funciona sozinha. No exemplo acima, 
teríamos que, de imediato, decidir qual a sua palavra-
chave: presidente ou problemas do povo? A palavra 
escolhida daria estabilidade ao parágrafo. Sem essa 
base estável, não haverá coerência no que se escrever; 
e o resultado será um amontoado de idéias. 
 
 Enquanto a coesão se preocupa com a parte 
visível do texto, sua superfície, a coerência vai mais 
longe, preocupa-se com o que se deduz do todo. 
 
Na verdade a coerência não está no texto, ela deve 
ser construída a partir dele, levando-se, portanto, em 
conta os recursos coesivos presentes no texto, 
funcionando como pistas para orientar o interlocutor na 
construção do sentido. 
A coerência exige uma concatenação perfeita entre as 
diversas frases, sempre em busca de uma unidade de 
sentido. Não se pode dizer, por exemplo, numa frase, 
que o "desarmamento da população pode contribuir para 
diminuir a violência", e , na seguinte, escrever: "Além 
disso, o desemprego tem aumentado substancialmente". 
É evidente a incoerência existente entre elas. 
Assim também é incoerente defender o ponto de vista 
contrário a qualquer tipo de violência e ser favorável à 
pena de morte, a não ser que não se considere a ação 
de matar como uma ação violenta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTES - QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
(Delegado PF-2002) Texto de base às questões 01, 02 
e 03. 
O que incomoda o terror 
O verdadeiro alvo visado pelos terroristas que 
atacaram Nova York e Washington não foram as torres 
gêmeas do sul de Manhattan nem o edifício do 
Pentágono. O atentado foi cometido contra um sistema 
social e econômico que, mesmo longe da perfeição, é o 
mais justo e livre que a humanidade conseguiu fazer 
funcionar ininterruptamente até hoje. 
Não foi um ataque de Davi contra Golias. Nem um 
grito dos excluídos do Terceiro Mundo que, de modo 
trágico mas efetivo, se fez ouvir no império. Foi uma 
agressão perpetrada contra os mais caros e mais frágeis 
valores ocidentais: a democracia e a economia de 
mercado. 
O que realmente incomoda a ponto de provocar a 
exasperação dos fundamentalistas, apontados como os 
principais suspeitos da autoria dos atentados, não é a 
arrogância americana ou seu apoio ao Estado de Israel. 
O que os radicais não toleram, mais que tudo, é a 
modernidade. É a existência de uma sociedade em que 
os justos podem viver sem ser incomodados e os pobres 
têm possibilidades reais de atingir a prosperidade com o 
fruto de seu trabalho. 
É esse o verdadeiro anátema dos terroristas que 
atacaram os EUA. Eles são enviados da morte, da elite 
teocrática, medieval, tirânica que exerce o poder absoluto 
em seus feudos. Para eles, a democracia é satânica. Por 
isso, tem de ser combatida. 
 
01. Julgue os itens que seguem, referentes ao texto. 
1)O texto considera que o sistema defensivo dos EUA, 
apesar de estar em vigor há muitos anos, é imperfeito. 
2) Segundo o texto, o ataque aos EUA teve por principais 
motivações fatores ideológicos e econômicos. 
3) Segundo o texto, os "excluídos do Terceiro Mundo" 
(l.10) não externalizaram seu grito de revolta perante a 
tragédia causada pelo atentado, porque, mesmo se o 
tivessem feito, não seriam escutados pelos 
imperialistas norte-americanos. 
4) Sabendo que "Davi" e "Golias", citados na linha 9 , são 
personagens bíblicas que lutam entre si, sendo 
pequeno o primeiro, e o segundo, um gigante, conclui-
se que elas são aludidas no texto em uma referência à 
diferença entre o poder de um grupo terrorista e o da 
maior potência mundial, após a Guerra Fria. 
5) Segundo o texto, a "modernidade" (l.20) 
estadunidense é um paradigma de sociedade perfeita 
por ser constituída pelos seguintes valores: 
democracia, trabalho, tranqüilidade e justiça. 
 
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02.Com referência ao uso de palavras e expressões 
no texto, julgue os itens abaixo. 
1) No contexto, é correto estabelecer-se uma relação 
semântica entre "torres gêmeas"(l.3) e "economia de 
mercado" (l.14) 
2) A palavra "perpetrada"(l.12) está empregada no 
sentido de perpetuada, ou seja, que perdurará na 
memória da humanidade para sempre. 
3) O adjetivo "caros" (l.13), no contexto, admite dois 
sentidos: o afetivo, significando estimados ou 
queridos, e o econômico, na acepção de valiosos. 
4) O termo "anátema"(l.25) está empregado em sentido 
denotativo, significando ódio profundo, aversão 
exacerbada. 
5) Pelo vocabulário empregado no último parágrafo do 
texto, depreende-se que o ataque aos EUA foi movido, 
também, por motivos religiosos. 
 
03. Julgue os itens a seguir quanto às idéias do texto 
e à correção gramatical. 
1) Infere-se, pelo terceiro parágrafo do texto, que a 
moderna sociedade americana é maniqueísta, por ser 
constituída por "justos"(l.21), sinônimo contextual de 
ricos, e "pobres" (l.22), homônimo também contextual 
de injustos. 
2) Mais do que a "arrogância americana"(l.18), conhecida 
internacionalmente, o que exaspera os terroristas é o 
apoio dos governantes americanos ao Estado de 
Israel. 
3) Segundo o autor do texto, para os americanos, 
democracia e economia mercadológica são termos 
antônimos e de transitório apreço. 
4) No terceiro parágrafo, radicais e fundamentalistas são 
palavras usadas para se referir aos suspeitos da 
autoria dos atentados. 
5) O verdadeiro anátema dos terroristas que atacaram os 
EUA é a modernidade. São enviados da elite 
teocrática, medieval, tirânica que exerce o poder 
absoluto em seu feudos da morte. Para esses 
terroristas, a democracia tem de ser combatida e 
destruída, pois é satânica. 
 
(Perito C.F.-2002) Os textos a seguir servirão de base 
às questões 04, 05 e 06. 
.Texto I 
A construção de uma cidade futurista, em pleno 
planalto central, que viria a ser a nova capital do país, 
ficará marcada para sempre na história brasileira como 
emblema maior da era JK. O presidente mais identificado 
com o sonho de um Brasil moderno, industrializado e 
desenvolvido. Quarenta anos depois, este Brasil está um 
pouco mais próximo de nós. E os ideais de progresso e 
modernidade, que se tornaram realidade naquele ano de 
1960, são o compromisso da Tele A para os próximos 
anos. Mas, para que os próximos anos sejam como todos 
nós esperamos, a Tele A está trabalhando desde já, 
criando e incorporando novas tecnologias, produtos e 
serviços. Em dois anos, foram instalados 250 mil novas 
linhas. A oferta de telefones públicos cresceu 50%, 
chegando a quem mais precisa. Modernizamos o 
atendimento aos nossos clientes, permitindo a você 
resolver tudo pelo telefone ou pela Internet. A Tele A 
investe anualmente mais de 150 milhões de reais e apóia 
projetos culturais e sociais efetivos que ajudam a tirar as 
crianças das ruas e possibilitam a integração dos 
deficientes físicos à sociedade. 40 anos depois da 
inauguração de Brasília, fica para nós a certeza de que 
estamos prontos para os próximos quarenta. 
 Vogue Brasil,nº 266(com adaptações) 
Texto II 
Tem muita gente perdendo dinheiro e novos negócios 
por não usar a ferramenta de telecomunicação ideal. Por 
isso, existe a Tele B que, além dos tradicionais serviços 
de voz, que utilizam linhas 100% digitais, oferece dois 
novos produtos exclusivos:o 0800 Light e o Vox Direta. 
No primeiro, além da alta qualidade da voz e do tráfego 
em linha digital, o benefício é o custo reduzido. Ele é 
ideal para as empresas que recebem grande quantidade 
de chamada 0800 de uma mesma cidade O segundo é 
indicado para as empresas que geram grande quantidade 
de chamada de longa distância para uma mesma cidade 
e precisam de um pacote econômico de custos. Esses 
produtos ainda contam com o excelente atendimento da 
equipe de apoio técnico e comercial, o que já é um 
padrão da Tele B. Se sua empresa cresceu, a rede de 
telecomunicações tem de acompanhar esse crescimento. 
Mas sem levar os custos junto. Por isso, a Tele B 
disponibiliza uma verdadeira comunidade virtual entre 
matriz, filiais, escritórios, clientes e fornecedores de sua 
empresa, formando uma rede de negócios segura, 
competitiva e muito veloz. 
 Veja, 19/9/2001,p.33(com adaptações) 
 
04. Julgue os itens, a partir das idéias expostas nos 
textos I e II. 
1) Os dois textos objetivam a venda de aparelhos 
telefônicos, distintos quanto à matéria de fabricação e 
quanto à procedência. 
2) O texto I aborda, com enfoque histórico, o serviço que 
está sendo disponibilizado ao mercado consumidor. 
3) Os destinatários do texto I são, exclusivamente, as 
empresas públicas ou privadas localizadas no Distrito 
Federal. 
4) Diferentemente dos clientes da Tele B, que poderiam 
acessar a Internet em tecnologia digital, os clientes da 
Tele A, no acesso à Internet mencionado na linha 16 
do texto, devem utilizar exclusivamente as redes dial-
up. 
5) A oferta de novos produtos e serviços, o incremento no 
número de linhas telefônicas e o aumento da 
competição no mercado das telecomunicações vêm 
ocorrendo no cenário das grandes privatizações 
desse setor, desencadeadas na década passada. 
 
05. Quanto aos aspectos gramaticais dos textos I e II, 
julgue os itens abaixo. 
1) No texto I, a palavra "futurista"(l.1) foi empregada 
indevidamente, uma vez que o adjetivo referente a 
futuro é futurística. 
2) No texto I, a oração "Para que os próximos anos sejam 
como todos nós esperamos"(l.9-10), por expressar 
uma circunstância de tempo, é classificada como 
adverbial temporal. 
3) As palavras "apóia" (l.17, texto I) e "apoio" (l.14, texto 
II), embora cognatas, não pertencem a mesma classe 
gramatical. 
4) Na linha 17 do texto II, está gramaticalmente correta a 
substituição de "crescimento. Mas" por crescimento, 
mas. 
5) Na linha 19 do texto II, os vocábulos "matriz" e "filiais" 
apresentam diferença de tratamento quanto à flexão 
de número por motivos semânticos. 
 
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06. A partir das idéias dos textos I e II, julgue os itens 
subseqüentes. 
1) Segundo o texto I, a empresa Tele A investe 
anualmente mais de 150 milhões de reais no apoio a 
projetos sociopolíticos para tirar as crianças das ruas. 
2) As empresas anunciadoras, Tele A e Tele B, 
apresentam, em comum, o fato de estarem fazendo 
propaganda de serviços de telecomunicações 
prestados à comunidade. 
3) Enquanto a propaganda do textoI dirige-se, 
principalmente, a um cidadão, tratando-o por você, a 
do texto II visa à comunicação com empresas. 
4) Infere-se do texto II que, no 0800 Light,a qualidade da 
voz e do tráfego em linha digital é a principal 
vantagem do beneficiário e que, no Vox Direta, a 
economia da própria empresa é favorecida. 
 
07.(PRF-2002) Texto 
Hotel Incluído 
 Em viagens acima de 300 km, não vale a pena 
usar o carro quando se está sozinho. O preço médio da 
passagem de ônibus entre as cidades de São Paulo e 
São José do Rio Preto é de R$ 50,00(ida e volta), 
enquanto, de carro, gasta-se R$65,00 só de 
pedágio(doze). Some a esse valor 1,5 tanque de 
combustível (R4130,00) e você terá gasto quatro vezes 
mais para desfrutar do prazer de dirigir do que gastaria 
se trocasse a direção por um assento de passageiro. Isso 
sem falar no desgaste do veículo e na possibilidade de 
ser multado se a pressa de chegar ao destino reduzir o 
seu cuidado em dirigir defensivamente. Ao usar o ônibus, 
é como se você ganhasse de presente uma diária em um 
hotel de bom nível na cidade para a qual viaja. Ou, se 
preferir, todas as refeições do fim de semana incluídas. 
http://www2.uol.com.br/quatrorodas 
 
A partir do texto acima, julgue os itens que se 
seguem. 
1. Como estratégia argumentativa, o leitor do texto ora é 
referido pelo índice de indeterminação “se”, ora pelo 
pronome “você”. 
2. Embora o verbo “usar” (l.1) não tenha explicitamente 
sujeito, textualmente pode-se para ele subentender o 
pronome se. 
3. O tempo verbal de “terá gasto” (l.6) indica uma ação 
que terá sido realizada antes de outra ocorrer no 
futuro, na hipótese de não se trocar a direção por um 
assento de passageiro. 
4. Na linha 9, a conjunção “e” adiciona dois 
complementos ligados a “falar”(l.9) 
 
08.(PRF-2002) Texto 
As ações de respeito para com os pedestres 
1. Motorista, ao primeiro sinal do entardecer, acenda os 
faróis. Procure não usar a meia-luz. 
2. Não use faróis auxiliares na cidade. 
3. Nas rodovias, use sempre os faróis ligados. Isso 
evita 50% dos atropelamentos. Se carro fica mais 
visível aos pedestres. 
4. Sempre, sob chuva ou neblina, use os faróis acesos. 
5. Ao se aproximar de uma faixa de pedestre, reduza a 
velocidade e preste atenção. O pedestre tem a 
preferência na passagem. 
6. Motorista, atrás de uma bola vem sempre uma 
criança. 
7. Nas rodovias, não dê sinal de luz quando verificar 
um trabalho de radar da polícia. Você estará ajudando 
um motorista irresponsável, que trafega em alta 
velocidade a não ser punido. Esse motorista, não 
sendo punido hoje, poderá causar uma tragédia no 
futuro. 
8. Não estacione nas faixas de pedestres. 
 
Considerando o texto acima, julgue os itens a seguir. 
1. As relações semânticas do terceiro tópico permitem 
subentender a idéia de porque entre “atropelamentos” 
e “seu”. 
2. No quarto tópico, a circunstância “sob chuva ou 
neblina” tem função caracteristicamente explicativa e, 
por isso, se for retirada, não se alterarão as condições 
de uso para “faróis acesos”. 
3. O sexto tópico, diferentemente dos outros, não 
explicita a ação do motorista, apenas fornece uma 
condição para que seja subentendida cautela. 
4. Embora o vocativo “Motorista” esteja explícito apenas 
em dois tópicos do texto, o emprego dos tempos 
verbais indica que está subentendido em todos os 
demais. 
5. Entre os diversos fatores que ampliam as ações de 
respeito para com os pedestres, está o fortalecimento 
do conceito de cidadania, marcante na civilização 
contemporânea. 
 
(PRF-2004) 
Não podemos ignorar as mudanças que se processam 
no mundo, sobretudo a emergência de países em 
desenvolvimento como atores importantes no cenário 
internacional, muitas vezes exercendo papel crucial na 
busca de soluções pacíficas e equilibradas para os 
conflitos. 
O Brasil está pronto a dar a sua contribuição. Não para 
defender uma concepção exclusivista da segurança 
internacional. Mas para refletir as percepções e os 
anseios de um continente que hoje se distingue pela 
convivência harmoniosa e constitui um fator de 
estabilidade mundial. O apoio que temos recebido, na 
América do Sul e fora dela, nos estimula a persistir na 
defesa de um Conselho de Segurança adequado à 
realidade contemporânea. 
 
09. Em relação ao texto acima, julgue os itens a 
seguir 
1. A partícula "se" (l.1) indica um sujeito indeterminado 
para o verbo processar. 
2. Preservam-se a coerência e a correção gramatical do 
texto ao se transformar a frase nominal "como atores 
importantes" (l.3) em oração subordinada adjetiva : que 
são atores importantes. 
3. São preservadas as relações lógicas e a correção 
gramatical do texto ao se substituir o ponto final 
imediatamente antes de "Mas" (l.8) por uma vírgula e 
fazer o necessário ajuste na letra inicial maiúscula 
desse vocábulo. 
4. Subentende-se do texto que alguns países em 
desenvolvimento buscam soluções pacíficas para os 
conflitos e que o Brasil pode representar os anseios de 
uma convivência harmoniosa. 
5. Infere-se do texto que um Conselho de Segurança 
adequado à realidade contemporânea não corresponde 
a uma concepção exclusivista da segurança 
internacional. 
 
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(PRF-2004) 
Que minhas primeiras palavras diante deste 
Parlamento Mundial sejam de confiança na capacidade 
humana de vencer desafios e evoluir para formas 
superiores de convivência no interior das nações e no 
plano internacional. 
Em nome do povo brasileiro, reafirmo nossa crença 
nas Nações Unidas. Seu papel na promoção da paz e da 
justiça permanece insubstituível. Rendo homenagem ao 
Secretário-Geral, Kofi Annan, por sua liderança na 
defesa de um mundo irmanado pelo respeito ao direito 
internacional e pela solidariedade entre as nações. 
O aperfeiçoamento do sistema multilateral é a 
contraparte necessária do convívio democrático no 
interior das nações. Toda nação comprometida com a 
democracia, no plano interno, deve zelar para que, 
também no plano externo, os processos decisórios sejam 
transparentes, legítimos, representativos. 
(Luis Inácio Lula da Silva. Fragmento de discurso na 
abertura da 58ª Assembléia Geral da ONU. Nova Iorque, 
23/9/2003 - com adaptações) 
 
10. A respeito das idéias e estruturas do texto acima 
e considerando aspectos atuais da política externa 
brasileira, julgue os itens seguintes. 
1. A idéia expressa por "confiança" (l.2) é 
complementada, sintática e semanticamente, por duas 
outras idéias expressas no texto como: "na capacidade 
humana de vencer desafios"(l.2-3) e "evoluir para 
formas superiores de convivência no interior das 
nações e no plano internacional" (l.3-5). 
2. As estruturas lingüísticas do texto permitem inferir que, 
mesmo anteriormente ao discurso, já se tinha fé nas 
Nações Unidas e no seu papel de promoção da paz e 
da justiça. 
3. Textualmente, o emprego do pronome possessivo 
"nossa" (l.6) remete à crença dos países-membros das 
Nações Unidas. 
4. Subentende-se uma oposição expressa por "interior 
das nações" (l.4-5) e "plano internacional" (l.5), 
oposição que é retomada, por coesão, com "plano 
interno" (l.15) e "plano externo" (l.15-16), 
respectivamente. 
5. A expressão "no plano interno" (l.15) está demarcada 
por vírgulas por exigência da mesma regra gramatical 
que justifica seu uso à linha 9 : a inserção de uma 
circunstância. 
6. Preservam-se as relações semânticas, a coerência de 
argumentação e a correção gramatical do texto ao 
substituir "para que" (l.15) por a fim de. 
7. Por constituir um termo singular de idéia genérica, 
mantêm-se as relações de significação e a coerência 
da argumentação do textose o termo "nação" (l.14) for 
empregado no plural - nações; mas, para preservar a 
correção gramatical do período, deve-se adequar a 
flexão de número de "Toda", "comprometida" e "deve" 
para Todas, comprometidas e devem e acrescentar 
as entre Todas e nações. 
8. Do último parágrafo do texto, a argumentação permite 
inferir uma relação de condição assim expressa: se a 
nação zela pela democracia, zela também pelo 
aperfeiçoamento do sistema multilateral. 
 
 
 
 
 
(PRF-2004) 
Por obrigação profissional, vivo metido no meio de 
pessoas de sucesso, marcadas pela notável superação 
de limites. Vejo como o brilho provoca a ansiedade do 
reconhecimento permanente. Aplauso vicia. Arriscando-
me a fazer psicologia de botequim, frase de auto-ajuda 
ou reflexões vulgares da meia-idade, exponho uma 
desconfiança: o adulto que gosta de brincar e não faz 
sucesso tem, em contrapartida, a magnífica chance de 
ser mais feliz, livre do vício do aplauso, mais próximo das 
coisas simples. O problema é que parece ridículo uma 
escola informar aos pais que mais importante do que 
gerar bons profissionais, máquinas de produção, é fazer 
pessoas felizes por serem o que são e gostarem do que 
gostam. 
(Gilberto Dimenstein. O direito de brincar In Folha de 
S.Paulo,2/11/2001,p.C8-com adaptações) 
 
11. Acerca das idéias e das estruturas do texto acima, 
que aborda aspectos da sociedades contemporânea, 
e considerando as transformações históricas 
ocorridas no Brasil a partir de meados do século XX, 
julgue os itens que se seguem. 
1) A opção pelo emprego do ponto de vista em primeira 
pessoa atribui ao texto certo grau de subjetividade e 
configura um gênero de artigo em que as opiniões são 
assumidas de forma pessoal. 
2) Expressões como "vivo metido no meio de pessoas" 
(l.1) e "psicologia de botequim" (l-4-5) denotam 
interesse em produzir um texto coloquial, informal, que 
se distancia dos gêneros próprios do discurso 
científico. 
3) No contexto, a alusão a "livro de auto-ajuda" (l.5) 
configura valorização e respeito científico a esse tipo 
de publicação. 
4) A direção argumentativa do texto defende a idéia de 
que o indivíduo tem chance de ser mais feliz quando 
persegue e alcança o sucesso, já que supera seus 
limites e os dos outros. 
 
(PRF-2004) Texto 
É opinião unânime entre os analista políticos que, até 
agora, o melhor desempenho do governo Luiz Inácio Lula 
da Silva está se dando no campo diplomático. O primeiro 
grande êxito foi a intermediação do conflito entre o 
presidente venezuelano Hugo Cháves e seus opositores. 
O segundo grande êxito dessa política refere-se às 
negociações para a criação da Área de Livre Comércio 
das Américas (ALCA). Na última conferência da 
Organização Mundial do Comércio (OMC), realizada no 
balneário mexicano de Cancum, o Itamaraty, 
manobrando habilmente nos meandros da diplomacia 
internacional, impediu que os Estados Unidos da América 
(EUA) escondessem seu protecionismo ferrenho atrás da 
propaganda do livre comércio, que constitui a justificativa 
para a formação da ALCA. O mais recente êxito de Lula 
na ordem internacional foi o discurso proferido na 
Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, 
em Nova Iorque, quando propôs a criação de um comitê 
de chefes de Estado para dinamizar as ações de 
combate à fome e à miséria em todo o mundo. 
(Plínio de Arruda Sampaio, Política Externa 
Independente, com adaptações) 
 
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12. Tendo o texto por referência inicial e 
considerando situações históricas relativas à 
inserção internacional do Brasil e o quadro 
econômico mundial contemporâneo, julgue os itens 
seguintes. 
1) A substituição da expressão “está se dando (l.3) por 
vêm se dando mantém a correção gramatical e a 
coerência semântica do período. 
2) A expressão “ dessa política” (l.6) refere-se à política 
diplomática do governo de Luiz Inácio Lula da Silva 
em relação aos conflitos da Venezuela. 
3) Na linha 6, o sinal indicativo de crase deve ser 
mantido caso se prefira a redação refere-se à 
negociações. 
4) A palavra “ meandros” (l.10), empregada em sentido 
conotativo, confere à idéia de “ diplomacia 
internacional “ (l.11) a noção de complexidade, ou 
seja, emaranhado de processos e negociações 
sinuosas. 
5) A expressão “ferrenho” (l.12) está associada à idéia 
de implacável, duro, férreo. 
6) De acordo com as informações do texto, a justificativa 
para a formação da ALCA é o protecionismo inerente 
ao livre comércio. 
7) Os sinais indicativos de crase em “ combate à fome e 
à miséria” (l.18) podem ser eliminados sem prejuízo 
para a correção do período. 
 
(PRF-2004)Texto 
 A violência nas grandes cidades brasileiras 
tornou-se uma prática gratuita. Há pessoas, 
principalmente jovens, “que gostam de exercer a 
violência”. O diagnóstico é do antropólogo Gilberto Velho, 
que há dez anos vem fazendo uma pesquisa qualitativa 
com vítimas da criminalidade do Rio. “A violência tem 
rompido barreiras que existiam, como não agredir idosos. 
Os idosos dizem que os jovens são agressivos, que são 
capazes de empurrá-los numa fila de ônibus” , disse 
Velho. A cultura da violência, acrescentou o antropólogo, 
provocou o acovardamento da população das cidades. 
“Quando uma senhora idosa é assaltada, homens mais 
ou menos dispostos não se movimentam para socorrê-la 
de imediato. O medo gera a covardia. Espera-se que o 
poder público socorra, mas o poder público é ausente. 
 
13. Em relação a aspectos gramaticais e às idéias do 
parágrafo, julgue os itens subseqüentes. 
1) A expressão “principalmente jovens” (l.2-3) está entre 
vírgulas por tratar-se de termo intercalado para 
especificar a informação anterior. 
2) O emprego de aspas indica que, nos trechos em que 
elas ocorrem, os pensamentos do antropólogo foram 
parafraseados. 
3) Infere-se do texto que, anteriormente, existiam limites 
que o senso comum e a ética social estabeleciam à 
violência - como é o caso de “não agredir idosos” (l.7-
8) 
4) , os quais estão sendo rompidos. 
5) As formas pronominais enclíticas “-los” (l.9) e “-la” 
(l.14) referem-se, respectivamente, à segunda 
ocorrência de ‘idosos’ (l.8) e a ‘senhora idosa’ (l.12). 
 
 
 
 
 
 
 
(Agente PF-2002)Texto de base às questões 14 e 15 
Atualmente, a concepção de ato violento é bastante 
ampla, indo além da noção tradicional, que o vinculava à 
existência de dano físico. Somos sensíveis a novos tipos 
de violência, que antes não eram considerados como tal: 
discriminação por cor, sexo, idade, etnia, religião, escolha 
sexual, e situações de constrangimento, exclusão ou 
humilhação. Trata-se, portanto, de uma definição de 
longo alcance, abrangente, que decorre de um processo 
histórico que resultou na pacificação da sociedade, na 
ampliação das normas e em uma maior intolerância ao 
que será considerado violência. 
(Andrea Buoro et al.Violência urbana - dilemas e 
desafios) 
 
 14. Considerando o texto, julgue os itens a seguir. 
1) Mantêm-se as relações semânticas e preserva-se a 
correção sintática do primeiro período do texto ao se 
substituir "indo além" (l.2) por porque vai além. 
2) Antes de "vinculava" (l.2), "o" é pronome que se refere 
a "ato violento".(l.1) 
3) O uso do sinal de dois-pontos após "tal" (l.4) justifica-
se por anteceder uma enumeração, que, no caso, é 
composta por dois núcleos: discriminação e situações. 
4) Pelo emprego das formas verbais do texto, em 
especial pela utilização de "Trata-se" (l.7), o uso da 
primeira pessoa do plural em "Somos" (l.3) provoca 
inconsistência gramatical e incoerência textual. 
5) Um dos tipos de violência explicitados pelo texto foi 
consideradocrime inafiançável pela Constituição da 
República de 1988; posteriormente, a legislação penal 
brasileira tipificou-o como crime hediondo. 
 
15. Ainda considerando o texto, julgue os itens 
subseqüentes. 
1) Mantém-se o sentido do último período do texto 
substituindo-se "decorre de um processo"(l.8) por 
decorre como um processo. 
2) A supressão do artigo indefinido na expressão "uma 
maior intolerância"(l.10) não prejudica a correção 
gramatical nem a argumentação da autora. 
3) A expressão "Intolerância ao que será"(l.10) pode ser 
reescrita de forma gramaticalmente correta como 
intolerância àquilo que será. 
4) Segundo o texto, a forma como se concebe o ato de 
violência é histórica, isto é, evolui com a transformação 
da sociedade. No Brasil, é exemplo disso a 
naturalidade com que a escravidão foi aceita por mais 
de três séculos e, nos dias de hoje, mostra-se 
anacrônica para a maioria da sociedade. 
5) Na atualidade, o Brasil discute a implementação de 
políticas públicas voltadas para a valorização da 
população negra, inclusive com a fixação de cotas que 
lhe garantam acesso à educação superior, proposta 
consensualmente aceita por governantes e lideranças 
sociais. 
 
(Escrivão PF-2002)Texto 
Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana. 
Alguns setores da sociedade acreditam que a vida do 
criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas 
honestas. O problema é que o criminoso pensa do 
mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a 
vida do dono da carteira deve ter algum valor? Se 
provavelmente estará morto antes dos trinta anos de 
idade (como várias pesquisas comprovam), por que se 
preocupar em não matar o proprietário do automóvel que 
ele vai roubar? 
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[ 
16. Em relação ao texto acima, julgue os itens que se 
seguem. 
1) Há um consenso na sociedade de que o valor da vida 
não é hierárquico, é equivalente para todos os seres 
humanos. 
2) Os criminosos acreditam que o valor da vida das 
pessoas que são por eles roubadas é superior ao 
valor de sua própria vida. 
3) O uso da primeira pessoa do plural em “Perguntamo-
nos” tem a função generalizada de estender o 
questionamento a qualquer ser humano. 
4) O primeiro período do texto dispensa o ponto de 
interrogação por tratar-se de interrogação indireta. 
5) Seria correto colocar sinal de dois-pontos após 
“Perguntamo-nos” e ponto de interrogação após 
“humana”. 
 
(PF – 2004/agente/regional) 
A vida humana como valor jurídico 
Vivemos sob a égide de uma Constituição que orienta 
o Estado no sentido da dignidade da pessoa humana, 
tendo como normas a promoção do bem comum, a 
garantia da integridade física e moral do cidadão e a 
proteção incondicional do direito à vida. Essa proteção é 
de tal forma solene que o atentado a essa integridade 
eleva-se à condição de ato de lesa-humanidade: um 
atentado contra todos os homens. 
Afirma-se que a Constituição do Brasil protege a vida 
e que tudo aquilo que soa diferente é contrário ao Direito 
e por isso não pode realizar-se.Todavia, dizer que a vida 
depende da proteção da Carta Maior é superfetação 
porque a vida está acima das normas e compõe todos os 
artigos, parágrafos, incisos e alíneas de todas as 
constituintes. 
A cada dia que passa, a consciência atual, despertada 
e aturdida pela insensibilidade e pela indiferença do 
mundo tecnicista, começa a se reencontrar com a mais 
lógica de suas normas: a tutela da vida. Essa consciência 
de que a vida humana necessita de uma imperiosa 
proteção vai criando uma série de regras que se ajustam 
mais e mais com cada agressão sofrida, não apenas no 
sentido de se criar dispositivos legais, mas como maneira 
de estabelecer formas mais fraternas de convivência. 
Este, sim, seria o melhor caminho. 
Tudo isso vai sedimentando a idéia de que a vida de 
todo ser humano é ornada de especial dignidade, o que 
deve ser colocado de forma clara em defesa da proteção 
das necessidades e da sobrevivência de cada um. 
Esses direitos fundamentais e irrecusáveis da pessoa 
humana devem ser definidos por um conjunto de normas 
que possibilitem que cada um tenha condições de 
desenvolver suas aptidões e suas possibilidades. 
(texto Internet 
www.dhnet.org.br/denúncia/tortura/textos/perícia.ago/200
4-com adaptações) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17. Considerando as idéias e a estrutura do texto 
acima, julgue os itens seguintes e marque a 
alternativa correta. 
1) O texto defende que a sociedade brasileira, apesar de 
vítima da violência do contexto tecnológico atual, tem 
por valor superafetado a proteção do direito à vida, 
garantido constitucionalmente. 
2) Entre os pilares que sustentam a Carta Magna 
brasileira – a dignidade da pessoa, o respeito ao 
cidadão, a garantia da sua integridade, o 
fortalecimento do bem comum e o resguardo do direito 
à vida - , sobreleva-se este último, pela qualidade de 
incondicional. 
3) É redundante afirmar que a Constituição do Brasil dá 
especial ênfase à defesa à existência no país, uma vez 
que a vida sobreleva-se a constituições sociais e está 
pressuposta em vários dispositivos legais. 
4) O texto argumenta que é universal e incontestável a 
consciência de que urge o estabelecimento de formas 
mais fraternas de convivência no mundo atual. 
5) O texto estrutura-se de forma dissertativa, com léxico 
predominantemente denotativo, apesar de haver 
palavras empregadas em sentido conotativo, a 
exemplo de “soa”e “ornada”. 
 
(PF-2004/agente/regional) Perito, com orgulho 
Ben Hur, um senhor de aspecto venerando, prepara-se 
para comemorar os seus 86 anos de vida. Homem 
grande e de olhar calmo, perito aposentado da Polícia 
Federal, é um perito à moda antiga: entrou para a Polícia 
Federal em 1955, após um curso ministrado pelo PCF 
Villanova( hoje, uma referência para os profissionais da 
área). 
Foram 71 anos dedicados ao serviço público, pois 
antes trabalhou como guarda civil patrulhando o trânsito 
em uma motocicleta. Uma de suas memórias mais 
queridas foi ter participado da inauguração de um dos 
maiores estádios de futebol do mundo – o Maracanã - , 
em 1950. 
A Polícia Federal foi minha casa, minha vida, orgulha-
se o perito aposentado. Ele diz ainda que gostava muito 
do trabalho que realizava: “Fazia com muito amor e 
respeito”. Das 1.260 perícias realizadas, nenhum laudo 
cancelado. “Apenas um foi contestado, mas fui ao juiz e 
expliquei tudo. Deu tudo certo”, afirmou. 
Ben Hur lembra que as técnicas periciais eram outras. 
“A perícia no meu tempo era feita à mão. Também não 
tínhamos máquina fotográfica para auxiliar no trabalho”, 
disse ele. Entre uma lembrança e outra, não se esquece 
de elogiar seus atuais colegas. “Os peritos sempre foram 
muito respeitados”. 
Depois de tantos anos servindo a sociedade, hoje o 
perito aposentado aproveita seu descanso curtindo os 
netos, sem nunca deixar de reverenciar a querida 
esposa, falecida no início da década de 90, a quem ele, 
até hoje, dedica muito amor e carinho. 
 
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18. Os fragmentos seguintes, na ordem em que são 
apresentados, correspondem a reescrituras 
sucessivas dos parágrafos do texto acima. Julgue-os 
quanto à correção gramatical e à manutenção de 
idéias originais. 
1) Ben Hur, um senhor de olhar calmo e venerável 
aparência, perito aposentado, ingressou na Polícia 
Federal à maneira de antigamente: depois de um 
curso ministrado por um profissional mais experiente 
que hoje é considerado uma referência na área da 
perícia.2) Ben Hur trabalhou, inicialmente como guarda-civil, 
patrulhando o trânsito de motocicleta. Desta época, 
uma de suas recordações mais queridas foi ter 
tomado parte da inauguração do Maracanã, em 1950. 
3) O perito aposentado afirmou, vaidosamente, que a 
Policia Federal era a sua casa, a sua vida, e que 
apreciava muito da atividade que realizava com amor 
e respeito. Não teve cancelado sequer um dos mil, 
duzentos e sessenta laudos periciais realizados; 
apenas uma vez foi contestado, mas ele foi ao juiz e 
explicou tudo, saindo vitorioso ao final. 
4) As técnicas periciais antigamente eram outras: a 
perícia era feita à mão, não existiam máquina 
fotográfica para auxiliar o trabalho; mesmo assim, os 
peritos sempre eram muito elogiados. 
5) Por ser uma pessoa muito afetuosa, Ben Hur serviu à 
sociedade brasileira muitos anos, e agora, 
aposentado, aproveita o descanso, para cuidar dos 
netos e lembrar da querida esposa, falecida no início 
dos anos 90, cujo carinho e amor, até hoje ele dedica 
 
(CNPq-Programa de Ação Afirmativa – Bolsas – 
Prêmio de Vocação para a Diplomacia // maio/2004) 
A partir das últimas décadas do século XVIII, quando a 
pintura mineira, principalmente caracterizada pelos forros 
de igrejas pintados em perspectiva ilusionista, evolui para 
o estilo rococó, com sua típica decoração em 
concheados e trama arquitetônica vazada, já os artistas 
mulatos, filhos de portugueses e escravas, 
sobrepujavam em número os brancos, filhos de casais 
legítimos de portugueses ou recentemente emigrados. 
 
19. Em relação ao texto acima, julgue os itens que se 
seguem. 
1) Alteram-se as relações de sentido, mas preserva-se a 
coerência textual, ao se substituir “A partir das” por 
Nas; mas, nesse caso, torna-se obrigatória a retirada 
do advérbio “já”, para que seja também preservada a 
correção gramatical. 
2) As vírgulas logo depois de “XVIII” e de “mineira” 
demarcam um aposto de valor temporal, por isso 
nenhuma delas deve ser retirada para que o texto se 
mantenha gramaticalmente correto. 
3) O emprego da preposição em “sobrepujavam em 
número os brancos”obedece às regras de regência da 
norma padrão para o verbo sobrepujar; por isso, 
seria incorreta do ponto de vista da regência a 
seguinte estrutura: sobrepujava o número de 
brancos. 
4) Depreende-se do fragmento que o estilo rococó foi o 
primeiro estilo arquitetônico utilizado nas igrejas de 
Minas, caracteriza-se por pinturas em perspectiva 
ilusionista e apresenta decoração em forma de concha 
e trama arquitetônica vazada. 
5) O fragmento é constituído por um só período sintático; 
por isso, seus sentidos são ambíguos e pouco claros, 
o que inviabilizaria a utilização dele em 
correspondência oficial. 
 
(PF-2004/Agente administrativo)Texto 
A proximidade não nos tem tornado mais solidários e 
amigos. À luz da crescente mercantilização das relações 
humanas, quase tudo é encarado em termos de lucro e 
benefício. Não importa que guerras fratricidas ameacem 
a existência de nações africanas. Os países 
metropolitanos continuarão fabricando e exportando 
armas – que a África não produz – e permanecerão 
insensíveis ao genocídio se, no palco das operações, não 
houver diamantes, petróleo ou qualquer outra riqueza que 
justifique a intervenção das tropas globocolonizadas, 
como ocorreu no Iraque e na Iugoslávia. 
 
20.Tendo o texto acima como referência e 
considerando o cenário mundial contemporâneo, 
julgue os itens que se seguem. 
1) Osama bin Laden, considerado inimigo público número 
1 dos norte-americanos, justamente por suas ações 
terroristas, foi capturado, julgado e executado pelos 
EUA, alguns meses após a invasão do Iraque. 
2) No texto, a substituição de “ À luz” (l.2) por Sob a luz 
prejudicaria a coerência e a correção gramatical do 
período. 
3) A idéia expressa pela palavra “ mercantilização “ (l.2) , 
que é oposta à de solidariedade e à de amizade, 
articula-se com as noções de mercado e de relações 
baseadas em vantagens(...). 
4) Depreende-se das idéias do texto que somente haverá 
intervenção estrangeira para impedir ou atenuar 
guerras nos países e regiões onde existam riquezas 
que possam interessar outros países . 
5) A palavra “genocídio” (l.7) significa extermínio 
deliberado, parcial ou total de uma comunidade, grupo 
étnico, racial ou religioso. 
6) Pelo contexto, compreende-se que a palavra “palco” 
(l.8) foi empregada em seu sentido denotativo. 
7) Depreende-se do neologismo “globocolonizadas” que 
os exércitos que atuam nas intervenções em países 
que vivem guerras genocidas representam forças 
hegemônicas do processo de globalização. 
8) A oração “ que justifique a intervenção das tropas 
“globocolonizadas” (l.9-10) não está antecedida por 
vírgula porque expressa restrição. 
 
 (CAIXA-2006/adv.júnior/ UnB/CESPE) Texto 
Quebrar o círculo vicioso da pobreza significa oferecer 
oportunidades para as camadas de renda mais baixa da 
população, sobretudo por meio da educação de 
qualidade. O Governo Federal vem perseguindo, desde 
1995, combater a pobreza estrutural e promover a 
inclusão social, após ampliar a oferta de vagas no ensino 
fundamental. 
Desenvolvido a partir de iniciativas bem-sucedidas de 
alguns municípios brasileiros, o Programa Nacional do 
Bolsa Escola foi criado em 2001 com a proposta de se 
conceder benefício monetário mensal a milhares de 
famílias brasileiras em troca da manutenção de suas 
crianças nas escolas. O dinheiro é pago diretamente à 
população por meio de cartões magnéticos, nas agências 
da Caixa Econômica Federal, nos postos de atendimento 
do Caixa Aqui ou em casas lotéricas. 
 
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21. Com referência ao texto acima, julgue os itens 
subseqüentes. 
1) Com relação à tipologia textual, o texto, 
fundamentalmente descritivo, pertence ao gênero 
propaganda. 
2) A expressão “iniciativas bem-sucedidas” (l.7) é o 
sujeito sintático do período que se estende das linhas 
7 a 12. 
3) Não se altera a idéia básica do texto, ao se 
complementar o sentido do vocábulo “oportunidades” 
(l.2) com a expressão de vida melhor. 
4) A forma verbal “vem perseguindo”(l.4) possui três 
complementos diretos: pobreza, inclusão e oferta de 
vagas. 
 
(Perito Criminal Federal / PF– 25/9/2004) Texto I 
Diversos municípios brasileiros, especialmente 
aqueles que se urbanizam de forma muito rápida, não 
oferecem à população espaços públicos para a prática de 
atividades culturais, esportivas e de lazer. A ausência 
desses espaços limita a criação e o fortalecimento de 
redes de relações sociais. Em um tecido social 
esgarçado, a violência é cada vez maior, ameaçando a 
vida e enclausurando ainda mais as pessoas nos 
espaços domésticos. (Internet:http://www.polis.org.br -
com adaptações). 
 
22. Considerando o texto I, julgue os seguintes itens. 
1) A expressão “tecido social esgarçado”(l.6) está 
empregada em sentido figurado e representa a idéia 
de que as estruturas sociais estão fortalecidas em 
suas instituições oficiais. 
2) A inserção da palavra conseqüentemente, entre 
vírgulas, antes de “cada vez”(l.7) torna explícita a 
relação entre idéias desse período e aquelas 
apresentadas anteriormente no texto. 
3) A expressão “ainda mais”(l.8) reforça a idéia implícita 
de que há dois motivos para o enclausuramento das 
pessoas: a falta de espaços públicos que favoreçam 
as relações sociais com atividades culturais, 
esportivas e de lazer e o aumento da ameaça de 
violência. 
 
 (Perito Criminal Federal / PF– 25/9/2004) Texto II 
Entre os primatas, o aumento da densidade 
populacional não conduz necessariamente à violência 
desenfreada. Diante da redução do espaçofísico, 
criamos leis mais fortes para controlar os impulsos 
individuais e impedir a barbárie. Tal estratégia de 
sobrevivência tem lógica evolucionista: descendemos de 
ancestrais que tiveram sucesso na defesa da integridade 
de seus grupos; os incapazes de fazê-lo não deixaram 
descendentes. Definitivamente, não somos como os 
ratos. 
(Dráuzio Varella Internet:http://www.drauziovarella.com.br 
-com adaptações). 
 
23. Acerca dos textos I e II , julgue os itens a seguir. 
1) Tanto no texto I como no II, a questão do espaço físico 
como um dos fatores intervenientes no processo de 
intensificação da violência é vista sob o prisma da 
densidade populacional excessiva. 
2) Como a escolha de estruturas gramaticais pode 
evidenciar informações pressupostas e significações 
implícitas, no texto II, o emprego da forma verbal em 
primeira pessoa – “criamos” (l.3) – autoriza a 
inferência de que os seres humanos pertencem à 
ordem dos primatas. 
3) Por funcionar como um recurso coesivo de 
substituição de idéias já apresentadas, no texto II, a 
expressão “Tal estratégia de sobrevivência”(l.5) retoma 
o termo antecedente “violência desenfreada” (l.2 – 3) 
 
 (BB-10/06/2007/ UnB/CESPE) 
Texto para os itens 1 a 10. 
Os bancos médios alcançaram um de seus melhores 
anos em 2006. A rigor, essas instituições não optaram 
por nenhuma profunda ou surpreendente mudança de 
foco estratégico. Bem ao contrário, elas apenas voltaram 
a atuar essencialmente como bancos: no ano passado a 
carteira de crédito dessas casas bancárias cresceu 
39,2%, enquanto a carteira dos dez maiores bancos do 
país aumentou 26,2%, ambos com referência a 2005. 
É apressado asseverar que essa expansão do 
segmento possa gerar maior concorrência no setor. Vale 
lembrar, apenas como comparação, que a chegada dos 
bancos estrangeiros (nos anos 90) não surtiu o efeito 
esperado quanto à concorrência bancária. Os bancos 
estrangeiros cobram o preço mais alto em 21 tarifas. E os 
bancos privados nacionais, médios e grandes, têm os 
preços mais altos em outras 21. O tamanho do banco não 
determina o empenho na cobrança de tarifas. O principal 
motivo da fraca aceleração da concorrência do sistema 
bancário é a permanência dos altos spreads, a diferença 
entre o que o banco paga ao captar e o que cobra ao 
emprestar, que não se altera muito, entre instituições 
grandes ou médias. 
Vale notar, também, que os bons resultados dos 
bancos médios brasileiros atraíram grandes instituições 
do setor bancário internacional interessadas em 
participação segmentada em forma de parceria. O 
Sistema Financeiro Nacional só tem a ganhar com esse 
tipo de integração. Dessa forma, o cenário, no médio 
prazo, é de acelerado movimento de fusões entre bancos 
médios, processo que já começou. Será um novo capítulo 
da história bancária do país. 
 Gazeta Mercantil, Editorial, 28/3/2007. 
 
24. A respeito do texto acima e de aspectos 
relacionados ao tema nele abordado, julgue os itens a 
seguir. 
1) Pelos sentidos do texto, os bons resultados dos 
bancos médios contribuem para acelerar 
significativamente a concorrência bancária. 
2) O interesse dos gigantes do setor bancário 
internacional pelas instituições brasileiras prejudica o 
Sistema Financeiro Nacional. 
3) O pronome “elas” (l.4) retoma o antecedente “essas 
instituições” (l.2) 
4) Na linha 5, mantém-se a correção gramatical do texto 
ao se substituir o sinal de dois-pontos por ponto final, 
colocando-se inicial maiúscula em “no”. 
5) O emprego do subjuntivo em “possa” (l.10) justifica-se 
por se tratar de uma afirmação hipotética. 
6) Estaria gramaticalmente correta a inserção da 
conjunção Portanto, seguida de vírgula, antes de “O 
tamanho do banco” (l.16), com ajuste na inicial 
maiúscula. 
7) Mantém-se a correção gramatical do período ao se 
substituir a vírgula após “spreads” (l.9) por sinal de 
dois-pontos. 
8) A relação semântico-sintática entre o período que 
termina em “parceria” (l.25) e o que começa com “O 
Sistema Financeiro” seria corretamente explicitada por 
meio da conjunção Entretanto. 
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9) A inserção do pronome Ela antes de “Será um novo 
capítulo” (l.29), com ajuste de maiúscula, mantém a 
coesão textual. 
10) correção gramatical, o nível de formalidade e as 
escolhas lexicais permitem afirmar-se que a linguagem 
do texto está apropriada para correspondências 
oficiais. 
 
 (BB-10/06/2007/ UnB/CESPE) 
Texto para os itens 1 a 5. 
 
1) Não foi por falta de aviso. Desde 2004, a Aeronáutica 
vem advertindo dos riscos do desinvestimento no 
controle do tráfego. Ao apresentar suas propostas 
orçamentárias de 2004, 2005 e 2006, o Departamento 
de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) informou, por 
escrito, que a não liberação integral dos recursos 
pedidos levaria à situação vivida agora no país. Mesmo 
assim, as verbas foram cortadas ano após ano pelo 
governo, em dois momentos: primeiro no orçamento, 
depois na liberação efetiva do dinheiro. 
2) As advertências do DECEA foram feitas à Secretaria 
de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, 
na oportunidade em que foram solicitadas verbas para 
“operação, manutenção, desenvolvimento e 
modernização do Sistema de Controle do Espaço 
Aéreo Brasileiro (SISCEAB)”. Elas são citadas em 
relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). 
O Estado de S.Paulo, 25/3/2007,p.C6(com adaptações) 
 
25.Com referência às estruturas e às idéias do texto, 
bem como a aspectos associados aos temas nele 
tratados, julgue os próximos itens. 
1) A expressão “Não foi por falta de aviso” (l.1) é 
adequada para iniciar um ofício. 
2) A palavra “desinvestimento” (l.2), neologismo criado 
com base nas possibilidades da língua, está sendo 
empregada no sentido de diminuição, limitação de 
investimentos. 
3) O sinal indicativo de crase em “à situação” (l.7) 
justifica-se pela regência de “pedidos” (l.6) e pela 
presença de artigo definido, feminino, singular. 
4) A substituição da expressão “foram solicitadas” (l.13) 
por se solicitaram prejudica a correção gramatical do 
período. 
5) Conhecida como apagão aéreo, a atual crise da 
aviação brasileira surgiu inesperadamente e por 
motivos aparentemente desconhecidos, como se 
depreende da leitura do texto. 
 
 (BB-10/06/2007/ UnB/CESPE) 
Texto para os itens 1 a 4. 
Em meio a uma crise da qual ainda não sabe como 
escapar, a União Européia celebra os 50 anos do 
Tratado de Roma, pontapé inicial da integração no 
continente. Embora sejam muitos os motivos para 
comemorar, como a manutenção da paz e a 
consolidação do mercado comum, os chefes dos 27 
Estados-membros têm muito com o que se preocupar. A 
discussão sobre a Constituição única não vai adiante, a 
expansão para o leste dificulta a tomada de decisões e 
os cidadãos têm dificuldade para identificar-se como 
parte da megaestrutura européia. 
 O Estado de S.Paulo,25/3/2007,p.A20 
 
 
 
26. Com referência às estruturas e às idéias do texto, 
bem como a aspectos associados aos temas nele 
tratados, julgue os itens subseqüentes. 
1) O emprego de preposição em “da qual”(l.1) atende à 
regência do verbo “escapar”(l.2) 
2) As vírgulas logo após “comemorar” (l.4) e “comum” 
(l.5) podem, sem prejuízo para a correção gramatical 
do período, ser substituídas por travessões. 
3) Na linha 6, a forma verbal “têm” está no plural para 
concordar com “Estados-membros”. 
4) Mantém-se a correção gramatical do texto ao se 
escrever com o que se preocupar: a discussão em 
lugar do trecho “com o que se preocupar. A discussão” 
(l.6-7) 
 
 (BB-12/08/2007/ UnB/CESPE) 
Texto de base para os itens 1 a 6. 
Crianças e adolescentes que trabalham no Brasil 
somam

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