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Propriedade Intelectual e Direitos Autorais

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Universidade do Estado do Pará 
Centro de Ciências Naturais e Tecnologia 
Curso de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas 
 
Disciplina: Direito aplicado à Informática Profª. MSc. Josilene F. Mendes 
 
 AULA 2 
 
UNIDADE II: Direito de Propriedade Intelectual 
 
2.1 – Propriedade Intelectual: direito do autor, direito de propriedade 
industrial e repressão ao abuso do poder econômico (antitruste); 
 
 
 Propriedade intelectual 
 
 
Direito autoral Propriedade Industrial Antitruste 
 
 
Proteção constitucional e legislações 
 
Constituição Federal de 1988: 
“Art. 5º (...) 
XXVII – aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar”. 
 
Legislações: nº 9.278 de 1996; nº 9.609 de 1998 e nº 9610 de 1998. 
 
 Lei 9.610 de 1998 – Direitos autorais 
Quem é autor? 
“Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica”, pode ser 
pessoa jurídica também (Art. 11). Direito de utilizar, fruir, dispor e de autorizar a 
utilização ou fruição por outras pessoas. 
 
Identificação  nome civil completo ou abreviado, só as iniciais, pseudônimo ou outro 
sinal convencional. 
 
Co-autor: aquele que tem participação na criação da obra, não meramente auxilia ou 
fiscaliza a edição da obra. (Ex.: Art. 16). 
 
Autor ≠ Titular 
Titular: quem adapta, traduz, arranja ou orquestra obra caída no domínio público, não 
podendo opor-se a outra adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo se for cópia 
da sua (art.14). 
Exs.: Organizador, art. 17, § 2º e Cessão de direitos de autor no art. 49. 
 
Quais são as obras protegidas? 
“Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por 
qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou 
que se invente no futuro, tais como: 
I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; 
II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza; 
III - as obras dramáticas e dramático-musicais; 
IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixe por escrito ou 
por outra qualquer forma; 
V - as composições musicais, tenham ou não letra; 
VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas; 
VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da 
fotografia; 
VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética; 
IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza; 
X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, 
topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; 
XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas 
como criação intelectual nova; 
XII - os programas de computador; 
XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de 
dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, 
constituam uma criação intelectual”. 
 
Sobre programa de computador na Lei 9610/98 
“Art.2º. § 1º Os programas de computador são objeto de legislação específica, 
observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis”. 
Hierarquia na aplicação de normas: 
Legislação específica  legislação geral = aplicação direta da Lei 9609/98  aplicação 
subsidiária da lei 9610/98 
 
Quais são os direitos autorais? 
direitos morais (art. 24) e 
direitos patrimoniais (art. 28): pela cessão, reprodução, distribuição, entre outras 
modalidades. 
OBS: O §1º do art. 2º da Lei nº 9609/98 dispõe que não se aplica ao programa de 
computador os direitos morais, somente o de reivindicação da paternidade, cujo direito é 
imprescritível. 
 
Direitos patrimoniais do autor: 
“Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a utilização da obra, por 
quaisquer modalidades, tais como: 
(...) 
IX - a inclusão em base de dados, o armazenamento em computador, a microfilmagem e 
as demais formas de arquivamento do gênero;”. 
 
 Lei n. 9609/98 Lei n.9610/98 
 (Software) (Autor) 
 Art. 2º,§2º Art. 41 
 50 anos (criação ou registro) 70 anos (depois da morte) 
 Não trata sobre Domínio Público Domínio público 
Sanções penais e civis (art.12) Sanções civis (art. 101) 
 
 Código Civil (Lei n. 10.406/02) 
 
"Art. 159 - Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, 
violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano.“ 
Ação cível: leis 9609/98 e 9610/98 
Reparação: Danos materiais e também morais. 
 
 Código Penal (Decreto-Lei nº 2848-40) 
Dos crimes contra a propriedade intelectual 
Violação de direito autoral 
“Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. § 1
o
 Se a violação consistir 
em reprodução total ou parcial, com intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer 
meio ou processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou fonograma, sem 
autorização expressa do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor, 
conforme o caso, ou de quem os represente: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa”. 
 
OBS 1: 
O Capítulo II dos crimes contra o privilégio de invenção, o capítulo III dos crimes 
contra as marcas de indústria e comércio e capítulo IV dos crimes de concorrência 
desleal foram revogados do Código Penal pela Lei nº 9279 de 1996. 
 
OBS 2: Na jurisprudência brasileira tem utilizado o meio digital para apuração de 
crimes comuns do Código Penal, como crimes contra a honra. Além do surgimento de 
leis específicas como a Lei nº 12.737/12 e ECA cujo meio para a prática do crime é o 
eletrônico. 
 
 Lei nº 12.853 de 2013 
 (modificou a Lei n. 9610/98) 
Dispõe sobre a gestão coletiva de direitos autorais 
Livre associação de autores e titulares de direitos conexos para defesa de seus direitos 
sem objetivo de lucro. Essas associações nacionais com atividade de interesse público, 
por isso controle do poder público e transparência nas contas. 
Ex.: Estabelecer preços pela utilização de seus repertórios. 
 
 Decreto 5.244 de 2004 
Dispõe sobre o Conselho Nacional de combate à pirataria e delitos contra a propriedade 
intelectual. 
“Art. 1o O Conselho Nacional de Combate à Pirataria e Delitos contra a Propriedade 
Intelectual, órgão colegiado consultivo, integrante da estrutura básica do Ministério da 
Justiça, tem por finalidade elaborar as diretrizes para a formulação e proposição de 
plano nacional para o combate à pirataria, à sonegação fiscal dela decorrente e aos 
delitos contra a propriedade intelectual. 
 Parágrafo único. Entende-se por pirataria, para os fins deste Decreto, a violação aos 
direitos autorais de que tratam as Leis n
os
 9.609 e 9.610, ambas de 19 de fevereiro de 
1998.” 
 
 PL nº 2269/99 
Autor: Walter Pinheiro PT/BA 
Ementa: dispõe sobre a utilização de programas abertos pelos entes de direito público e 
de direito privado sob controle acionário da administração pública. 
Explicação: Obriga os órgãos da administração publica utilizarem software com código 
livre ou aberto. 
Última tramitação: 29/10/13 
 
Software livre  “se refere à liberdade de usar, e não a falta de pagamento, (...) 
liberdade do usuário de executar, copiar, distribuir,estudar, modificar e aperfeiçoar o 
programa” (PINHEIRO, 2013, p. 167/168). Obs: Código aberto 
 
Software „proprietário‟  além de não conferir ao usuário acesso ao código-fonte, 
também não permite a cópia, distribuição, aperfeiçoamento, pois não tem acesso ao 
código (PINHEIRO, 2013, p. 168). 
 
 
Software: Direito autoral versus Direito de Patente 
 A adoção do Brasil à atribuição de direito autoral a programa de computador 
(software) se deve a conflitos comerciais e políticos principalmente com os EUA na 
década de 80. Por isso, o país resolveu acompanhar a posição desses países em relação a 
forma de proteção do software como direito de autor. 
 
 Proteção pelo direito do autor: 
Paesani (2012) afirma a necessidade de criação de uma ramo do Direito específico (sui 
generis). 
A validade do direito autoral para o software só ocorre dentro do território de cada país, 
sendo que Tratados e convenções internacionais só protegem os direitos autorais dos 
países que possuem reciprocidade entre si (PAESANI, 2012). 
 
Dificuldades para atribuição de software com proteção de direitos autorais: o software 
nem sempre tem forma concreta, pode ser materializado sem substrato; não tem aspecto 
estético é uma criação industrial abstrata, nem sempre industrial (PAESANI, 2012). 
 
Criação no âmbito das ideais  aplicabilidade do direito autoral. O código-fonte 
equivale a uma obra literária. 
“A proteção do software pelo direito de autor é efetiva, possui reconhecimento 
internacional e não exige nenhum registro prévio, o que a torna mais adequada às 
características do mercado” (PINHEIRO, 2013, p. 171). 
 
Adoção do direito autoral para proteção de software – Direito comparado: 
Hungria (Decretos nº 15/83 e 18/88); 
Austrália (CAA, 1984); 
Japão (Lei nº 62/85); 
Alemanha (1985) 
França (Lei nº 85.660/85) 
Grã-Bretanha (CCSAA - 1985) 
Malásia (Lei nº 332/87) 
Brasil (Lei nº 9609/98 e 9610/98) 
Entre outros. 
 
Convenção de Berna (1971) não protege o direito de autor a programas de computador, 
porém, respeita as leis locais dos países signatários. 
 
OMPI (Organização Mundial de Propriedade Intelectual) 
Agência especializada da ONU, criada em 1967 em Genebra. Brasil integra a OMPI 
desde 1975. Elabora protocolos que integram os anexos dos Tratados e convenções 
internacionais devendo ser aprovadas e obedecidas por todos os países signatários. 
Ex: Proposta de legislação unificada no MERCOSUL. 
 
 Proteção pelo direito de patente: 
Dificuldades práticas como estabelecer a novidade e a prioridade em relação à outros e, 
nem sempre o programa é criado para ser amplamente replicado e disseminado na 
indústria como pressupõe a patente. 
“(...) as patentes de software são em geral muito abrangentes, pouco precisas e não raro 
sua validade é contestada judicialmente” (PINHEIRO, 2013, p. 171). 
Japão e EUA aplicam em alguns casos a patenteabilidade de software. 
 
Convenção de Paris (1883) e Convenção Europeia (nega o direito de patente ao 
software, por não considerar invenção). 
 
 Lei nº 9279 de 1996: patentes 
Os direitos à propriedade industrial se aplicam a concessão de patente (invenção e 
modelo de utilidade); registro de desenho e marca, repressão às falsas indicações 
geográficas e à concorrência desleal. 
 
“Art. 3º Aplica-se também o disposto nesta Lei: 
I - ao pedido de patente ou de registro proveniente do exterior e depositado no País por 
quem tenha proteção assegurada por tratado ou convenção em vigor no Brasil; e 
II - aos nacionais ou pessoas domiciliadas em país que assegure aos brasileiros ou 
pessoas domiciliadas no Brasil a reciprocidade de direitos iguais ou equivalentes”. 
 
Adesão do Brasil ao CUP (Convenção da União de Paris) e Patent Cooperation Treat 
(PCT). 
 
Patente 
Invenção  criação do espírito humano (art. 8º) desde que atenda aos requisitos de 
novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 
Modelo de utilidade  um objeto com uso prático suscetível de aplicação industrial 
com nova forma ou disposição apresentando melhoria funcional em relação aos 
anteriores (art. 9º). 
 
 Invenção e MU 
O inventor não cria obra, cria uma técnica. Dá uma solução a um problema técnico. A 
obra do autor é expressão de sua personalidade (...) o direito do inventor tem o objetivo 
de tornar conhecido, o quanto antes uma inovação técnica (HAMMES, 2002, p. 
279/280). 
Exemplos: Máquinas na indústria automobilística. 
 
Requisitos da invenção e modelo de utilidade: 
“Art. 8º É patenteável a invenção que atenda aos requisitos de novidade, atividade 
inventiva e aplicação industrial. 
 Art. 9º É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, 
suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo 
ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação”. 
 
 NOVIDADE: relacionado à ausência de anterioridade 
“Art. 11. A invenção e o modelo de utilidade são considerados novos quando não 
compreendidos no estado da técnica. 
 § 1º O estado da técnica é constituído por tudo aquilo tornado acessível ao público 
antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou 
qualquer outro meio, no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12, 16 e 
17. 
 § 2º Para fins de aferição da novidade, o conteúdo completo de pedido depositado no 
Brasil, e ainda não publicado, será considerado estado da técnica a partir da data de 
depósito, ou da prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que 
subseqüentemente. 
§ 3º O disposto no parágrafo anterior será aplicado ao pedido internacional de patente 
depositado segundo tratado ou convenção em vigor no Brasil, desde que haja 
processamento nacional”. 
 
 ATIVIDADE INVENTIVA: Fora do comum 
“Art. 13. A invenção é dotada de atividade inventiva sempre que, para um técnico no 
assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica. 
 Art. 14. O modelo de utilidade é dotado de ato inventivo sempre que, para um técnico 
no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica”. (Grifo 
nosso). 
 APLICAÇÃO INDUSTRIAL: em qualquer indústria 
“Art. 15. A invenção e o modelo de utilidade são considerados suscetíveis de aplicação 
industrial quando possam ser utilizados ou produzidos em qualquer tipo de indústria”. 
OBS: O objetivo é justamente proteger o direito exclusivo do autor de inventos e Mu 
por seu empenho no desenvolvimento da indústria que, após o período de vigência cai 
em domínio público para ampliar sua aplicação industrial. 
 
“Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade: 
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos; 
 II - concepções puramente abstratas; 
III - esquemas, planos, princípios ou métodos comerciais, contábeis, financeiros, 
educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização; 
IV - as obras literárias, arquitetônicas, artísticas e científicas ou qualquer criação 
estética; 
 V - programas de computador em si; 
VI - apresentação de informações; 
VII - regras de jogo; 
VIII - técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou 
de diagnóstico, para aplicação no corpo humano ou animal; e 
IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biológicos encontrados na 
natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de qualquer 
ser vivo natural e os processos biológicos naturais”. 
 
Procedimento para Obtenção de patentes de invenções e MU na Diretoria de 
Patentes (INPI) 
 Pedido (com ou sem Reivindicaçãode Prioridade)  art. 19 
 Titular e Autor (art. 88 e sg.) 
 Pedido em sigilo por 18 meses (art. 30) 
 Exame do pedido de patente (art. 33)  arquivamento ou não 
 O exame técnico: relatório de busca e parecer com base no CIP (art. 35) 
 Parecer negativo  arquivamento do pedido 
 Parecer positivo  concessão da carta-patente na RPI (art. 39) 
 Vigência: Invenção são 20 anos e MU são 15 anos (art. 40) com o mínimo de 10 
e 7 anos. 
 Direitos do titular: 
 - Impedir terceiro de usar, produzir, colocar à venda, vender ou 
 importar sem o seu consentimento (art. 42); 
- Impedir que outros contribuam para que outros pratiquem os 
mesmos atos (art. 42, § 1º); 
 - Obter indenização pela exploração indevida de seu objeto (art. 
 44); 
 - Explorar economicamente seu produto ou processo, celebrar contrato de 
 licença voluntária ou fazer oferta de licença junto ao INPI (art. 61); 
 - De recorrer até última instância para (ampla defesa e contraditório). 
 
 Nulidade da Patente 
Quando a patente for concedida contrariando a Lei 9.279/96 é considerada nula (art. 
46). 
 Nulidade parcial ou total  pode ser reconhecida mediante processo 
administrativo no INPI (art. 50) ou judicialmente (art. 56). 
Processo Administrativo  de ofício ou requerimento de terceiro no prazo de 6 meses 
da concessão da patente. Será decidido pelo Presidente do INPI. 
 
Processo judicial  pode ser proposta a qualquer tempo pelo INPI ou qualquer terceiro 
interessado na Justiça Federal. 
O juiz a requerimento do autor pode conceder medida judicial para suspender os efeitos 
da patente enquanto não for julgado o caso, isto é, a decisão judicial definitiva (trânsito 
em julgado). 
 Cessão de direitos e Licenças 
Tanto o pedido de patente quanto à patente depois de concedida pelo INPI podem ser 
cedidas pelo titular a outra pessoa, isto precisa constar no registro para publicação 
posterior (art. 58). 
Licença voluntária  titular pode celebrar contrato de licença para exploração a ser 
averbado (guardado) no INPI. Se o licenciado fizer algum aperfeiçoamento ou 
desenvolvimento do produto pertencerá a quem fizer (art. 61). 
 Oferta de licença 
Quando o titular da patente não conseguir alguém para licenciar o produto ou processo 
da patente poderá solicitar ao INPI a oferta pública para exploração econômica. 
INPI poderá intermediar a negociação entre o titular e o licenciado com relação à 
remuneração pela exploração da patente. Tal contrato será averbado no registro da 
patente. 
 Licença compulsória (“Quebra de patente”) 
A “quebra de patente” ocorre (art. 68 e sg.) após 3 anos da concessão da patente sem 
exclusividade: 
 O titular exercer os direitos da licença de forma abusiva ou praticar abuso do 
poder econômico; 
 o produto ou processo patenteado não é explorado pelo titular nem pelo 
licenciado voluntário (1 ano) no território brasileiro; 
 comercialização que não satisfaça as exigências de mercado; 
 dependência de uma patente em relação à outra; 
 o objeto da patente de que depende o objeto de patente concedido depender de 
substancial progresso técnico; 
 não ocorrer acordo entre os titulares das patentes dependentes 
 em caso de emergência nacional ou interesse público declarado em ato do Poder 
Executivo Federal (art. 71). 
 
 Patente especial: de interesse e defesa nacional 
“Art. 75. O pedido de patente originário do Brasil cujo objeto interesse à defesa 
nacional será processado em caráter sigiloso e não estará sujeito às publicações 
previstas nesta Lei”. 
Exemplo: patentes a serem utilizadas pelas Forças Armadas nas áreas de 
telecomunicações, micro e nanotecnologia, biomédica, ambiental, espacial, energia, 
sistema de armas, tecnologia da informação e materiais. 
 
 Patente especial: de interesse e defesa nacional 
“Art. 75. O pedido de patente originário do Brasil cujo objeto interesse à defesa 
nacional será processado em caráter sigiloso e não estará sujeito às publicações 
previstas nesta Lei”. 
Exemplo: patentes a serem utilizadas pelas Forças Armadas nas áreas de 
telecomunicações, micro e nanotecnologia, biomédica, ambiental, espacial, energia, 
sistema de armas, tecnologia da informação e materiais. 
 
 Patente especial: Patentes verdes 
Programa do INPI criado em 2012 incentiva a criação de novas tecnologias para serem 
rapidamente apropriadas pela sociedade para contribuir para as mudanças climáticas 
globais, acelerando o exame dos pedidos de patentes dessas tecnologias para amenizar 
os impactos ao meio ambiente particularmente no país. 
2ª fase se estenderá até 16 de abril de 2014 com nova ampliação: inclusão de pedidos de 
Patentes de Modelo de Utilidade. 
http://www.inpi.gov.br/portal/artigo/patentes_verdes 
 
 Certificado de adição de invenção 
Durante o curso da vigência da patente de produto poderá ocorrer seu aperfeiçoamento e 
desenvolvimento o que poderá ser protegido com solicitação de certificado de adição 
(serviço pago), torna-se acessório da patente. 
Se for identificado que a parte „acessória‟ do produto for suficiente para se configurar 
em outro produto independente, o titular poderá pedir a patente. 
 
 Extinção da patente 
“Art. 78. A patente extingue-se: 
 I - pela expiração do prazo de vigência; 
 II - pela renúncia de seu titular, ressalvado o direito de terceiros; 
 III - pela caducidade; 
 IV - pela falta de pagamento da retribuição anual, nos prazos previstos no § 2º do art. 
84 e no art. 87; e 
 V - pela inobservância do disposto no art. 217. 
Parágrafo único. Extinta a patente, o seu objeto cai em domínio público”. 
 
Renúncia  o titular pode renunciar da patente que requereu, contato que isso não 
prejudique terceiros interessados (Art.79); 
Caducidade  após 2 anos da concessão da primeira licença compulsória, o INPI 
poderá de ofício ou a requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse, caso esse 
tempo não foi suficiente para prevenir ou sanar o abuso ou desuso, salvo motivos 
justificáveis (art. 80). Além disso quando não tiver sido iniciada a exploração após o 
requerimento ou da instauração de ofício do respectivo processo. O ônus da prova 
quanto à exploração é do titular. 
Falta de pagamento da Retribuição  a retribuição/anuidade é devida a partir do 3º 
ano da data do depósito do pedido nos 3 primeiros meses de cada ano. Arquivamento 
do processo e extinção (Art. 84). 
Violação do art. 217  estrangeiro que pede faz pedido de patente estrangeira no Brasil 
precisa ter procurador (Agente de propriedade industrial). 
 
DOS CRIMES CONTRA AS PATENTES 
 ” Art. 183. Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade 
quem: 
 I - fabrica produto que seja objeto de patente de invenção ou de modelo de 
utilidade, sem autorização do titular; ou 
 II - usa meio ou processo que seja objeto de patente de invenção, sem autorização 
do titular. 
 Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
 Art. 184. Comete crime contra patente de invenção ou de modelo de utilidade 
quem: 
 I - exporta, vende, expõe ou oferece à venda, tem em estoque, oculta ou recebe, 
para utilização com fins econômicos, produto fabricado com violação de patente de 
invenção ou de modelo de utilidade, ou obtido por meio ou processo patenteado; ou 
 II - importa produto que seja objeto de patente de invenção ou de modelo de 
utilidade ou obtido por meio ou processo patenteado no País, para os fins previstos no 
inciso anterior, e que não tenha sido colocado no mercado externo diretamente pelo 
titular da patente ou com seu consentimento.Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
 Art. 185. Fornecer componente de um produto patenteado, ou material ou 
equipamento para realizar um processo patenteado, desde que a aplicação final do 
componente, material ou equipamento induza, necessariamente, à exploração do objeto 
da patente. 
 Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) meses, ou multa. 
 Art. 186. Os crimes deste Capítulo caracterizam-se ainda que a violação não atinja 
todas as reivindicações da patente ou se restrinja à utilização de meios equivalentes ao 
objeto da patente”.

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