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BACTERIOLOGIA Professora Adriana Principais diferenças entre células eucarióticas e procarióticas: CARACTERÍSTICAS PROCARIÓTICAS EUCARIÓTICAS Seres vivos Bactérias e alguma algas Fungos, protozoários, algas, animais e vegetais Forma Em geral arredondada ou bastão Muito variável Membrana nuclear Não possuem Estrutura trilaminar com muitas invaginações Membrana citoplasmática Sem carboidratos e geralmente não possuem esteróis Carboidratos e esteróis como receptores Parede rígida Presente Ausente Citoplasma Sem citoesqueleto com citoesqueleto Cápsula Presente Ausente Organelas Ausentes Presentes DNA Não está associado à proteína, síntese contínua Associado à proteína, síntese durante fases Reprodução celular Cissiparidade. Não há meiose Mitose e meiose Diferenças entre bactérias Gram- positivas e Gram-negativas Propriedades Gram-positivas Gram-negativas Ação bactericida da saliva Resistente Suscetível Digestão pelas enzimas digestivas Resistente Suscetível Síntese de aminoácidos essenciais Limitada Ampla Resistência a ruptura mecânica Resistente Suscetível Permeabilidade à corantes Muito permeável Pouco permeável Coloração de Gram Causas Comuns de Erro • Precipitação do corante simula cocos Gram- positivos. • Uso de lâminas que não tenham sido pré- limpas ou desengorduradas. • Espessura do esfregaço pode corar irregularmente. • Superaquecimento na fixação pelo calor ÞÞ destruição da morfologia. Coloração de Gram Causas Comuns de Erro • A descoloração insuficiente com álcool- acetona permite a retenção do cristal-violeta, o quedificulta a observação de bactérias Gram-negativas. • Por outro lado, esfregaços obtidos de culturas velhas ou contendo numerosas bactérias mortas ou expostas à ação de antibióticos apresentam irregularidades na coloração. Coloração de Gram Causas Comuns de Erro • As bactérias Gram-positivas perdem a capacidade de reter o cristal-violeta, apresentando-se Gram-negativas; • As Gram-negativas podem corarse mais fracamente pela safranina, podendo simular a ocorrência de infecções mistas (Grampositivas/Gram-negativas). Coloração de Gram Causas Comuns de Erro • A discordância de resultado entre o esfregaço corado pelo Gram e a cultura pode estar relacionada com a coleta ou meios de transportes e conservantes inadequados. • Um resultado positivo de Gram com cultura negativa pode sugerir contaminação do corante, presença de agentes antimicrobianos na amostra do paciente ou falha no crescimento de microrganismos devido às condições utilizadas (atmosfera, ação seletiva dos meios de cultura, etc.). Material Clínico 1. Amostra coletada com swab • Rodar o swab suavemente pela lâmina limpa, evitando a destruição dos elementos celulares e dos grupamentos. • Quando somente um swab for coletado, colocá-lo em um tubo estéril contendo uma pequena quantidade de salina estéril (0,4 ml) e agitar (vortex). Comprimir o swab contra as paredes do tubo e utilizá-lo para fazer o esfregaço. O restante do material pode ser inoculado nos meios de cultura. Material Clínico 2. Aspirados, exsudatos, etc. • Materiais recebidos em seringas serão transferidos para um tubo estéril e agitados (vortex), quando necessário. • Selecionar a porção mais purulenta ou mucosa com pipeta ou alça bacteriológica. Amostras muito espessas ou purulentas podem ser diluídas com uma gota de salina estéril e espalhadas sobre uma grande área da lâmina formando um esfregaço delgado. Material Clínico 3. Escarro • Com auxílio de alça bacteriológica ou um palito de madeira, “pescar” uma porção purulenta do escarro que seja representativa. Rolar esta porção na parede do frasco para separar do material salivar. Em seguida, colocar o material na extremidade de uma lâmina limpa, confeccionando um esfregaço delgado. • Quando a quantidade de saliva for grande e pequenas porções purulentas forem visíveis, transferir a amostra para uma placa de Petri para facilitar a retirada do material representativo. Material Clínico 4. Liquor ou outros fluidos orgânicos • Alguns laboratórios utilizam a citocentrífuga (cytospin) para concentrar os líquidos orgânicos e fazer os esfregaços. Este método tem sido utilizado para aumentar a sensibilidade da coloração de Gram, diminuir o tempo de centrifugação e agilizar o resultado. • Após a centrifugação, remover o sobrenadante com uma pipeta estéril, deixando, aproximadamente, 0,5 ml de sedimento. Colocar uma gota do sedimento numa lâmina limpa, sem espalhar. Deixar secar. Para aumentar a concentração do fluido a ser examinado, adicionar uma segunda gota na mesma área da lâmina, anteriormente utilizada. Material Clínico 5. Urina jato médio Homogeneizar bem o material e utilizar uma gota da amostra, sem centrifugação. Material Clínico 6. Biópsias ou fragmentos de tecido • Colocar o material em uma placa de Petri estéril e triturar com auxílio de um bisturi. • Preparar os esfregaços fazendo vários imprints numa lâmina limpa, de preferência, estéril. Cocos – Morfologia Cocos cocos gram + • CGP compõem um grupo de importância clínica, responsável por inúmeras e variadas afecções e síndromes. • Os CGP anaeróbios facultativos (crescem na presença de baixas concentrações de oxigênio) de importância clínica pertencem a uma das duas famílias: – Micrococcaceae (catalase positiva) – Staphylococcus spp – Streptococcaceae (catalase negativa) – Streptococcus spp e Enterococcus spp • A diferenciação é feita através da prova da catalase. • 1º coloração de gram (G+) • 2º teste da catalase – Micrococcaceae (catalase positiva) – Staphylococcus spp – Streptococcaceae (catalase negativa) – Streptococcus spp e Enterococcus spp Caracterização dos cocos gram + Staphylococcus spp • Gram-positivos • Forma de cacho de uvas - Cocos • Anaeróbios facultativos Staphylococcus spp • Os estafilococos presentes: - Na pele; - Nasofaringe; - Orofaringe - Gastrointestinal - Urogenital • Responsável por várias infecções hospitalares. Staphylococcus spp • São destruídos por desinfetantes, sabão e altas temperaturas. • Resistem bem à desidratação • Passam de pessoa para pessoa pelo contato direto ou com objetos. • ...Podem levar a um organismo até aí inofensivo se transformar em invasor. Staphylococcus spp Diagnóstico: • Coleta de amostras: - cultura com meio em placas de Petri; - e identificação por técnica de Gram; - bioquímica (determinação das enzimas que produz); - detecção de anticorpos específicos. • Tratamento - Penicilina; - Vancomicina se resistentes à penicilina. Staphylococcus spp • As espécies de maior importância no laboratório clínico são: – S. aureus – S. epidermidis – S. saprophyticus Staphylococcus aureus DOENÇA - toxinas; - Invasão de tecidos DESTRUIÇÃO Staphylococcus aureus Síndrome da pele escaldada Síndrome do choque tóxico Intoxicação alimentar Infecções cutâneas – terçol Bacteremia e endocardite Pneumonia Osteomielite e artrite 1884 - Rosenbach pigmento amarelo Auris (latim) – ouro Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus Staphylococcus aureus – Diagnóstico Agar-ManitolS. aureus S. epidermidis • Prova da Coagulase – Enzima extracelular mais importante – Enzima exclusiva do S. aureus (coagulase +) Diagnóstico diferencial • É a segunda espécie mais importante do gênero Staphylococcus • Faz parte da flora normal da pele e da mucosa de animais e humanos • Importância em infecções hospitalares, em pacientes imunodeprimidos e usuários de drogas • Propriedade de formar biofilme: pacientes em uso de catéter, próteses, stents... Staphylococcus epidermidis Doenças associadas • Endocardites • Ventriculites • Infecções generalizadas • Septicemia • Peritonite • Infecções em locais com próteses Staphylococcus saprophyticus • Importante nas infecções do trato urinário • S. saprophyticus e S. epidermidis: coagulase negativa S. epidermidis X S. saprophyticus Antibiograma: discos com novobiocina Staphylococcus spp • No laboratório clínico é feito a diferenciação entre: – Staphylococcus coagulase positiva (S. aureus) – Staphylococcus coagulase negativa (não aureus) – Staphylococcus coagulase negativa de interesse são subdivididos em dois grupos: (antibiograma) • S. epidermidis (sensível S) • S. saprophyticus (resistente R) Catalase Staphylococcus spp Coagulase S. aureus Suscetibilidade a novobiocina S. epidermidis S. saprophyticus Streptococcus spp Enterococcus spp. + - + - + - Diferenciação Staphylococcus spp Streptococcus spp. • Cocos de Gram positivos • Anaeróbios facultativos/ anaeróbios estritos • Nutrição complexa- sangue ou soro Streptococcus pyogenes Coloniza a orofaringe de pessoas sadias. Responsável por: • Faringite bacteriana • Escarlatina • Piodermite • Febre reumática – inflamação no coração, articulações, vasos sanguíneos e tecidos subcutâneos • Glomerulonefrite Streptococcus pyogenes Escarlatina • Causa: -dor de garganta, -febre, -dores musculares, -náuseas e vômitos. • As amígdalas ficam inflamadas "língua de framboesa” • Depois disso surgem erupções na pele e manchas vermelho-escarlates. Streptococcus pneumoniae • Pneumonia • Sinusite e otite média • Meningite • Bacteriemia Pneumonia bacteriana • Ataca o pulmão. • Começa com: -febre alta; -dor no peito ou nas costas; -tosse com expectoração. Streptococcus agalactiae Doença neonatal: • Precoce - no útero ou no parto - <7 dias - bacteremia - meningite - pneumonia • Tardio Pós-parto – 1 semana a 3 meses - bacteremia - meningite - osteomielite Bibliografia • http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/m anual_procedimentos_microbiologiaclinica_co ntrole_infechospitalar.pdf • Microbiologia atividades práticas.Jorge, O.C. Santos Editora
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