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Sistema Cardiovascular (HEMODINÂMICA, ANATOMIA, HISTOLOGIA, EMBRIOLOGIA, TGV, JATENE)

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Objetivo 1 - Descrever a embriologia do sistema cardiovascular:
	O sistema cardiovascular deriva principalmente das seguintes estruturas: mesoderma esplâncnico, mesoderma paraxial e lateral e células da crista neural. O surgimento do coração começa com a formação de um par de canais endoteliais, os cordões angioblásticos. Esses cordões se canalizam, formando os tubos endocárdicos do coração, que se fundem formando o coração tubular. O endoderma parece induzir na formação inicial do coração. 
 
	Figura 2 – Fusão tubos endocárdicos.
	
	Há três veias que drenam para o coração: veias vitelinas (pobres em O2), veias umbilicais (trazem sangue bem oxigenado) e veias cardinais (trazem sangue pouco oxigenado do corpo do embrião).
	As veias vitelinas drenam do saco vitelino para o seio venoso. Forma a veia porta hepática. Com o desenvolvimento do fígado, as veias umbilicais perdem a ligação direta com o coração e chegam ao fígado. A transformação é a seguinte: 
A veia umbilical direita e a parte caudada da veia umbilical esquerda, entre o fígado e o seio venoso degeneram;
A parte caudal do restante da veia umbilical esquerda se torna a veia umbilical;
Um ducto venoso se forma dentro do fígado e une a veia umbilical com a veia cava inferior. Isso faz com que a passagem pelo fígado seja rápida, sem passar pelos capilares.
As veias cardinais anterior e posterior drenam a região cefálica e caudal do embrião respectivamente. Elas se juntam para formar a veia cardinal comum, que cai no seio venoso. As veias cardinais anterior se anastomosam e, posteriormente, formarão a veia braquiocefálica. A veia cava superior se forma da veia cardinal anterior direita e da veia cardinal comum direita. 
- Aorta: Quando os arcos faríngeos se formam durante a quarta e a quinta semanas, são supridos por artérias, os arcos aórticos, que surgem do saco aórtico e terminam na aorta dorsal. Inicialmente, as aortas dorsais pares percorrem todo o comprimento do embrião, mas logo se fundem formando a aorta dorsal, única, imediatamente caudal aos arcos faríngeos. As artérias vitelinas vão para o saco vitelino e, mais tarde, para o intestino primitivo, que se forma da parte incorporada do saco vitelino. Três artérias primitivas permanecem como: artéria celíaca para o intestino anterior, a artéria mesentérica superior e a artéria mesentérica inferior. 
- Desenvolvimento pré-natal final do coração: O primórdio do coração torna-se primeiro evidente aos 18 dias e começa a pulsar aos 22 ou 23 dias. Na área cardiogênica, células mesenquimais esplâncnicas ventrais ao celoma pericárdico se agregam e se dispõem de ambos os lados, formando dois primórdios cardíacos celulares longitudinais, os cordões angioblásticos. Esses cordões se canalizam, formando dois tubos cardíacos endocárdicos de paredes delgadas. Quando ocorre o dobramento lateral do embrião, os tubos endocárdicos se aproximam um do outro e se fundem formando um único tubo endocárdico. A fusão dos tubos endocárdicos começa na extremidade cefálica do coração em desenvolvimento e estende-se caudalmente. Com a fusão do tubo cardíaco, uma camada externa do coração embrionário forma-se – o miocárdio primitivo -, que é separado do tubo endotelial por tecido conjuntivo – a geleia cardíaca. O coração tubular se alonga e forma dilatações e constrições alternadas: tronco arterioso, bulbo cardíaco, ventrículo, átrio e seio venoso. O tronco arterioso tubular é contínuo, cefalicamente, com o saco aórtico, do qual surgem os arcos aórticos. O seio venoso recebe as veias umbilical, vitelinas e cardinais comuns originárias do córion, do saco vitelino e do embrião, respectivamente. Como o bulbo cardíaco e o ventrículo crescem mais rapidamente que as outras regiões, o coração se dobra sobre si mesmo, formando uma alça bulboventricular em forma de U.
- Septação do coração primitivo: Do meio da quarta semana e se completa no fim da quinta semana. 
	- Septação do canal atrioventricular: Formam-se coxins endocárdicos nas paredes dorsal e ventral do canal atrioventricular. À medida que essas massas de tecido são invadidas por células mesenquimais, os coxins endocárdicos atrioventriculares se aproximam entre si e se fundem, dividindo o canal atrioventricular em canais atrioventricular direito e esquerdo. Os coxins funcionam como válvulas. 
	- Septação do átrio primitivo: O átrio primitivo é dividido em átrio direito e esquerdo pela formação e subsequente modificação e fusão de dois septos, o septum primum e o septum secundum. O septum primum cresce em direção aos coxins endocárdicos. Entre a borda que cresce e o coxin forma o foramen primum. Antes que o foramen primum se feche, perfurações aparecem no centro do septum primum. Quando o foramen primum se fecha, as perfurações do septum primum se fundem, formando o foramen secundum. O septum secundum cresce imediatamente à direita do septum primum. Com o crescimento do septum secundum, ele sobrepõe sobre o foramen secundum no septum primum. O septum secundum separa parcialmente os átrios e forma o foramen oval. A parte restante do septum primum, presa aos coxins endocárdicos fundidos, forma a válvula do foramen oval.
- Veia pulmonar primitiva e formação do átrio esquerdo: Essa veia se forma como uma evaginação da parede atrial dorsal. À medida que o átrio se expande, a veia pulmonar primitiva e seus ramos principais são gradativamente incorporados pela parede do átrio esquerdo, em consequência, formam-se quatro veias pulmonares. 
- Septação do ventrículo primitivo: Uma crista muscular mediana aparece – o septo interventricular primitivo – no assoalho do ventrículo junto ao seu ápice. Essa prega cresce por causa da dilatação de ambos os lados dos ventrículos. As paredes mediais dos ventrículos em crescimento se aproximam entre si e se fundem para formar o primórdio da parte muscular do septo interventricular. Depois, há uma proliferação ativa de mioblastos no septo, o que aumenta seu tamanho. Até a sétima semana, há um foramen interventricular entre a borda livre do septo interventricular e os coxins endocárdicos fundidos. O foramen interventricular usualmente se fecha ao final da sétima semana, quando as cristas bulbares se fundem com o coxim endocárdico. O fechamento depende então de crista bulbar direita, crista bulbar esquerda e o coxim endocárdico. A porção membranosa do septo interventricular deriva de uma extensão de tecido do lado direito do coxim endocárdico em direção à porção muscular do septo interventricular. Depois do fechamento do foramen IV e da formação da porção membranosa do septo interventricular, o tronco pulmonar fica em comunicação com o ventrículo direito e a aorta se comunica com o ventrículo esquerdo. A cavitação das paredes ventriculares forma uma massa espanjosa de feixes musculares. Alguns desses feixes permanecem como trabéculas carnosas (feixes musculares no revestimento das paredes ventriculares) e os outros se tornam os músculos papilares e as cordas tendíneas.
- Septação do bulbo cardíaco e do tronco arterioso: Proliferação do bulbo cardíaco resulta na formação das cristas bulbares. Cristas semelhantes se formam no tronco arterioso, contínuas com as cristas bulbares. Quando isso ocorre, as cristas bulbares e truncais sofrem uma espiralização de 180º. Essa orientação espiralada leva à formação de um septo aórtico pulmonar em espiral quando as cristas se fundem. Esse septo divide o bulbo cardíaco e o tronco arterioso em dois canais arteriais, a aorta e o tronco pulmonar. Por causa da espiralação, o tronco pulmonar se enrola em torno da aorta ascendente. 
- Formação das válvulas cardíacas: As valvas semilunares começam a desenvolver-se de três proliferações do tecido subendocárdico em torno dos orifícios da aorta e do tronco pulmonar. As valvas atrioventriculares (tricúspide e mitral) se desenvolvem de modo semelhante de proliferação localizadas de tecido em torno dos canais atrioventriculares. 
Objetivo 3 – Explicar à hemodinâmica (conceito de hemodinâmica; velocidade do fluxo sanguíneo;relações entre fluxo sanguíneo, pressão e resistência; fatores que determinam a resistência do fluxo – viscosidade e geometria do tubo – complacência ou capacitância).
Características Físicas da Circulação
A circulação, divide-se em circulação sistêmica e circulação pulmonar. Como a circulação sistêmica promove o fluxo sanguíneo para todos os tecidos corporais, exceto para os pulmões, é também chamada grande circulação ou circulação periférica. 
Partes Funcionais da Circulação. 
Antes de discutir os detalhes da função circulatória, é importante entender o papel de cada parte da circulação.
 A função das artérias é a de transportar sangue sob alta pressão para os tecidos. Por esse motivo, têm fortes paredes vasculares, e nelas o sangue flui em alta velocidade.
As arteríolas são os pequenos ramos finais do sistema arterial; elas agem como condutos de controle pelos quais o sangue é liberado para os capilares. Elas têm forte parede muscular, capaz de ocluir completamente os vasos ou com seu relaxamento dilatá-los, multiplicando seu diâmetro, sendo capaz dessa forma de alterar muito o fluxo sanguíneo em cada tecido em resposta à sua necessidade. A função dos capilares é a troca de líquidos, nutrientes, eletrólitos, hormônios e outras substâncias entre o sangue e o líquido intersticial. Para exercer essa função, as paredes capilares são muito finas e têm numerosos minúsculos poros capilares permeáveis à água e outras pequenas substâncias moleculares. 
As vênulas coletam o sangue dos capilares e de forma gradual coalescem, formando veias progressivamente maiores. 
As veias funcionam como condutos para o transporte de sangue das vênulas de volta ao coração; além disso, atuam como importante reservatório de sangue extra. Como a pressão no sistema venoso é muito baixa, as paredes das veias são finas. Mesmo assim, são suficientemente musculares para se contrair e expandir, agindo como reservatório controlável para o sangue extra de pequeno ou grande volume, de acordo com as necessidades da circulação.
O termo hemodinâmico refere-se aos princípios que governam o fluxo de sangue pelo sistema cardiovascular. Esses fundamentos básicos da física são os mesmos aplicados ao movimento de líquidos em geral. 
Como o sangue fica distribuído no nosso corpo:
O coração tem 7% do volume sanguíneo
A circulação pulmonar tem 9%
A circulação sistêmica tem 84% sendo que desses 84%, 64% estão nas veias vênulas e nos seios venosos, 7%nas arteríolas e capilares e 13% nas artérias.
A importância disso é mostrar que alguns tecidos vão ter um aporte sanguíneo maior que outros.
A física controla a quantidade de sangue que chega
Ajusta a velocidade, sem mexer na pressão
Essa imagem mostra a pressão em mmHg nos diversos componentes vasculares.
Quanto mais se afasta do coração menos é a pressão
(O coração bobeia sangue com alta pressão, mas a medida que vai se ramificando a pressão diminui)
 Aorta, grandes vasos e etc.. possuem a maior parte da pressão conforme vão se afastando do coração a pressão cai de forma drástica, começando nas arteríolas, volta a subir um pouco na circulação pulmonar. ( daí repete, quanto mais próximo do coração maior a pressão e quanto mais afastado menor a pressão)
Isso é importante porque em vasos menores como os capilares é necessário que ocorra as trocas entre o tecido e o vaso
Quanto mais calibroso for o vaso e quanto maior a pressão menor será essa troca 
- Velocidade do fluxo sanguíneo: É a intensidade do deslocamento de sangue, por unidade de tempo, assim ela é expressa em unidade de distância por unidade de tempo. Os vasos sanguíneos variam em termo de diâmetro e de secção transversa, o que influencia na velocidade do fluxo. A relação entre velocidade, fluxo e área de secção transversa é:
	
Velocidade (V): é o deslocamento de uma partícula de fluido com relação ao tempo.
Fluxo (Q): é o deslocamento de um volume de fluido, sendo expresso em unidades de volume por unidade de tempo.
Área (A): é a área da secção transversa (πr2, onde r é o raio do vaso isolado ou de um conjunto de vasos) de um vaso sanguíneo (ex. aorta) ou de um grupo de vasos (ex. grupo de capilares).
A relação entre a área se secção transversa e a velocidade do fluxo é inversa, ou seja, quanto maior o diâmetro menor a velocidade do fluxo. Do ponto de vista da função capilar (vaso com parede tão fina que são feitas trocas através delas), a baixa velocidade do fluxo sanguíneo é vantajosa: ela maximiza o tempo para trocas através do capilar.
A velocidade do fluxo em qualquer ponto do sistema depende não somente da área, mas também do fluxo. O fluxo, por sua vez, depende do gradiente de pressão, das propriedades do fluido e das dimensões de todo o sistema hidráulico. 
A velocidade diminui progressivamente à medida que o sangue atravessa a aorta, seus ramos primários maiores, os ramos secundários menores e as arteríolas. Finalmente nos capilares, a velocidade diminui para um valor mínimo. Como o sangue então passa através das vênulas e continua centralmente em direção à veia cava, a velocidade aumenta progressivamente outra vez.
- Relações entre fluxo sanguíneo, pressão e resistência: O fluxo do sangue por um vaso sanguíneo ou por um grupo de vasos é determinado por dois fatores: a diferença de pressão entre as duas extremidades do vaso (entrada e saída) e a resistência do vaso ao fluxo de sangue. A diferença de pressão é a força impulsionadora do fluxo de sangue, e a resistência é o impedimento a esse fluxo. A equação para o fluxo de sangue é:
Obs: Note que é a diferença de pressão entre as duas extremidades do vaso e não a pressão absoluta em seu interior que determina a intensidade/velocidade do fluxo. Por exemplo, se a pressão em ambas as extremidades do vaso for de 100 mmHg, mas se não houver diferença entre elas, não haverá fluxo apesar de existir pressão de 100 mmHg. 
Para falar de velocidade não se pode esquecer de alguns aspectos locais
p.ex: a resistência e a pressão podem influenciar diretamente nesse fluxo
 
O FLUXO É CALCULADO PELA Lei de Ohm
Q = Fluxo sanguíneo (mL/min).
ΔP = Diferença de pressão (mmHg). Entre as extremidades
R = Resistência (mmHg/mL/min). Capacidade do vaso ser plásico aumentar ou diminuir de volume
A grandeza do fluxo sanguíneo é diretamente proporcional ao valor da diferença de pressão ou ao gradiente de pressão. A direção do fluxo sanguíneo é determinada pela direção do gradiente de pressão e sempre é da maior para a menor pressão (ex. durante a ejeção ventricular o sangue flui do ventrículo esquerdo para a aorta e não para outra direção por que a pressão na aorta é menor). O fluxo de sangue é inversamente proporcional à resistência. O aumento da resistência (ex. vasoconstrição) diminui o fluxo, e a diminuição da resistência (ex. vasodilatação) aumenta o fluxo. O principal mecanismo para alterar o fluxo de sangue no sistema cardiovascular é por variação da resistência dos vasos sanguíneos, particularmente das arteríolas. 
A relação entre fluxo, pressão e resistência também pode ser rearranjada para determinação da resistência. Se o fluxo de sangue e o gradiente de pressão são conhecidos, a resistência é calculada como R=ΔP/Q. Essa relação pode ser utilizada para determinar a resistência de toda vasculatura sistêmica (resistência periférica total) ou a resistência de um só órgão ou vaso sanguíneo isolado. 
- Resistência periférica total (RPT): A resistência de toda a vasculatura sistêmica é referida como RPT, e pode ser determinada pela relação entre fluxo, pressão e resistência, substituindo-se o débito cardíaco pelo fluxo (Q) e a diferença de pressão entre a aorta e a veia cava por ΔP.
- Resistência em um só órgão: A relação entre fluxo, pressão e resistência também pode ser aplicada em uma escala menor para a determinação da resistência de um só órgão. Ex.: a resistência da vasculaturarenal pode ser determinada substituindo-se o fluxo sanguíneo renal pelo fluxo (Q) e a diferença de pressão entre a artéria e a veia renal por ΔP.
- Resistência do fluxo: Os vasos sanguíneos e o próprio sangue exercem resistência ao fluxo. A relação entre resistência, diâmetro do vaso (ou raio) e viscosidade do sangue é descrita pela equação de Poiseuille. A resistência total do conjunto de vasos sanguíneos também depende da disposição dos vasos, que podem estar em série ou em paralelo. A equação de Poiseuille é:
 
 
Onde:
 R= resistência; 
η= viscosidade do sangue; 
l= comprimento do vaso sanguíneo; 
r4= raio do vaso sanguíneo elevado à quarta potência. 
Os conceitos mais importantes expressos por essa equação são: 
A resistência ao fluxo é diretamente proporcional à viscosidade do sangue (quando a viscosidade aumenta a resistência ao fluxo também aumenta).
A resistência ao fluxo é diretamente proporcional ao comprimento do vaso sanguíneo.
A resistência ao fluxo é inversamente proporcional à quarta potencia do raio do vaso. Quando o raio do vaso sanguíneo diminui sua resistência aumenta não de maneira linear, mas ampliada pela relação à quarta potência.
Importância da "Lei da Quarta Potência" do Diâmetro do Vaso na Determinação da Resistência Arteriolar. 
Na circulação sistêmica, cerca de dois terços da resistência sistêmica total ao fluxo sanguíneo consistem de resistência arteriolar que ocorre nas delgadas arteríolas. Os diâmetros internos das arteríolas são muito variáveis, de 4 a 25 micrômetros. Entretanto, suas fortes paredes vasculares permitem que esse diâmetro se altere de forma acentuada muitas vezes, por até quatro vezes. Pela lei da quarta potência que relaciona o fluxo sanguíneo ao diâmetro do vaso, pode-se ver que o aumento de quatro vezes no diâmetro do vaso pode aumentar o fluxo por 256 vezes. Portanto, a lei da quarta potência possibilita que as arteríolas, respondendo a sinais nervosos ou a sinais químicos teciduais locais, com apenas pequenas alterações de seu diâmetro, interrompam de modo quase total o fluxo sanguíneo ou, no outro extremo, o aumentem enormemente. De fato, foram registradas variações por mais de 100 vezes do fluxo sanguíneo em diferentes áreas teciduais, entre os limites de constrição ou dilatação arteriolar máxima.
- Resistência em série: Cada órgão é perfundido com sangue por sua artéria principal e drenado por sua veia principal. Nesse órgão, o sangue flui da artéria principal para as artérias de menor calibre, para as arteríolas, para os capilares, para as vênulas e para as veias. A resistência total do sistema disposto em série é igual à soma das resistências individuais. A resistência arteriolar é a maior. A resistência em série é expressa por:
Quando as resistências estão dispostas em série, o fluxo total em cada nível do sistema é o mesmo. Por exemplo, o fluxo de sangue pela aorta é igual ao fluxo de sangue por todas as grandes artérias sistêmicas, que é igual ao fluxo de sangue por todas as arteríolas sistêmicas, que, por sua vez, é igual ao fluxo de sangue por todos os capilares sistêmicos. Embora o fluxo total seja constante em cada nível em série, a pressão, progressivamente diminui quando o sangue flui por componente em sequência. A maior diminuição da pressão ocorre nas arteríolas, pois elas contribuem com a maior parte da resistência.
- Resistência em paralelo: é ilustrada pela distribuição do fluxo de sangue entre as vária artérias principais que ramificam a aorta. Ocorre fluxo paralelo e simultâneo em cada circulação (ex. renal, cerebral e coronariana). A resistência total na disposição em paralelo é menor do que qualquer uma das resistências individuais. A resistência em paralelo é expressa por:
Os índices 1, 2, 3 e assim por diante se referem às resistências das circulações cerebral, coronariana, renal, gastrointestinal, músculo esquelética e cutânea. Quando o fluxo de sangue é distribuído por um conjunto de resistências em paralelo, o fluxo por órgão é uma fração do fluxo sanguíneo total. Os efeitos dessa disposição são de que não há perda de pressão nas principais artérias, e a pressão média, em cada artéria principal, será aproximadamente a mesma da pressão média na aorta. Outra consequência é que na disposição em paralelo a adição de uma resistência à circulação causa diminuição na resistência total. (ex. 4 resistências com o valor numérico igual a 10, formam uma resistência total de 2,5, caso fosse adicionada 1 resistência, a total passaria a ser 2). Já se a resistência de um dos vasos individuais aumenta a resistência total também aumenta.
Pode parecer paradoxal que a adição de vasos sanguíneos a um circuito reduza a resistência vascular total. Muitos vasos sanguíneos paralelos, no entanto, facilitam o fluxo de sangue pelo circuito porque cada um representa nova via, ou condutância, para o fluxo sanguíneo. A condutância total (Ctotal) para o fluxo sanguíneo é a soma das condutâncias de cada via paralela:
 
Por exemplo, as circulações do cérebro, do rim, do músculo, do trato gastrintestinal, da pele e das coronárias estão dispostas em paralelo, e cada tecido contribui para a condutância geral da circulação sistêmica. O fluxo sanguíneo por cada tecido é fração do fluxo sanguíneo total (débito cardíaco) e é determinado pela resistência (recíproca da condutância) ao fluxo do tecido, bem como pelo gradiente de pressão. Portanto, a amputação de membro ou a remoção cirúrgica de um rim também remove um circuito paralelo e reduz a condutância vascular e o fluxo sanguíneo total (/. e., o débito cardíaco), enquanto aumentam a resistência vascular periférica total.
O fluxo laminar fluí de forma estável retilíneo e contínua, ele não fica esparrando na parece do endotélio
No fluxo turbulento o fluxo de sangue começa a seguir para outras direções, isso faz inclusive com que se forme redemoinhos 
p.ex: intensidade de fluxo muito elevada ou quando se tem uma obstrução, como uma placa de ateroma 
- Fluxo laminar: em condições ideais o fluxo do sangue no sistema vascular é laminar. Nesse fluxo ocorre um perfil parabólico da velocidade de dentro do vaso sanguíneo, com a velocidade do fluxo sanguíneo mais alta no centro do vaso e mais baixa em direção as paredes. O perfil parabólico se desenvolve porque a camada de sangue em contato com a parede do vaso tem velocidade 0, e as lâminas mais abaixo, em direção ao centro, tem a velocidade aumentada e menor aderência as paredes adjacentes. Assim, a velocidade de fluxo na parede do vaso é zero e no centro da corrente é máxima. O fluxo sanguíneo laminar obedece esse perfil parabólico regularmente. Quando existe irregularidade no vaso sanguíneo, desaparece a corrente laminar e o fluxo se torna 
turbulento. Nesse fluxo as correntes não mantem o perfil parabólico, mas ao contrário, misturam-se radialmente e axialmente. É necessária mais energia (pressão) no fluxo turbulento que no fluxo laminar. O fluxo turbulento é, com frequência, acompanhado de vibrações audíveis, chamadas de sopros. O número de Reynold é utilizado para prever se o fluxo será laminar ou turbulento, ele considera inúmeros fatores, incluindo o diâmetro do vaso sanguíneo, a velocidade média de fluxo e a viscosidade do sangue, dessa forma:
 
Onde:
 Nr= número de Reynold;
ρ=densidade do sangue; 
d=diâmetro do vaso sanguíneo;
v=velocidade do fluxo sanguíneo;
η=viscosidade do sangue.
Essa fórmula explica se esse vaso pode ou não ter um turbilhamento, vai dar uma tendência para a ocorrência do turbilhamento.
Se o número de Reynold for menor que 2000, o fluxo sanguíneo será laminar; se for maior que 2000, existe uma probabilidade aumentada de ser turbulento; e valores maiores que 3000 sempre indicam fluxo turbulento. As principais influências sobre o número de Reynold são as alterações de viscosidadee velocidade do fluxo sanguíneo. Diminuição da viscosidade causa aumento do número de Reynold e estreitamento de um vaso sanguíneo que causa aumento da velocidade do fluxo também causa aumento do número de Reynold. Segundo a equação a diminuição do diâmetro diminui o número, mas isso não ocorre devido ao que foi visto nas equações anteriores, que, à medida que o diâmetro diminui, a velocidade aumenta e aumento na velocidade causa aumento no número de Reynold.
Duas situações clínicas comuns, ilustram a aplicação do número de Reynold: 
- Trombos: são coágulos sanguíneos no lúmen vascular, estreitam o diâmetro do vaso, causando um aumento na velocidade, o que aumenta o número de Reynold.
-Condutância: é a medida do fluco sanguíneo por uma vaso sob dada diferença de pressão.
 
A condutância do vaso aumenta em proporção direta a quarta potência do diâmetro (oq tem tudo haver com a resistência)
 
A medida que o diâmetro aumenta a condutância também aumenta a resistência diminui.
Na figura B quanto mais afastado estiver da parede endotelial maios a velocidade pq menos ele interage com a parede do endotélio, quanto mais próximo do centro então maior será a velocidade.
-Viscosidade: viscosidade do sangue tem relação direta com o hematócrito ( glóbulos vermelhos por volume de sangue. P ex: se a pessoa tem um hematócrito de 40%, significa que 40% são glóbulos vermelhos e o restante é plasma)
Com o aumento do componente sólidos aumenta-se também a viscosidade
P ex.: A dengue ela aumenta os hematócritos, porque a maioria das pessoas perdem líquidos e com isso ela concentra mais as suas hemácias ( por isso o aumento do hematócrito). Com isso o aumento da viscosidade do sangue vai influenciar no fluxo sanguíneo
 - Anemia: está associada ao hematócrito diminuído (porcentagem de hemácias no sangue) que leva a uma diminuição da viscosidade sanguínea e pode causar também um alto débito cardíaco o que causa aumento na velocidade do fluxo.
Autorregulação: 
Capacidade de cada tecido de ajustar sua resistência vascular e manter o fluxo sanguíneo normal durante a alteração na PA.
É importante ressaltar que existe um fluxo ideal para cada tecido, então não se pode alterar isso de forma drástica sem que haja a mudanças também nas células. 
O aumento da PA poderia influenciar diretamente o fluxo sanguíneo no local. Então com a autorregulção ela tende a compensar o aumento da pressão para reestabelecer o normal.
Na imagem conseguimos observar que uma diminuição no fluxo sanguíneo por um mecanismo vasoconstrictor, por exemplo, faz com que o fluxo sanguíneo diminua e que ocorra um aumento da PA, porem o corpo tem mecanismo de autorregulação ( mostrado nas setinhas) que faz com que volte ao normal, para não haver mudanças nas células. 
- Complacência dos vasos sanguíneos: descreve o volume de sangue que o vaso pode armazenar em uma dada pressão, em outras palavras a capacitância descreve como o volume de sangue contido em um vaso se altera para uma dada variação de pressão, a complacência está relacionada com a distendibilidade, sendo dada por:
 
Onde: 
C=complacência (mL/mmHg); 
V=volume (mL);
P=pressão (mmHg).
Essa equação propõe que quanto maior a complacência do vaso, maior o volume de sangue que ele pode armazenar sob uma dada pressão. A complacência das veias é maior, em outras palavras, as veias armazenam volumes maiores de sangue sob baixa pressão. A complacência das artérias é muito menor, ou seja, as artérias armazenam muito menos sangue que as veias e estão sob alta pressão. A diferença da complacência em artérias e veias fundamenta os conceitos de volume não-estressado (sob baixa pressão) e volume estressado (sob alta pressão). As veias possuem alta complacência e grandes volumes não estressados, já as artérias possuem complacência menor e contêm pequenos volumes estressados. O volume total do sangue no sistema cardiovascular é a soma desses 2 volumes mais o volume contido no coração.
- Alterações de complacência das veias: provocam a redistribuição de sangue entre veia e artérias. Dessa forma se a complacência das veias diminuir, ocorre a diminuição do volume contido nas veias e como consequência o deslocamento de sangue das veias para as artérias. O volume não-estressado diminui e o volume estressado aumenta. Caso ocorra o contrário, aumento da complacência das veias, o sangue flui das artérias para as veias, aumentando o sangue não-estressado e diminuindo o sangue estressado.
- O envelhecimento e a complacência das artérias: as características das paredes das artérias se alteram com o aumento da idade, as paredes se tornam mais rígidas, menos distensíveis e menos complacentes, dessa forma para determinada pressão arterial, a artéria pode armazenar menos sangue. Pode ocorrer de uma artéria “velha” armazenar a mesma quantidade de sangue que uma artéria “nova”, mas a artéria “velha” vai ter uma pressão maior. De fato a pressão arterial aumento com a idade devida diminuição da complacência dos vasos. 
V= Q/A
Q=ΔP/R
R=8.η.l/πr4
Rtotal=Rartéria+Rarteríolas+Rcapilares+Rvênulas+Rveia
1/Rtotal=1/R1+1/R2+1/R3+1/R4+1/R5+1/R6
Ctotal = Cl + C2+C3+C4....
 NR=ρdv/η
Condutância = 1/resistência
C=V/P

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