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GENERALIDADES 1. Partes: Coroa: é a porção visível e funcional na mastigação. Permanece acima dos ossos suportes e da gengiva. Raiz: fixação dos dentes no osso alveolar, através do ligamento periodontal. Sempre possui o comprimento maior que a coroa, é revestida por uma fina camada de cemento dentário. Colo: é o segmento intermediário entre a coroa e a raiz; é a porção mais estrangulada do dente e é limitada pela disposição sinuosa do esmalte a este nível . 1obs: Colo Anatômico (representa exatamente os limites divisórios entre coroa e raiz) x Colo Cirúrgico (delimitação da área do dente pelo osso alveolar; permanece sempre revestida pela gengiva). 2obs: A cavidade dentária ou pulpar abriga a polpa dentaria,componente mole que recebe a vascularização e inervação. 2. Grupos Dentários: Incisivos: são em um total de 8 na arcada completa, e atuam na secção e preensão do alimento e também na fonação. Caninos: são em um total de 4 na arcada completa, e atuam na dilaceração (ato de rasgar e reduzir o alimento a partículas menores). Pré-molares: são em um total de 8 na arcada completa, atuam na trituração do alimento em conjunto com os molares; são dentes intermediários entre os caninos e molares. Molares: são em um total de 12 na arcada completa, e atuam na trituração do alimento; são os dentes mais complexos da dentição. 3. Faces: Vestibular: está voltada para o vestíbulo da boca. Lingual/Palatina: está voltada para a cavidade bucal propriamente dita e sempre em contato direto com a língua. Mesial: está voltada para o plano sagital mediano. Distal: se opõe a face mesial, pois, está mais distante do plano mediano. Oclusal/Incisal: é a superfície dos dentes que se toca quando a mandíbula se eleva. 4. Divisão da coroa em terços: As faces da coroa dos dentes são divididas em terços afim de tornar mais fácil a localização de certos detalhes anatômicos ou a descrição de lesões coronárias. Para as faces livres, a divisão e feita em terços mésio-distais e cervico-oclusais, sendo que os os terços MD são: mesial, intermésio-distal e distal; e os terços CO são: cervical, médio e oclusal. Para as faces proximais, a divisão é feita em terços vestíbulo-linguais e cérvico-oclusais, sendo que o terço VL são: vestibular, médio e distal; e os terços CO são: cervical, médio e oclusal. Para a face oclusal, a divisão é feita em terços vestíbulo-linguais e mésio-distais, sendo que os terços VL são: vestibular, médio e lingual; e os terços MD são: mesial, médio e distal. 5. Convergência das faces: No sentido vertical (CO): as faces proximais convergem para a raiz (por vestibular/lingual) e as faces livres convergem para a coroa (por mesial/distal). No sentido horizontal (MD): (por oclusal) as faces proximais convergem para lingual (exceto o 1MS, e o 2PMI tricuspidado) e as faces livres convergem para distal. 6. Dimensões relativas das faces das coroas dentárias: No sentido vertical: as faces vestibulares são maiores do que as faces linguais; a face mesial é sempre maios que a face distal, exceto no ICI desgastado. No sentido horizontal: as faces vestibulares são maiores do que as faces linguais com exceção do 1MS; a face mesial é sempre maior que a face distal. Considerações: A face mesial é maior e mais plana: ângulo entre coroa e raiz é aproximadamente 180º. A face distal é menor e mais convexa: ângulo entre coroa e raiz é menor que 180º. A face vestibular é inclinada para lingual, sendo mais evidente nos inferiores. As raízes possuem desvios para distal; explicada pela artéria que nutre os dentes estar em posição distalizada. 7. Características anatômicas: Bossas: elevações; pontos de maior convexidade pela maior espessura do esmalte, têm valor na estabilidade dos aparelhos protéticos, mantém a gengiva inserida, protege as partes marginais gengivais desviando os alimentos durante a mastigação e permite ligeiro grau de fricção gengival sem possibilidade de os alimentos forçarem as bordas gengivais. Quando são muito salientes, promove o deslocamento e atrofia da gengiva pois não há o estímulo fisiológico na gengiva, já quando são pequenas, promove a irritação e inflamação da gengiva pois estimula exageradamente a mesma. Vestibular: no 1/3cervical. Lingual: no 1/3 cervical dos dentes superiores e nos dentes anteriores inferiores; no 1/3 médio dos dentes posteriores inferiores. Mesial: no 1/3 oclusal. Distal: no 1/3 médio. Linha Equatorial: linha sinuosa formada pela união das bossas, também pode ser chamada de linha de maior contorno do dente. Separa a área retentiva da área expulsiva. *Área retentiva nos dentes superiores é acima do equador e nos dentes inferiores é abaixo do equador e Área expulsiva é ao contrário. Cíngulo: saliência acentuada na face lingual dos dentes anteriores; representa o vestígio de uma cúspide lingual que não se desenvolveu; é suscetível a lesões cariosas. Fossa: depressão ampla de profundidade variável, localizada de preferência na face lingual dos dentes incisivos e às vezes, caninos. Lobos: segmentos da face vestibular dos dentes anteriores, separados por sulcos que acompanham o longo eixo do dente; caracteriza os dentes jovens, pois em adultos desaparece devido ao atrito de lábios e bochechas; geralmente me número de 3 (mesial, mediano e distal). Cristas Marginais: elevação linear que une cúspides ou reforça a periferia de certas faces dos dentes. Dentes anteriores: na margem distal e mesial da face lingual. Dentes posteriores: na margem distal e medial da face oclusal; une as cúspides vestibulares as cúspides linguais. Cúspides: formações piramidais de base quadrangular nos dentes posteriores; tem quatro faces que se unem entre si por intermédio de arestas e que convergem para o ápice. As faces de uma cúspide são verdadeiras vertentes. Vertentes: são as faces de uma cúspide; podem ser vestibulares quando na cúspide vestibular, linguais quando na cúspide lingual (lisas ou externa) e oclusais (triturantes ou interna) Arestas: diedros; são segmentos de retas formados pela união de vertentes de uma mesma cúspide; podem ser longitudinais que separam as vertentes livres das vertentes oclusais, ou transversais que separam as vertentes distais das mesiais. Crista Oblíqua ou Ponte de Esmalte: saliência de esmalte que une as cúspides vestibulares das linguais e as cúspide mésio-lingual à disto-vestibular dos dentes tetracuspidados, interrompendo o sulco principal longitudinal (frequente: 1MS e 1PMI). Fossetas: depressões de profundidade variável no trajeto do sulco longitudinal e mediano da face oclusal e na face vestibular dos dentes posteriores, com valor clínico, pois é onde se inicia, constantemente, os processos destrutivos do esmalte coronário. Geralmente, são em 4: vestibular, central, mesial e distal (em PM são 2: mesiais e distais); as mesiais e distais ficam nos extremos do sulco principal da face oclusal, já a central localiza-se no centro da face oclusal e a vestibular situa-se como depressão discreta no 1/3 médio da face vestibular marcando o término do sulco que invade esta face. Sulcos: é uma depressão linear, geralmente pronunciada que separa uma cúspide de outra. Longitudinais (mésio-distais): separam as cúspides vestibulares das linguais, e estão geralmente mais próximos da cúspide lingual (ocasiona a diferença de volume entre as cúspides); muito frequentemente, não são contínuos e se apresentam como em linha quebrada ou sinuosa, no entanto, sempre partem de uma fosseta proximal à outra. Podem ser quase retilíneos (MS), retilíneos (PMS e MI) ou curvilíneos (PMI). Vestibular: ocluso-vestibular; parte da fosseta central e dirige-se para a face vestibular terminando na fosseta vestibular; separa as cúspides vestibulares em distal e mesial. Lingual: ocluso-lingual; parte do segmento distal do sulco longitudinal em direção a cúspide lingual. Obs: FaceOclusal Anatômica x Face Oclusão Funcional Área delimitada pelas arestas longitudinais (vestibulares e linguais), e as saliências das cristas marginais (mesial e distal) x Face anatômica mais os terços oclusais das faces vestibular e lingual (cúspide lingual nos superiores e cúspide vestibular nos inferiores), aumentando a superfície mastigatório. Ponto de Contato: local onde se tocam as faces proximais na normal posição nas arcadas dentárias; determina espaços ou áreas distintas: Ameia: espaço triangular de base vestibular ou lingual, situado entre as faces de contato de dois dentes da mesma arcada; as ameias linguais são maiores do que as ameias vestibulares. (vista por oclusal) Espaço Interdentário: espaço existente a partir da área de contato interproximal em direção à porção cervical da coroa; aloja a papila dentária. Sulco Interdentário: espaço que parte da área de contato em direção incisal/ oclusal. 8. Contato Antagônico: 2 superiores com 1 inferior, exceto o ICI e 3MS. Overbite: sobresaliência; vertical; tanto que o dente superior se salienta sobre o inferior. Overjet: sobremordida; horizontal; tanto que o dente superior cobre o inferior.
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