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ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

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E.E.E. “Professora Filomena Quitiba” 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alterações climáticas: 
Regionais e globais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Laís Stefani Espine 
Turma: 1ª Etapa N01 
Disciplina: Geografia 
 
INTRODUÇÃO 
 
O trabalho ora apresentado irá abordar aspectos relacionados diretamente a um 
contexto de mudanças climáticas, no qual sabemos que as alterações climáticas 
sempre estiveram presentes no nosso planeta, sendo que antes da ascensão de 
instrumentos tecnológicos e produtivos desenvolvidos pelo homem, estas 
alterações revelavam uma sazonalidade equilibrada. Com o advento da 
industrialização, os processos produtivos tiveram a necessidade de utilizar cada 
vez mais fontes energéticas, tais como, o petróleo, o carvão mineral, e, 
atualmente os biocombustíveis. A partir disso, o processo de aquecimento global 
tem-se mantido constante e ao mesmo tempo intenso, em quantidades 
crescentes. Diante desta situação, tem sido comum a ocorrência de eventos 
climáticos extremos, cujas consequências têm sido as mais diversas, indo deste 
os prejuízos económicos, passando pelas perdas de vida decorrentes de 
inundações, furacões, ondas de frio ou de calor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS 
O termo mudança do clima, mudança climática ou alteração climática refere-se 
à variação do clima em escala global ou dos climas regionais da Terra ao longo 
do tempo. 
Estas variações dizem respeito a mudanças de temperatura, precipitação, 
nebulosidade e outros fenômenos climáticos em relação às médias históricas. 
Tais variações podem alterar as características climáticas de uma maneira a 
alterar sua classificação didática. Os tipos de classificação para as regiões 
climáticas são: Classificação do clima de Köppen, Classificação do clima de 
Thornthwaite e Classificação do clima de Martonne. 
Podem estar em causa mudanças no estado médio da atmosfera em escalas de 
tempo que vão de décadas até milhões de anos. Estas alterações podem ser 
causadas por processos internos ao sistema Terra-atmosfera, por forças 
externas (como, por exemplo, variações na atividade solar) ou, mais 
recentemente, pelo resultado da atividade humana. 
Portanto, entende-se que a mudança climática pode ser tanto um efeito de 
processos naturais ou decorrentes da ação humana e por isso deve-se ter em 
mente que tipo de mudança climática se está referindo. 
 
 
(Figura 1 – Mudanças climáticas) 
 
PROCESSOS CLIMÁTICOS: TENDÊNCIAS E INCERTEZAS 
Em primeiro lugar é importante destacar que o clima da Terra esteve, desde 
sempre, sujeito a mudanças, produzidas por ciclos longos ou curtos, que estão 
registrados na história da Humanidade. Na Idade Média foram observados 
períodos de aquecimento seguido de um período de esfriamento, conhecido 
como pequena Era do Gelo. Algumas das grandes ondas de migração humana, 
como as chamadas "invasões bárbaras" de povos do norte e leste em direção 
ao sul da Europa, e a entrada de grupos asiáticos no continente americano pelo 
Estreito de Bhering, são em parte devidas a fenômenos climáticos. Esses ciclos 
podem ter sua origem explicada por processos naturais, ligados a alterações no 
eixo de rotação da terra, explosões solares e dispersão de aerossóis emitidos 
por vulcões. Outros fenômenos climáticos, mais localizados no espaço e mais 
concentrados no tempo são bastante frequentes, como os furacões, enchentes 
decorrentes de chuvas intensas ou degelo, ondas de calor, etc. Até o século XX, 
estes fenômenos eram considerados como manifestações da "natureza" como 
concepção aristotélica, não podendo por isso ser controlados, previstos ou 
mitigados. Recentemente, muitos desses fenômenos passaram a ser atribuídos 
a mudanças climáticas globais, o que sem dúvida constitui um exagero, muitas 
vezes estimulado pela mídia. 
Uma importante discussão que vem sendo travada nos fóruns acadêmicos sobre 
clima diz respeito à parcela atribuível desses fenômenos às mudanças climáticas 
globais, já que uma parte dos fenômenos atmosféricos se deve ao aumento do 
efeito estufa, outra parte é inerente de ciclos naturais. Os primeiros registros 
sistemáticos de temperatura datam da década de 1850 e a análise histórica 
desses registros permite reconhecer algumas tendências de aumento da 
temperatura média do planeta. Esse aumento vem acompanhando o processo 
de industrialização e de emissão de gases resultantes da queima de 
combustíveis fósseis. A recuperação de dados mais remotos sobre o clima da 
Terra tem sido possível através da análise da composição de testemunhos de 
gelo do Ártico e Antártica. Esses dados têm demonstrado que as concentrações 
de CO2 e de CH4 na atmosfera nunca foram tão altas nos últimos 600.000 anos. 
O aumento do efeito estufa, causado pela acumulação de gases, produziu um 
acréscimo de um grau Celsius na temperatura média ao longo do último século. 
Ressalta-se que o efeito estufa existe mesmo antes do aparecimento do homem 
na Terra, sendo responsável por efeitos benéficos, como a filtragem de raios 
solares, a estabilização da temperatura da atmosfera e ciclagem de gases 
essenciais para a vida. 
As mudanças climáticas podem ser entendidas como qualquer mudança no 
clima ao longo dos anos, devido à variabilidade natural ou como resultado da 
atividade humana. O IPCC divulgou recentemente que há 90% de chance de o 
aquecimento global observado nos últimos 50 anos ter sido causado pela 
atividade humana, através do aumento das emissões de gases de efeito estufa. 
Este aumento nas emissões de gases estufa poderá induzir um aquecimento da 
atmosfera, o que pode resultar em uma mudança no clima mundial a longo prazo. 
As mudanças climáticas refletem o impacto de processos socioeconômicos e 
culturais, como o crescimento populacional, a urbanização, a industrialização e 
o aumento do consumo de recursos naturais e da demanda sobre os ciclos 
biogeoquímicos. 
Segundo o relatório do IPCC, a prosseguir essa tendência, alguns dos efeitos do 
aquecimento global poderão ser: 
 Até o fim deste século, a temperatura média da Terra pode subir de 1,8oC 
até 4oC. Na pior das previsões, essa alta pode chegar a 6,4oC; 
 O nível dos oceanos vai aumentar de 18 a 59 centímetros até 2.100; 
 As chuvas devem aumentar em cerca de 20%; 
 O gelo do Polo Norte poderá ser completamente derretido no verão, por 
volta de 2100; 
 O aquecimento da Terra não será homogêneo e será mais sentido nos 
continentes que no oceano. 
 O hemisfério norte será mais afetado do que o sul. 
 
(Figura 2 – Aumento do nível do mar) 
 
(Figura 3 – Enchente por excesso de chuvas) 
 
(Figura 4 – Derretimento das geleiras) 
Essas previsões são resultantes de modelos de simulação que vêm sendo 
aperfeiçoados por diversas instituições do mundo. No Brasil, destaca-se o papel 
do INPE, notadamente o CPTEC no monitoramento e desenvolvimento de 
Modelos Globais Atmosféricos (GCMs) e Modelos Globais Acoplados Oceano-
Atmosfera (AOGCMs) para a previsão de mudanças climáticas. Deve-se 
observar que estes modelos são sensíveis a condições de contorno como os 
cenários de emissão de gases e a qualidade e cobertura de dados 
meteorológicos. 
Os resultados do modelo de avaliação de anomalias para 2005 mostram um 
aumento de temperatura acima de 2oC nas altas latitudes do hemisfério norte e 
de 1o C próximo do equador. Em regiões onde é baixa a densidade de estações 
meteorológicas, há uma tendência de superestimar as anomalias ou produzir 
valores não confiáveis, como na África equatorial, Oriente Médio e Antártica. O 
Brasil conta com uma rede de estações meteorológicasque cobre boa parte do 
litoral, mas tem baixa densidade no interior, principalmente nas regiões Norte e 
Centro-Oeste. Além disso, grande parte das estações não é automática e 
registra somente dados pluviométricos, não as temperaturas. 
Os modelos de previsão global produzem valores pouco confiáveis quando 
aplicados no nível regional. A maior parte dos modelos leva em consideração os 
fluxos de energia entre solo, ar e oceano, mas subestimam o papel do uso e da 
cobertura da terra nesses fluxos. A Amazônia, por exemplo, vem exercendo um 
papel de tamponamento de variações de temperatura devido à grande 
quantidade de água circulante e da evapotranspiração. A diminuição da sua 
cobertura vegetal nativa produziria efeitos de difícil previsão sobre todo o 
planeta, já que haveria um excedente de água e calor a ser redistribuído por todo 
o planeta. Alterações nos padrões de temperatura e precipitação acarretam 
necessariamente em mudanças de composição e localização de biomas, além 
de causar mudanças nas práticas agrícolas. Por outro lado, essas alterações de 
uso da terra promovem alterações de ciclos de nutrientes, água e calor. Esses 
processos de retroalimentação das mudanças climáticas globais são raramente 
considerados nos modelos de previsão. 
 
Para o Brasil, alguns cenários de alterações climáticas são destacados por 
pesquisadores: 
 Eventos El Niño-Oscilação Sul (ENSO) mais intensos: Secas no Norte e 
Nordeste e enchentes no Sul e Sudeste; 
 Diminuição de chuvas no Nordeste; 
 Aumento de vazões de rios no Sul; 
 Alteração significativa de ecossistemas como o mangue, Pantanal e Hiléia 
Amazônica. 
 
(Figura 5 – Impactos do El Niño (mapa da esquerda) e La Nina (mapa da direita) sobre 
a América do Sul) 
 
(Figura 6 – Escassez de chuvas) 
 
(Figura 7 – Alagamentos em grandes áreas urbanas) 
 
Como destacado anteriormente, não há como separar o efeito desses 
fenômenos climáticos dos processos de ocupação que vêm sofrendo essas 
regiões. Na Amazônia, particularmente, se sobrepõem às oscilações climáticas 
a intensificação de queimadas e desflorestamento. A seca de 2005 no oeste da 
Amazônia pode ter sido resultado, não de processos climáticos globais, mas de 
alterações do padrão de uso da terra no Brasil e países limítrofes. O 
desflorestamento causa uma diminuição da capacidade de retenção de água de 
chuva e um aumento proporcional do escoamento superficial dessas águas 
pelos rios. Em suma, aumenta a variabilidade da vazão de rios. Essa mudança 
de regime de rios pôde ser sentida pela ocorrência de enchentes na mesma 
região da Amazônia, poucos meses após o período de seca. 
Também do ponto de vista da termodinâmica, o processo de aquecimento global 
pode ser assumido como uma acumulação de calor, não só pela atmosfera, mas 
também na água e solo. Essa energia pode ser mobilizada e dissipada de forma 
rápida e concentrada, gerando eventos extremos. Essa é uma possível 
explicação para o aumento da frequência e intensidade de furacões no 
hemisfério norte. 
As grandes cidades se caracterizam pela geração de calor e a sua cobertura por 
construções diminui a percolação de água de chuva, e aumenta o fluxo 
ascendente de ventos, o que as torna vulneráveis para efeitos de aquecimento 
e enchentes. Em resumo, mais que causar o aumento global de temperatura, 
esses processos, conjugados às alterações de uso da terra, podem aumentar a 
amplitude de variações de temperatura e precipitação. 
A variabilidade climática anual já é bem caracterizada. Possui um ritmo pendular 
com a alternância de estações quentes e frias nas zonas temperadas, e secas e 
úmidas nas zonas tropicais. Há certos períodos nos quais se observa uma 
ruptura deste ritmo. Numa escala interanual e mundial, distinguem-se o 
fenômeno El Niño (fase quente), também conhecido como ENSO (El 
Niño/Southern Oscillation) e La Niña (fase fria). Esta oscilação é caracterizada 
por irregularidades da temperatura da superfície de águas do oceano Pacífico, 
que influenciam a circulação atmosférica e alteram as precipitações e a 
temperatura em diversos lugares do mundo. O aquecimento e o subsequente 
resfriamento num episódio típico de ENSO pode durar de 12 a 18 meses. Este 
fenômeno tem geralmente consequências de grande amplitude e produzem-se 
a intervalos irregulares. A origem destas modificações ainda é mal conhecida, e 
consequentemente a sua previsão e a sua amplitude a longo prazo são ainda 
difíceis de avaliar. 
No Brasil, alguns estudos indicam que o semiárido do Nordeste, norte e leste da 
Amazônia, sul do Brasil e vizinhanças são afetados de forma pronunciada pelo 
fenômeno ENSO. Na região sul ocorre um aumento da precipitação, 
particularmente durante a primavera do primeiro ano e no fim do outono e início 
do inverno do segundo ano. O norte e o leste da Amazônia, bem como e o 
nordeste do Brasil são afetados pela diminuição da precipitação, principalmente 
no segundo ano, entre fevereiro e maio, quando se tem a estação chuvosa do 
semiárido. O sudeste do Brasil apresenta temperaturas mais altas, tornando o 
inverno mais ameno. Nas demais regiões do país, os efeitos são menos 
pronunciados e variam de um episódio para outro. 
 
PRINCIPAIS FATORES 
Primeiramente, é necessário ressaltar que as mudanças climáticas entraram em 
pauta porque foram registradas cientificamente, por meio de alterações em 
valores médios apontados no decorrer dos anos. Portanto, a partir do momento 
em que se comprovou que essas mudanças são uma realidade presente, foi 
necessário levantar suas causas e analisar as consequências. 
Como mencionamos anteriormente, vários dos aspectos que provocam esse tipo 
de mudança são inerentes à própria natureza, dentre eles, podemos citar: 
Causas Naturais 
O fenômeno da mudança do clima é um evento que pode acontecer de forma 
natural. Assim, esse fenômeno pode ter causas com origem externa (de fora do 
planeta), bem como origem terrestre. 
Influência externa 
Dentre as causas com origem fora do globo terrestre temos as causas com 
origens solares, que vão desde a variação da energia solar que chega a Terra 
até a variação da própria órbita terrestre. 
Ciclo solar 
A temperatura da terra depende do sol, que emite radiação em direção ao 
planeta. Esta radiação é a radiação solar, que em parte é refletida para o espaço 
e o restante é absorvido pela terra em forma de calor. 
Esta energia não chega à terra de maneira uniforme, apesar do sol ser 
uma estrela de classe G e ser muito estável, essa energia aumenta cerca de 
10% a cada um bilhão de anos, ou seja, no início da vida na terra, quase quatro 
bilhões de anos atrás, a energia do sol era em torno de 70% da atual. 
Outro tipo de variação da radiação solar ocorre em decorrência dos ciclos 
solares, que são mais importantes que a primeira, no que diz respeito à mudança 
do clima terrestre, visto que essa variação é uma oscilação e não somente um 
crescente e ocorre em períodos mais curtos. 
O Ciclo Solar é a variação de intensidade do vento solar e do campo magnético 
solar. Estudos de Heliosismologia comprovaram a existência de "vibrações 
solares", cuja frequência cresce com o aumento da atividade solar, 
acompanhando o ciclo solar que dura em média de 11 anos com mudança no 
ritmo das erupções, além da movimentação das estruturas magnéticas em 
direção aos polos solares. Tais mudanças resultam em ciclos de aumento da 
atividade geomagnética da Terra e da oscilação da temperatura 
do plasma ionosférico na estratosfera de nosso planeta. 
Variação orbital 
Também é causa de mudança climática os fenômenos astronômicos variação 
orbital, ou seja, o aumento, ou diminuição, das radiaçõessolares devido às 
variações no movimento da Terra em relação ao sol. 
Apesar da variação radiação solar pelos ciclos solares e pelo aumento gradual 
ao longo de bilhões de anos resultar em certa estabilidade, o mesmo não 
podemos dizer das variações da órbita terrestre. 
A variação orbital ocorre periodicamente, fazendo com que a radiação solar 
chegue de forma diferente em cada hemisfério terrestre de tempos em tempos. 
Esta variação provoca as glaciações. 
Os Fatores que causam essa variação são três: a precessão dos equinócios, 
a excentricidade orbital e a Inclinação do eixo terrestre. 
As glaciações provocaram grandes mudanças no relevo continental e no nível 
do mar. Quando a temperatura global diminui ocorre, como consequência, o 
aumento das geleiras, ou seja, as baixas temperaturas provocam o 
congelamento da água nos polos aumentando a quantidade de gelo nas calotas 
polares. 
Outra consequência é o rebaixamento eustático do nível dos oceanos devido à 
retenção de água nos polos. O Oceano se afasta da linha da costa, das praias, 
por exemplo, expondo grandes extensões de terra e 
ligando ilhas e continentes entre si, formando as chamadas pontes terrestres. 
Entre os períodos glaciais há os períodos interglaciais em que a temperatura da 
Terra se eleva. O período em que vivemos é um interglacial e variações orbitais 
são os fatores que iniciam as glaciações. 
Impactos de meteoritos 
Impactos de meteoritos (de grandes proporções) são eventos raros, mas 
também podem modificar o clima na terra. Impactos de grandes proporções 
podem modificar profundamente a biosfera. 
O último evento deste tipo foi denominado Extinção K-T e ocorreu há mais ou 
menos sessenta e cinco milhões de anos atrás. Eventos assim podem 
desencadear uma série de tragédias ecológicas. 
Com o impacto, detritos podem ser arremessados até o espaço e entrarem 
na órbita da Terra, onde ficariam por algum tempo e só depois cairiam. 
Ocorreriam incêndios em escala global e a liberação de grandes quantidades 
de gás carbônico (CO2) na atmosfera causando o efeito estufa. Com o calor, 
as moléculas de nitrogênio e oxigênio se quebrariam e se combinariam com 
o hidrogênio formando o ácido nítrico (HNO3). Suceder-se-iam então longos 
períodos de chuva ácida, prejudicando ainda mais a vida terrestre. Paralela e 
consecutivamente, o aumento da acidez e da temperatura dos oceanos afetaria 
gravemente os ecossistemas marinhos. 
Influência Interna 
Há várias causas de origem interna. Dentre elas, temos: 
 Deriva dos continentes 
Mudanças ou deriva dos continentes aproximando ou afastando-se dos 
polos. A movimentação das placas tectônicas (geofísica 2 cm ano), sobre 
a astenosfera, ocorre algo em torno de centímetros por ano, o que poderia 
provocar um distúrbio na atmosfera. Os movimentos orogenéticos de 
formação de montanhas também poderiam estar prejudicando a 
circulação dos ventos. 
 
 El Niño e La Niña 
Os fenômenos “El Niño” e “La Niña” são mudanças na temperatura da 
água de partes do Oceano Pacífico. A mudança da temperatura das 
águas influencia a intensidade dos Ventos Alísios que pode fazer com 
que massas de água quente, e massas de ar também, se desloquem no 
Pacífico de forma diferente dos registros das médias históricas. 
 
As Variações de intensidade dos Ventos Alísios influenciam a pressão 
atmosférica no oceano, afetando vários fenômenos climáticos em todo o 
mundo. 
 
 Vulcanismo 
As partículas emitidas pelos vulcões (aerossóis) refletem a luz solar, 
impedindo que parte dela chegue à superfície. Assim, nos anos que se 
seguem a grandes erupções vulcânicas, como a do Monte Pinatubo 1991, 
observa-se um resfriamento do sistema climático da Terra. 
 
Para que haja efeito perceptível em escala global ao longo de mais de um 
ano, é necessárias ao menos 100 mil toneladas de SO2 em suspensão na 
estratosfera. 
 
 Variação na composição atmosférica 
O efeito estufa é a retenção de parte do calor que seria emitido de volta 
ao espaço pela Terra. Alguns gases, chamados gases estufa, têm a 
propriedade de obstruir raios infravermelhos, aumentando a temperatura 
da superfície. Este fenômeno torna possível a vida na Terra, uma vez que 
sem ele as temperaturas médias seriam vários graus abaixo de zero. Ele 
ainda age de forma a amplificar outras variáveis, como por exemplo as 
variações orbitais. Desta forma, um desequilíbrio energético relativamente 
pequeno em seu início toma proporções mais intensas, e de escala global. 
 
 Causas Antrópicas 
Mas, de acordo com um órgão das Nações Unidas chamado Painel 
Intergovernamental de Mudanças Climáticas, há uma certeza em torno de 
90% de que o aumento da temperatura terrestre que tem sido verificado 
é provocado por ação humana. 
 
A principal ação do homem que agrava radicalmente a questão das 
mudanças climáticas é a emissão de gases poluentes que intensificam o 
efeito estufa, como gás carbônico, clorofluorcarbonos (CFC), metano, 
óxido nitroso e outros. O mais abundante realmente é o gás carbônico, 
que responde por mais de 60% do total. 
A liberação desses gases ocorre principalmente por atividades industriais, 
pela queima de combustíveis fósseis, desmatamento das florestas e 
criação de gado. 
 
Mas qual a relação entre o efeito estufa e as mudanças climáticas? O 
efeito estufa é um fenômeno natural e necessário para a manutenção da 
vida na Terra: graças a ele, quando os raios solares chegam ao planeta, 
cerca de 65% ficam retidos e os outros 35% são refletidos de volta para o 
espaço. Essa quantidade de radiação absorvida é a necessária para nos 
fornece luz e calor. 
 
No entanto, esses poluentes estão fazendo com que parte da radiação 
que deveria voltar para o espaço não consiga sair e fique no planeta, 
elevando a temperatura, ou seja, provocando uma mudança climática. 
 
AQUECIMENTO GLOBAL: O DESAFIO DA GERAÇÃO 
O aquecimento global é o principal fenômeno provocado pelas mudanças 
climáticas, que consiste justamente nesse aumento da temperatura terrestre que 
vem sendo registrado nos últimos anos. 
Isso tem provocado o derretimento do gelo das calotas polares, que elevam o 
nível dos oceanos. A longo prazo, isso pode levar ao desaparecimento de ilhas 
e até de cidades litorâneas, que tendem a ser encobertas pela água. Muitas 
dessas regiões que estão correndo riscos, são intensamente povoadas. 
Outra consequência das mudanças climáticas é o processo de desertificação 
observado em algumas regiões. 
Por conta das mudanças e do aquecimento global propriamente dito, há uma 
tendência de maior ocorrência de alguns eventos climáticos, como inundações, 
tempestades tropicais, secas, nevascas, ondas de calor, tsunamis, furacões, 
tornados e outros. Perceba que todos eles podem trazer consequências graves 
para a humanidade e para os ecossistemas de modo geral. 
Inclusive, no futuro, é possível até que determinadas espécies de animais e 
plantas acabem sendo extintas por conta dessas situações. 
Esse resumo das mudanças climáticas demonstra a seriedade do assunto e a 
necessidade de se buscar formas para amenizar o fenômeno, pelo bem da 
humanidade e do futuro. 
 
 
(Figura 8 – Mýrdalsjökull – À esquerda, 16 de setembro de 1986. À direita, 20 de 
setembro de 2014) 
 
 
(Figura 9 – Mar de Aral – À esquerda, 25 de agosto de 2000. À direita, 19 de agosto 
de 2014) 
 
(Figura 10 – Lago Powell – À esquerda, 25 de março de 1999. À direita, 13 de maio de 
2014) 
 
 
(Figura 11 – Alaska– À esquerda, 1940. À direita, 4 de agosto de 2005) 
 
 
MEDIDAS A SEREM TOMADAS SEGUNDO ORGANIZAÇÕES DO CLIMA 
 
 Investir em uma política energéticainteligente: 
segundo estudo encomendado pelo Greenpeace, as novas fontes 
renováveis podem suprir metade da demanda mundial até 2050 
 
 Incentivar o setor de novas energias: a indústria de geração e de eficiência 
energética tem capacidade de abrir 8 milhões de empregos no mundo até 
2030 
 
 Zerar o desmatamento: no mundo, a derrubada e a queimada das 
florestas tropicais jogam 5,1 bilhões de toneladas de carbono por ano na 
atmosfera; só no Brasil, o volume é de 1,26 bilhão de toneladas por ano 
 
 Conservar os oceanos: os mares absorvem CO2 da atmosfera, mas eles 
têm um limite. Destinar 40% dos oceanos para unidades de conservação 
ajuda a mantê-los saudáveis, de forma a cumprirem essa tarefa 
 
 Adaptar a mobilidade das cidades para que elas proporcionem transporte 
público eficiente e deslocamentos seguros e confortáveis às pessoas, de 
modo a reduzir a dependência do uso de automóveis e da queima de 
combustíveis fósseis 
 
 A frota brasileira de automóveis cresce a cada ano, mas os veículos que 
são vendidos aqui consomem mais combustível e emitem mais gases de 
efeito estufa em relação aos europeus. Aumentar os padrões de eficiência 
dos veículos que circulam no Brasil, defasados em relação à Europa, 
origem de grande parte das montadoras que atuam no País 
 
 O Ártico é responsável por manter a temperatura do mundo estável. Criar 
um santuário na área não-habitada do Ártico e banir a exploração de 
petróleo e a pesca industrial são as únicas ações capazes de impedir uma 
catástrofe na região 
 
 
(Figura 12 – Energias renováveis) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
Diante das discussões apresentadas podemos concluir que a temática é fecunda 
para inúmeras análises futuras. Neste sentido, a sistematização de estudos 
voltados para a compreensão desta nova dinâmica climática que ora se 
apresenta é de extrema importância para a elaboração de políticas públicas 
voltadas para a minimização dos riscos decorrentes dos eventos climáticos 
extremos. 
Outro fato importante advém do fato que este problema deve ser tratado numa 
perspectiva global, ou seja, o planeta todo vem sentidos impactos ambientais 
decorrentes do clima. A cooperação e a solidariedade são termos fundamentais 
para estas discussões, pois em relação a dinâmica causa e consequência, 
observa-se uma verdadeira assimetria. Isto se dar pelo fato de que os países em 
vias de desenvolvimento são os que têm sofrido as maiores consequências 
destes problemas ambientais precedidos de eventos climáticos, no entanto, são 
os que tem menos contribuído para os processos que têm interferido nas 
alterações climáticas, ao passo que os mesmos apresentam uma maior 
vulnerabilidade diante dos eventos climáticos extremos.

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