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NOÇÕES DE FARMACOTÉCNICA

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NOÇÕES DE FARMACOTÉCNICA 
 
É o estudo do preparo de medicamentos, ou seja, da transformação de drogas (matérias-primas) em medicamentos: 
preparo, purificação, incompatibilidades físicas e químicas, e a escolha da forma farmacêutica mais adequada à finalidade 
pretendida. 
 
1. PRINCÍPIO ATIVO (PA) Principal componente de uma fórmula, responsável pelo efeito terapêutico/farmacológico. Em 
um medicamento pode ter mais de um PA. 
2. PRAZO DE VALIDADE Depende da estabilidade do PA que vai aos poucos perdendo seu efeito terapêutico e suas 
propriedades. Medicamento perde sua validade quando foram destruídos 10% ou 15% de seu PA. 
3. EXCIPIENTE OU VEÍCULO Substâncias inertes (que não apresentam efeito farmacológico) adicionadas à fórmula, com 
a finalidade de diluir, estabilizar, dar cor, gosto, encher a formulação, distribuindo-o uniformemente, etc. 
4. FÓRMULA FARMACÊUTICA É o conjunto de substância que constituem o medicamento: PA + excipientes 
5. EFEITO PLACEBO Sem PA, apenas com excipientes. Utilizado com grupos de controle em pesquisas e também com 
pacientes hipocondríacos. 
6. POSOLOGIA Quantidade que o paciente usará do medicamento por 24h. 
7. MEDICAMENTO x REMÉDIO 
Medicamento: Precisa ter PA. Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, 
paliativa ou para fins de diagnóstico. 
Remédio: Todos os meios usados para prevenir, melhorar ou curar doenças. 
8. CLASSIFICAÇÃO DOS MEDICAMENTOS 
Homeopático: Causa no organismo uma reação semelhante à doença, fazendo com que o próprio organismo reaja a ela. 
Sua característica é o uso de doses extremamente diluídas e efeito em longo prazo 
Alopático: medicamentos tradicionais, que consistem em produzir no organismo do doente uma reação oposta aos 
sintomas a fim de neutralizá-los. 
Fitoterápico: Feitos à base de plantas medicinais. 
9. FORMA DE PREPARAÇÃO 
Medicamentos oficinais: preparados de acordo com as fórmulas inscritas nas farmacopeias. 
Medicamentos magistrais: são de autoria de médicos, dentistas, veterinários, obedecendo às exigências clínicas do 
paciente. 
Especialidade farmacêutica: Produtos oriundos da indústria farmacêuticos com registro no Ministério da Saúde e 
encontrados prontos para o uso nas farmácias e drogarias, apresentadas em embalagens uniformes, com o nome 
comercial registrado. 
5. FORMA FARMACÊUTICA 
É a forma física que o medicamento apresenta, da maneira como será utilizado. 
Medicamentos Líquidos 
Soluções injetáveis: preparações líquidas estéreis, livres de qualquer substância capaz de provocar reações pirogênicas. 
Utilizadas para administração parenteral. 
Soluções para uso oral: são líquidos destinados à administração oral. Diferem das soluções injetáveis por dispensar a 
exigência de esterilidade. São muito utilizadas, principalmente pela facilidade de administração e boa absorção dos 
fármacos no TGI. 
Emulsões: é a mistura interna de líquidos imiscíveis (óleo/água). Essa forma farmacêutica possibilita administrar em uma 
única mistura substâncias hidro e lipossolúveis. Precisa ser agitada. 
Suspensões: é a mistura de um sólido em um líquido, onde esse não seja solúvel. São utilizadas para uso oral, aplicações 
tópicas, e em administrações parenterais. Precisa ser agitada. 
Xaropes: soluções quase saturadas de sacarose (conservante) em água, onde é veiculado o princípio ativo. São 
geralmente utilizados como calmantes da tosse, sendo administrados por via oral. 
Infusos: são formas farmacêuticas obtidas por infusão, que consiste em extrair os princípios ativos da droga com água 
fervente por alguns minutos. Corresponde aos chás. 
Decoctos: diferem dos infusos por serem preparados por cozimento, ou seja, por aquecimento da droga com água até a 
ebulição. 
Tinturas: São preparações geralmente concentradas, obtidas pelo tratamento do tecido vegetal ou animal com um solvente, 
a fim de retirar seus componentes ativos. 
Elixires: soluções hidroalcoólicas de substâncias medicinais adocicadas e aromatizadas. 
Linimentos: são preparações líquidas para aplicações sobre a pele por meio de fricções. 
Loções: preparações farmacêuticas líquidas aquosas, aplicadas na pele sem fricções. Apresentam vantagens sobre as 
pomadas por serem menos irritantes às superfícies cutâneas e mais facilmente removidas. 
Enema, Clister e Lavagem: são formas farmacêuticas líquidas destinadas à administração retal, com fim laxativo ou para 
produzir efeito local ou sistêmico (anti-helmíntico, suplemento nutritivo). Essas formas diferenciam-se pelo volume 
administrado: Enema até 500 ml de solução; Clister até 1000 ml de solução; Lavagem 2500 ml de solução 
 
Medicamentos sólidos 
Pós: formas farmacêuticas constituídas por um conjunto de partículas sólidas obtidas por divisões adequadas da droga. 
Pode ser utilizadas para a preparação de outras formas farmacêuticas, como comprimidos e granulados ou pode ser usado 
diretamente como medicamento. 
Cápsulas: preparações farmacêuticas constituídas por um invólucro, que pode ser de natureza amilácea ou gelatinosa, 
destinado a receber medicamentos em pó ou líquidos. São utilizadas para mascarar o cheiro e/ou sabor desagradáveis dos 
medicamentos. 
Granulados: formas farmacêuticas constituídas por açúcar associado a substâncias medicamentosas, apresentando 
aspecto de pequenos grãos irregulares. Podem ser administrados por via oral ou destinar-se às preparações de 
comprimidos. 
Comprimidos: Preparações farmacêuticas de consistência sólida e forma variada, obtida pela compressão de substâncias 
medicamentosas secas. Geralmente possui divisão para ser partido, sofre ação do HCl e é melhor absorvido em pH ácido. 
Drágeas: São comprimidos com camada protetora para não entrar em contato com HCl. As principais vantagens dessa 
forma farmacêutica são: possibilitar o emprego de substâncias que não podem sofrer ação do suco gástrico, por via oral. 
Nesse caso o revestimento deve ser gastro-resistente. 
Pílulas: são preparações farmacêuticas sólidas, esféricas, de tamanho reduzido, apresentando fácil ingestão. Podem ser 
drageadas. 
Supositórios: são preparações farmacêuticas sólidas, de forma e peso adequados e que se destinam à introdução no reto, 
onde irão desagregar e sofre absorção. Comumente apresentam forma ovóide. 
Óvulos: de consistência sólida, forma ovóide, destinadas à absorção vaginal. Devem desintegrar-se ou dissolver-se à 
temperatura do organismo. 
Adesivos: Colocado na pele, PA liberado aos poucos. Não pode ser usado em regiões com dobraduras. 
 
Medicamentos semissólidos 
Ungüentos: forma farmacêutica gordurosa, semi-sólida, destinada a aplicação sobre a pele. Atuam como adstringentes, 
antissépticos e protetores. 
Pomadas: são preparações que têm por excipiente óleos diversos, aos quais se acrescentam substâncias medicinais 
destinadas à administração tópica. 
Cremes: formas farmacêuticas destinadas ao uso externo, constituído por duas fases intimamente dispersas uma na outra 
(aquosa e oleosa), de consistência semilíquida. As substâncias terapêuticas podem estar dissolvidas ou emulsionadas 
numa das fases. 
Gel: Mais aquoso. 
Medicamento gasoso 
Aerossol/Spray: Suspensão de finas partículas sólidas ou líquidas, dispersas em gás ou gases propelentes, conservadas 
em recipientes adequados. Podem ser utilizadas para aplicações por via cutânea, inalatória e mucosas. 
6. REGRA DOS 5 CERTOS PARA ADMINISTRAR MEDICAMENTO 
Medicamento certo: compare o nome da substância - prescrita com o nome impresso no rótulo do frasco. 
Dose certa: nunca altere a dosagem prescrita. 
Paciente certo: pergunte o nome do paciente, não o induza a responder o que você queira. 
Via certa: a via pela qual um medicamento é administrado afeta a velocidade com que ele é absorvido na corrente 
sanguínea. 
Hora certa: evite alterar horário de medicamentos.Registro certo: O sexto certo foi acrescentado para oferecer maior segurança ao administrar o medicamento. Esteja atento 
para evitar erros, assegurar que o paciente está recebendo o correto. Valorize os comentários do paciente. 
7. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DO FÁRMACO 
Oral: Permite autoadministração, método mais conveniente, barato e seguro – Sofre efeito de primeira passagem hepático, 
automedicação 
Sublingual: Rápida absorção, evita sistema porta, enzimas digestivas e complexação com alimentos 
Via subcutânea: Absorção lenta, ação prolongada – Apenas pequenos volumes e pode causar irritação, dor 
Via intravenosa: Efeito rápido, administração de grandes volumes e de sustâncias irritantes - Sobrecarga circulatória, 
irritação do endotélio vascular, pode ocorrer reação anafilática e embolia. 
Via intramuscular: Absorção imediata – Pode ocasionar processo inflamatório, endurecimentos e parestesias (endovenosa 
acidental). 
Via nasal: Ação tópica na mucosa nasal 
Via tópica: Mucosas: absorção imediata. Penetração do medicamento na pele íntegra é mais difícil e na pele alterada 
ocorre a absorção mais facilmente, por causa do aumento do fluxo sanguíneo. 
Via retal: Evita sistema porta e enzimas digestivas. Absorção irregular e incompleta e causa irritação da mucosa retal – Em 
casos de via oral impedida ou inconsciência

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