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Aula 4_Bioclimatologia

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INFLUÊNCIA CLIMÁTICA 
SOBRE A PRODUÇÃO DE 
RUMINANTES 
Profa. Janaina Januário da Silva 
DCBPA/FAMEV 
1 
INFLUÊNCIA 
CLIMÁTICA 
SOBRE A 
PRODUÇÃO DE 
CAPRINOS 
2 
CAPRINOS 
Estresse calórico e consumo de alimento 
 
 Caprinos  são susceptíveis ao estresse calórico 
apesar de terem muitas características de resistência a 
temperaturas elevadas; 
 
 Declínio da ingestão de alimentos e redução da 
produção são comumente observados em caprinos 
estressados pelo calor; 
 
 Segundo alguns estudos a zona de conforto térmico de 
caprinos em regime de mantença variam de 15 a 30ºC; 
 
 Literatura: estresse calórico ocorrerá em animais 
expostos a temperatura acima de 30ºC. 
3 
Estresse calórico e consumo de alimento 
 
Extrema importância: definir o estresse calórico 
em caprinos pela determinação da temperatura 
crítica máxima (TCM), baseado no estado 
fisiológico e no nível de produção; 
 
 A TCM dos recém nascidos, animais em 
crescimento e cabras em lactação é 
completamente diferente dos caprinos em 
mantença; 
 
 A diminuição do consumo de alimentos, é o 
resultado imediato do estresse calórico em 
ruminantes e pode ser considerado como um 
mecanismo de proteção contra a hipertermia. 
4 
CAPRINOS 
Estresse calórico e consumo de alimento 
 
Fermentação, digestão, absorção e metabolismo 
de nutrientes são reduzidos, quando o consumo é 
reduzido; 
 
Animais param completamente de comer quando 
em exposição prolongada ao calor extremo !. 
 
Raças leiteiras sofrem mais com estresse calórico 
do que não leiteiras  maior exigência. 
5 
CAPRINOS 
6 
RAÇA SAANEN RAÇA BOER 
LEITE CORTE 
Estresse calórico e consumo de alimento 
 
Manipulação nutricional para aliviar o estresse 
calórico em caprinos: 
 
Balanceamento de rações (equilíbrio dos 
nutrientes); 
 
Aumento da relação forragem:grãos na dieta; 
 
Uso de gordura (menor incremento calórico); 
 
Maximização do consumo de água fria. 
7 
CAPRINOS 
Características fisiológicas e anatômicas 
 
 Habilidade de suportar altas cargas de calor depende de 
características fisiológicas e anatômicas que reduzem o 
calor da radiação solar direta e indireta e aumentam as 
perdas calóricas; 
 
 Os caprinos para corte são bem adaptados às condições 
áridas e podem suportar exposição ao calor com o mínimo 
consumo de água; 
 
 As adaptações de cor da pelagem, tamanho (porte) e a 
regulação térmica permitem aos pequenos ruminantes, 
particularmente aos caprinos, sobreviverem e 
desenvolverem-se em ambientes quentes e secos, tanto 
quanto, nos quentes e úmidos. 8 
CAPRINOS 
Aspectos genéticos 
 
 Desempenho produtivo dos caprinos nos trópicos é 
substancialmente inferior às das regiões temperadas, 
principalmente em produção de leite; 
 
 Regiões tropicais podem afetar negativamente a produção 
animal de maneira direta (efeito das altas temperaturas) 
e indiretamente (qualidade ingestão de alimentos, 
favorecimento de doenças infecto-contagiosas e 
parasitárias). 
 
 Caprinos no Nordeste do Brasil, os efeitos indiretos das 
variáveis climáticas são possivelmente mais importantes 
do que os diretos. 
9 
CAPRINOS 
10 
RAÇA CANINDÉ (PI e CE) RAÇA MOXOTÓ (PE) 
Aspectos genéticos 
 
 Nos trópicos  forma indireta de aclimatação dos caprinos 
 mais utilizada ---- visando contornar o incômodo da 
adaptação das raças especializadas de clima temperado; 
 
 
 
cruzamento de animais de raças nativas com esses animais 
especializados 
 
 
 
esta alternativa de melhoramento genético visa reunir em 
um animal, adaptação dos animais tropicais com a 
produtividade dos animais de clima temperado 11 
CAPRINOS 
Aspectos genéticos 
 
Outra alternativa: método de aclimatação direta 
12 
substituição do rebanho 
existente (tropical/local) por rebanho especializado 
(de clima temperado) 
método (substituição de raças), só deve ser indicado, 
com a utilização de práticas de manejo intensivo 
CAPRINOS 
INFLUÊNCIA 
CLIMÁTICA 
SOBRE A 
PRODUÇÃO DE 
0VINOS 
13 
OVINOS 
TEMPERATURA 
 
 O clima é um dos principais fatores que determinam as 
possibilidades de êxito em uma criação de ovinos. 
 
O comportamento e a adaptação dos ovinos ao clima é 
variável com o indivíduo, a raça e o manejo. 
 
Embora a espécie ovina se encontre difundida em todas 
as regiões do mundo, verifica-se que as maiores 
concentrações populacionais desta espécie estão nas 
zonas de clima temperado frio. 
 
 A temperatura tem atuação preponderante sobre os 
ovinos, principalmente, nas propriedades da lã. 
14 
OVINOS 
TEMPERATURA 
 
 Altas temperaturas contribuem para a má 
circulação das camadas profundas da derme 
dificultando a nutrição dos folículos pilosos  
fibras tendendo a se tornarem finas e curtas. 
 
 
 Com frio permanente, os fenômenos são 
inversos  tornando as fibras mais grossas e 
longas. 
15 
Glândula apócrina 
OVINOS 
UMIDADE RELATIVA 
 
 Umidade relativa alta (acima de 65%)  
diminui a produção de lã, afetando suas 
propriedades, principalmente a suavidade ao 
tato. 
 
A umidade baixa  torna a lã menos elástica e 
resistente, pela diminuição da suarda. 
 
Os ovinos adaptam-se e produzem melhor sob 
temperatura e umidade relativa medianas. 
17 
OVINOS 
CHUVA 
 
 Precipitação pluviométrica elevada e alto grau de 
umidade do ar  dificultam a evaporação da água do 
solo  proliferação de agentes patológicos (ecto e 
endoparasitas); Ex: SP e PR (cordeiros em pastagens 
com as mães) 
 
 As seguintes condições são próprias para a criação de 
ovinos: 
temperatura: mínima = 5º C e máxima = 25º C; 
precipitação pluviométrica = 75 mm a 115 mm por mês, 
ou seja, 900 mm a 1380 mm por ano; 
umidade relativa entre 55 a 65% em altas temperaturas e 
entre 65 e 91% em baixas temperaturas. 
18 
OVINOS 
FOTOPERÍODO 
 
 Poliéstricas estacionais (exceção das raças nativas)  
apresentando cios em determinado período do ano. 
 
 
 Nas diferentes raças, a amplitude do período 
reprodutivo é determinada pela origem geográfica das 
mesmas. 
 
O fator que controla o início e o término da estação de 
reprodução nos ovinos é a variação entre as horas 
diárias de luz e de escuridão (fotoperíodo). 
19 
OVINOS 
FOTOPERÍODO 
 
 O decréscimo da luminosidade, além de aumentar a 
fertilidade das ovelhas, estimula o desejo sexual e ativa a 
produção espermática dos carneiros  MELATONINA. 
20 
21 
RAÇA IDEAL 
RAÇA MERINO 
RAÇA SANTA INÊS 
RAÇA MORADA NOVA 
INFLUÊNCIA 
CLIMÁTICA SOBRE 
A PRODUÇÃO DE 
BÚFALOS 
23 
BÚFALOS 
 Reconhecidamente rústicos e se adaptam facilmente 
aos ambientes mais inóspitos, porém, a radiação solar 
direta, é a principal fonte de estresse que afeta a 
capacidade produtiva e reprodutiva dos búfalos. 
 
 Os búfalos com menos de um ano de idade são mais 
afetados pelo estresse calórico do que os adultos, 
sendo que a temperatura corporal pode se elevar a 
níveis críticos, resultando em insolação. 
 
Os bubalinos precisam de sombra e água, e a 
exposição prolongada à radiação solar direta, no 
tempo quente causa-lhes maior estresse do que os 
zebuínos. 
24 
BÚFALOS 
 Características Fisiológicas: 
 
 
25 
26 
27 
28 
29 
BÚFALOS 
 Estresse: temperatura corporal e a frequência respiratória 
aumentam, a ruminação cessa, há demonstração de 
desconforto pela “alteração de comportamento”com 
coices, movimentos da cauda e estiramento da cabeça; 
 
 Após a exposição por duas horas ao sol, eles ficam 
ofegantes, salivam, tem corrimento nasal e os olhos 
lacrimejam; se deslocados para à sombra, e se tiverem 
contato com a água, se recuperam rapidamente. 
 
 A pele dos búfalos é diferente dos bovinos europeus e dos 
indianos, em diferentes aspectos; a espessura total é em 
média a mesma, contudo a epiderme e particularmente a 
camada de queratina é bem mais grossa. 
30 
BÚFALOS 
 O número de pêlos é determinado antes do 
nascimento, e à medida que o animal cresce, os 
pêlos irão tornar-se mais espaçados; 
 
 As glândulas sebáceas são bem mais volumosas 
nos búfalos. 
 
 A escassez de glândulas sudoríparas é 
claramente um resultado da vida semiaquática dos 
ancestrais selvagens. 
 
 A pele escura parece ser uma grave 
desvantagem porque esta absorve a radiação, 
quando exposta aos raios solares diretos. 31 
MEDITERRÂNEO 
BÚFALOS 
 Um dos manejos necessários para que o calor 
adicional adquirido do meio ambiente seja dissipado, é 
a utilização de banhos ou pulverizações; 
 
 Diminuição da temperatura corporal vai depender da 
duração e da temperatura da água; 
 
 Segundo a literatura, os pulverizadores artificiais não 
surtem tanto efeito quanto o enlameamento, porém, 
seu uso é preferível ao de barreiros contaminados; 
 
As correntes de ar aumentam a eficiência dos 
pulverizadores. 
33 
BÚFALOS 
Os chuveiros ou banhos com água fria antes de cada 
ordenha são benéficos; telas molhadas mantém os 
locais de ordenha mais frios e aumentam a ingestão 
de alimento pelas búfalas, melhorando a produção; 
 
 Os búfalos jovens com menos de um ano de idade, 
de tempos em tempos, poderão ser banhados durante 
os dias quentes, evitando a insolação, a perda de 
apetite e o desconforto; 
 
 Em temperaturas superiores a 29 - 30ºC, a 
temperatura corporal dos bubalinos somente poderá 
ser mantida normal, se os animais se enlamearem ou 
receberem banhos de água fria. 
34 
INFLUÊNCIA 
CLIMÁTICA SOBRE 
A PRODUÇÃO DE 
BOVINOS DE 
CORTE 
35 
BOVINOS DE CORTE 
 Estresse calórico: prejuízos na sínstese de hormônios 
esteróides (relacionados à atividade reprodutiva); 
 
 A temperatura ambiente influencia: 
 desenvolvimento ponderal; 
 crescimento dos jovens; 
 conformação e tamanho; 
 acabamento de carcaça; 
 conversão alimentar; 
 manutenção do peso; 
 taxa de crescimento do embrião; 
 peso ao nascer; 
 peso no pré e pós-desmame. 
36 
BOVINOS DE CORTE 
 Consequência do estresse calórico: desvio da energia 
corporal para manutenção da homeotermia  energia 
que poderia ser utilizada no crescimento e 
desenvolvimento da musculatura; 
 
 Fatores ambientais influem significativamente na 
conformação do corpo, alteração nas características 
de carcaça e qualidade da carne. 
 
 Ex: bovinos de raças européias criados nos trópicos 
apresentam o comprimento do corpo e a altura da 
cernelha significativamente menores, quando 
comparados aos bovinos destas mesmas raças 
criadas em regiões de clima temperado; estas últimas 
desenvolvem maior esqueleto. 37 
INFLUÊNCIA 
CLIMÁTICA SOBRE 
A PRODUÇÃO DE 
BOVINOS DE LEITE 
38 
BOVINOS DE LEITE 
 A temperatura ótima para a lactação depende da 
espécie, da raça e de sua capacidade de 
tolerância ao calor ou frio; 
 
 As temperaturas críticas para produção de leite, 
consumo de alimentos e aumento da temperatura 
retal, variam com o tamanho do animal e o nível 
de produção de leite. 
 
 Raças e prejuízo na produção: 
• Holandesas: acima de 26ºC 
• Jersey: acima de 29ºC 
• Parda Suíça: acima de 30ºC 
39 
40 
PARDO - SUIÇO 
BOVINOS DE LEITE 
 Com a elevação rápida da temperatura ambiente, 
decrescem o consumo de alimentos e a produção de 
leite, nas raças européias  cessando ambos quando 
a temperatura ultrapassa a 40,5ºC. 
 
 A redução da temperatura para 15,5ºC a 10ºC, 
restabelece e normaliza aquelas atividades. 
Considera-se como estando entre 10 e 15,5ºC a faixa 
de temperatura ótima para a produção de leite em 
vacas de raças européias. 
 
 Animais jovens (novilhas de primeira cria) sofrem mais 
com estresse calórico, podendo ter sérios prejuízos na 
primeira lactação. 
41 
42 
Zona de Conforto Térmico

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