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Parasito UFMT Cestodas -Taenia

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27/05/2013 
1 
Filo Platyhelminthes 
Classe Cestoda 
Taenia 
Parasitologia Veterinária 
Ordem Família Gênero 
Digenea 
Fasciolidae Fasciola 
Dicrocoeliidae Eurytrema 
Schistosomatidae Schistosoma 
Paramphistomatidae Paramphistomum 
Vermes 
formato de 
folha 
 Sistemática dos trematódeos 
Filo Platyhelminthes Classe Trematoda 
Monogenea 
 
 
Filo Platyhelminthes 
Ordem Família Gênero 
Cyclophylidea 
Taeniidae 
 
Taenia 
Echinococcus 
Hymenolepididae Hymenolepis 
Davaeniidae 
 
Davainea 
Raillietina 
Dipylidiidae Dipylidium 
Anoplocephalidae 
 
Anoplocephala 
Paranoplocephala 
Moniezia 
 
Pseudophyllidea Diphyllobothriidae Diphyllobothrium 
 Spirometra 
Vermes 
Formato de 
fita 
 Sistemática dos cestódeos 
Classe Cestoda 
 Vermes achatados dorso-ventralmente 
 Hermafroditas 
 Simetria bilateral 
 Não possuem esqueleto 
 Tubo digestivo incompleto ou ausente 
 Não possui cavidade corpórea  parênquima 
 São divididos em: 
 Classe Trematoda  subclasses Digenea e Monogenea** 
 Classe Cestoda 
**Monogenea  helmintos parasitos de peixes (brânquias) 
e ciclo direto  monoxeno 
 Platyhelminthes - características 
27/05/2013 
2 
• Corpo em formato de fita 
• Corpo segmentado: escólex (para fixação), colo e estróbilo 
(proglotes) 
• Sistema digestivo ausente (alimenta-se por perfusão) 
• Proglote → conjunto de órgãos reprodutivos → hermafroditas 
• Adultos → tubo digestivo, dutos biliares e pancreáticos de 
vertebrados 
• Larvas → tecidos de vertebrados e invertebrados (cisticerco, cisto 
hidático, cenuro, etc.) 
 Cestódeos - características 
• Corpo elongado → 
comprimento  largura 
• Escólex com 4 ventosas 
com ou sem ganchos e 
rostelo; 
• Colo ou pescoço → origem 
das proglotes 
• Estróbilo → cadeia de 
segmentos (proglotes: jovem, 
madura, grávidas) 
 Cestódeos - características 
• Adultos → ID vertebrados → fertilização → formação e liberação dos ovos → 
rompimento da proglote dentro do hospedeiro, desintegração no meio ambiente ou 
através do poro uterino 
• Ovos → L1: oncosfera → embrião hexacanto (6 ganchos) ou coracídeo (membrana 
ciliada) 
 Cestódeos - ciclo biológico 
Egg of Spirometra 
mansonoides 
(Diphyllobothriidae). 
The capsule of 
diphyllobothriid eggs 
is operculate; this 
one contains a fully 
developed 
coracidium. 
Egg of Taenia 
taeniaeformis 
(Taeniidae) of the 
cat. The capsule 
of taeniid eggs is 
fragile; eggs in 
fecal smears have 
usually lost their 
capsules. 
• Ovos ou coracídeo → ingeridos por hospedeiros intermediários → digestão da casca (corion 
ou cápsula) no tubo digestivo → embrião hexacanto → formação das larvas (L2 ou L3) → 
variam em função da espécie do cestódeo 
• Larvas → invasão a mucosa intestinal → circulação linfática ou venosa → migração para 
outros órgãos 
• Diphyllobothriidae: Procercóide (1º H.I.) e Plerocercóide (2º H.I.) 
 
 Cestódeos - ciclo biológico 
Coracidium of Spirometra 
mansonoides. Phase contrast electronic 
flash photomicrograph of the free-
swimming organism 
Procercoid in the hemocoel of a copepod Two plerocercoids in the flesh of a perch 
27/05/2013 
3 
A. Coracídio 
B. Larva procercóide 
C. Larva Plerocercoide 
D. Cisticerco 
E. Cenuro 
F. Estrobilocerco 
G. Cisticercóide 
H. Cisto hidático 
 Cestódeos - tipos de estágios larvais 
• Larva cisticerco → vesícula cheia de líquido contendo um único escólex 
invaginado fixado → denominado proto-escólex. 
• EX.: gênero Taenia solium eT. saginata → hospedeiros vertebrados 
 Cestódeos - tipos de estágios larvais 
Cysticercus of Taenia hydatigena (Taeniidae) 
from the mesenteries of a sheep 
Cysticerci of Taenia saginata as they 
appear in a petri dish 
• Larva cenuro → semelhante a um cisticerco → numerosos escólices 
invaginados 
• Ex. Taenia multiceps 
 Cestódeos - tipos de estágios larvais 
• Cisto hidático → cisto cheio de líquido → revestido por epitélio germinativo 
→ produção escólices invaginados → livres ou em cachos → vesículas 
prolígeras → “areia hidática” → cápsula fibrosa 
• Ex.: Echinococcus granulosus. 
 Cestódeos - tipos de estágios larvais 
Unattached protoscolices of 
Echinococcus granulosus from a hydatid cyst 
27/05/2013 
4 
• Cisticercóide → vesícula quase sem líquido com um único escólex 
evaginado no hospedeiro invertebrado 
• Ex.: Moniezia e Anoplocephala 
 Cestódeos - tipos de estágios larvais 
 
Adulto Larva infectante 
Taenia pisiformis (cão) Cysticercus pisiformis (coelho) 
Taenia hydatigena (cão) Cysticercus tenuicollis (ovelha, porco) 
Taenia krabbei (cão) Cysticercus tarandi (rena) 
Taenia solium (homem) Cysticercus cellulosae (porco, homem) 
Taenia ovis (cão) Cysticercus ovis (ovelha) 
Taenia saginata (homem) Cysticercus bovis (boi) 
Taenia taeniaeformis (gato) Cysticercus fasciolaris (roedores) 
Taenia multiceps (cão) Coenurus cerebralis (ovelha) 
Taenia serialis (cão) Coenurus serialis (coelho) 
Echinococcus granulosus (cão, lobo) Cisto hidático (homem, ovelha, e outros) 
Echinoccocus multilocularis (cão, gato, raposa) Hidátide alveolar (homem, rato silvestre) 
 Cestódeos - nomenclatura 
• Formas larvais → ingestão hospedeiro definitivo → tubo digestivo → 
digestão dos tecidos do hospedeiro intermediário e liberação da larva 
• Escólice → fixação por ventosas e acúleos → crescimento e diferenciação 
das proglotes → adulto 
Taenia taeniformis 
 Cestódeos - ciclo biológico 
Spirometra sp. 
 Cestódeos - ciclo biológico 
Spirometra mansonoides 
(Diphyllobothriidae), entire 
specimen from a cat. Note how 
small the scolex is relative to the 
mature segments and also the 
central location of the genitalia 
throughout the length of the 
tapeworm. 
27/05/2013 
5 
Cestódeos da família Taeniidae de importância veterinária 
ESPÉCIE HD LOCALIZAÇÃO MORFOLOGIA HI LOCALIZAÇÃO FORMA 
LARVAR 
Taenia 
saginata 
Homem Int. delgado Até 15m Bovinos, ovinos 
caprinos,homem (raro) 
Musculatura Cysticercus 
bovis 
T. solium Homem Int. delgado Até 8m Suínos, cão, gato 
bovinos, equino (raro) 
homem (zoonose) 
Musculatura 
SNC 
Cysticercus 
cellulosae 
T. multiceps Canídeos Int. delgado 0,4 a 1m Bovino, ovino, caprino, 
suíno, homem (raro) 
Encéfalo Coenurus 
cerebralis 
T. hydatigena Canídeos Int. delgado Até 5m Ovinos,bovinos, suínos Fígado, cav. 
peritoneal 
Pleura,pericárdio 
(raro) 
Cysticercus 
tenuicollis 
T. ovis Canídeos Int. delgado Até 2m Ovinos Musculatura Cysticercus 
ovis 
T. pisiformis Canídeos Int. delgado 0,3 a 1m Coelhos,lebres 
Ratos (raro) 
Fígado,cav.peritoneal Cysticercus 
pisiformis 
T. serialis Canídeos Int. delgado Até 0,7m Coelhos Subcutâneo,tec.conjuntiv
o intermuscular 
Coenurus 
serialis 
T. taeniformis Gato 
Cão (raro) 
Int. delgado 0,15 a 0,6m Ratos,camundongos 
Morcegos (raro) 
Fígado,cav.peritoneal Cysticercus 
fasciolaris 
Echinococcus 
granulosus 
Canídeos Int. delgado Até 6mm Ovinos, bovinos, 
caprinos, cervideos, 
Primatas,suinos,coelho 
Pulmões,fígado 
Cav.peritoneal 
Hidátide ou 
Cisto 
hidático 
 Taenia spp. 
• Adultos → 2 a 3 metros → 
8 metros 
• Eescólex globoso → 1 mm 
de diâmetro → rostelo e 4 
ventosas arredondadas 
• O escólex → rostelo com 
duas fileiras de ganchos 
• Colo curto e delgado 
 Taenia solium - morfologia 
• Estróbilo → 700 a 1.000 proglotes 
• Útero do segmento grávido → 7 a 12 ramos laterais → cada proglote cerca de 
30.000 a 40.000 ovos 
 Taenia solium - morfologia 
27/05/2013 
6 
• Hospedeirodefinitivo: homem 
• Hospedeiro intermediário: suíno, raramente o cão, o gato, os 
ruminantes, os eqüinos e o próprio homem 
• Localização: 
• Adultos  intestino delgado do homem 
• Larvas (cisticercos)  Cysticercus celullosae  tecido conjuntivo, 
músculos sublinguais, mastigadores, diafragma, músculo cardíaco e 
no cérebro 
• Distribuição  maior prevalência na América Latina, Índia, África e em 
determinadas regiões do Oriente Médio 
• Na América Latina  0,5 milhão de pessoas acometidas 
 Taenia solium – biologia  Taenia solium – biologia 
Particularidades do ciclo biológico: 
• O homem  teníase (parasitismo com vermes adultos) ou 
cisticercose (presença de formas larvais formando cisticercos) 
• O homem pode desenvolver a cisticercose pela ingestão acidental 
de ovos de T. solium ou por retroperistaltismo até o estômago 
(auto-infecção) de oncosferas liberadas após a digestão de 
proglote grávida 
• P.P.P.  três meses  proglotes grávidas nas fezes  3 a 6 
• Ovos  viabilidade  até 12 meses ambiente 
• O cisticerco  formação em 3 meses  infecção do suíno 
• Infecção crônica (após 8 meses)  calcificação 
 Taenia solium – biologia 
• Suínos  infecção com água, alimentos contaminados com 
ovos 
• Tipos de infecção no homem: 
• Teníase  ingestão de carne crua ou mal passada 
contendo cisticercos 
• Cisticercose  pela ingestão de ovos presentes em 
alimentos contaminados com ovos, ou por re-infecção 
com a oncosfera por retroperistaltismo 
 Taenia solium – biologia 
27/05/2013 
7 
 Taenia solium – cisticerco em carne  Taenia solium – cisticerco em carne 
 Taenia solium – cisticerco em humano  Taenia solium – cisticerco em carne 
27/05/2013 
8 
• Inspeção das carcaças  localização dos cisticercos 
• Carcaças parasitadas  grau de infecção  tratadas (frio, 
calor, salga) ou destino adequado (destruição da carcaça) 
• Educação sanitária  orientar a população para o 
consumo de carne inspecionada, diminuir consumo de 
carne crua ou mal passada, esclarecer sobre a importância 
do destino adequado das excretas 
 Taenia solium – profilaxia e controle 
• Hospedeiro definitivo  Homem 
• Hospedeiro intermediário  Bovino, raramente ovinos e 
caprinos e, excepcionalmente o homem 
• Localização: 
• Adulto  intestino delgado do homem 
• Larvas (cisticercos): Cysticercus bovis  musculatura 
esquelética e cardíaca, pulmões e fígado do hospedeiro 
intermediário 
 Taenia saginata – introdução 
27/05/2013 
9 
• Distribuição  mundial 
• Importância na Medicina Veterinária: 
• Cisticerco na musculatura do animal  condenação 
parcial ou total da carcaça (prejuízo econômico) 
• Países em desenvolvimento  30 a 60% de animais 
infectados detectados durante a inspeção das carcaças 
• Países desenvolvidos  menos de 1% 
 Taenia saginata – introdução 
• Adultos  5 a 15 m 
• Escólex cubóide  ausência de rostelo e ganchos 
• Colo longo e delgado 
• O estróbilo  1.200 a 2.000 proglotes 
 Taenia saginata – morfologia 
• Útero da proglote grávida  15 a 30 ramos laterais de 
cada lado 
• Cada proglote grávida  80.000 a 250.000 ovos 
 Taenia saginata – morfologia 
• Forma larvar  Cysticercus bovis  branco-acinzentado  1 cm de 
diâmetro e cheio de líquido  escólex 
• Localização  coração, língua e músculos masseter e intercostais 
 Taenia saginata – morfologia 
27/05/2013 
10 
• Semelhante aos demais ciclos dos cestóides 
• Particularidades: 
• Proglotes grávidas destacam-se do estróbilo 
individualmente  movimentos próprios  atinge o 
ânus e o exterior independentemente do ato da 
defecação 
• O cisticerco  infectante ao homem após 12 semanas 
de seu desenvolvimento  1 cm de diâmetro 
• Cisticerco  infectante por semanas a anos no H.I. 
 Taenia saginata – ciclo biológico 
• Controle 
• Semelhante ao da Taenia solium 
• Evitar que bovinos tenham acesso à água 
contaminada com esgoto de origem humana 
• Ingerir carne bovina bem passada 
• Inspeção sanitária em abatedouros 
 Taenia saginata – profilaxia e controle 
• Hospedeiro definitivo  cão e canídeos silvestres 
• Hospedeiro intermediário  ruminantes, suínos 
• Forma larvar  Cysticercus tenuicollis  "bolha d'água" 
• Localização: 
• Adulto: intestino delgado do cão. Escólex  duas fileiras 
de acúleos (1 mm de diâmetro)  adultos  até 5 m de 
comprimento 
• Forma larvar na serosa do fígado e cavidade peritoneal 
• Importância na Medicina Veterinária  perdas 
econômicas pelo descarte das vísceras contendo cistos 
em abatedouros 
 Taenia hydatigena – introdução 
27/05/2013 
11 
Cysticercus tenuicollis (T. hydatigena) 
 Taenia hydatigena – morfologia 
 
Espécie 
Taenia 
solium 
Taenia 
saginata 
Taenia 
hydatigena 
Taenia 
taeniformis 
Taenia 
multiceps 
 
Hospedeiro 
definitivo 
Homem Homem Cão Felinos Carnívoros 
(cão) 
Hospedeiro 
intermediário 
Suíno Bovino Ruminante, 
suíno 
Roedores Herbívoros 
 
Local forma larvar 
Musculatura 
esquelética e 
cardíaca 
Musculatura 
esquelética e 
cardíaca 
 
Serosas 
Fígado e 
cavidades 
abdominais 
Cérebro 
 
 
Forma larvar Cysticercus 
celullosae 
Cysticercus 
bovis 
Cysticercus 
tenuicollis 
Cysticercus 
fasciolaris 
Coenurus 
cerebralis 
Importância Suínos 
infectados com 
cisticercos: 
sinais clínicos 
inaparentes. 
Humano se 
ingerir o ovo 
pode se tornar 
HI. 
A presença da 
forma larvar na 
musculatura do 
animal leva a 
liberação parcial 
da carcaça ou 
até seu descarte 
total 
No HI leva a 
descarte de 
vísceras com 
as formas 
infectantes 
A forma 
larvar 
determina 
achados 
clínicos e 
patológicos 
no fígado de 
roedores 
A forma 
larvar 
determina 
achados 
clínicos e 
patológicos 
no cérebro 
e morte 
herbívoros 
Cestódeos de importância veterinária 
Cestódeos de importância veterinária 
Vesículas Cysticercus fasciolaris (T. 
taeniformis) em fígado de rato 
Cenurose em ovinos no 
Sul. A. Corte 
longitudinal telencéfalo 
mostrando cistos 
coalescentes. C. 
Conteúdo do cisto 
parasitário composto 
por líquido translúcido 
envolto por uma fina 
membrana na qual 
estão aderidos 
numerosos escólices. 
Rissi et al., 2008. 
Ciência Rural, Santa 
Maria, v.38, n.4, 
p.1044-1049. 
 Cestódeos- profilaxia e controle

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