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Curso de Engenharia Química Física Experimental II Prof . Paulo Roberto Vieira Alves Colisão Inelástica. Código Nome Nota do Grupo Ribeirão Preto, 10/02/2014 Introdução Colisão Elástica e Colisão Inelástica Colisão Elástica: Dois corpos em movimento durante uma colisão elástica, não há perca de energia cinética entre os instantes antes e depois da colisão. Ou seja, a velocidade permanece constante. Pois segundo a equação da Energia cinética: Ec = mvf²/2 A massa dos objetos permanecem constantes. O somatório das forças externas pode ser considerado nulo, por esse motivo a quantidade de movimento é conservada. A equação a seguir representa o momento linear dos corpos A e B antes e depois da colisão: mA . VA1 + mB . VB1 = mA . VA2 + mB . VB2 (1.1) Colocando as massas mA e mB em evidencia termos: mA .(VA1 – VA2) . (VA1 + VA2) = mB .(VB2 – VB1) . (VB2 + VB1) (1.2) Reescrevendo a Eq.(1.1) após colocarmos as massas em evidência tem-se : mA .(VA1 – VA2) = mB .(VB2 – VB1) (1.3) A razão entre as equações 1.2 por 1.3 , encontramos: VA1 + VA2 = VB2 + VB1 (1.4) Em termos das velocidades relativas antes e depois do choque , a Equação 1.4 terá fórmula : VB2 – VA2 = -(VB1 – VA1) (1.5) Para o cálculo da colisão elástica, empregamos as Eqs. (1.1) e (1.5) em conjunto. A razão entre a velocidade relativa dos dois corpos depois do choque e a velocidade relativa dos corpos antes do choque é denominada coeficiente de restituição e, mostrado na equação (1.6). e = VB2 – VA2 - (VB1 – VA1) e = Coeficiente de Restituição O coeficiente de restituição e assume sempre o valor e = 1 para a colisão perfeitamente elástica. Colisão Inelástica: Para dois corpos A e B em colisão inelástica, há perda de energia cinética ( energia relacionada ao movimento), mas conservando-se a energia mecânica ( a capacidade do corpo produzir trabalho). Após o choque, os corpos deslocam-se em conjunto com velocidades finais iguais e um coeficiente de restituição e = 0. Como é válida a conservação da quantidade de movimento: mA . VA1 + mB . VB1 = mA . VA2 + mB . VB2 Objetivo O experimento realizado teve como objetivo analisar a conservação da quantidade de movimento e da Energia cinética em uma colisão inelástica dentro de um sistema isolado. Materiais e Métodos O sistema, representado pela imagem logo abaixo, montada pelo professor foi feito para eliminar todo atrito existente do veículo com o solo: As partes foram destacadas para poder citar os nomes e funções de cada uma delas. O número 1, em vermelho se encontra a Fonte DC. Que trabalha com 5v e 2 A lançando no circuito uma potencia de 10 W, essa potencia ao passar pelo numero 3, o Oscilador (em amarelo na imagem ) é transformada sua corrente continua em corrente alternada e regulada para 5GHz, ou seja, produz faíscas no automóvel a cada 0,2 segundos. Essa potência passa pelo número 4 Transformador (em laranja) e depois é transferida para as laterais do carrinho. O número 5 em azul representa a bomba de ar, que sai pelos orifícios do trajeto. O objetivo das faíscas é a marcação em tiras de papéis para poder analisar as velocidades antes e depois da colisão. Resultados Analisando os pontos em diferentes locais da folha foi possível construir a seguinte tabela: Tempo (s) Espaço (cm) Espaço (cm) 0 0 0,2 6 0,4 12,1 0,6 18,2 0,8 21,2 1 24,4 1,2 27,4 1,4 30,4 1,6 33,3 1,8 36,3 2 39,2 2,2 42,1 2,4 45,05 Tabela 1.1) Espaço em relação ao tempo. Com a tabela 1.1 foi possível construir o seguinte gráfico: Onde a primeira série corresponde ao carrinho quando partiu do repouso até o instante de choque com o outro. Já a segunda série corresponde ao momento da colisão dos carrinhos até o final do trajeto. Verificação da conservação da quantidade de Movimento: Qa = Qd ma . va + mb . vb = (ma + mb) . v’ 0,0874 . 0,3028 = ( 0,0874 + 0,0856 ) . v’ 0,026 = 0,173 . v’ v’ = 0,15 m/s % Qa (Kg.m/s) Qd ( Kg.m/s) 3,8 0,026 0,025 Tabela 1.2 : Verificação da quantidade de movimento. Verificação da conservação da quantidade de energia cinética: Eca = Ecd 0,5 . ma.va2 = 0,5 . ( ma + mb ) . v’2 0,5 . 0,0874 . ( 0,3028 )2 = 0,5 0,173 . ( 0,15 )2 4,006 .10-3 = 1,9537 . 10-3 % Eca Ecd 51,42% 0,004006 0,001946 Tabela 1.3 : Verificação da Energia cinética. Conclusão A partir dos resultados apresentados concluiu-se que se a energia cinética após a colisão é a mesma que antes (Eci=Ecf), a colisão é chamada de elástica. Se a energia cinética após a colisão é menor do que antes da colisão é chamada de colisão ineslática. Em uma colisão completamente inelástica, os objetos em colisão se unem e deixam o local da colisão como um todo. Portanto, “nos processos de colisão a quantidade de movimento é conservada de forma geral, enquanto que a energia cinética somente se conserva nos choques perfeitamente elásticos.” Ao analisar o gráfico, pelas suas equações é possível concluir que a velocidade caiu mais que a metade no instante em que os corpos se chocaram. O sistema perdeu energia principalmente na forma de deformação, pois nas extremidades de cada carrinho continha uma pequena quantidade de massa de vidraceiro, para que ocorresse a junção dos mesmo. Referências Bibliográficas Atas da aula do Professor Paulo Roberto Vieira Alves;Apostila Física Experimental II http://www.infoescola.com/fisica/colisao-inelastica/ http://canzian.fsc.ufsc.br/simlab/colisoes/colisoes.html#inelasticas
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