Buscar

Biossegurança - doenças ocupacionais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

DOENÇAS OCUPACIONAIS
	 Os riscos ocupacionais são classificados em: químicos, físicos, biológicos, mecânicos ou de acidentes e ergonômicos. 
	Esses riscos, uma vez não tomadas as devidas medidas preventivas podem gerar doenças profissionais, essas doenças são categorizadas de acordos com doenças que estão relacionadas ao trabalho.
Doenças infectocontagiosas – risco biológico
Mercurialismo – risco químico (exposição ao mercúrio presente em restaurações de amálgama)
Distúrbios da audição – risco físico (ruídos)
Afecções oculares (físico ou biológico, dependendo ao risco que foi exposto)
Efeitos adversos dos Raios X – físico (radiação ionizante)
Doenças posturais – risco ergonômico 
MERCURIALISMO
	Está relacionado ao risco químico, exposição do profissional ao mercúrio presente em restaurações de amálgama, essa exposição a esse mercúrio quando não se toma as medidas preventivas, causa uma alteração chamada mercurialismo, que dá vários sinais e sintomas.
	As principais formas de contaminação com mercúrio são: através da não utilização do amálgama em cápsulas. O ideal é que se utilize o amalgamador em cápsulas, porque já vem o mercúrio e a prata no interior da cápsula e o profissional não tem contato direto com essas substâncias. Outra forma de contaminação é através do termômetro analógico – quando há acidentes e ele se quebra e várias gotículas ficam dispersas no ambiente e como ele é altamente volátil rapidamente evapora (25º). 
	As restaurações de amálgama podem contaminar através dos restos que sobram das restaurações e não são bem acondicionados, o ideal é que os resíduos sejam colocados em um recipiente inquebrável com uma fina camada de água. A pequena quantidade de mercúrio presente nas restaurações não é o suficiente para causar mercurialismo
	A principal via de contaminação é a inalatória, e uma vez um ambiente onde ocorreu um acidente de mercúrio, tem que se ter cuidado pois numa temperatura de 25º ele evapora. 
	Os valores toleráveis de mercúrio é de 0,02 mg por m3. O mercurialismo traz muitos sinais principalmente porque ele atua no SNC, e isso leva a tremores finos, convulsão, perda de apetite, depressão, fadiga, insônia, dor de cabeça, aparecimento de ulcerações na mucosa bucal, pigmentação escura da mucosa, perda dos dentes, dermatite, queda da produtividade.
	Como prevenir a exposição ao mercúrio: toda vez que fizer restaurações de amálgama utilizar o amalgamador em cápsulas; os resíduos das restaurações devem ser colocados em um recipiente inquebrável com tampa rosqueada com uma fina camada de água. O piso do consultório não pode ter brechas para evitar que os resíduo caiam e fiquem presos por muito tempo. Durante a trituração as cápsulas devem ser bem vedadas. Sempre utilizar EPI.
	Caso ocorra acidentes com mercúrio, deve-se abrir as janelas, chama alguém para fazer a limpeza do ambiente – através da aspiração do mercúrio com a seringa, no piso faz-se uma limpeza.
RUÍDO
	Ruído da caneta (que deve estar com boa manutenção), é necessário que a caneta de alta rotação esteja sempre lubrificada, jamais esterilizá-la sem estar lubrificada. 
	O compressor deve estar fora da sala clínica, em uma caixa acústica. O nível de decibéis que é aceitável (não causa a perda da audição) é de 85 dB por 8 horas. 
	O ideal é que o dentista sempre faça um audiograma para avaliar a capacidade auditiva. Quando o ruído for muito intenso é possível utilizar os protetores auriculares. 
AFECÇÕES OCULARES
	Risco biológico – no momento da realização de um procedimento algum pequeno objeto penetrar no olho.
	Ferimentos em decorrência de acidentes, quando está com o EPI incompleto.
Luz do fotopolimerizador – radiação não ionizante – pode levar a uma degeneração na retina e aí tem-se perda de visão gradativa. É muito importante o uso do óculos de proteção na cor laranja ou o protetor do fotopolimerizador. A prevenção das afecções oculares é o uso do óculos de proteção (normal ou na cor laranja).
Se ocorrer um acidente, tem que procurar auxílio médico para a remoção do corpo estranho.
EFEITOS DA RADIAÇÃO
	A radiação ionizante ao atravessar a matéria pode causar algum distúrbio ao tecido, se isso for constante dependendo da dosagem pode ocorrer algumas alterações, dentre elas a leucemia. As alterações ocorrem devido ao não cumprimento das normas. 
	A radiação pode causar no profissional (que não toma as devidas medidas) queimadura nos dedos, carcinoma, perda de cabelo, alterações sanguíneas, atrofias, câncer, leucemia.
	O cirurgião dentista não deve ficar em nenhuma hipótese diante do feixe de raios X, não deve segurar o filme na boca do paciente, deve se afastar no mínimo 2 metros de distância ou então a parede de chumbo, 
	
DOENÇAS POSTURAIS
	É uma preocupação constante, há uma postura correta durante o atendimento: coluna reta, coxas paralelas ao chão, cabeça levemente inclinada para frente, pernas perpendiculares ao solo, pés apoiados no chão e cotovelos apoiados no corpo.
	Sempre observar a posição do paciente e a altura da cadeira, ao se inclinar para atender pode trazer lesões.A principal etiologia das doenças posturais é a má postura ocupacional
Problemas posturais: escoliose, lordose e cifose. Escoliose é o desvio lateral da coluna; cifose é a curvatura posterior acentuada (corcunda); lordose é um desvio acentuado da região lombar. 
L.E.R. – LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO
	É uma das doenças que mais acometem os dentistas. Afeta membros superiores, ombro, pescoço. A etiologia é o uso repetitivo e forçado dos musculares (dentistica e endo). Pode levar a perda da produção dependendo do grau que foi atingido. 
A L.E.R. tem 4 graus:
Grau 1: sensação de fadiga e peso no braço, o descanso é suficiente para ficar bem.
Grau 2: dor persistente mesmo com repouso. Edema pode estar presente.
Grau 3: dor severa, os objetos caem da mão sem perceber, não há apreensão dos objetos, inchaço. Produtividade comprometida.
Grau 4: dor forte e continua, insuportável, causa edema, atrofia, incapacidade para o trabalho e até invalidez.
O tratamento é fisioterapia associado a um acompanhamento com psicólogo. O ideal é que se faça uma atividade física para evitar esse tipo de problema – aquecimento e alongamento.

Outros materiais

Outros materiais