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materiais de construcao agronomia

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Agronomia
Materiais de Construção
 As edificações tanto de uso urbano quanto de uso rural devem apresentar uma estrutura sólida e resistente com o objetivo de dar melhores condições de vida e de trabalho aos seus usuários, além de abrigá-los e protegê-los. Para que isso se efetive, há a necessidade de se usar materiais de boa qualidade e de procedência garantida, uma vez que estão em jogo as vidas de pessoas que habitam e usam estes locais.
 A qualidade de materiais nem sempre está no preço ou na marca do produto e sim em vários fatores que devem ser considerados como: processo de fabricação, tecnologias e matérias primas adequadas.
Introdução
 Os materiais utilizados em uma obra de construção civil devem ser de boa qualidade para não colocar em risco toda a construção ou a vida de quem nela trabalha ou venha a ocupá-la. É importante que o técnico responsável pela construção acompanhado do mestre-de-obras, façam a vistoria no ato do recebimento dos materiais atestando a sua qualidade pela aceitação ou pela recusa do mesmo.
Materiais Básicos
 Para atestar a qualidade dos materiais algumas verificações devem ser feitas, como as abaixo relacionadas: 
Tijolos: Devem ter arestas e cantos vivos e retilíneos; ao percuti-los com uma colher, devem emitir um som metálico; devem estar bem queimados e sem falhas ou trincas.
 Existem vários tipos de tijolos, porém os mais usados são: 
 Tijolos maciços com 250 mm (25 cm) Usados nas paredes externas de alvenarias autoportantes.
Materiais Básicos
Tijolos maciços com 150 mm (15 cm) Usados nas paredes internas de alvenarias autoportantes.
Tijolos com 4 furos para alvenarias de 150 mm (15 cm) Usados em paredes internas e externas para fechamento de vãos. Necessitam de uma estrutura de concreto ou de vigas para terem sustentação e estabilidade.
Tijolos com 6 furos para alvenarias de 200 mm (20 cm) ou de 150 mm (15 cm) dependendo da forma como serão usados Usados em paredes internas ou externas como fechamento de vãos e necessitam de vigas ou de estrutura do concreto para terem maior sustentação e estabilidade. Quando usados deitados, dão às alvenarias, maior estabilidade.
Materiais Básicos
Cimento: Deve-se verificar a data de validade do mesmo; não pode estar empedrado; deve ter a aparência de pó ou talco. 
Areia: Deve estar isenta de detritos como madeira, grãos, sementes, ervas daninhas ou pedras maiores. Quando houver pedriscos a mesma deverá ser peneirada, dependendo à que ela se destina.
Pedra Brita: Deve estar isenta de poeiras; ter granulometria uniforme (tamanho das pedras deve ser mais ou menos o mesmo) ao tamanho solicitado. 
Ferro de construção (vergalhão): Deve estar isento de corrosão; ter uma camada de resina oleosa para proteção do ferro contra ferrugem e estar de acordo com as bitolas solicitadas. 
 
Materiais Básicos
Pisos cerâmicos: Verificar se as embalagens não foram violadas ou abertas; verificar se todas as caixas correspondem ao mesmo lote e padrão e se não há peças quebradas ou com defeito de fabricação.
Telhas cerâmicas: Conferir as quantidades e verificar se as embalagens não foram abertas; verificar a qualidade e o lote do material bem como a cor e o modelo adquiridos.
Telhas metálicas: Verificar se não estão amassadas ou com problemas de corrosão e se estão de acordo com o material adquirido.
Materiais Básicos
Madeiras para construção: Devem estar secas; desempenadas e com as medidas solicitadas; não apresentarem nó ou carunchos; quando utilizadas para confecção de estrutura de cobertura, devem ser tratadas com emulsões contra cupins e carunchos.
 Todos os materiais de obra devem ser avaliados quanto a sua qualidade e quantidades adquiridas, para que não fiquem dúvidas ou motivos para desconfiança do proprietário e dos trabalhadores da construção.
Materiais Básicos
Argamassas e Concretos
 As argamassas e concretos tem a função específica de servirem de ligação entre os elementos constituintes das alvenarias e lajes de uma obra.
 São compostos por agregados graúdos e/ou agregados miúdos os quais, a partir da incorporação de água, passam a formar uma massa pastosa que servirá de ligação entre tijolos, blocos, vergalhões e outros elementos.
Argamassas
 As argamassas usadas para o levantamento das alvenarias e no revestimento das mesmas, são formadas a partir da mistura de cimento, areia e água onde o cimento é o elemento mais importante, pois possui características que em combinação com a água unem definitivamente os elementos que irão formar e revestir as alvenarias.
 As argamassas variam de composição e dosagem em função da sua aplicação. Assim, a resistência, a impermeabilidade, a aderência e a malhabilidade ou facilidade de trabalho da argamassa dependem da proporção do cimento, areia, água e outros constituintes.
Argamassas
 A dosagem da argamassa, ou seja, as proporções dos componentes que constituem a argamassa são determinadas pelo traço da argamassa que é representado normalmente pela seqüência de números referente ao volume de cada componente. 
 Estas proporções variam também em função do tipo de serviço na qual será empregada. Sendo assim, para o levantamento de alvenarias usa-se argamassa com um traço; para o revestimento interno usa-se outro traço e para o revestimento externo pode-se usar ainda outra proporção entre os componentes da argamassa. Veja o exemplo abaixo:
Argamassas
+
+
=
 2
 Cal
Hidratada
 1
cimento
 8
Areia Média
Argamassa
Traço 1:2:8
 Na composição acima, temos uma argamassa com traço 1:2:8 no qual o 1º número corresponde ao volume de cimento; o 2º número corresponde ao volume de cal hidratada e o 3º número corresponde ao volume de areia média.
 Na tabela abaixo verifique os traços das argamassas para alguns serviços básicos:
Argamassas
Serviço
Traço em volume
Cimento
Cal hidratada
Areia
Alicerces –Tij. comuns
Levantamentos. . . . . . . .
Chapisco. . . . . . . . . . . . .
Emboço. . . . . . . . . . . . . .
Reboco . . . . . . . . . . . . . .
Desempenado externo . .
Rej.tijolos aparentes. . . .
Contrapisos.. . . . . . . . . .
Base para cerâmica. . . . .
Base para tacos. . . . . . . .
Colocação de tacos. . . . .
Cimentado . . . . . . . . . . .
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
2
2
2
2
2
1
5
5
4
6
6
5
4
4
5
4
4
3
1
Argamassas
 Os componentes devem ser misturados a seco, dentro da betoneira ou em uma caixa com uma enxada, até se encontrar uma coloração uniforme e só então, mistura-se a água nas quantidades indicadas, sem que haja excessos da mesma. 
 	A boa qualidade e resistência das argamassas dependem também da forma como são preparadas. Da mesma forma que o concreto, elas podem ser misturadas manualmente ou mecanicamente com o auxílio de uma betoneira. O uso deste equipamento facilita o trabalho dos operários, além de deixar a mistura dos componentes mais homogênea.
Argamassas
 A preparação dos materiais antes do uso das argamassas é fundamental. No levantamento das alvenarias deve-se molhar os tijolos antes que eles sejam utilizados para que estes não absorvam a água da argamassa, o que prejudicaria a cura da mesma em função do fator água-cimento necessário. 
 Com a absorção da água pelos tijolos, diminuiria a quantidade de água na argamassa o que prejudicaria esta cura e a argamassa depois de seca, ficaria esfarelada e sem resistência, o que comprometeria a solidez da construção provocando rachaduras e trincas na alvenaria ocasionadas pelo deslizamento entre si dos tijolos que compõem esta estrutura. 
Concretos
 O concreto é na verdade uma argamassa onde se acrescentam pequenas pedras ou seixos de rio também denominados de aglomerados graúdos.
A medida que se for adicionar a água à mistura, o cimento começa a reagir quimicamente dando-se inicialmente o que denominamos de pega e após acontece a cura do concreto, que é o endurecimento do cimento com o passar do tempo.
 	 O endurecimento do concreto depende basicamente de 2 fatores importantíssimos:
 1 - Do traço do concreto, isto é, da maior ou menor quantidade de cimento na mistura;
 2 - Do fator água-cimento, ou seja, da quantidade de água em litros para cada quilograma de cimento.
Concretos
 Além destes dois fatores deve-se considerar também a qualidade dos materiais que compõem o concreto. O cimento deve ser de boa qualidade, novo e ficar armazenado em lugar seco com as embalagens bem fechadas; a areia deve ter granulometria correta e ser limpa, livre de sais, preferencialmente de rio; a pedra brita deve ser limpa, resistente e com dimensões adequadas.
 O concreto resiste muito bem à compressão, mas não é tão resistente quando houver tração, por isso, existem dois tipos de concreto, o concreto ciclópico e o concreto armado.
Concretos
 Concreto ciclópico 
 	O concreto ciclópico é utilizado na confecção de grandes blocos e neste tipo de concreto, parte dos agregados graúdos é substituída por pedras denominadas pedras-de-mão, que são bem maiores que as britas, com o objetivo de se obter economia.
 
Concretos
 Concreto armado.
 	Quando há a necessidade de se obter uma resistência à tração e a compressão em uma determinada estrutura, reforça-se o concreto com uma armadura de aço. Por isso ele é denominado de concreto armado. Devido às excelentes características do concreto armado, as vigas, lajes, pilares, vergas, saparas, cintas etc, são confeccionados em concreto armado.
 
Concretos
 
 	As estruturas de concreto armado são mais usadas por serem mais fáceis de executar; por exigirem poucos cuidados após a sua cura e a manutenção de seus elementos são mínimas; possuem alta resistência e por serem incombustíveis e suportarem altas temperaturas, são muito seguras em relação a incêndios; adapta-se bem a qualquer forma em que seja moldado; são higiênicas e resistentes ao choque mecânico, tendo a vantagem de aumentarem a resistência com o passar do tempo e pela aderência entre o ferro e o concreto serem muito boas com o concreto garantindo a proteção do ferro contra a ferrugem.
Alvenarias
 A alvenaria é um elemento da edificação que tem a função de servir como vedação de vãos e, em muitos casos, servir como elemento estrutural suportando os esforços de compressão ocasionados por lajes e coberturas. São compostas por blocos sólidos e resistentes, podendo ser de barro, pedra ou concreto, unidos entre si por argamassa.
 A forma de se verificar a qualidade do tijolo, além da visual, é repercuti-lo com uma colher de pedreiro; se o som for metálico a qualidade é boa, se não for metálico o tijolo está mal queimado.
Alvenarias
 Os tijolos e os blocos de concreto antes de serem assentados, devem ser abundantemente molhados para que não absorvam a água da argamassa de assentamento, o que prejudicaria a resistência da mesma.
 Com relação a argamassa, é necessário verificar se a mesma está sendo feita com as quantidades de materiais especificadas nas dosagens (traço) determinadas pelo profissional responsável da obra.
 No levantamento das paredes ou alvenarias o pedreiro deve assentar tijolo por tijolo, uns sobre os outros, unindo-os com argamassa. Estas paredes são apoiadas sobre as vigas e lajes e a sua construção segue uma espécie de roteiro, com a intenção de se ter uma boa qualidade de serviço.
Levantamento de alvenarias
 O processo de levantamento segue da seguinte forma:
 1 - Coloca-se uma primeira fiada de tijolos com argamassa, controlando com um fio de náilon o alinhamento dos mesmos.
 2 - Nas extremidades da parede levanta-se as prumadas guias controlando com o prumo para que fiquem bem verticais. Os tijolos devem ser assentados alternadamente, formando mata-juntas.
 3 - Tendo-se as prumadas guias como base, estica-se o fio de náilon preso a um prego, na face superior de cada fiada da prumada guia e assentam-se os tijolos com argamassa, de uma prumada até a outra, tendo o fio como referência. Assim a parede vai sendo construída.
Levantamento de alvenarias
 A quantidade de argamassa entre os tijolos não pode ser excessiva. A espessura média de 1,5 cm é suficiente para que a alvenaria fique bem resistente.
 
Levantamento de alvenarias
 Uma alvenaria de tijolos que encontra a outra em esquadro, deve ser amarrada e esta outra através de tijolos que fiquem mais salientes no local aonde a primeira irá se encaixar. Se não houver este cuidado com as paredes, no encontro de ambas surgirá uma trinca, mostrando que as duas não estão presas entre si.
 
Levantamento de alvenarias
 Nos vãos previstos para a colocação de esquadrias ou ainda nos vãos livres previstos em projeto, é necessária a colocação de vergas para que a alvenaria acima e abaixo do vão fique estável e para que não ocorram trincas nos cantos dos vãos por estes serem locais bastante frágeis, sendo as trincas ocasionadas por pequenos movimentos da alvenaria. 
 A verga consiste na colocação de três barras de ferro de Ø 8 mm (5/16”) ou duas barras de Ø 9,5 mm (3/8”) na primeira junta imediatamente abaixo e acima do vão, no caso de janelas; e acima do vão no caso de portas ou vãos livres, executando-se esta junta com argamassa de cimento e areia. As armaduras destas vergas devem ultrapassar o vão em 50 cm a 60 cm para cada lado.
Levantamento de alvenarias
 Quando uma parede deverá encontrar uma estrutura de concreto é necessário que no levantamento sejam embutidos ferro nos pilares que ficarão encaixados nas alvenarias, para lhes dar sustentação. 
 Durante a cura da argamassa de levantamento ocorre uma pequena redução nas dimensões da alvenaria. Por este motivo deve-se executar as duas últimas fiadas de tijolos comuns ou a última fiada de tijolos furados somente depois de um certo tempo, necessário para o assentamento da parede, aproximadamente uma semana. Esta redução nas dimensões da alvenaria ocorre devido a desidratação da argamassa em função da sua secagem. 
Levantamento de alvenarias
 
Normalmente esta estrutura é de concreto armado e, entre a viga superior e a última fiada de tijolos, o fechamento do vão que resta deve ser feito com tijolos maciços assentados de cutelo, com uma leve inclinação lateral de modo a formar uma cunha, com o preenchimento do restante do vão com argamassa de assentamento.
	O fechamento desta alvenaria se faz com tijolos assentado em pé, um pouco inclinados, formando um cunhamento da parede contra a viga ou laje.
Levantamento de alvenarias
 Concluído o levantamento das alvenarias, o passo seguinte é a execução de lajes e vigas e após a realização das mesmas deverá ser feita a cobertura da edificação.
 Cobertura
 Nas edificações onde forem utilizados telhados, após a conclusão da laje de cobertura ou do término do levantamento das alvenarias, será executada a estrutura da cobertura que poderá ser metálica ou de madeira. Sua função é dar fixação às telhas para que fiquem na posição desejada, transferindo seu peso para as paredes ou para a estrutura do prédio.
Estrutura de Cobertura
 O tipo de estrutura mais usado é a tesoura de madeira, para telhados cujos vãos são inferiores a 10 metros. A tesoura é montada com guias de madeira e pregos, observando-se na montagem, a inclinação necessária para que não se tenham problemas com infiltrações provocadas pela água da chuva. A inclinação da cobertura depende do tipo da telha que será usada no telhado.
 As tesouras são montadas no
chão e posteriormente transportadas para cima da construção onde são colocadas conforme o desenho da cobertura.
Estrutura de Cobertura
 Na tabela abaixo temos a relação entre o tipo de telhado e a inclinação mínima necessária.
Tipo de Telhado
Inclinação Mínima
Cm/m % Graus
- Terraço de laje impermeabilizada
0,5/1
0,5/1
3º a 6º
- Telha calha (canaleta, calheta)
1
1
5º a 7º
- Telha bandeja
1
1
5º a 7º
- Telha ondulada (alumínio, zinco, cimento-amianto
4mm, plástica, fibra de vidro)
15
15
9º
- Telha de cimento-amianto de 6 a 8 mm
10
10
6º
- Telha de barro plana (francesa)
35
35
19º
- Telha de barro capa/canal (colonial, itú)
25
25
14º
- Telha ondulada de alumínio ou ferro zincado
8
8
5º
Estrutura de Cobertura
 Na figura abaixo veremos quais são as peças que compõem uma tesoura. 
 
 Linhas, pernas e mãos-francesa são feitas com guias de madeira justapostas e fixas entre si com pregos, já os tirantes e pendurais são fixados em cada lado das peças anteriores, ficando desta forma uma estrutura bem resistente.
Cobertura
 As tesouras deverão ser amarradas à laje ou às alvenarias através de ferros embutidos nas mesmas, para que fiquem bem firmes e ancoradas de maneira satisfatória. 
 A estabilidade da estrutura da cobertura ocorre com a sustentação das tesouras entre si, com a colocação de peças de madeira chamadas de terças. Sobre as terças são colocados os caibros e sobre estes e feito o ripamento, seguindo o padrão da telha escolhida. 
 	As telhas são enganchadas sobre as ripas e no encontro dos panos de cobertura de planos diferentes, são colocadas peças denominadas de cumeeiras as quais, devem ser chumbadas umas nas outras para não serem arrancadas com os ventos.
Cobertura
 
 
 É aconselhável que, concluída a colocação da cobertura, sejam colocados condutores pluviais.
Cobertura
 
 As estruturas de cobertura metálicas usadas para cobrir vãos maiores, geralmente são confeccionadas em serralharias e transportadas para a obra no momento que devam ser colocadas na construção, ficando esta etapa bem como a colocação da cobertura em si, a cargo da empresa. Para isso, é necessário que se escolha uma empresa idônea, com profissionais habilitados e responsáveis para a execução destas tarefas.

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