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Comportamento dos materiais, tratamento acústico e questões de acústica arquitetônica

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Comportamento dos materiais, 
tratamento acústico e questões 
de acústica arquitetônica 
 
Conforto Ambiental II 
Faculdade Maurício de Nassau 
Graduação em Arquitetura e Urbanismo 
por Larissa Tollstadius 
Estrutura da Aula 
1. Comportamento acústico dos 
materiais 
 
1.1 Conceito 
1.2 Materiais e sistemas isolantes 
acústicos 
1.3 A Lei de Massa 
1.4 O efeito Massa/Mola/Massa 
1.5 Materiais e sistemas absorventes 
acústicos 
 
2. Tratamento Acústico 
 
2.1 Conceito 
2.2 Isolamento acústico 
2.3 Absorção acústica 
2.4 Condicionamento acústico 
2.5 Tempo de reverberação 
2.6 Geometria interna dos recintos 
 
 
3. Questões de acústica arquitetônica 
 
3.1 Esquadrias acústicas 
3.2 Barreiras acústicas 
3.3 Atenuadores de ruído 
3.4 Ruídos em poços de ventilação de edifícios 
3.5 Ruído de impacto em lajes de pisos 
3.6 Ruído de impacto em coberturas metálicas 
3.7 Divisórias acústicas 
3.8 Ruído aéreo de motores 
3.9 Vibrações de máquinas e motores 
Um parênteses 
Cálculos com potências 
Multiplicação de potências de mesma base 
 
Resolvemos a multiplicação de potências de mesma base 
conservando uma das bases e adicionando os expoentes. 
 
a-m . an = am + n 
Exemplos 
Divisão de potências de mesma base 
 
Toda divisão de potências de mesma base, com esta diferente de zero, 
pode ser resolvida conservando uma das bases e subtraindo os 
expoentes. 
 
am : an = am – n, com a ≠ 0. 
 
Multiplicação de fatores elevados ao mesmo expoente 
Para o produto de dois ou mais fatores elevados ao mesmo expoente, 
elevamos cada um dos fatores ao expoente dado na questão. 
 
(a . b)n = an . bn 
Divisão de expoente igual 
Aqui segue-se o mesmo critério dado na propriedade anterior: eleva-
se o dividendo e o divisor ao mesmo expoente. 
 
(a : b)n = an : bn 
Potência de potência 
Quando elevamos uma determinada potência à outra potência, temos 
uma potência de potência. Para resolvê-la, podemos conservar a 
base e multiplicar os expoentes. 
 
(am)n = am . n 
Potência de expoente negativo 
 
A ideia de inverso é utilizada para solucionar potências de expoente 
negativo, transformamos numerador em denominador, e vice-versa, 
logo após, tornamos o expoente positivo. 
 
1. Comportamento dos materiais 
1.1 Conceito 
“Quando uma onda sonora incide sobre 
um obstáculo, gera quatro situações 
distintas: parte dela é transmitida 
através do material (via aérea), parte é 
propagada através do material (via 
sólida), parte é absorvida pelo 
obstáculo e o restante é refletido para 
o ambiente de origem da fonte” 
(CARVALHO, 2010, p.55). 
 
som 
transmitido 
so
m
 a
b
so
rv
id
o
 +
 
so
m
 p
ro
p
ag
ad
o
 
som 
transmitido 
so
m
 a
b
so
rv
id
o
 +
 
so
m
 p
ro
p
ag
ad
o
 
Quanto mais ondas sonoras retidas (e 
transformadas em energia térmica), 
melhor é a absorção acústica do 
material. 
Quanto mais ondas sonoras refletidas 
melhor é o isolamento acústico 
proporcionado pelo material. 
Quanto melhor a absorção acústica do 
material, pior o seu isolamento 
acústico. 
Para conseguir conciliar absorção 
acústica e isolamento acústico é 
preciso combinar vários materiais. 
1.2 Materiais e sistemas isolantes acústicos 
“A variação da pressão acústica de um determinado 
ambiente induz os anteparos/superfícies nas 
imediações a vibrarem. É esse processo vibratório 
que gera, do outro lado da superfície, uma fonte 
sonora secundária.” 
“Constata-se então, de partida, que quanto maior for 
a massa da superfície em questão, menor a 
probabilidade dela vibrar e , consequentemente, de 
transmitir.” 
1.2.1 Índice de Isolamento Acústico 
O índice de isolamento acústico indica a 
quantidade de dB refletidos pelo material. 
O índice de isolamento acústico é 
determinado a partir de testes em laboratório. 
Alguns índices de Isolamento Acústico (IA) 
Materiais e Sistemas IA (dB) em 
500Hz 
Divisórias 
Fibra mineral 50mm, c/ compensado 6mm em ambos 
lados 
30 
Gesso Acartonado 13mm, fixado em cada um dos lados 
de um núcleo alveolado 
28 
Lã de madeira 50mm, densidade 30kg/m³ 08 
Lã de rocha 50mm, revestida c/ gesso acartonado 
35kg/m² 
35 
Painel de duas placas de compensado sobre sarrafos de 
madeira 60mm, c/ lã de rocha 50mm nas cavidades 
30 
Diferença 
significativa 
de IA, para 
divisórias com 
a mesma 
espessura 
Alguns índices de Isolamento Acústico (IA) 
Materiais e Sistemas IA (dB) em 
500Hz 
Paredes 
Alvenaria de concreto 30cm, c/ agregado graúdo, 
rebocada 
50 
Alvenaria de concreto 18cm, c/ agregado miúdo, 
rebocada 
50 
Parede de tijolo maciço aparente, 11,2cm 42 
Parede de tijolo maciço 11,2cm, c/ com reboco 13mm 45 
Painel de duas placas de compensado sobre sarrafos de 
madeira 60mm, c/ lã de rocha 50mm nas cavidades 
30 
Parede de tijolo maciço 23cm 50 
O reboco 
aumenta em 
3dB o IA 
Diferentes 
espessuras 
para um 
mesmo IA 
O desempenho acústico das paredes é superior ao das divisórias, pois as 
paredes tem maior massa. É preciso equilibrar economia de espaço e 
orçamento e isolamento acústico, em função das atividades a serem 
desenvolvidas no espaço; 
Materiais e Sistemas IA (dB) 
em 500Hz 
Divisórias 
Fibra mineral 50mm, c/ compensado 6mm 
em ambos lados 
30 
Gesso Acartonado 13mm, fixado em cada 
um dos lados de um núcleo alveolado 
28 
Lã de madeira 50mm, densidade 30kg/m³ 08 
Lã de rocha 50mm, revestida c/ gesso 
acartonado 35kg/m² 
35 
Painel de duas placas de compensado sobre 
sarrafos de madeira 60mm, c/ lã de rocha 
50mm nas cavidades 
30 
Materiais e Sistemas IA (dB) em 
500Hz 
Paredes 
Alvenaria de concreto 30cm, c/ agregado 
graúdo, rebocada 
50 
Alvenaria de concreto 18cm, c/ agregado 
miúdo, rebocada 
50 
Parede de tijolo maciço aparente, 11,2cm 42 
Parede de tijolo maciço 11,2cm, c/ com 
reboco 13mm 
45 
Painel de duas placas de compensado 
sobre sarrafos de madeira 60mm, c/ lã de 
rocha 50mm nas cavidades 
30 
Parede de tijolo maciço 23cm 50 
Comparando divisórias e paredes: 
Alguns índices de Isolamento Acústico (IA) 
Materiais e Sistemas IA (dB) em 
500Hz 
Portas 
Porta de madeira 44mm, interior sólido, sem vedações 18 
Porta de madeira maciça 50mm, c/ frestas normais nos 
cantos 
25 
Porta de madeira maciça 50mm, todas as bordas 
seladas 
30 
Porta dobrável 150mm, c/ painéis de lã mineral densa, 
com molduras de aço, vedações em cima e embaixo 
52 
Quanto maior a 
densidade, maior 
o IA 
Quanto 
menos fresta 
para passar o 
ar, maior o IA 
Desempenho superior ao de uma 
parede de concreto. Porta 
recomendada para teatros, cinemas 
auditórios, onde o IA é muito 
importante 
Alguns índices de Isolamento Acústico (IA) 
Materiais e Sistemas IA (dB) em 
500Hz 
Janelas 
Janela simples de vidro 3mm 20 
Janela de vidro 3mm, todas as bordas seladas 25 
Janela de vidro 6mm, todas as bordas seladas 30 
Esquadria de madeira ou metal c/ vidros duplos de 
3mm, c/ câmera de ar de 100mm, frestas seladas 
40 
Quanto 
menos fresta 
para passar o 
ar, maior o IA 
O dobro da 
espessura, 
incremento 
de 5dB no IA 
O acréscimo 
de uma 
câmera de ar, 
aumento 
10dB do IA 
Alguns índices de Isolamento Acústico (IA) 
Materiais e Sistemas IA (dB) em 
500Hz 
Entrepisos 
Assoalho de tábuas macho-fêmea, apoiado em vigas de 
madeira 
20 
Assoalho de tábuas macho-fêmea apoiado em vigas de 
madeira, forro de gesso 20mm e malha de lã de rocha 
80mm 
35 
Laje de concreto rebocado, acabado no piso 45 
Laje de concreto rebocada,c/ piso flutuante de 
madeira 
50 
Um sistema 
associando vários 
materiais 
incrementa 
significativamente 
o IA 
A adição da 
madeira 
representou 
um 
incremento 
de 5dB no IA 
É importante tentar conciliar isolamento acústico, estética e custo. 
Para isso é fundamental manter-se informado das pesquisas sobre 
desempenho dos materiais de forma ampla. Não focando apenas na 
acústica. 
Vocês tiveram alguma disciplina relacionada à “técnicas e materiais de 
construção?” 
1.3 A Lei da Massa 
“Na falta de informações precisas sobre índices de 
isolamento acústico, adota-se a Lei de Massa. 
Com base na densidade superficial (δS) de um material 
puro qualquer é que se calcula seu isolamento acústico à 
frequência de 500Hz” 
IA = 20 log (δS) 
Massas de alguns materiais 
Materiais e Sistemas Massas (Kg/m³) 
Alvenaria tijolos cerâmicos furados 10cm (com reboco) 1600 
Alvenaria tijolos cerâmicos furados 10cm (sem reboco) 1200 
Alvenaria tijolos cerâmicos furados 25cm (com reboco) 1800 
Alvenaria tijolos cerâmicos maciços 10cm (sem reboco) 1800 
Pedra basáltica 2000 
Bloco de concreto celular 10 cm, rebocado em ambas as 
faces (13cm) 
870 
Concreto armado 2500 
Espumas absorventes 32 
Gesso 880 
Madeira leve 500 
Madeira pesado 1000 
Telha de alumínio trapezoidal 5 
Exemplo 
Qual é o IA de uma parede de alvenaria tijolos cerâmicos furados 
10cm (com reboco) na frequência de 500Hz? 
IA = 20 log (δS) 
IA = 20 log (1600) 
IA = 20x3,2 
IA = 64dB 
1.4 Isolamento Acústico x comprimento de onda 
É mais fácil isolar acusticamente ruídos com 
frequências altas. 
“Isto decorre basicamente do comprimento de uma 
determinada onda sonora: bloquear integralmente 
uma onda sonora requer interromper totalmente 
sua propagação, o que só se consegue aumentando 
a espessura da superfície e bloqueando esta onda a 
1/4λ” (CARVALHO, 2010, p.61). 
Note bem que, bloquear com consistência ondas sonoras à frequência de 125Hz 
implica em, além da referência de densidade superficial, termos anteparo de 
espessura não inferior a 68,5cm, conforme mostra o cálculo a seguir: 
Aula passada 
O mesmo nível de ruído à frequência de 1000Hz estará bloqueado com anteparo 
de apenas 8,6cm de espessura. 
1.5 O efeito Massa/Mola/Massa 
“Um aspecto relevante no que diz respeito à capacidade de isolamento acústico 
de sistema de materiais, consiste em gerarmos espaços vazios em seu interior, ou 
ainda preenchidos com material absorvente acústico”. 
Alvenaria 
Material 
absorvente 
“Este é o efeito comumente conhecido como massa/mola/massa. 
 
Cumpre-nos comentar dois aspectos relevantes: 
1. Quando maior a massa da mola, maior a 
capacidade de isolamento acústico do sistema. 
2. Quanto maior o afastamento entre as placas 
externas, melhor o isolamento acústico obtido às 
baixas frequências. 
1.6 Materiais e sistemas absorventes acústicos 
“Bons absorventes acústicos são 
necessariamente materiais macios, porosos ou 
fibrosos, que têm a capacidade de absorver sons 
que neles incidem”. 
O som reflete nos poros 
Materiais porosos 
O som vibra nas fibras 
Materiais fibrosos 
Alguns materiais porosos e fibrosos 
Os materiais absorventes tem melhor desempenho a altas 
frequências do que a baixas. 
A absorção acústica do material tem desempenho diferente 
para cada frequência. 
O que é o “Absorção Acústica”? 
Quando uma onda sonora atravessa um 
“meio” parte da energia sonora é 
transformada em energia térmica. Um 
material com boa absorção acústica 
permite reduzir a reflexão do som. 
E o que é o “coeficiente de absorção acústica do ambiente”? 
Indica o percentual de energia sonora absorvido pelo material. 
Varia entre 0 e 1. 
É determinado a partir de testes de laboratório. 
Alguns fabricantes fornecem essa informação. 
Quanto maior a porosidade do material, maior sua absorção acústica 
NRC (Noise Reduction Coeficient) 
É a média aritmética dos coeficientes de absorção acústica 
do material às frequências de 250Hz, 500Hz, 1000Hz e 
2000Hz. 
É um índice fornecido por alguns fabricantes. 
http://thecreatorsproject.vice.com/blog/how-
a-common-plant-could-be-the-future-of-
sound-engineering 
2. Tratamento acústico 
Tratar acusticamente um ambiente consiste basicamente em observar os 
seguintes quesitos: 
2.1 Conceito 
1. dar-lhe boas condições de audibilidade, seja através das 
absorções acústicas dos revestimentos internos (pisos, paredes, 
tetos e outros componentes) e/ou em função da geometria 
interna (direcionamento das reflexões internas); 
2. Bloquear os ruídos externos que porventura possam vir a 
perturbar a boa audibilidade do recinto 
3. Bloquear os possíveis ruídos produzidos no recinto de tal sorte 
que não perturbem o entorno. 
Para o exercício do tratamento acústico, faz-se necessário o conhecimento dos 
seguintes elementos básicos: 
1. Locação e situação do imóvel 
2. Plantas e cortes 
3. Destinação do imóvel 
4. Níveis de ruídos aceitáveis estabelecidos por norma (10152) (o 
ambiente estando vazio e fora de horário de funcionamento) 
5. Nível de ruído do entorno (10151) 
6. Nível de ruído interno do recinto em funcionamento (função da 
atividade a que se prestará) 
7. Especificação dos materiais a serem empregados na sua 
construção, bem como do mobiliário e demais componentes. 
2.2 Isolamento Acústico 
Isolar acusticamente um recinto fechado 
consiste em bloquear os ruídos externos a 
patamares compatíveis com a atividade a 
ser desenvolvida no seu interior. 
(CARVALHO, 2010, p.88) 
 
O isolamento acústico está relacionado a transmissividade dos materiais. 
Materiais com baixa transmissividade  pesados 
Ex.: concreto, chumbo e vidro. 
Conforme já enfocado anteriormente, decibéis são grandezas 
logarítmicas, portanto avaliar o nível de isolamento acústico de um 
recinto qualquer implica em conhecer sua transmissividade média (τ) 
para posteriormente calcular-se a redução de ruído (RR). 
Onde: 
Si é a área de utilização do material i 
τi é a transmissividade do material 
Transmissividade Média (τ) 
Redução de Ruído (RR) 
Transmissividade 
Onde: 
IA é o isolamento acústico do material i 
Superfícies de pequeno índice de isolamento acústico comprometem 
substancialmente o isolamento acústico total da parede. 
Exemplo 
E se acrescentarmos uma única janela ao exemplo anterior? 
Isto é suficiente para demonstrarmos que vãos abertos, 
mesmo quando pequenos, comprometem os isolamento 
acústico de qualquer parede. 
Exercício – Redução de Ruído (RR) 
Material 
IA 
(500Hz) 
Alvenaria pintada 30 
Alvenaria pintada 
revestida com madeira 
50 
Esquadria de madeira 
com vidro duplo e 
câmara de ar 
40 
Porta de madeira 44mm, 
interior sólido 
20 
Laje de concreto 
rebocada 
50 
LAJE DE 
CONCRETO 
REBOCADA 
Material 
Isolamento 
Acústico (IA) 
em dB 
Transmissividade 
do material (τi ) 
Área (m²) 
 
Alvenaria pintada 
Alvenaria revestida com madeira 
Esquadria de madeira com vidro duplo e câmara 
de ar 
Porta de madeira 44mm, interior sólido 
Laje de concreto rebocada 
1 
Material 
Isolamento 
Acústico (IA) 
em dB 
Transmissividade 
do material (τi ) 
Área (m²) 
 
Alvenaria pintada 30 
Alvenaria revestida com madeira 50 
Esquadria de madeira com vidro duplo e câmara 
de ar 
40 
Porta de madeira 44mm, interior sólido 20 
Laje de concreto rebocada 50 
1 
Onde: 
Si é a área de utilização do material i 
τi é a transmissividade do material 
Transmissividade Média (τ) 
2 
Cálculo área alvenaria pintada(S1) 
S1= E1 + E2 + E3 + E4 
E1 
E2 
E3 
E4 
E2 
E1= (2,5x6) – (1,10x3,5) 
E1= 15 – 3,85 
E1= 11,15 m² 
E1 
E2= 1,5x8,5 
E2= 12,75 m² 
E3 
E3= 1,5x6,0 
E3= 9m² 
E4= (1,5x8,5)-(1,1x0,9) 
E4= 12,75 – 0,99 
E4= 11,76 m² 
 
S1= 11,15 + 12,75+ 9+ 11,76 
 
S1= 44,66m² 
Material 
Isolamento 
Acústico (IA) 
em dB 
Transmissividade 
do material (τi ) 
Área (m²) 
 
Alvenaria pintada 30 44,66 
Alvenaria revestida com madeira 50 
Esquadria de madeira com vidro duplo e câmara 
de ar 
40 
Porta de madeira 44mm, interior sólido 20 
Laje de concreto rebocada 50 
Cálculo área alvenaria revestida por madeira 
(S2) 
S2= E2 + E3 + E4 
E1 
E2 
E3 
E4 
E4 
E2 
E3 
E3= 1x6,0 
E3= 6m² 
E2= 1x8,5 
E2= 8,5m² 
E4= (1,0x8,5)-(1,0x0,9) 
E4= 8,5 – 0,90 
E4= 7,6 m² 
 
S2= 6,0 + 8,5+ 7,6 
 
S2= 22,1m² 
Material 
Isolamento 
Acústico (IA) 
em dB 
Transmissividade 
do material (τi ) 
Área (m²) 
 
Alvenaria pintada 30 44,66 
Alvenaria revestida com madeira 50 22,10 
Esquadria de madeira com vidro duplo e câmara 
de ar 
40 
Porta de madeira 44mm, interior sólido 20 
Laje de concreto rebocada 50 
Cálculo área esquadria de madeira (S3) 
E1 
S3= 1,1 x3,5 
S3= 3,85m² 
Material 
Isolamento 
Acústico (IA) 
em dB 
Transmissividade 
do material (τi ) 
Área (m²) 
 
Alvenaria pintada 30 44,66 
Alvenaria revestida com madeira 50 22,10 
Esquadria de madeira com vidro duplo e câmara 
de ar 
40 3,85 
Porta de madeira 44mm, interior sólido 20 
Laje de concreto rebocada 50 
Cálculo área porta de madeira (S4) 
S3= 0,9 x2,1 
S3= 3,85m² 
Material 
Isolamento 
Acústico (IA) 
em dB 
Transmissividade 
do material (τi ) 
Área (m²) 
 
Alvenaria pintada 30 44,66 
Alvenaria revestida com madeira 50 22,10 
Esquadria de madeira com vidro duplo e câmara 
de ar 
40 3,85 
Porta de madeira 44mm, interior sólido 20 1,89 
Laje de concreto rebocada 50 
E4 
Cálculo área laje de concreto rebocada (S5) 
S3= 8,5x6,0 
S3= 51m² 
Material 
Isolamento 
Acústico (IA) 
em dB 
Transmissividade 
do material (τi ) 
Área (m²) 
 
Alvenaria pintada 30 44,66 
Alvenaria revestida com madeira 50 22,10 
Esquadria de madeira com vidro duplo e câmara 
de ar 
40 3,85 
Porta de madeira 44mm, interior sólido 20 1,89 
Laje de concreto rebocada 50 51 
Onde: 
Si é a área de utilização do 
material i 
τi é a transmissividade do material 
Transmissividade Média (τ) 
2 
Material 
Transmissividade 
do material (τi ) 
Área 
(m²) 
 
Alvenaria pintada 44,66 0,04466 
Alvenaria revestida com madeira 22,10 0,000221 
Esquadria de madeira com vidro duplo e câmara de ar 3,85 0,000385 
Porta de madeira 44mm, interior sólido 1,89 0,0189 
Laje de concreto rebocada 51 0,00051 
Redução de Ruído (RR) 
3 
τ = 0,000527 
É uma sala que é tão silenciosa que a pessoa é capaz de ouvir o seu próprio 
corpo funcionando. Passados 30 minutos dentro da câmara anecóica a pessoa 
começa a ter alucinações e ficar tão incomodada que a experiência se torna 
uma tortura. 
Qual é o cúmulo do Isolamento acústico? 
O lugar mais silencioso do mundo, segundo o Guinness Records, fica em 
Mineápolis, nos Estados Unidos. 
 
Uma “câmara anecóica” (sem ecos), com painéis acústicos de fibra de vidro com 
1 metro de espessura, uma parede dupla de aço e mais 30 cm de concreto, 
capaz de absorver 99.99% dos sons, usada para testar volumes sutís de peças de 
produtos como cliques em botões, toques em telas de celulares, etc. 
 
É quieta. Insuportavelmente quieta. 
Só para você ter uma ideia, a NASA usa a câmara para treinar astronautas, que 
ficam alí boiando em um tanque cheio de água enquanto fazem algumas 
atividades, para avaliar o quanto o silêncio absoluto do espaço pode atrapalhar a 
concentração. 
http://www.isoline.com.br/isolamento-acustico-levado-ao-extremo/ 
2.3 Absorção Acústica 
A absorção acústica consiste em atenuarmos os efeitos dos sons em ambientes, 
posto que, quando um som atinge uma superfície lisa e dura, parcela 
significativa dele é refletida e, em caso contrário, quando atinge um superfície 
macia, parcela significativa dele é absorvida. 
Como calcular o “a absorção acústica do ambiente”? 
A partir da soma dos coeficientes de absorção dos materiais usados 
multiplicados pelas suas respectivas áreas. 
A=∑(Si x αi) 
 
Onde: 
A = Absorção acústica do ambiente 
Si = Área revestida pelo material (m²) 
αi = coeficiente de absorção acústica do material 
 
Exemplo: qual é a absorção acústica da sala a seguir? 
(10 min) 
Lambri de 
madeira 
Régua de 
madeira PLANTA BAIXA 
5m 
9
m
 
3
m
 
A=∑(Si x αi) 
 
Material Si (m²) αi Si x αi 
Régua de madeira 0,1 
Papel de parede 0,04 
Lambri de madeira 0,06 
Exemplo: qual é a absorção acústica da sala a seguir? 
(10 min) 
Lambri de 
madeira 
Régua de 
madeira PLANTA BAIXA 
5m 
9
m
 
3
m
 
A=∑(Si x αi) 
 
A= 4,50 + 3,36 + 2,70 
A= 10,56 
Material Si (m²) αi Si x αi 
Régua de madeira 45 0,1 4,50 
Papel de parede 84 0,04 3,36 
Lambri de madeira 45 0,06 2,70 
O aumento excessivo de absorção acústica a título de 
atenuação dos ruídos internos do recinto implicaria 
em reduzirmos a reverberação do mesmo a 
patamares bastante comprometedores da 
inteligibilidade interna. 
2.4 Condicionamento Acústico 
Condicionar acusticamente um recinto consiste em darmos a ele as melhores 
condições possíveis de audibilidade interna. E isso se faz segundo duas 
providências fundamentais: 
1. Corrigir o tempo de reverberação (tr) do recinto com base nas 
absorções acústicas internas. 
2. Promover a melhor distribuição possível dos sons gerados 
internamente via superfícies refletoras (e/ou absorventes) de 
sons, conforme uma geometria interna apropriada para o 
recinto. 
2.5 Tempo de reverberação 
“É o intervalo de tempo necessário para que o nível de intensidade de 
um determinado som decresça 60dB após o término da emissão de sua 
fonte” (CARVALHO, 2010, p.93). 
“Consiste no prolongamento necessário de um som produzido, a título de sua 
inteligibilidade em locais mais afastados da fonte produtora. Isso se dá 
basicamente em recintos fechados. 
 
Esse prolongamento deverá ser maior quanto maior for a distância entre a fonte 
e a recepção, ou ainda, quanto maior for o volume interno do recinto” 
(CARVALHO, 2010, p.32). 
A reverberação é o resultado de múltiplas reflexões do som em diversas direções, 
com diversos tempos de atraso. 
Lembrando... 
Varia de acordo com o volume (m²) e o coeficiente de absorção do espaço. 
Fórmula de Sabine: 
 
T = 0,161 V 
 A 
 
Sendo: 
T = tempo de reverberação (s) 
V = volume do ambiente (m²) 
A = Absorção acústica do ambiente 
 
Exemplo 
Qual é o tempo de reverberação da sala a seguir? 
31/40 
Lambri de 
madeira 
Régua de 
madeira PLANTA BAIXA 
5m 
9
m
 
3
m
 
A=∑(Si x αi) 
 
A= 4,50 + 3,36 + 2,70 
A= 10,56 
T = 0,161 V 
 A 
 
 
Material Si (m²) αi Si x αi 
Régua de madeira 45 0,1 4,50 
Papel de parede 84 0,04 3,36 
Lambri de madeira 45 0,06 2,70 
Exemplo 
Qual é o tempo de reverberação da sala a seguir? 
31/40 
Lambri de 
madeira 
Régua de 
madeira PLANTA BAIXA 
5m 
9
m
 
3
m
 
A=∑(Si x αi) 
 
A= 4,50 + 3,36 + 2,70 
A= 10,56 
T = 0,161 V 
 A 
 
T = 0,161 x 135 
 10,56 
T= 21,735 
 10,56 
 
T= 2,06 s 
 
Material Si (m²) αi Si x αi 
Régua de madeira 45 0,1 4,50 
Papel de parede 84 0,04 3,36 
Lambri de madeira 45 0,06 2,70 
2.5.1Tempo ótimo de reverberação 
Há um tempo de reverberação ideal para cada ambiente, segundo o volume e 
finalidade a que o recinto se destina. 
Do ponto de vista arquitetônico, controlar essa característica é extremamente 
importante sob os seguintes aspectos: 
1. Se o tempo de reverberação for muito longo, haverá sobreposição de sons, o 
que acabará dificultando sua inteligibilidade. 
2. Se ocorrer o contrário, ou seja, o som desaparecer imediatamente após a sua 
emissão, sua percepção tornar-se-á difícil em pontos mais afastados da fonte. 
Tempo ótimo de reverberação para sons com 500Hz 
Conhecido o tor (500Hz) conforme o gráfico anterior, pode-se, através do gráfico 
seguinte, buscar o fator de correção para outras frequências. 
Para um tor verificado no gráfico anterior de 1,50s (500Hz), teremos: 
Nos termos da boa norma, o tr de um recinto será considerado satisfatório 
quando não ultrapassar o limite de 10% do tor , para mais ou para menos, em 
todas faixas de frequências analisadas. 
Frequência (Hz) 125 250 500 1000 2000 4000 
tor (s) 2,25 1,875 1,50 1,50 1,50 1,50 
2.6 Geometria interna dos recintos 
A geometria interna de um recinto responde, conjuntamente à adequação do 
tempo de reverberação do ambiente, pela busca da melhor audibilidade possível 
em seu interior: o condicionamento acústico adequado. 
Respeitando-se os conceitos anteriores de propagação do som, seu alcance, sua 
atenuação em função da distância, os princípios de reflexão e absorção acústica, 
ambientes de pequeno/médio portes (400/800 pessoas) podem perfeitamente 
prescindir de eletroacústica (sonorização). 
Basicamente as questões de geometria interna dos recintos decorrem do 
seguinte: 
1. Superfícies muito próximas, vibrantes e paralelas podem gerar ecos 
palpitantes. 
2. Distâncias muito grandes entre as paredes podem propiciar a ocorrência de 
ecos. 
3. Afastamentos muito grandes entre o palco e as últimas fileiras da plateia 
comprometem substancialmente a boa audibilidade (atenuação dos sons devido 
à distância); neste caso são preferíveis, por exemplo, auditórios em leque, 
aproximando a plateia do palco e proporcionando melhor visibilidade. 
3. Diferenças de percursos dos sons diretos contra os refletidos via paredes e 
tetos, superiores a 17m, comprometem a boa audibilidade. 
Por que 17m? 
Volumes impróprios às destinações dos ambientes dificultam a correção do 
tempo de reverberação, requerendo o uso substancial de materiais absorventes 
e/ou refletores, elevando dessa forma o custo final do investimento. 
Ambiente V mínimo (m³) V bom (m³) V máximo (m³) 
Igrejas Católicas 5,1 8,5 12,0 
Outras Igrejas 5,1 7,2 9,1 
Salas de Concerto 6,2 7,8 10,8 
Casas de Ópera 4,5 5,7 7,4 
Cinemas 2,8 3,5 5,6 
Salas de Conferência 2,3 3,1 4,3 
Salas multi-uso 2,8 3,5 5,6 
Na necessidade de reforço sonoro para os fundos de ambientes médios/grandes, 
o reforço consiste no somatório da intensidade do som direto atenuado na 
recepção com o refletido atenuado também na recepção. 
Auditórios e equivalentes de pequeno porte (até 400 pessoas), 
geometricamente bem resolvidos na forma do invólucro, em princípio não 
requerem reposicionamento de forros e paredes que objetivem reforços para os 
receptores das regiões mais afastadas da fonte, posto que as perdas auditivas 
são pequenas. 
3. Questões de acústica 
arquitetônica 
Tratam-se de esquadrias com 
capacidade de isolamento 
acústico superior ao das 
esquadrias convencionais. 
3.1 Esquadrias acústicas 
Nas esquadrias compostas 
com vidro, por exemplo, o 
acréscimo de massa dos 
vidros (duplos, triplos, etc.) e 
os afastamentos relativos 
entre os mesmos são fatores 
determinantes do isolamento 
do sistema. 
1. As conexões dos vidros com as esquadrias, utilizando borracha ou 
equivalente, evitando a transferência de vibrações; 
2. A forma de fechamento das esquadrias; 
3. A hipótese de criação de vácuo entre cada duas lâminas de vidro; e 
4. O preenchimento dos vazios no caso de perfis ocos. 
Geralmente as esquadrias de abertura em giro promovem melhor isolamento 
acústico que as corrediças, uma vez que estas, para funcionarem, requerem 
pequenas folgas, que se constituem em aberturas suficientes para o 
comprometimento do isolamento acústico do conjunto. 
Melhores resultados se obtém com esquadrias fixas, por exemplo os visores de 
estúdios. 
Nos casos de portas de madeira, 
por exemplo, além das conexões 
das mesmas com o portal, 
também a boa resposta do 
isolamento se condiciona à 
utilização de travas retráteis em 
suas bases ou à criação de algum 
artifício de vedação junto ao piso, 
como, por exemplo, a adoção de 
pequenos degraus e/ou pequenos 
chanfros devidamente vedados 
nas regiões da soleira. 
Pesquisadores da Coreia do Sul desenvolveram um novo tipo de janela que impede a 
entrada do som ao mesmo tempo que permite a passagem do ar. 
 
Desenvolvida por Seong-Hyun Lee do Instituto de Máquinas e Materiais e por Sang-
Hoon Kima da Universidade Marítima Nacional Mokpo, os mínimos detalhes de 
como a janela funciona podem ser encontrados aqui (em inglês). Mas em termos 
leigos, as janelas são feitas de duas placas de acrílico transparante posicionados a 
40mm de distância entre si, e funcionam como uma câmara de ressonância, 
diminuindo a energia das ondas sonoras que passam. Para aumentar a eficiência da 
janela, ela é perfurada com buracos de 50 milímetros, que permitem a entrada de 
mais som para ser obstruído sem prejudicar a passagem do vento. 
Em testes foi detectado que ela reduz sons a níveis entre 20 e 30 decibéis – o suficiente 
para transformar um engarrafamento em um barulho quase imperceptível que ainda 
ajuda a pegar no sono – em várias faixas de frequência, dependendo do tamanho das 
perfurações. 
Uma janela mágica bloqueia o barulho da rua mas deixa o vento passar 
http://gizmodo.uol.com.br/uma-janela-magica-bloqueia-o-
barulho-da-rua-mas-deixa-o-vento-passar/ 
Via: 
3.2 Barreiras acústicas 
São anteparos posicionados entre a fonte produtora do ruído e a recepção. 
As barreiras acústicas são comumente utilizadas em escritórios, ao longo de 
auto-estradas, em cabeceiras de pistas de decolagem de aviões à jato, em vários 
tipos de atenuadores de ruído, etc. 
Evidentemente que a massa da barreira deve ser considerada de acordo com a 
necessidade de isolamento, sob pena de constituir-se somente em um anteparo 
delimitador de espaços. 
Aplica, para seu dimensionamento, o princípio da difração do som. 
Barreira acústica ou segregação urbana? 
Homem se mete em gaiola no Centro do 
Rio para protestar contra muros na Linha 
Vermelha 
 
 “Eles estão instalando esses muros para 
maquiar a paisagem. Tem que mostrar a 
realidade para o turista”. 
 
Barreiras acústicas na Linha 
Vermelha são depredadas 
Rio põe barreiras acústicas na 
frente de favelas 
Prefeitura alega que haverá fim de 
atropelamentos e arrastões; para ONU, trata-se 
de caso de preconceito 
Na tentativa da atenuação de um ruído muito alto na fonte até um receptor 
posicionado a longa distância, a barreira pode ser pouco eficaz, uma vez que, 
mesmo muito alta, a Diferença de Percurso (d=A+B-C) pode ser pequena para o 
caso. 
3.3 Atenuadores de ruído 
Equipamentos largamente utilizados quando da necessidade 
de conciliação do isolamento acústico de um recinto com 
sua ventilação natural. 
Os mais frequentemente utilizados, e de construção 
relativamente fácil, são os do tipo passivos: 
a) Os de sequência de barreiras acústicas, para quando a velocidade de fluxo do 
ar não constituir qualquer problema para o caso. 
Seu dimensionamento se faz com base no conceito de barreiras acústicas.b) Os de passagem, para quando 
velocidade de fluxo do ar é de vital 
importância. 
Seu princípio básico de funcionamento está na 
alta capacidade de absorção acústica das 
superfícies expostas de suas células: 
c) Atenuadores mistos, adotando simultaneamente os dois conceitos 
anteriormente descritos: 
Há ainda os atenuadores de ruído do tipo ativos, 
importados, cujo princípio básico consiste na identificação 
eletrônica do ruído incômodo para emissão imediata de 
ondas sonoras de mesma frequência e mesma intensidade, 
na mesma direção, só que em sentido contrário, anulando 
assim o efeito do primeiro. 
Enclausuramento de um grupo gerador de energia 
Atenuadores de ruído 
3.4 Ruídos em poços de ventilação de edifícios 
Os poços de ventilação (geralmente utilizados para ventilar banheiros) 
constituem-se em solução arquitetônica procedente para seu fim, porém 
requerem cuidados com as desagradáveis transmissões recíprocas de ruídos 
entre unidades autônomas, que devem ser observadas e combatidas, sob pena 
de geração de desconforto ambiental grave. 
Se por um lado as aberturas se fazem necessárias para promoção da ventilação 
adequada, por outro lado se constituem em fontes e/ou receptoras de ruídos, 
uma vez que a propagação do som se dá em todas as direções, conforme 
ilustração seguinte: 
O desconforto aumenta na medida 
em que se ouve um mesmo som em 
dois ou mais tempos diferentes: via 
direta e via reflexões múltiplas no 
interior dessas caixas acústicas. 
Devem ser combinados dois conceitos básicos para atenuação dos ruídos a 
patamares aceitáveis: 
1. Absorção acústica 
2. Adoção de barreiras acústicas 
A absorção acústica procede em função da atenuação parcial da energia 
sonora incidente nas paredes. Deve-se atentar para o fato de que os índices 
de absorção acústica dos revestimentos a serem adotados dizem respeito à 
energia sonora e não a decibéis. 
As barreiras acústicas funcionam com base na difração do som. Como o 
caso em questão diz respeito a ruídos aéreos, deve-se atentar para as 
médias e altas frequências (a partir de 500Hz). 
A combinação correta desses dois 
conceitos promoverá a atenuação de 
ruídos a patamares satisfatórios conforme 
cada caso específico. 
Ainda se tem a opção de adoção de 
atenuadores individuais de ruídos 
junto às esquadrias – do tipo 
mistos,– mais comumente utilizados 
em intervenções isoladas, sem 
qualquer prejuízo da ventilação. 
3.5 Ruído de impacto em lajes de piso 
Impactos em lajes de pisos de edifícios são transmitidas via estrutural, em 
função dos processos vibratórios decorrentes. 
Quanto maior a massa da laje, menor será o seu processo vibratório e, 
consequentemente, menor será a transmissão. 
Inegavelmente a melhor forma de se absorver qualquer impacto em lajes de 
pisos, é a adoção de materiais macios em seus acabamentos (tapetes, pisos 
emborrachados, etc.). 
No entanto, nem sempre isso é possível em todos os ambientes (cozinhas, 
banheiros, etc.), além do que não podemos privar o usuário de adotar pisos 
cerâmicos, pedras, etc. em todo seu apartamento. 
Revestimento sobre a laje de piso 
Isolamento 
acústico em dB 
Pisos emborrachados 2,5 a 14 
Pisos sintéticos 1,6 a 3,0 
Carpetes 7,5 a 28 
Carpetes sobre bases macias 33 a 39 
Laminado de madeira sobre a base elástica 11 
Tapetes sobre pisos de laminado de madeira, tudo 
sobre base elástica 
22 a 30 
Em não adotando pisos 
macios sobre as lajes, a 
redução da transferência de 
impactos pode ser feita 
com base no conceito 
largamente utilizado de 
pisos flutuantes sobre bases 
elásticas, desconectando-se 
inteiramente os contrapisos 
e pisos de quaisquer 
elementos estruturais e/ou 
vedações: 
Bases elásticas e resultados de testes em laboratório 
Base elástica Espessura (mm) Contrapiso (mm) Isolamento (dB) 
Lã de rocha 144 Kg/m³ 15 40 18 
Lã de rocha 144 Kg/m³ 20 40 20 
Lã de vidro 80 Kg/m³ 15 70 27 
Composição mantas 
EPDM e rocha basaltica 
1,5 80 16 
A redução do nível de pressão do ruído de impacto para pisos flutuantes está 
relacionada com a densidade superficial do contrapiso (base flutuante) e com a 
rigidez dinâmica da base elástica (módulo de elasticidade/espessura = MN/m³), 
conforme o seguinte: 
Onde: 
 
f é a frequência é a frequência central da banda de oitavas 
ou terços de oitavas expressos 
 
f0 é a frequência de ressonância do sistema. Está 
relacionada à “rigidez dinâmica” (S’) e à “densidade” do 
material 
 
Base elástica Densidade (Kg/m³) Espessura (mm) S’(MN/m³) 
Granulado de borracha ligado com resina 855 10 84 
Granulado de borracha ligado com resina 730 10 55 
Espuma de polietileno extrudado 39 5 46 
Espuma de polietileno extrudado 17 3 79 
Poliestireno 15 20 83 
Poliestireno 14 40 89 
Poliestireno 14 60 56 
Poliestireno expandido 14 20 19 
Poliestireno expandido 14 40 15 
Poliestireno expandido 14 60 12 
Feltro 104 5 30 
Feltro 89 10 16 
Feltro 95 20 10 
Lã de rocha 90 20 14 
Lã de rocha 90 25 11 
Lã de rocha 90 30 8 
Quanto mais espessura tem a base elástica, menor é a sua rigidez dinâmica. 
3.6 Ruído de impacto em coberturas metálicas 
Como vimos, a melhor forma de se atenuar o ruído produzido por um impacto é 
absorver esse impacto no fonte. 
A opção mais apropriada é a adoção de um material elástico sobre a cobertura. 
O processo vibratório da telha gera a vibração de outras partes da estrutura, 
ocasionando fontes secundárias de ruído. 
Recomenda-se então o uso de apoios elásticos para as telhas, desconectando-as 
da estrutura de sustentação. 
Outras alternativas: 
Aplicação, sob as telhas, de materiais absorventes acústicos, de espessuras e 
densidades compatíveis com cada caso, não esquecendo dos apoios elásticos 
das mesmas; 
Telhas metálicas do tipo “sanduíche”, dupla fase, com preenchimento de 
poliuretano expandido ou similares (isolamento acústico conforme laudos 
técnicos fornecidos pelos fabricantes); 
Execução de forros de massa compatível com a necessidade de isolamento 
contra a capacidade de carga da estrutura. 
3.3 Divisórias 
Divisórias de meia altura 
 
 
35/40 
Quanto mais altas, 
mais eficientes. 
 
 
3.3 Divisórias 
Divisórias até o forro 
 
 
36/40 
A depender da massa 
e da absorção acústica 
do forro, o ruído pode 
“vazar”. 
 
 
3.3 Divisórias 
Divisórias até o teto 
37/40 
É a solução mais 
eficiente em termos de 
isolamento acústico. 
3.4 Leiautes 
38/40 
1,8m 
3 m 
3,6 m 
4,2 m 
3.4 Leiautes 
39/40 
3.7 Divisórias Acústicas 
São entendidas como divisórias acústicas aquelas às quais são atribuídas 
propriedades relevantes de absorção e/ou isolamento acústico. 
Conferir boa capacidade de isolamento acústico a uma divisória requer 
basicamente: 
1. Aumento da massa, seja utilizando madeira ou placas de gesso. 
2. Inserção de material absorvente acústico em seu interior, conferindo ao 
conjunto isolamento acústico adicional pelo princípio massa/mola/massa. 
3. Aumento de massa dos montantes e/ou introdução de recheio denso (evitar 
vazios). 
4. Cuidar das conexões piso/divisória/divisória/teto, preferencialmente com a 
adoção de elementos flexíveis. 
3.8 Ruído aéreo de motores 
Enclausurar. Esta é a primeira providência a se tomar para conter os altos níveis 
de ruídos aéreos produzidos por quaisquer máquinas e motores. 
No entanto não se pode esquecer que tais equipamentos requerem ventilação 
para o funcionamento, sob o risco de atingirem altas temperaturas e 
desarmarem automaticamente. 
Providências 
1. Aferir o nível de ruído produzido pela máquina em funcionamento pleno; 
1. Aferir o ruído de fundo do entorno; 
1. Estabelecero invólucro, dimensionado adequadamente as aberturas de 
tomada e saída de ar (ventilação natural), porta de acosso ao recinto e área do 
radiador (se for o caso); 
1. Dimensionar os atenuadores de ruídos, caso a caso; 
1. Corrigir o tempo de reverberação do recinto: aplicação de materiais 
absorventes acústicos; 
1. Verificar a atenuação de ruídos por absorção acústica 
1. Promover o isolamento acústico necessário 
Enclausuramento de um grupo gerador de energia 
3.9 Vibrações de máquinas e motores 
1. A primeira grande providência consiste em instá-lo sobre um sistema 
absorvedor de suas vibrações. 
2. Verificação da transmissividade. 
3. É importante colocar que a substituição dos amortecedores deve ser feita nos 
prazos estabelecidos pelos seus fabricantes, sob pena de comprometimento, no 
médio e longo prazo, das eficiências em função do desgaste natural decorrente 
do tempo de vida útil prescrito. 
4. Para a adoção das base elásticas aqui, é de vital importância que se considere 
uma base flutuante de massa equivalente à no mínimo uma vez e meia a do seu 
carregamento, não se esquecendo da carga dinâmica que é acrescida ao sistema 
quando do funcionamento do motor. 
5. Por último, nunca permitir qualquer conexão rígida de motor sobre uma base 
elástica com as demais estruturas sequenciais (tubulações hidráulicas por 
exemplo), posto que compromete totalmente todos os cuidados anteriores. Se 
necessária alguma conexão, adotá-la flexível. 
Para saber mais: 
CARVALHO, Régio Paniago. Acústica Arquitetônica. Thesaurus, Brasília, 2010. 
 
SILVA, Pérides. Acústica Arquitetônica. 1971 
 
SIMÕES, Flávio Maia. Acústica Arquitetônica. Procel Edifica, Rio de Janeiro, 2011. 
 
Isoline – Sistemas Térmico Acústicos Ltda. 
http://www.isoline.com.br 
84/86 
Exercício para próxima aula 
Trazer para a próxima aula: 
 
1. A planta de uma das salas multi-uso de P3, devidamente cotada, em Papel 
A4, nas escala de 1/100. 
 
2. Material de desenho 
 
3. Calculadora 
85/86 
Bom Final de semana!

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