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PRESCRIÇÃO PENAL - RESUMO UNISUL_2012_B

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��UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina
Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Curso de Direito���Disciplina: Direito Penal II�Professor: Lauro José Ballock��
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PRESCRIÇÃO PENAL — RESUMO
Neste resumo serão expostos só os pontos mais importantes relativos à contagem de prazo na prescrição penal, nas diversas espécies, examinando-se, exclusivamente, a pena privativa de liberdade cominada ou aplicada à infração penal, sem preocupação com o estudo da prescrição penal no caso de incidência da pena de multa ou de pena restritiva de direito (substitutiva da privativa de liberdade). 
No cálculo do prazo prescricional, a contagem de prazo obedece ao disposto no art. 10 do CP.
A reincidência, prevista na parte final do art. 110 do CP, interfere, tão-só, na contagem do prazo da prescrição da pretensão executória,� não incidindo em nenhuma das espécies de prescrição da pretensão punitiva: propriamente dita (ou abstrata),� retroativa� e subseqüente (ou superveniente ou intercorrente).� Neste sentido, ver súmulas 220 do STJ�.
Os pressupostos e os passos para o exame da prescrição penal em cada uma de suas espécies serão detalhados adiante.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA ABSTRATA:
A prescrição abstrata não exige qualquer pressuposto, pois é a primeira espécie que deve ser analisada, para aferir se ocorreu ou não a prescrição penal antes da sentença condenatória, que é requisito indispensável para exame dos outros tipos de prescrição (retroativa, subseqüente e executória).
1º PASSO: Verificar qual a pena privativa de liberdade máxima cominada à infração penal.
A prescrição abstrata é a única que pode ser reconhecida antes da sentença condenatória. Cabe ao Promotor de Justiça, ao oferecer a denúncia, analisar se ocorreu a prescrição abstrata, requerendo, em caso positivo, o arquivamento do inquérito policial. De igual forma, o Juiz, ao receber a denúncia ou queixa, examinará se ocorreu a prescrição abstrata e, se confirmada sua ocorrência, deve declará-la de ofício (art. 61, do CPP).
A prescrição abstrata é calculada com base na pena máxima cominada para cada delito. Logo, as causas de aumento ou majorantes da pena, assim como as causas de diminuição ou minorantes da pena ampliam ou reduzem a pena privativa de liberdade máxima cominada à infração penal. Contudo, as circunstâncias agravantes e as circunstâncias atenuantes não interferem na pena máxima cominada à infração penal.
A causa de aumento ou majorante da pena incidirá sobre a pena máxima cominada acrescendo-se a fração que mais amplia a pena. Exemplo: no crime de roubo qualificado pelo emprego de arma (CP, art. 157, § 2°, I), incidirá a fração um meio (metade), sobre a pena máxima cominada no caput do art. 157, do CP, que é 10 anos de reclusão. Logo, a pena máxima cominada ao roubo qualificado pelo emprego de arma é de 15 anos de reclusão. 
ATENÇÃO! O aumento relativo ao concurso de crimes, como a soma das penas na hipótese de concurso material, o aumento de um sexto até metade no caso do concurso formal ou o aumento de um sexto até dois terços na ocorrência de crime continuado, não tem incidência para o cálculo da pena máxima cominada, porque “No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente”, conforme estabelece o art. 119 do CP. 
A causa de diminuição ou minorante da pena incidirá sobre a pena máxima cominada decrescendo-se a fração que menos reduz a pena. Exemplo: no crime de roubo simples tentado (CP, art. 157, caput), incidirá a fração um terço, sobre a pena máxima cominada no caput do art. 157, do CP, que é 10 anos de reclusão. Logo, a pena máxima cominada ao roubo simples tentado é de 6 anos e oito meses de reclusão. 
2º PASSO: Verificar, no art. 109, do CP, qual o prazo em que prescreve a pena máxima cominada à infração penal.
Concluído o 1º PASSO, analisar o prazo prescricional à pena máxima cominada à infração penal, de acordo com o art. 109, do CP, que pode ser sintetizado na seguinte tabela:
	Pena máxima cominada à infração penal
	Prazo prescricional
	PPL� menor que 1 ano
	3 anos
	PPL de 1 até 2 anos (inclusive)
	4 anos
	PPL maior do que 2, até 4 anos (inclusive)
	8 anos
	PPL maior do que 4, até 8 anos (inclusive)
	12 anos
	PPL maior do que 8, até 12 anos (inclusive)
	16 anos
	PPL maior do que 12 anos 
	20 anos
3º PASSO: Verificar se incide alguma causa modificadora do prazo de prescrição (somente aquelas do art. 115 do CP).
A menoridade e velhice são circunstâncias atenuantes que reduzem o prazo prescricional da metade, conforme o art. 115 do CP. A menoridade deve ser considerada na data do fato, ao passo que a velhice na data do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o que pode ocorrer em grau de recurso. 
ATENÇÃO! Diferentemente do que ocorre com as majorantes ou minorantes da pena, que ampliam ou reduzem a pena máxima cominada à infração penal, as circunstâncias atenuantes (menoridade ou velhice) incidem sobre o prazo prescricional, que é reduzido da metade.
4º PASSO: Verificar se o prazo prescricional obtido não transcorreu nos lapsos temporais entre o termos, inicial e final, específicos.
Nos CRIMES DA COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR, o termo inicial da contagem da prescrição abstrata é a data do fato e as interrupções ocorrem: a) na data do recebimento da denúncia ou da queixa (CP, art. 117, I); e b) na publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis (CP, art. 117, IV).
Nos CRIMES DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI, o termo inicial é a data do fato e as interrupções ocorrem: a) na data do recebimento da denúncia (CP, art. 117, I); b) na data da publicação da sentença de pronúncia (CP, art. 117, II); c) na data da publicação do acórdão confirmatório da pronúncia (CP, art. 117, II); e d) na publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis (CP, art. 117, IV). 
As causas de interrupção da prescrição constituem números clausos. Logo, tanto a sentença desclassificatória de pronúncia, como a decisão confirmatória de sentença condenatória e a sentença absolutória recorrível não configuram causa interruptiva da prescrição penal, pois não constam do rol taxativo das causas legais expressas no art. 117, do CP, sendo vedado usar a interpretação analógica ampliativa.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA RETROATIVA:
A prescrição retroativa exige três pressupostos: 1°) Inocorrência de prescrição abstrata; 2°) Existência de sentença condenatória recorrível; e 3°) Trânsito em julgado para a acusação ou improvimento de seu recurso.
A prescrição abstrata pode ser declarada antes do trânsito em julgado para a acusação, ao passo que a prescrição retroativa não pode ser declarada enquanto a pena ainda puder ser aumentada.
1º PASSO: Verificar a pena privativa de liberdade aplicada à infração penal.
A prescrição retroativa é calculada com base na pena privativa de liberdade efetivamente aplicada e não sobre a pena privativa de liberdade máxima cominada à infração penal.
Enquanto na pena cominada, em que se fundamente a prescrição abstrata, não incidem as circunstâncias agravantes e atenuantes, na pena aplicada, em que se baseia a prescrição retroativa, as circunstâncias agravantes e atenuantes já foram ponderadas na dosimetria da pena.
As causas de aumento ou majorantes da pena, assim como as causas de diminuição ou minorantes da pena também já incidiram na pena aplicada e são consideradas, com exceção das majorantes relativas ao concurso de crimes, pois “No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente”, conforme estabelece o art. 119 do CP.
2º PASSO: Verificar, no art. 109, do CP, qual o prazo em que prescreve a pena aplicada à infração penal.
Após verificar a pena aplicada à infração penal, desprezando-se eventual aumento decorrente do concurso de crimes, examinar o prazo prescricional de acordo com a tabela do art. 109 do CP, já transcrita.
3º PASSO:Verificar se incide alguma causa modificadora do prazo de prescrição (somente aquelas do art. 115 do CP).
A menoridade e velhice são circunstâncias atenuantes que reduzem o prazo prescricional da metade, conforme o art. 115 do CP. A menoridade deve ser considerada na data do fato, ao passo que a velhice na data do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o que pode ocorrer em grau de recurso. 
4º PASSO: Verificar se o prazo prescricional obtido não transcorreu nos lapsos temporais entre o termos, inicial e final, específicos.
Nos CRIMES DA COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR, o termo inicial da contagem da prescrição retroativa é a data do recebimento da denúncia ou da queixa (CP, art. 117, I) e sua interrupção ocorre pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis (CP, art. 117, IV).
Nos CRIMES DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI, o termo inicial é a data do recebimento da denúncia (CP, art. 117, I) e as interrupções ocorrem: a) na data da publicação da sentença de pronúncia (CP, art. 117, II); b) na data da publicação do acórdão confirmatório da pronúncia (CP, art. 117, III); e c) na publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis (CP, art. 117, IV). 
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA SUBSEQÜENTE:
A prescrição subseqüente exige três pressupostos: 1°) Inocorrência de prescrição abstrata e de prescrição retroativa; 2°) Existência de sentença condenatória recorrível; e 3°) Trânsito em julgado para a acusação ou improvimento de seu recurso.
Somente a prescrição abstrata pode ser declarada antes do trânsito em julgado para a acusação. A prescrição subseqüente não pode ser declarada enquanto a pena ainda puder ser aumentada.
1º PASSO: Verificar a pena privativa de liberdade aplicada à infração penal.
A prescrição subseqüente é calculada com base na pena privativa de liberdade efetivamente aplicada e não sobre a pena privativa de liberdade máxima cominada à infração penal.
Diversamente da pena cominada, que se refere à prescrição abstrata, em que as circunstâncias agravantes e atenuantes não incidem, na pena aplicada, relativa à prescrição subseqüente, as circunstâncias agravantes e atenuantes já incidiram e são consideradas.
As causas de aumento ou majorantes da pena, assim como as causas de diminuição ou minorantes da pena também já incidiram na pena aplicada e são consideradas, com exceção das majorantes relativas ao concurso de crimes, pois “No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente”, conforme estabelece o art. 119 do CP.
2º PASSO: Verificar, no art. 109, do CP, qual o prazo em que prescreve a pena aplicada à infração penal.
Após verificar a pena aplicada à infração penal, desprezando-se eventual aumento decorrente do concurso de crimes, examinar o prazo prescricional de acordo com a tabela do art. 109 do CP, já transcrita. A prescrição subseqüente incide após a sentença condenatória recorrível, efetuando-se a contagem do prazo para o futuro, enquanto que na prescrição retroativa efetua-se a contagem do prazo para o passado.
3º PASSO: Verificar se incide alguma causa modificadora do prazo de prescrição (somente aquelas do art. 115 do CP).
A menoridade e velhice são circunstâncias atenuantes que reduzem o prazo prescricional da metade, conforme o art. 115 do CP. A menoridade deve ser considerada na data do fato, ao passo que a velhice na data do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o que pode ocorrer em grau de recurso. 
4º PASSO: Verificar se o prazo prescricional obtido não transcorreu nos lapsos temporais entre o termos, inicial e final, específicos.
O termo inicial da contagem da prescrição subseqüente é a data da última interrupção, ou seja, a data da publicação da sentença condenatória (DPSC). Se a condenação for originária de 2° Grau, o termo inicial será a data da sessão de julgamento do recurso. O termo inicial da contagem da prescrição subseqüente é a data da publicação do transito em julgado da sentença condenatória.
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA:
A prescrição executória exige três pressupostos: 1°) Inocorrência de prescrição punitiva, seja abstrata, retroativa ou subseqüente; 2°) Existência de sentença condenatória irrecorrível; e 3°) Não-satisfação da pretensão executória estatal pelo condenado.
O prazo para a prescrição executória só pode ser contado após o trânsito em julgado da sentença condenatória, isto é, se houver sentença condenatória irrecorrível.
1º PASSO: Verificar a pena privativa de liberdade aplicada à infração penal ou o restante da pena, se for o caso.
A prescrição executória é calculada com base na pena privativa de liberdade efetivamente aplicada e não sobre a pena privativa de liberdade máxima cominada à infração penal.
Assim como na prescrição retroativa e subseqüente, na pena aplicada, com todas as circunstâncias agravantes e atenuantes já incidiram em relação à prescrição executória e são consideradas.
As causas de aumento ou majorantes da pena, assim como as causas de diminuição ou minorantes da pena também já incidiram na pena aplicada e são consideradas, com exceção das majorantes relativas ao concurso de crimes, pois “No caso de concurso de crimes, a extinção da punibilidade incidirá sobre a pena de cada um, isoladamente”, conforme estabelece o art. 119 do CP.
2º PASSO: Verificar, no art. 109, do CP, qual o prazo em que prescreve a pena aplicada à infração penal.
Após verificar a pena aplicada à infração penal, desprezando-se eventual aumento decorrente do concurso de crimes, examinar o prazo prescricional de acordo com a tabela do art. 109 do CP, já transcrita. Lembra-se que a prescrição executória só incide após sentença condenatória irrecorrível.
3º PASSO: Verificar se incide alguma causa modificadora do prazo de prescrição (tanto as do art. 115, quanto a do art. 110, caput)
A menoridade e velhice são circunstâncias atenuantes que reduzem o prazo prescricional da metade, conforme o art. 115 do CP. A menoridade deve ser considerada na data do fato, ao passo que a velhice na data do trânsito em julgado da sentença penal condenatória, o que pode ocorrer em grau de recurso. 
Além disso, na hipótese de prescrição executória incide a circunstância agravante da reincidência que aumenta o prazo prescricional em um terço, conforme prevê a parte final do art. 110 do CP.
A reincidência não incide em qualquer espécie de prescrição da pretensão punitiva (abstrata, retroativa ou subseqüente) e aumenta o prazo prescricional e não a pena aplicada. Para ponderar sobre o prazo prescricional ela deverá ser expressamente declarada na sentença condenatória irrecorrível.
4º PASSO: Verificar se o prazo prescricional obtido não transcorreu nos lapsos temporais entre o termos, inicial e final, específicos.
O termo inicial da contagem da prescrição executória, com base no art. 112, do CP, cujo teor assim dispõe: “No caso do art. 110 deste Código, a prescrição começa a correr: I — do dia em que transita em julgado a sentença condenatória, para a acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da pena ou o livramento condicional; II — do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena.”�
Assim, as hipóteses são as seguintes: 1ª) Evasão após a prolação da sentença condenatória, sem cumprimento de um só dia da pena: o prazo começa a correr a partir da data do trânsito em julgado para a acusação, fluindo até que o condenado seja capturado. 2ª) Evasão após o cumprimento de parte da pena imposta na sentença condenatória: o prazo prescricional inicia no dia da fuga e fluirá até que o condenado seja recapturado, regulando-se o prazo da prescrição pelo resto de pena a ser cumprido (CP, art. 113). 3ª) Revogação da suspensão condicional da pena: o prazo prescricional começa com o trânsito em julgado da decisão que revoga o sursis, devendo ser contado o prazo da prescrição com base no total da pena aplicada, que foi suspensa. 4ª)Revogação do livramento condicional: dependendo se a infração penal foi praticada antes do livramento ou durante o livramento varia o prazo que resta de pena a cumprir, a saber: 1°) se o crime foi cometido durante a vigência do benefício do livramento condicional (CP, art. 86, I), o tempo em que esteve liberado o condenado (período de prova) não é computado como tempo de pena efetivamente cumprida (art. 88 do CP e art. 142 da LEP�); 2°) se o crime foi cometido antes do benefício do livramento condicional (CP, art. 86, II), o tempo em que esteve liberado o condenado (período de prova) é computado como tempo de pena efetivamente cumprida (art. 88 do CP e art. 141 da LEP�).
SEQÜÊNCIA DE PASSOS PARA ANÁLISE DA PRESCRIÇÃO
PRESCRIÇÃO ABSTRATA:
Qual a pena máxima cominada para o crime?
Qual o prazo prescricional do delito?
Há causa modificadora do prazo prescricional?
Transcorreu o prazo de prescrição entre o termo inicial e as causas interruptivas intervenientes no caso concreto?
PRESCRIÇÃO RETROATIVA:
Pressupostos: não ocorrência de prescrição abstrata, existência de sentença condenatória e de pena justa.�
Qual a pena aplicada para o crime?
Qual o prazo prescricional da pena em concreto?
Há causa modificadora do prazo prescricional?
Transcorreu o prazo de prescrição entre o termo inicial e as causas interruptivas intervenientes no caso concreto?
PRESCRIÇÃO SUBSEQÜENTE:
Pressupostos: não ocorrência de prescrição abstrata ou retroativa, existência de sentença condenatória e de pena justa.
Qual a pena aplicada para o crime?
Qual o prazo prescricional da pena em concreto?
Há causa modificadora do prazo prescricional?
Transcorreu o prazo de prescrição entre o termo inicial e as causas interruptivas intervenientes no caso concreto?
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA:
Pressupostos: não ocorrência de prescrição abstrata, retroativa ou subseqüente, existência de sentença condenatória com trânsito em julgado.
Qual a pena aplicada para o crime ou qual o tempo da pena que resta para cumprir (se houver fuga do preso ou revogação do livramento condicional)?
Qual o prazo prescricional da pena em concreto?
Há causa modificadora do prazo prescricional?
Transcorreu o prazo de prescrição da pena aplicada após o trânsito em julgado da sentença condenatória, até o início do cumprimento da pena? ou após a fuga do preso até sua recaptura para continuação do cumprimento da pena? ou da revogação do livramento condicional até a data para a continuação do cumprimento da pena? 
�
ESQUEMA SINTÉTICO DA PRESCRIÇÃO PENAL
LEGENDA:
PPD = Prescrição da Pretensão Punitiva Propriamente Dita
PR = Prescrição da Pretensão Punitiva Retroativa
PS = Prescrição da Pretensão Punitiva Subseqüente ou Superveniente
PPE = Prescrição da Pretensão Executória
C = Crime
IAP = Início da Ação Penal (recebimento da denúncia ou da Queixa)
PS/ACR = Publicação de Sentença ou Acórdão Condenatórios Recorríveis
PSAR = Publicação da Sentença Absolutória Recorrível
PACR = Publicação do Acórdão Condenatório Recorrível
TJSC = Trânsito em julgado da sentença condenatória
SP = Sentença de Pronúncia
SCP = Sentença Confirmatória de Pronúncia
C IAP PSCR TJSC 
	PPD (
	PPD (
	
	
	( PR
	 ( PR
	PS (
	PPE (
C IAP PSAR PACR TJSC 
	PPD (
	PPD (
	
	
	( PR
	 ( PR
	PS (
	PPE (
C IAP PSAR PAAR PACR TJSC 
	PPD (
	PPD (
	
	
	( PR
	 ( PR
	PS (
	PPE (
C IAP SP SCP PS/ACR TJSC 
	PPD (
	PPD (
	PPD (
	PPD (
	
	
	( PR
	( PR
	( PR
	( PR
	PS (
	PPE (
OBSERVAÇÕES:
Na hipótese da PPD, o cálculo do prazo prescricional regula-se pelo máximo da pena cominada, abstratamente, para o crime;
Na hipótese da PR, PS ou PPE, o cálculo do prazo prescricional regula-se pela pena aplicada, concretamente, para o delito.
� A prescrição da pretensão executória doravante será designada apenas como prescrição executória.
� A prescrição da pretensão punitiva propriamente dita (ou abstrata) doravante será designada apenas como prescrição abstrata.
� A prescrição da pretensão punitiva retroativa doravante será designada apenas como prescrição retroativa.
� A prescrição da pretensão punitiva subseqüente (ou superveniente ou intercorrente) doravante será designada apenas como prescrição subseqüente.
� A súmula 220 do STJ estabelece que A reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva.
� PPL = Pena privativa de liberdade.
� A hipótese “salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena” ocorre, por exemplo, quando o condenado adquire doença mental e deve ser recolhido a hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, a outro estabelecimento adequado, por força da detração (art. 42, do CP). Neste caso, não corre o prazo da prescrição executória durante a internação e o tempo de em que o condenado esteve internado é considerado como de efetivo cumprimento da pena.
� O Art. 142 da LEP assim dispõe: “Art. 142. No caso de revogação por outro motivo, não se computará na pena o tempo em que esteve solto o liberado, e tampouco se concederá, em relação à mesma pena, novo livramento.”
� O Art. 141 da LEP assim dispõe: “Art. 141. Se a revogação for motivada por infração penal anterior à vigência do livramento, computar-se-á como tempo de cumprimento da pena o período de prova, sendo permitida, para a concessão de novo livramento, a soma do tempo das 2 (duas) penas.”
� Segundo Schmidt, “Somente a prescrição abstrata pode ocorrer antes do trânsito em julgado para a acusação. Enquanto a pena puder ser majorada, impedida estará a prescrição retroativa. A isso dá-se o nome de ‘pena justa’, ou seja, a sanção que só pode ser mantida ou minorada; majorada, não.” (SCHMIDT, Andrei Zenkner. Da prescrição penal: de acordo com as Leis Nos 9.268/96 e 9.271/96: doutrina, prática, jurisprudência. Porto Alegre : Livraria do Advogado, 1997, p. 126)

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