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Livramento condicional - resumo revogação e efeitos

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��UNISUL – Universidade do Sul de Santa Catarina
Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Curso de Direito���Disciplina: Direito Penal II�Professor: Lauro José Ballock��
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RESUMO SOBRE A REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL 
E OS EFEITOS DECORRENTES DE SUA REVOGAÇÃO
A revogação do livramento condicional pode ser obrigatória ou facultativa, dependendo do motivo que a enseja, havendo 3 hipóteses.
1ª hipótese: revogação obritagória por crime cometido durante o período de prova do livramento condicional (CP, art. 86, I)
Neste caso, como o condenado comete novo delito durante o período de prova em que está usufruindo o benefício do livramento condicional, em tese, há a quebra da confiança que nele foi depositada, pois não soube aproveitar adequadamente a oportunidade que lhe foi dada. Por isso, o tratamento legal é mais severo com o condenado que abusou da confiança, como se infere da leitura do art. 142 da LEP e do art. 88 do CP, em relação aos efeitos da revogação do livramento condicional.
Desta forma, em síntese, os efeitos da revogação do livramento condicional por este motivo são os seguintes:
1º) o tempo relativo ao período de prova já cumprido não se considera como de pena efetivamente cumprida;
2º) o condenado deverá cumprir todo o restante da pena privativa de liberdade, descontando-se, tão-somente, o tempo de pena efetivamente cumprido antes de obter o livramento condicional;
3º) em relação ao crime pelo qual havia sido liberado condicionalmente não se concederá novo livramento;
4º) em relação à nova pena pela qual foi condenado, somente poderá ter início o período mínimo de cumprimento, para fins de livramento condicional, após o cumprimento integral do restante da pena pela qual havia sido liberado condicionalmente (atenção: réu será reincidente em decorrência do segundo crime pelo qual foi condenado, o que o obriga a cumprir, pelo menos, a metade da pena da nova condenação).
Sobre os seus efeitos, eis a síntese de Delmanto: 
“Revogação em razão de condenação irrecorrível por fato praticado durante a vigência do livramento. Seu efeito: cumpre o restante da pena, não se descontando o período em que ficou solto. Não poderá obter novo livramento com referência a esta pena, mas poderá consegui-lo para a nova condenação.” (DELMANTO, Celso e outros. Código Penal comentado. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 349)
2ª hipótese: revogação obritagória por crime cometido antes do período de prova (CP, art. 86, II)
Neste caso, como o condenado cometeu novo delito antes do período de prova relativo ao crime pelo qual está usufruindo o benefício do livramento condicional, em tese, não há a quebra da confiança que nele foi depositada, indicando que soube aproveitar adequadamente a oportunidade que lhe foi dada. Por isso, o tratamento legal é mais benéfico ao condenado que não quebrou a confiança, como se infere da leitura do art. 141 da LEP e do arts. 84 e 88 do CP, em relação aos efeitos da revogação do livramento condicional.
Desta forma, em síntese, os efeitos da revogação do livramento condicional por este motivo são os seguintes:
1º) o tempo relativo ao período de prova já cumprido é considerado como de pena efetivamente cumprida;
2º) o condenado poderá somar as penas dos dois crimes, para fins de obtenção de novo livramento condicional;
3º) o tempo em que esteve solto o liberado será computado como de pena efetivamente cumprida;
4º) em relação à mesma pena pela qual havia sido liberado condicionalmente poderá ser concedido novo livramento, desde que presentes os requisitos do art. 83 do CP (atenção: o réu poderá ser reincidente ou não em decorrência do momento em que o crime que ensejou a segunda condenação foi cometido).
Sobre os seus efeitos, eis a síntese de Delmanto: 
“Revogação em razão de condenação irrecorrível por fato praticado antes do livramento. Seu efeito: cumpre o restante da pena, mas é descontado o período em que esteve solto. Somada a nova condenação (CP, art. 84) ao que resta por cumprir da anterior, poderá obter novo livramento condicional, após cumprir um terço, metade ou dois terços da pena.” (DELMANTO, Celso e outros. Código Penal comentado. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 349)
3ª hipótese: revogação facultativa decorrente do descumprimento das condições impostas na sentença (CP, art. 87).
Nesta hipótese, os efeitos da condenação por novo crime são os seguintes:
1º) o sentenciado deverá cumprir integralmente o restante da pena que estava suspensa;
2º) o período de prova em que esteve solto o condenado não é computado como tempo de pena efetivamente cumprida;
3º) o sentenciado não poderá obter novo livramento condicional em relação à mesma pena (LEP, art. 142).
Sobre os seus efeitos, eis a síntese de Delmanto: 
“Revogação em razão do descumprimento das condições impostas para o livramento. Seu efeito: cumpre o resto da pena, não se descontando o período em que esteve solto e não podendo, quanto a essa pena, obter novo livramento.” (DELMANTO, Celso e outros. Código Penal comentado. 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010, p. 349)
	CRITÉRIOS PARA CÁLCULO DO NOVO LIVRAMENTO, 
POR CRIME COMETIDO DURANTE A VIGÊNCIA DO BENEFÍCIO
(VER ARTIGOS 86, I E 88 DO CP E ARTIGO 142 DA LEP)
1º passo: Verificar o tempo de pena efetivamente cumprido em relação à primeira pena, ou seja, desde a data do início do cumprimento da pena até a data do livramento condicional. Não computar o tempo já cumprido do período de prova, isto é, do início do livramento condicional até a data de sua revogação.
2º passo: Verificar o tempo restante da primeira pena, que deverá ser cumprido, diminuindo-se do total da primeira pena o tempo efetivamente já cumprido (resultado do 1° passo).
3º passo: Verificar a data de conclusão do cumprimento da primeira pena, ou seja, somar o tempo restante da primeira pena à data da revogação ou, se o reinício do cumprimento da pena não ocorrer neste dia, à data em que recomeçou o cumprimento da primeira pena.
4º passo: Calcular o tempo mínimo a ser cumprido em relação à segunda pena, analisando se o réu é primário (CP, art. 83, I: um terço), reincidente (CP, art. 83, II: metade), ou se o crime é hediondo ou a este equiparado (CP, art. 83, V: dois terços).
5º passo: Calcular a data em que o livramento condicional em relação à segunda pena poderá ser pleiteado.
	CRITÉRIOS PARA CÁLCULO DO NOVO LIVRAMENTO, 
POR CRIME COMETIDO ANTES DA VIGÊNCIA DO BENEFÍCIO
(VER ARTIGOS 86, II, 84 E 88 DO CP E ARTIGO 141 DA LEP)
CRITÉRIO MAIS RIGOROSO PARA O CONDENADO:
1º passo: Verificar o tempo de pena efetivamente cumprido em relação à primeira pena, acrescido do tempo já cumprido do período de prova (desde a data do início do cumprimento da pena até a data de sua revogação). Computa-se, pois, o tempo já cumprido do período de prova, isto é, do início do livramento condicional até a data de sua revogação.
2º passo: Verificar o tempo restante da primeira pena, que deverá ser cumprido, diminuindo-se do total da primeira pena o resultado do 1° passo (tempo de pena efetivamente cumprido + o período de prova já cumprido).
3º passo: Somar o tempo restante da primeira pena ao tempo total da segunda pena (total da segunda pena + resultado do 2º passo).
4º passo: Calcular o tempo mínimo a ser cumprido em relação ao resultado do 3° passo, analisando se o réu é primário (CP, art. 83, I: um terço), reincidente (CP, art. 83, II: metade), ou se o crime é hediondo ou a este equiparado (CP, art. 83, V: dois terços).
5º passo: Calcular a data em que poderá ser pleiteado o livramento condicional em relação à soma do restante da primeira pena com o tempo total da segunda pena (data da revogação do livramento condicional + resultado do 4° passo).
CRITÉRIO MAIS BENÉFICO PARA O CONDENADO:
1º passo: Verificar o tempo de pena efetivamente cumprido em relação à primeira pena, acrescido do tempo já cumprido do período de prova (desde a data do iníciodo cumprimento da pena até a data de sua revogação). Computa-se, pois, o tempo já cumprido do período de prova, isto é, do início do livramento condicional até a data de sua revogação.
2º passo: Verificar o resultado da soma do total das duas penas a serem cumpridas.
3º passo: Do resultado da soma do total das duas penas, calcular o tempo mínimo a ser cumprido, analisando se o réu é primário (CP, art. 83, I: um terço), reincidente (CP, art. 83, II: metade), ou se o crime é hediondo ou a este equiparado (CP, art. 83, V: dois terços).
4º passo: Calcular a diferença entre o resultado do percentual das duas penas a serem cumpridas e o tempo de pena efetivamente já cumprido, aí computado o período de prova (resultado do 3º passo – resultado do 1º passo). Se o resultado do 1° passo for maior do que o percentual a ser cumprido, o condenado poderá continuar liberado condicionalmente, salvo se houver outro motivo que justifique a sua revogação.
5º passo: Calcular a data em que poderá ser pleiteado o livramento condicional em relação à soma do total das duas penas (data da revogação do livramento condicional + resultado do 4° passo).

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