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REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE

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UNIVERSIDADE TIRADENTES
BIOMEDICINA
RAPHAELLA INGRID SANTANA OLIVEIRA
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
Aracaju
2012
RAPHAELLA INGRID SANTANA OLIVEIRA
REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE
Trabalho apresentado sobre critérios avaliativos da disciplina Imunologia, ministrada pela Prof.ª Ana Paula Barreto, no 2º semestre de 2012.
Aracaju
2012
1. Introdução
Hipersensibilidade se refere às reações excessivas, indesejáveis (danosas, desconfortáveis e às vezes fatais) produzidas pelo sistema imune normal. Reações de hipersensibilidade requerem um estado pré-sensibilizado (imune) do hospedeiro. Reações de hipersensibilidade podem ser divididas em quatro tipos: tipo I, tipo II, tipo III e tipo IV, baseados nos mecanismos envolvidos e tempo levado para a reação. Frequentemente, uma condição clínica particular (doença) pode envolver mais de um tipo de reação.
2. Hipersensibilidade tipo I
Conhecida como imediata ou hipersensibilidade anafilática, ocorre quando uma resposta IgE é dirigida contra antígenos inócuos, como pólen, ácaro da poeira doméstica ou pêlo de animais. A reação pode envolver pele (urticária e eczema), olhos (conjuntivite), nasofaringe (rinorréia, rinite), tecidos broncopulmonares (asma) e trato gastrointestinal (gastroenterite). A reação pode causar uma variedade de sintomas desde inconveniências mínimas até a morte. A reação normalmente leva 15 - 30 minutos para o período de exposição ao antígeno, embora às vezes possa ter início mais demorado (10 - 12 horas). A liberação resultante de mediadores farmacológicos, tais como a histamina, por mastócitos sensibilizados por IgE, produz uma reação inflamatória aguda com sintomas como asma e rinite.
3. Hipersensibilidade tipo II
Conhecida como hipersensibilidade citotóxica anticorpo-dependente e pode afetar uma variedade de órgãos e tecidos. Ocorre quando o anticorpo liga-se a um antígeno próprio nas células do indivíduo ou a um antígeno estranho e conduz à fagocitose, atividade de células exterminadoras ou lise mediada por complemento. Ex: reações transfusionais, principalmente reações aos eritrócitos (sintomas: febre, hipotensão, lombalgia, sensação de compressão torácica, náusea e vômito); doença hemolítica do recém nascido, anemias hemolíticas autoimunes, reações induzidas por drogas contra componentes sanguíneos (raro ocorrer com penicilinas, quinia e sulfonamidas, 0,3% casos com alfa metildopa); reações contra leucócitos e plaquetas (púrpura trombocitopênica idiopática, anticorpos contra fosfolipídios (trombose venosa e abortos recorrentes), também trombocitopenia pode ser induzida por drogas), rejeição hiperaguda de transplante (de alguns minutos a 48 h de completado o transplante, vistos em transplantes que são revascularizados diretamente após o procedimento, como os renais); síndrome de Goodpasture, miastenia gravis e Síndrome de Lambert-Eaton).
Testes diagnósticos incluem detecção de anticorpos circulantes contra tecidos envolvidos e a presença de anticorpos e complemento na lesão (biópsia) por imunofluorescência. Tratamento envolve agentes anti-inflamatórios e imunossupressores.
4. Hipersensibilidade tipo III
Conhecida como hipersensibilidade imune complexa, desenvolve-se quando são formados complexos em grande quantidade ou quando estes não podem ser removidos adequadamente pelo sistema reticuloendotelial levando a reações do tipo doença do soro. A reação pode ser geral (ex. doença do soro) ou envolve órgãos individuais incluindo pele (ex. lupus eritematoso sistêmico, reação de Arthus), rins (ex. nefrite do lupus), pulmões (ex. aspergilose), vasos sanguíneos (ex. poliarterite), juntas (ex. artrite reumatóide) ou outros órgãos. Esta reação pode ser o mecanismo patogênico de doenças causadas por muitos microrganismos. A reação deve levar 3 - 10 horas após exposição ao antígeno. Ex: Artrite reumatóide, LES, Poliarterite, Polimiosite, Dermatomiosite, Vasculite cutânea, Alveolite fibrosante, Crioglobulinemia, Doença devido a antígenos microbianos (Hanseníase, Endocardite Bacteriana, Malária, Tripanossomíase africana, Hepatie, Febre hemorrágica do dengue). A afinidade do anticorpo e tamanho dos complexos imunes são importantes na produção de doença e na determinação do tecido envolvido. O diagnóstico envolve exame de biópsias do tecido para depósitos de Ig e complemento por imunofluorescência. A presença de complexos imunes no soro e diminuição do nível do complemento também são diagnosticadores. O tratamento inclui agentes anti-inflamatórios.
5. Hipersensibilidade tipo IV
Conhecida como mediada por células ou hipersensibilidade tardia (HT), é manifestada mais seriamente quando o antígeno, por exemplo, o bacilo da tuberculose, aprisionado num macrófago, não pode ser eliminado. Os linfócitos T são então estimulados a liberar linfocinas as quais são mediadoras de uma série de respostas inflamatórias. Outros aspectos de HT são vistos na rejeição de transplante e dermatite alérgica de contato. A lesão é caracterizada por calosidade e eritema. A hipersensibilidade tipo IV está envolvida na patogênese de muitas doenças autoimunes e infecciosas (tuberculose, lepra, blastomicose, histoplasmose, toxoplasmose, leishmaniose, etc.) e granulomas devido a infecções e antígenos estranhos. Uma outra forma de hipersensibilidade tardia é a dermatite de contato (hera venenosa, agentes químicos, metais pesados, etc.) nos quais as lesões são mais papulares. Hipersensibilidade tipo IV pode ser classificada em três categorias dependendo do tempo de início e apresentação clínica e histológica (granuloma, tuberculina e contato). Os mecanismos de dano na hipersensibilidade tardia incluem linfócitos T e monócitos e/ou macrófagos. Células T citotóxicas causam danos diretos enquanto que células auxiliares T secretam citocinas que ativam células T citotóxicas e recrutam e ativam monócitos e macrófagos, que causam a maioria das lesões. As lesões da hipersensibilidade tardia contém principalmente monócitos e algumas células T. Corticosteróides e outros agentes imunossupressores são usados no tratamento.
6. Referências
ROITT, Ivan M.; BROSTOFF, Jonathan; MALE, David K. Imunologia. 3a edição, Editora Manole, SP. 1993.
CLÍNICA MÉDICA. Tipos de Hipersensibilidade. Disponível em: <http://clinicamedicarquivo.blogspot.com.br/2005/05/tipos-de-hipersensibilidade.html>. Acesso em 03/12/2012.
MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA ON-LINE. Reações de Hipersensibilidade. Disponível em: <http://pathmicro.med.sc.edu/portuguese/immuno-port-chapter17.htm>. Acesso em: 03/12/2012.

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