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Saúde do trabalhador - legislação

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Ábila Dutra Oliveira
FACIG MED 003
Saúde do trabalhador
Aula 2
	Saúde do trabalhor é campo de atenção e trabalho da saúde pública, cujo objeto de atenção, assistência e ações de investigação ou intervenção são as relações de trabalho/saúde/doença, que pode ser benéfica ou maléfica, gerando um mal para o indivíduo, o objetivo da assistência e intervenção sobre essa relação trabalho/saúde/doença é a promoção e proteção, ou seja, reorientação do modelo assistencial, que hoje é voltado para promoção e proteção a saúde, o cuidado. As ações de saúde pública na saúde do trabalhador objetiva a promoção e proteção a essa classe. 
 O objetivo é alcançado através do desenvolvimento das ações de vigilância dos riscos (é necessário conhecer os riscos para saber onde intervir), tanto os riscos ambientais (do local de trabalho), como os risco ocupacionais (relacionados com a prática em si). Para checar os agravos da saúdo do trabalhador, é preciso organização e prestação de assistência, compreendendo os procedimentos de diagnóstico, tratamento e reabilitação, ou seja, tem-se o objetivo de promoção e proteção a saúde, conheço os riscos para poder minimizar os riscos e as doenças ocupacionais e tenho ferramentas para isso, incluindo diagnóstico, tratamento e reabilitação. 
Então, quem são os trabalhadores? Se tem-se uma política de saúde, um campo de intervenção, eu preciso saber qual é o público de intervenção, neste caso são todos os trabalhadores: homens ou mulheres que exercem atividade para sustento próprio e ou seus dependente, seja qual for sua forma no mercado de trabalho, ou seja, formal ou informal, neste campo tem-se empregado assalariados, trabalhadores domésticos, trabalhadores avulsos, agrícolas, autônomos, servidores públicos, trabalhadores cooperativados e empregadores. São considerados aqueles que exercem atividades não remuneradas, ou seja, nem sempre o trabalhador tem retorno financeiro (ajuda a um membro da unidade domiciliar, aprendizes e estagiários, temporário ou definitivamente afastados do trabalho), ainda é considerado trabalhadores os aposentados e desempregados, uma vez que algumas doenças ocupacionais podem ser detectadas mais de 20 anos após o termino do emprego.
Os determinantes de saúde são necessários para caracterizar aquilo que vai determinar a qualidade de vida ou não dos trabalhadores. Há os condicionantes sociais, econômicos, tecnológicos e organizacionais, responsáveis pela condição de vida do trabalhador. Além disso há os fatores de risco ocupacionais, podem ser físicos, químicos, biológicos, mecânicos, ou aqueles decorrentes da organização laboral, presentes no processo de trabalho. 
	Ações de saúde do trabalhador tem como foco as mudanças nos processos de trabalho, que contemplem as relações saúde/trabalho em toda sua complexidade. É necessário uma atenção multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial, o trabalhor participa das ações de saúde, pois ele é o foco, o objeto de intervenção, mas ele ainda pode ajudar a planejar, fiscalizar e ajudar na vigilância. Há ações que devem ser feitas para garantir que a saúde do trabalhador seja efetivada, essas ações apresentam dimensões sociais, políticas, técnicas insociáveis, levando em consideração o ambiente em que o trabalhador está inserido, a condição econômica, as políticas públicas de saúde que atendam esse trabalhador e as todos os processos e procedimentos técnicos de intervenção, em interfase com o sistema produtivo, pois se há uma população trabalhadora saudável, há menos doença e mais qualidade no trabalho.
	As ações de saúde do trabalhador devem ser integradas com a saúde ambiental, uma vez que os riscos gerados nos processos produtivos podem afetar o ambiente e a população em geral. 
	A política de atenção à saúde do trabalhador surgiu no Brasil na década de 80, com a criação do SUS pela constituição de 1988 e a criação das leis 8.080/90 e 8.142/90, porém já havia um inicio das ações de saúde do trabalhador antes disso, como a criação do INAMPS. (Há relatos da atenção à saúde do trabalhador em 1600 e 1500 na Itália, de um médico Italiano.) Denominação do programa saúde do trabalhar como parte do movimento da saúde do trabalhador (inicio dos sindicados e manifestações). As iniciativas buscavam construir uma atenção diferencia para os trabalhadores e o sistema de vigilância em saúde com a participação dos trabalhadores. No Brasil, para a doença ser considera uma doença ocupacional, ela precisa estar registrada, numa lei de 99, essa lei trás todas as doenças.
	Há uma classificação onde o trabalhado pode ser um fator definitivo para aquela doença (doenças estritamente ocupacionais), doenças que tem o trabalho como fator contributivo e doenças agravadas pelo trabalho. Existem no país hoje cerca de 150 programas, centros de referência, serviços, núcleos ou coordenações de trabalhadores em estados e municípios com graus variados de organização. 
Há desde o atendimento primário, até o tratamento e reabilitação, principalmente voltado para os trabalhadores urbanos. Apesar de pontuais e díspares, esses programas e serviços tiveram o método de construir uma experiência na atenção especializada à saúde do trabalhador. Desenvolveram uma metodologia de vigilância, preparo de recursos humanos, pessoas para atender a população trabalhadora, vai estabelecer parcerias com outros órgãos ou entidades, (para garantir o cuidado) com os movimentos sociais ou sindicais (ministério do trabalho, previdência social e outros). 
	A experiência de trabalho e saúde do trabalhar levou a uma reorientação do modelo assistencial, começou a privilegiar as ações de atenção ao trabalhador através do programa saúde da família, ou seja, atenção primária. Deverão ser contemplados com equipes treinadas, disponibilidade de instrumentos para diagnóstico, estabelecimento de nexo com o trabalho pelos meios propedêuticos necessários, recursos matérias para vigilância em saúde, tais como suporte laboratorial e outros meios de diagnóstico e equipamentos de avaliações ambientais, além de bibliografia atualizada. As ações não podem ser desvinculas das ações prestadas pela população em geral. 
A assistência ao trabalhador tem sido desenvolvida em diferentes estados institucionais, com objetivos e práticas distintos, de um lado há em empresas através dos serviços especializados em segurança e medicina do trabalho, de acordo com a legislação, algumas empresas tem esse serviço destinada a ações voltadas à saúde do trabalhadores e outras formas como os sindicatos, além de cuidados pelo estado ao implementar políticas sociais públicas, pelos planos de saúde, seguros e outras formas de prestações de serviço, custeados pelos próprios trabalhadores e pelos serviços especializados, organizados no âmbito de hospitais universitários. 
Além da constituição federal e das leis orgânicas da saúde, outros instrumentos vão regulamentar as políticas públicas do trabalhador. Tratando da definição de procedimentos básicos de vigilância em saúde do trabalhador e prestações de serviço. A Organização Mundial da Saúde (OMS, 1995), enfatiza a necessidade de proteção e promoção da saúde e segurança no trabalho, então através das conferências e pactuações, já existia a preocupação em atenção à saúde do trabalhador. 
As politicas públicas devem definir as atribuições e competências de diversos setores envolvidos, incluindo as políticas de economia da indústria, comercia, agricultura, ciência e tecnologia, trabalho, previdência social, meio ambiente, educação, justiça, e assim por diante, também deve estar articulada as estruturas organizadas na sociedade civil, por meio de formas atuação sistemáticas e organizadas que resumem a garantia de trabalhado. 
O Artigo sexto, da lei 8.080/90, confere a direção nacional do Sistema a responsabilidade de coordenar a política de saúde dos trabalhadores. A lei 8.080/90, artigo 3º, define a saúde do trabalhador como um conjunto de atividades que se destina, por meio das atividades de vigilância epidemiológica,vigilância sanitária, a promoção e proteção à saúde do trabalhador, assim como visa a recuperação e reabilitação dos trabalhadores submetido aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. 
A lei 8.080/90 ainda assegura: a assistência dao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de doença profissional e do trabalho, participação em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos risco e agravos potenciais à saúde existentes no processo de trabalho, a avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde, participação na normatização, fiscalização e controle dos serviços de saúde do trabalhador nas instituições e empresas públicas e privadas, a revisão periódica de listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho.
Há vigilância sanitária e vigilância dos agravos: vigilância sanitária é feita onde há prestações de serviço e bens de consumo, garantindo a segurança.
	
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991- Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.
•LEI Nº 8.213, DE 24 DE JULHO DE 1991-Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.
•LEI N.º 12.740, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2012-Altera o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de redefinir os critérios para caracterização das atividades ou operações perigosas, e revoga a Lei nº 7.369, de 20 de setembro de 1985.
•Resolução CFM nº 1.488, de 11 de fevereiro de 1998 Dispõe de normas específicas para médicos que atendam o trabalhador.
•Normas Regulamentadoras
A situação da saúde dos trabalhadores no Brasil é precária pois há desregulamentação e perda de direitos trabalhistas e sociais, legalização dos trabalhos temporários e da informalização do trabalho, aumento do número de trabalhadores autônomas e subempregados e a fragilização das organizações sindicais e das ações de resistência coletiva e/ou individual dos sujeitos sociais. Além da intensificação de trabalhos e/ou aumento da jornada com acúmulo de funções, maior exposição a fatores de riscos para a saúde, descumprimento de regulamentos de proteção à saúde e segurança, rebaixamento dos níveis salariais e aumento da instabilidade no emprego.
 Novas tecnologias e métodos gerenciais facilita a intensificação do trabalho e instabilidade no emprego. Isso modifica o perfil de adoecimento e sofrimento dos trabalhadores, gerando maior prevalência de doenças relacionadas ao trabalho (leões por esforços repetitivos, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho –DORT, estresse, fadiga física e mental e outras). A inovação tecnológica reduz a exposição de alguns riscos ocupacionais, porém outros são gerados, entretanto exige-se mais pesquisas e conhecimentos para traças propostas de intervenção.
O trabalho rural é uma situação diferente da realidade brasileira, caracterizado por relações de trabalho à margem das leis brasileiras (quase ou fara das leis, como trabalho escravo e trabalho de crianças e adolescentes), há também contratação de mão-de-obra temporária em certos períodos. 
Os acidentes de trabalho é um problema atual, onde mortes violentas e acidentes de trabalho quase se igualam. Além disso, o desemprego e falta de mecanismo de amparo social para desempregados contribuem para aumento de criminalidade. 
Relação entre trabalho e violência: 
- trabalhador no local de trabalho: acidentes e doenças;
- decorrente de relações deterioradas (trabalho escravo e de crianças);
- decorrente de exclusão social, agravada por insuficiência e ausência de amparo pelo Estado;
- ligada às relações de gênero, como assédio sexual e subordinados;
- roubo e assaltos a comércios e industrias;
- violência física e psicológica no trabalho (ex: policiais e bancários).
- acidentes de transporte (incapacidade e morte);
falta de fiscalização e vulnerabilidade dos trabalhadores rurais;
	O papel dos profissionais de saúde na atenção à saúde dos trabalhadores:
- equipe multiprofissional e interdisciplinar;
- equipe com atribuições específicas;
	Resolução CFM nº 1.488/1998
Art. 1º diz o que cabe ao médico que dá assistência ao trabalhador: 
assistir ao trabalhador, elaborar seu prontuário médico e fazer todos os encaminhamentos devidos;
fornecer atestados e pareceres para o afastamento do trabalho sempre que necessário, considerando que o repouso, o acesso a terapias ou afastamento de determinados agentes agressivos faz parte do tratamento;
fornecer laudos, pareceres e relatórios de exame médico e dar encaminhamento, sempre que necessário, para benefício do paciente e dentro dos preceitos éticos, quanto aos dados de diagnóstico, prognóstico e tempo previsto de tratamento. 
Quando requerido pelo paciente, deve o médico por à sua disposição tudo o que o se refira ao seu atendimento, em especial cópia dos exames e prontuário médico. 
No art. 2º, diz que para o médico relacionar os transtornos de saúde e a atividade do trabalhador, além de exame clínico e exames complementares, o médico deve considerar: 
a história clínica e ocupacional, decivisa em qualquer diagnóstico e/ou investigação de nexo causal;
o estudo do local de trabalho;
o estudo da organização do trabalho;
os dados epidemiológicos;
leitura atualizada;
ocorrência de quadro clínico ou subclínico em trabalhador exposto a condições agressivas;
a identificação de risco físicos, químicos, biológicos, mecânicos, estressantes e outros;
o depoimento e a experiência dos trabalhadores;
os conhecimentos e as práticas de outras disciplinas e de seus profissionais, sejam ou não da área da saúde.
Conclui-se que, os cuidados a saúde é uma série de ações implementadas pelo individuo, família, empresas, comunidades, cidades e países. No Brasil há um conjunto de normas e leis que define as responsabilidades das ações para direcionar a assistência.

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