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Apostila Contabilidade

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Apostila
CONTABILIDADE
INTRODUTÓRIA
Osvaldo Luiz G. Cunha
ÍNDICE
I – PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTABEIS 	 	3
II – CONCEITOS BÁSICOS 	 	7
III – O PATRIMÔNIO 	 9
IV – CONTAS	 12
V – BALANÇO PATRIMONIAL 	 13
VI – DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO	 14
VII – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL	 15
VIII – REGIME DE COMPETÊNCIA x REGIME DE CAIXA	 20
IX – REGISTROS CONTÁBEIS
1. Subscrição e integralização do capital social	 21
2. Compra de bens a vista e a prazo	 23
3. Pagamento de títulos e duplicatas devidas a fornecedores	 25
4. Movimentações bancárias	 26
 EXERCÍCIO GERAL 1	 34
5. Operações com mercadorias	 35
6. Valorização de estoques	 42
7. Folha de pagamento e retirada pró labore	 48
8. Estornos e retificações de lançamentos	 53
9. Contas de Compensação	 54
 EXERCÍCIO GERAL 2	 56
 EXERCÍCIO GERAL 3	 58
X – ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO 	 60
XI – APURAÇÃO DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS 	 61
Anexo I – Plano de Contas Codificado 	 62
Bibliografia Indicada	 68
I – OS PRINCÍPIOS E CONVENÇÕES CONTÁBEIS
As primeiras administrações descobriram que os controles seriam impossíveis sem as aplicações de registros e, para que tais registros possuíssem uma padronização, surge a necessidade de estabelecimento de regras a serem seguidas na prática contábil, as quais são denominadas de Postulados, princípios e convenções.
1. POSTULADOS E PRINCÍPIOS NO MUNDO
Postulados é uma proposição ou observação de certa realidade que não está sujeita à verificação. Determina qual o campo de atuação da contabilidade.
Os 2 postulados mundiais são: Entidade Contábil e Continuidade.
Já os princípios e convenções qualificam e delimitam a aplicação da Contabilidade.
São princípios mundiais: da Objetividade, da Materialidade ou Relevância, do Conservadorismo ou Prudência, da Consistência ou Uniformidade.
2. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA CONTABILIDADE NO BRASIL.
A Resolução 750 do C.F.C. de 29.12.1993, publicada no D.O.U. de 31.12.1993, estabeleceu a obrigatoriedade da observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. 
Esses Princípios Fundamentais de Contabilidade reuniram e condensaram todos os Postulados, Princípios e Convenções já existentes.
De acordo com a resolução acima, são 7 os princípios fundamentais da contabilidade no Brasil:
PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4º. “O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, . . . . .”.
Parágrafo único: O patrimônio pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.”“.
Este princípio reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a necessidade de diferenciar um patrimônio particular de uma pessoa física do patrimônio de uma pessoa jurídica. 
O patrimônio de uma pessoa física não se confunde, nem se mistura com o patrimônio de pessoa jurídica, independentemente se for sócio, proprietário, funcionário, acionista, etc. 
Na prática, as despesas da pessoa física não podem ser contabilizadas como despesas da empresa; os bens particulares dos administradores (carros, imóveis, dinheiro, etc.) não devem ser confundidos ou registrados na empresa. 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Art. 5º. “A continuidade ou não da Entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas”.
A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos . . . .A observância do princípio da continuidade é indispensável à correta aplicação do princípio da competência . . . .”“.
A continuidade ou não de uma entidade, influencia o valor econômico dos ativos, assim como, o valor e o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da sociedade tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
Na apresentação das Demonstrações Contábeis, existindo um fato relevante que pode influenciar na continuidade normal da empresa, este fato deverá ser divulgado nas Notas Explicativas. A aplicação deste princípio está diretamente ligada à aplicação do Principio de Competência, pois se relaciona diretamente à quantificação do patrimônio e à formação do resultado da empresa.
PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6º. “O princípio da oportunidade refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e de suas mutações, determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.”
Este princípio estabelece duas premissas básicas no registro de um fato contábil: integridade e tempestividade. Este princípio estabelece que os registros contábeis devem ser feitos no momento exato da ocorrência do fato (tempestividade) e de forma integral, independentemente das causas que as originaram, contemplando os aspectos físicos e monetários (integridade).
Quando se tratar de um fato futuro, o registro deverá ser feito desde que tecnicamente estimável mesmo existindo razoável certeza de sua ocorrência. São os casos de Provisões para Férias, para Contingências, etc.
PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7º. “Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do país, que serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores . . . . .”
As variações do patrimônio devem ser registradas pelos valores originais das transações com o mundo exterior, expressos em valor e moeda corrente no país. Tais valores serão mantidos na avaliação das variações patrimoniais futuras, mesmo quando ocorrerem acréscimos ou reduções de valores neste patrimônio.
PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Art. 8º. “Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.”
Este princípio estabelece a necessidade da correção monetária proveniente da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional. Não representava uma nova avaliação e sim o ajustamento dos valores originais para a data presente, aplicando os indexadores oficiais.
Em 01.01.1996, com o sucesso do Plano Real que manteve a inflação brasileira a índices razoáveis e controláveis, foi extinto o procedimento da Correção Monetária. Os Balanços publicados em 31.12.96 já não trazem o reflexo da correção monetária e para fins de comparação com os Balanços de 31.12.95 que a expressavam, foram divulgadas Notas Explicativas esclarecendo a mudança de critério e os efeitos dessa mudança.
PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
Art. 9º. “As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento”.
Todas as Receitas e as Despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que foram geradas, independentemente de seu pagamento ou recebimento.
Devem ser registradas sempre simultaneamente quando se correlacionarem (Princípio da Confrontação das Despesas com as Receitas), Prevalece sempre o período em que ocorreram. 
As Receitas são consideradas realizadas (ocorridas):
a) nas vendas a terceiros de bens ou serviços;
b) quando do desaparecimento parcial ou total de um passivo, qualquer que seja o motivo; 
c) pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros. 
As Despesas são consideradas incorridas:
a) Quando deixar de existir o correspondente valor ativo; 
b) pela diminuição ou extinçãodo valor econômico do ativo; 
c) pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Art. 10º. “O princípio da prudência determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior para os do passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente validas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido”.
Este princípio determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor para os componentes do Passivo, sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das variações patrimoniais que alterem o PL. 
Impõe a escolha da hipótese de que resulte menor PL, sempre que se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais PFC’s. 
Baseia-se na premissa de “nunca antecipar lucros e sempre prever possíveis prejuízos”. A aplicação desse PFC ganha ênfase quando devem ser feitas estimativas para definir valores futuros com razoável grau de incerteza. 
3. CONVENÇÕES CONTÁBEIS NO BRASIL.
As convenções são mais objetivas e buscam indicar uma conduta correta para o exercício da profissão do contador. São 4 convenções contábeis a saber: convenção da objetividade, da materialidade, da consistência e do conservadorismo.
CONVENÇÃO DA OBJETIVIDADE
A contabilidade deve ser elaborada de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar no seu trabalho e os registros devem estar baseados, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência do fato administrativo.
CONVENÇÃO DA MATERIALIDADE
A contabilidade deve ser elaborada de forma relevante, justa e adequada e o profissional deve considerar a relação custo x benefício da informação que será gerada. Assim, na contabilização de um fato deve ser ponderado o fator perda de recursos e de tempo.
Deve-se registrar na Contabilidade apenas os eventos dignos de atenção e na ocasião oportuna. Por exemplo: o consumo de materiais de escritório é diário em uma empresa, porém, pela irrelevância da operação, o registro da despesa com materiais de escritório só deve ser efetuado no fim do período, quando ocorrer a apuração do valor consumido.
CONVENÇÃO DA CONSISTÊNCIA
Os relatórios contábeis devem ser elaborados sob uma forma padrão, e o conteúdo das informações deve ser consistente, facilitando sua interpretação e análise pelos diversos usuários. Ocorrendo a necessidade de adoção de outro critério ou método de avaliação, o profissional deve informar a modificação e apresentar os reflexos que a mudança poderá causar se não for observada pelo usuário.
CONVENÇÃO DO CONSERVADORISMO
Esta convenção determina que, por motivos de precaução, sempre que o contador se defrontar com alternativas igualmente válidas de atribuir valores diferentes a um elemento do ativo (ou do passivo), deverá optar pelo mais baixo para o ativo e pelo mais alto para o passivo. 
II – CONCEITOS BÁSICOS
1. DEFINIÇÃO
A contabilidade é uma ciência que desenvolveu uma metodologia própria com 2 funções:
Função administrativa - tem como objetivo o controlar o patrimônio da entidade contábil. 
Função econômica - tem como objetivo apurar o resultado obtido pela entidade contábil num determinado período.
Num estágio mais avançado, surge uma terceira função no processo contábil: 
Prestar informações - esta função é de suma importância para as pessoas que tenham interesse na avaliação da situação patrimonial, econômica e financeira da empresa. Tais informações são fundamentais para os processos de controle e tomada de decisão. 
2. OBJETO E CAMPO DE ATUAÇÃO DA CONTABILIDADE
a) Objeto da contabilidade
 O objeto da contabilidade é o patrimônio da entidade contábil.
b) Campo de atuação da contabilidade	
 O campo de atuação da contabilidade são as aziendas.
3. PESSOA FÍSICA E PESSOA JURÍDICA
A entidade contábil pode ser dividida em dois tipos de pessoas:
a) Pessoa Física (ou natural) – é o ser humano (homem ou mulher), ser natural cuja origem é comprovada através da certidão de nascimento;
b) Pessoa jurídica – é um ser abstrato surgido por um contrato social ou uma ata de constituição de sociedade. É uma unidade jurídica resultante de um associação organizada e estável de pessoas, com finalidade de utilidade pública ou privada, não importando o número de indivíduos que a compõem, capaz de assumir obrigações e obter bens e direitos.
O nascimento de pessoas físicas ou jurídicas ocorre da seguinte forma:
	Pessoa física	de fato – através do parto
				Legal - através do Registro no Cartório Civil de Pessoa Físicas.
	Pessoa Jurídica	de fato – pelos atos de comércio de bens e/ou serviços;
Legal – através do registro na Junta Comercial (empresas comerciais e/ou industriais); Cartório Civil de Pessoas Jurídicas (empresas prestadoras de serviços).
4. USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
Usuários da contabilidade são pessoas físicas ou jurídicas que tenham interesse na situação econômica e financeira de uma determinada entidade contábil. Podem ser: acionistas, sócios, proprietários, administradores, entidades bancárias, fornecedores, clientes, investidores, governo (federal, estadual ou municipal), etc.
III – O PATRIMÔNIO
Conforme visto no capítulo anterior, o princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade. Torna-se necessário o estudo sobre os conceitos de patrimônio.
1. PATRIMÖNIO
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade contábil. Exemplo: uma pessoa possui um total de R$ 10.000,00, um veículo no valor de R$ 50.000,00 e um imóvel de R$ 100.000,00. Entretanto, 50% do imóvel estão financiados e existe um empréstimo a pagar do veículo no valor de R$ 30.000,00.
Assim, poderíamos resumir os valores na seguinte forma:
	BENS e DIREITOS
	OBRIGAÇÕES
	Dinheiro R$ 10.000,00
	
	Veículo R$ 50.000,00
	Empréstimo R$ 30.000,00
	Imóvel R$ 100.000,00
	Financiamento R$ 40.000,00
	Total . . . .. . . . . . . . . . . .R$ 160.000,00
	Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 70.000,00
No exemplo acima descrito, o total do patrimônio apresentado é R$ 160.000,00.
2. BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES
Bens – bens são todas as coisas úteis, que podem ser avaliados economicamente e capazes de satisfazer as necessidades. Podem ser classificados em:
Tangíveis – bens corpóreos, concretos ou materiais. Exemplo: dinheiro, veículo, etc.
Intangíveis– bens incorpóreos, abstratos ou imateriais. Exemplo: marcas e patentes, etc
Direitos – são todos os valores a receber ou a restituir. Exemplo: contas a receber, impostos a recuperar, etc.
Obrigações – são todos os valores a pagar. Exemplo: empréstimos e financiamentos a pagar, contas a pagar, impostos a pagar, etc.
3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Patrimônio Líquido é a verdadeira riqueza da entidade contábil. É o resultado entre a soma dos bens e direitos menos as obrigações. 
No exemplo acima temos um total de bens e direitos igual ä R$ 160.000,00 e um total de obrigações no valor de R$ 70.000,00. Assim sendo, o valor do Patrimônio Líquido é de R$ 90.000,00 (R$ 160.000,00 – R$ 70.000,00).
4. EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CONTABILIDADE
Pelo exemplo acima podemos definir a equação abaixo para demonstrar o Patrimônio Líquido:	Patrimônio Líquido = Bens + Direitos – Obrigações
Derivando a equação teremos a chamada “Equação fundamental da contabilidade”:
Bens + Direitos = Obrigações + Patrimônio Líquido
Tais itens são demonstrados no Balanço Patrimonial da seguinte forma:
Bens + Direitos = ATIVO
Obrigações + Patrimônio Líquido = PASSIVO
Portanto:
ATIVO = PASSIVO
5. VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO
ATIVO > OBRIGAÇÕES – patrimônio líquido é positivo (superavitário)
Ocorre quando a soma dos bense direitos é maior que a soma das obrigações com terceiros;
Situação favorável pois o patrimônio líquido é positivo ou a situação líquida é positiva.
Exemplo: 	Total de Bens da empresa			300
			Total de Direitos da empresa		200
			Total do Ativo				500
			Total das Obrigações da empresa	400
			Total do Patrimônio Líquido		100
ATIVO < OBRIGAÇÕES – patrimônio líquido é negativo (deficitário)
Ocorre quando a soma dos bens e direitos é menor que a soma das obrigações com terceiros;
Situação desfavorável pois o patrimônio líquido é negativo ou passivo a descoberto
Exemplo: 	Total de Bens da empresa			300
		Total de Direitos da empresa		200
		Total do Ativo				500
		Total das Obrigações da empresa	650
		Total do Patrimônio Líquido	 (150)
ATIVO = OBRIGAÇÕES – patrimônio líquido é nulo (situação equilibrada)
Ocorre quando a soma dos bens e direitos é igual a soma das obrigações com terceiros;
Situação nula ou patrimônio líquido é igual a zero, pois o Ativo é igual ao Passivo Exigível.
Exemplo: 	Total de Bens da empresa			300
		Total de Direitos da empresa		200
		Total do Ativo				500
		Total das Obrigações da empresa	500
		Total do Patrimônio Líquido	 0
ATIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ocorre quando a soma dos bens e direitos é igual ao Patrimônio Líquido;
Situação plena ou existe a propriedade total.
Exemplo: 	Total de Bens da empresa			300
		Total de Direitos da empresa		200
		Total do Ativo				500
		Total das Obrigações da empresa	 0
		Total do Patrimônio Líquido	 500
PASSIVO EXIGÍVEL = PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Ocorre quando a soma das obrigações com terceiros for igual ao patrimônio líquido negativo;
Situação de inexistência do ativo, ou seja, ativo é igual a zero.
Exemplo: 	Total de Bens da empresa			 0
		Total de Direitos da empresa		 0
		Total do Ativo				 0
		Total das Obrigações da empresa	500
		Total do Patrimônio Líquido	 (500)
6. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO
Podemos representar o patrimônio por meio de um gráfico em forma de “T”, o que possibilitará um melhor entendimento o mecanismo que envolve o processo contábil.
	PATRIMÔNIO
	BENS
	OBRIGAÇÕES
	+
	+
	DIREITOS
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
IV – CONTAS
1. CONCEITO
As contas representam registros de débitos e créditos de mesma natureza ou espécie, identificadas por nomes e que qualificam elementos patrimoniais (bens, direitos e obrigações) e elementos de resultado (receitas e despesas).
São as contas que permitem que a contabilidade desempenhe seu papel de registro e controle de todos os fatos responsáveis pela gestão do patrimônio. 
Há uma conta para cada elemento e representa um arquivo deste elemento que armazena toda a movimentação de entradas e saídas de valores. Assim, existe uma conta (arquivo) para cada elemento, seja ele um bem, direito, obrigação, patrimônio líquido, receitas ou despesas. 
2. CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS
As contas podem ser classificadas por vários critérios, porem utilizaremos a classificação segundo a Teoria Patrimonialista:
Contas Patrimoniais – são as contas que representam bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido. Dividem-se em ativas e passivas e representam o patrimônio da entidade contábil num dado momento, resumidas de forma ordenada no Balanço Patrimonial. Exemplo: Caixa, Bancos, Veículos, Imóveis, Clientes, Fornecedores, ICMS a Recuperar, ICMS a Recolher, Títulos a Recolher, Empréstimos a Recolher, Capital Social, Reserva de Lucros, etc.
Contas de Resultado – são as contas que demonstram o resultado obtido pela entidade contábil num determinado período. São as contas de receitas e despesas, as quais são encerradas no final do período, cujo saldo de todas as contas de resultado é transportado para o Patrimônio Líquido do Balanço Patrimonial.
3. PLANO DE CONTAS
É resumo ordenado de todas as contas utilizadas para o registro dos fatos contábeis ocorridos numa determinada entidade contábil. Um plano de contas deve prever todas as possíveis movimentações que ocorrem e que poderão ocorrer.
O plano de contas é um instrumento de grande importância pois possibilita a uniformização (padronização) dos registros contábeis.
Não existe um plano de contas único, sendo que cada empresa deve elaborar seu próprio plano de contas sempre com vistas ao seu interesse e, principalmente, à legislação pertinente ao ramo de atividade que atua. 
4. MODELO E CODIFICAÇÃO DO PLANO DE CONTAS
No anexo I (final da apostila) é apresentado um modelo de plano de contas codificado.
V - BALANÇO PATRIMONIAL
1. CONCEITO
O Balanço Patrimonial é o instrumento contábil que demonstra a situação patrimonial e financeira de uma sociedade, apresentando de forma ordenada todos os bens, direitos, obrigações e patrimônio líquido pertencente à mesma. Divide-se em Ativo e Passivo.
O Ativo demonstra a APLICAÇÃO dos recursos de uma empresa, ou seja, a aplicação de recursos em bens e direitos pertencentes ao patrimônio da mesma.
O Passivo demonstra as FONTES (ORIGENS) dos recursos obtidos pela empresa, os quais podem ter origem através de recursos próprios e recursos de terceiros. 
2. CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS NO BALANÇO PATRIMONIAL
No Ativo as contas são classificadas em ordem decrescente de grau de disponibilidade, ou seja, as contas que apresentam o maior grau de conversão em disponibilidade são classificadas em primeiro.
No Passivo as contas são classificadas em ordem decrescente de grau de exigibilidade, ou seja, as contas que apresentam o maior grau de exigibilidade para pagamento são classificadas em primeiro, seguindo-se as contas com menor grau de exigibilidade. Assim, o Passivo termina com o Patrimônio Líquido que é considerado um Passivo Não Exigível, ou seja, são origens de recursos próprios da empresa.
3. DIVISÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO 
	PASSIVO
	ATIVO CIRCULANTE
 Caixa e Equivalente de Caixa
 Realizável de Curto Prazo
 Aplicações Financeiras
 Clientes
 Adiantamentos Diversos
 Impostos a Recuperar
 Estoque
 Outros Valores a Receber
 Despesas Antecipadas
ATIVO NÃO CIRCULANTE
 Realizável a Longo Prazo
 Investimentos
 Imobilizado
 Intangível
	PASSIVO CIRCULANTE
 Fornecedores
 Empréstimos e Financiamentos 
 Obrigações Fiscais
 Obrigações Trabalhistas
 Debêntures e Títulos a Pagar
 Provisões
 Outras obrigações
PASSIVO NÃO CIRCULANTE
 Exigível de Longo Prazo
PATRIMÔNIO LÍQUIDO
 Capital Social
 Reserva de Capital
 Ajustes de Avaliação Patrimonial
 Reserva de Lucros
 (-) Ações em Tesouraria
 (-) Prejuízos Acumulados 
	
	
VI – DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
1. CONCEITO
O Demonstrativo de Resultado do Exercício é o instrumento contábil que demonstra o aspecto econômico de uma sociedade, apresentando de forma ordenada todas as receitas, custos, despesas e o resultado final obtido no período.
O Demonstrativo de Resultado do Exercício é apresentado sob a forma dedutiva, ou seja, inicia com a Receita Bruta e termina com o resultado final do período. 
2. ESTRUTURA DO DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
 	RECEITA BRUTA OPERACIONAL
 (-)	DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA
 =	RECEITA LÍQUIDA OPERACIONAL
 (-) 	CUSTOS
 =	LUCRO BRUTO
 (-)	DESPESAS OPERACIONAIS
		Vendas
		Gerais e Administrativas
		Outras Receitas e Despesas
		Resultado Financeiro
 =	RESULTADO OPERACIONAL
(+-) 	RESULTADO NÃO OPERACIONAL
 =	RESULTADO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
 (-)	PROVISÃO PARA IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
 = 	RESULTADO APÓS O IMPOSTO DE RENDA
 (-) 	PARTICIPAÇÕES
 (-) 	DIVIDENDOS
 = 	RESULTADO LÍQUIDO
VII – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
1. MÉTODO DAS PARTIDAS DOBRADAS“Para cada débito existe um crédito correspondente e de igual valor”.
Este é o princípio de todo e qualquer lançamento contábil, utilizado para o registro de um fato contábil.
2. ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS
Atos administrativos – são acontecimentos que ocorrem numa empresa e que não provocam alterações no patrimônio da mesma. Exemplo: assinatura de um contrato de seguros, assinatura de um pedido de compras, admissão de funcionários, etc.
Fatos administrativos – são acontecimentos que ocorrem numa empresa e que provocam alterações no patrimônio da mesma, podendo ou não provocar alteração no patrimônio líquido. Os fatos administrativos podem ser classificados na seguinte forma:
Permutativos – existe permutação entre os elementos patrimoniais, porém não ocorre alteração no total do patrimônio líquido. Exemplo: compra de um veículo, pago em dinheiro no valor de R$ 30.000,00. Neste exemplo, existe uma troca de dinheiro por um veículo, sem provocar qualquer alteração no patrimônio liquido da empresa.
Modificativos – provocam alterações no total do patrimônio líquido, podem ser para mais ou para menos. 
Aumentativo – aumenta o total do patrimônio líquido da empresa. Exemplo: recebimento no caixa da empresa no valor de R$ 500,00 referente a aluguel. Neste caso, existe um aumento na conta Caixa e, como aluguel é uma receita, provocará um aumento de lucro, o qual provocará um aumento no patrimônio líquido da empresa.
Diminutivo – diminuiu o total do patrimônio líquido da empresa. Exemplo: pagamento de energia elétrica, com cheque do Banco do Brasil, no valor de R$ 250,00. Neste caso, existe uma redução do saldo do Banco do Brasil pela emissão do cheque e, como energia elétrica é um custo ou despesa, provocará uma redução no lucro e, conseqüentemente, redução do patrimônio líquido da empresa. 
Mistos – são fatos que provocam permutações nos elementos do patrimônio e também modificações do total do patrimônio líquido da empresa. Exemplo: venda de bens do ativo permanente, com a apuração do resultado provocada pela baixa do custo do bem. 
3. DÉBITO, CRÉDITO E SALDO
Débito de uma conta – As contas que representam bens, direitos, despesas e custos são consideradas de natureza devedora, ou seja, são contas que apresentam saldo no débito.
Crédito de uma conta – As contas que representam obrigações, patrimônio líquido e receitas são consideradas de natureza credora, ou seja, são constas que apresentam saldo no crédito. 
Saldo de uma conta – é a diferença entre o valor de débito e do crédito de uma conta. Os saldos podem ser: devedor (débito maior que crédito); credor (crédito maior que o débito) ou nulo (débito é igual ao crédito)..
4. LANÇAMENTO CONTÁBIL
Um lançamento contábil é efetuado utilizando-se o método das partidas dobradas, ou seja, deverá haver um débito e um crédito correspondente e de igual valor.
Assim sendo, num lançamento contábil teremos uma ou mais contas sendo debitadas e outra(as) sendo creditadas.
Se desejarmos aumentar o saldo de uma conta de natureza devedora (bens, direitos, custos e despesas) devemos DEBITÁ-LA e, se desejarmos reduzir o saldo desta conta iremos CREDITÁ-LA.
Se desejarmos aumentar o saldo de uma conta de natureza credora (obrigações, patrimônio líquido e receitas) devemos CREDITÁ-LA e, se desejarmos reduzir o saldo desta conta iremos DEBITÁ-LA.
RESUMO DO MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO
	TIPO DE CONTA
	AUMENTA
	DIMINUI
	Contas do Ativo (Bens e Direitos)
	Debitar
	Creditar
	Contas do Passivo (Obrigações e PL)
	Creditar
	Debitar
	Receitas
	Credita
	Debita
	Despesas e Custos
	Debita
	Credita
5. LIVRO RAZÃO
O Livro Razão demonstra toda a movimentação analítica das contas escrituradas num determinado período, as quais constam no livro Diário e nos Demonstrativos Financeiros de uma empresa.
Não existe a obrigatoriedade do Registro do Livro Razão, entretanto, o mesmo deve conter termo de abertura e encerramento, com a assinatura do contabilista e do responsável pela empresa.
O Decreto Lei 486/1969 especifica as formalidades da escrituração contábil do Livro Razão e demais livros contábeis.
Exemplo de Razão:
	Razão Analítico
	Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda.
	Rua Margarida, 10-50 – Bauru – SP CNPJ: 61.315.820/0001-15
	
	Conta: 1.1.1.02.001 Bancos Conta Movimento – Banco do Brasil S/A
	
	Data
	Lote
	Lacto.
	Contrapartida
	Histórico
	Débito
	Crédito
	Saldo
	01.01.2010
	
	
	
	Saldo anterior:
	
	
	15.201,41
	05.01.2010
	170
	141
	1.1.1.01.001
	Depósito
	5.000,00
	
	20.201,41
	08.01.2010
	172
	001
	4.1.1.02.004
	Pagto. Salários
	
	10.180,20
	10.021,21
	12.01.2010
	185
	15
	4.1.1.02.001
	Pagto Energia elétrica
	
	520,00
	9.501,21
6. RAZONETE
O razonete é uma forma simplificada do Livro Razão, não sendo aceito para fins contábeis. É um instrumento didático utilizado para desenvolver o raciocínio sobre a escrituração das contas e obedece os princípios básicos do Livro Razão.
O razonete é uma representação gráfica em forma de “T”, sendo utilizado para os registros individuais das contas, dispensando-se o método dos balanços sucessivos. 
Assim como o Balanço Patrimonial, o razonete possui dois lados. Um lado é utilizado para o registro dos aumentos e o outro lado as diminuições de saldos da conta. É a natureza da conta quem irá determinar qual lado representará os aumentos ou as diminuições.
Desta forma, se estivermos registrando os fatos relativos à uma conta de Ativo ou Despesas, o lado esquerdo irá registrar os aumentos e o lado direito as diminuições.
Se estivermos registrando os fatos relativos à uma conta de Passivo, Patrimônio Líquido ou Receita, o lado direito irá registrar os aumentos e o lado esquerdo as diminuições.
No final de todos os registros, apura-se o Saldo Contábil da conta totalizando-se os valores existentes no lado direito e totalizando-se os valores existentes no lado esquerdo. 
A diferença entre o total do lado direito e o total do lado esquerdo indicará o Saldo Contábil da Conta, o qual poderá ser devedor, credor ou nulo.
SALDO DEVEDOR: o total do lado esquerdo é maior que o total do lado direito
SALDO CREDOR: o total do lado direito é maior que o total do lado esquerdo.
SALDO NULO: o total do lado direito e do lado esquerdo são iguais.
Exemplo de utilização do Razonete:
1) Subscrição do capital social da Indústria de Produtos Metálicos Metalfort Ltda., no valor de R$ 100.000,00.
		D – CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR
		C – CAPITAL SOCIAL 				R$ 100.000,00 (a)
2) Integralização do capital social da Metalfort, com os seguintes itens:
	Imóvel						R$ 60.000,00
	Veículos						R$ 30.000,00
	Depósito no Banco do Brasil S/A			R$ 10.000,00
		
		D – IMÓVEIS
		C – CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR	R$ 60.000,00 (b)
		D – VEÍCULOS
		C – CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR	R$ 30.000,00 (c)
		D – BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO DO BRASIL
		C – CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR	R$ 10.000,00 (d)
Capital Social a Integralizar _	 Capital Social	 _ _ Imóveis _
ª 100.000,00 60.000,00	 b		 100.000,00 ª b 60.000,00
		 30.000,00 c ___________________________________ _________________________________
		 10.000,00 d			 100.000,00 60.000,00
__________________________________
 100.000,00	 100.000,00
 Veículos _Banco Conta Movimento _ 
c 30.000,00 d 10.000,00			 
_______________________ _______________________
 30.000,00				 10.000,00
7. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO.
Os saldos existentes nos razonetes (razão) são transportados para o Balancete de Verificação, cujo demonstrativo é apenas para fins internos operacionais da empresa, porém se destinado a usuários externos, este documentodeverá ser assinado pelo contador responsável pela empresa.
O Balancete de Verificação é um demonstrativo não obrigatório e tem como principal objetivo verificar a aplicabilidade do Método das Partidas Dobradas, ou seja, verificar se a soma dos saldos devedores é igual a soma dos saldos credores.
	BALANCETE DE VERIFICAÇÃO
	Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda.
	Rua Margarida, 10-50 – Bauru – SP CNPJ: 61.315.820/0001-15
	
	ENCERRADO E 31 DE DEZEMBRO DE 20xx.
	
	CONTA
	SALDO DEVEDOR
	SALDO CREDOR
	CAPITAL SOCIAL
	
	100.000,00
	IMÓVEIS
	60.000,0
	
	VEÍCULOS
	30.000,00
	
	BANCOS C/ MOVIMENTO – B.BRASIL
	10.000,00
	
	Total . . . .
	100.000,00
	100.000,00
8. AJUSTES PATRIMONIAIS.
Alguns fatos constantes na contabilidade devem sofrer ajustes para que representem a real situação econômica-financeira da empresa. São exemplos de ajustes patrimoniais:
Provisão para crédito de devedores duvidosos e Provisão para contingências;
Ajustes de avaliação patrimonial;
Ajustes de materiais para despesas;
Cálculo de dividendos e participações
Cálculo da provisão do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro
Transferência do resultado do exercício para a conta Reserva de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
9. APURAÇÃO DOS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS.
Após todos os ajustes e correções dos valores da contabilidade, os saldos são transferidos para os devidos demonstrativos financeiros, encerrando-se os saldos contábeis das contas de resultado e mantendo-se os saldos das contas patrimoniais como iniciais para o próximo exercício.
VIII – REGIME DE COMPETÊNCIA x REGIME DE CAIXA
REGIME DE COMPETÊNCIA
O regime de competência é um princípio contábil que deve abranger toda e qualquer alteração patrimonial, independentemente de sua natureza e origem.
Por este método, todas as receitas e despesas devem ser reconhecidas nos períodos em que ocorreu o fato gerador, independentemente de seu recebimento ou pagamento.
Assim, todas as transações são registradas nos livros contábeis e são apresentadas nas demonstrações financeiras no período em que os bens ou serviços foram entregues ou recebidos.
Também possibilita a associação entre as receitas e os gastos (custos/despesas) utilizados para gerá-las. O reconhecimento simultâneo das receitas geradas e dos custos e despesas incorridos, quando correlatos, é uma conseqüência natural do respeito pela período em que ocorreram os fatos geradores. 
Regime DE CAIXA
No regime de caixa, as receitas, custos e despesas são reconhecidos unicamente quando ocorrerem os recebimentos ou os pagamentos mediante dinheiro ou equivalente.
Este método é utilizado pelas entidades públicas, juntamente com o regime de competência. As entidades públicas utilizam um regime misto, pois as receitas são registradas pelo regime de caixa e os gastos são contabilizados pelo regime de competência.
Em alguns casos, a legislação fiscal permite a utilização do regime de caixa para fins tributários. Porém, isto não permite que as empresas substituam o Regime de Competência pelo Regime de Caixa, pois estariam violando um princípio contábil.
Se a empresa, por qualquer motivo, utilizar o regime de caixa para registro de operações, deverá se utilizar de livros fiscais (LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real) para efetuar os ajustes necessários para que a contabilidade seja demonstrada seguindo o Regime de Competência.
IX – REGISTROS CONTÁBEIS
1. SUBSCRIÇÃO E INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL.
a) Subscrição do capital social da empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Preço Ltda., conforme contrato social, no valor de R$ 60.000,00.
	Explicação: iremos utilizar duas contas relacionadas ao patrimônio líquido, Capital Social e Capital Social a Integralizar. A conta Capital Social está sendo constituída e, portanto, receberá os valores. Por tratar-se de uma conta de Passivo, para adicionarmos valor a esta conta, iremos CREDITÁ-LA. A conta Capital Social a Integralizar é uma conta redutora de Patrimônio Líquido e, portanto, será DEBITADA. Assim, o lançamento contábil será:
		D - CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR
		C - CAPITAL SOCIAL				R$ 60.000,00 
b) Integralização do capital social acima, com depósito em conta corrente no Banco do Brasil, no valor de R$ 60.000,00
	Explicação: iremos utilizar uma conta relacionada ao Ativo (BANCO CONTA Movimento) e a conta Capital Social a Integralizar. A conta BANCO CONTA Movimento receberá os valores. Por tratar-se de uma conta de Ativo, para adicionarmos valor a esta conta, iremos DEBITÁ-LA. A conta Capital Social a Integralizar é uma conta redutora de Patrimônio Líquido e, está sendo liquidada. Como ele foi debitada no lançamento de subscrição, para podemos liquidá-la, ela será CREDITADA. Assim, o lançamento contábil será:
		D - BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO DO BRASIL
		C - CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR				R$ 60.000,00 
Outra forma convencional de representar os dois lançamentos acima é utilizando a letra “a” para indicar qual das contas recebe o crédito. Por conseqüência, a conta que não possui a letra “a”, receberá o débito do valor. 
Assim, os dois lançamentos acima podem ser representados da seguinte forma:
		 CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR
		a CAPITAL SOCIAL							R$ 60.000,00 
 
		 BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO DO BRASIL
		a CAPITAL SOCIAL A INTEGRALIZAR				R$ 60.000,00 
Exercícios: 
Apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
Subscrição do capital social da Indústria de Produtos Metálicos Metalfort Ltda., no valor de R$ 100.000,00
Integralização do capital social da Metalfort, com os seguintes itens:
	Imóvel						R$ 60.000,00
	Veículos						R$ 30.000,00
	Depósito no Banco do Brasil S/A			R$ 10.000,00
Constituição do capital social da empresa Comércio de Materiais de Limpeza Bom Ar Ltda., no valor de R$ 80.000,00
Integralização do capital social da Metalfort, com os seguintes itens:
	Móveis e Utensílios					R$ 6.000,00
	Veículos						R$ 30.000,00
	Depósito no Banco Itaú S/A			R$ 30.000,00
	O saldo restante será integralizado em 30 dias.
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Apresentar os demonstrativos financeiros dos fatos abaixo descritos:
Subscrição do capital social da Indústria de Máquinas Maquinel Ltda., no valor de R$ 200.000,00
Integralização do capital social da Maquinel, com os seguintes itens:
	Imóvel							R$ 80.000,00
	Veículos						R$ 40.000,00
	Máquinas e Equipamentos			R$ 40.000,00
	Ferramentas						R$ 20.000,00
	Depósito no Banco do Brasil S/A			R$ 20.000,00
Subscrição do capital social da Oficina Mecânica Tudo Certo Ltda., no valor de R$ 80.000,00
Integralização do capital social da Tudo Certo, com os seguintes itens:
	Veículos						R$ 30.000,00
	Máquinas e Equipamentos			R$ 20.000,00
	Depósito no Banco Itaú S/A			R$ 10.000,00
	O restante serão pago em 2 parcelas com vencimento para 30 e 60 dias.
2. COMPRA DE BENS A VISTA E A PRAZO.
a) Compra de mesas e cadeiras para escritório no valor de R$ 1.500,00, pago a vista em dinheiro.
	Explicação: iremos utilizar duas contas relacionadas ao Ativo, Caixa e Móveis e Utensílios. A conta Móveis e Utensílios receberá os valores, pois está sendo adquirido os moveis. Por tratar-se de uma conta de Ativo, para adicionarmos valor a esta conta, iremos DEBITÁ-LA. A conta Caixa é uma conta redutora de Ativo e está reduzindo seu valor pelo pagamento efetuado. Assim esta conta será DEBITADA. Assim, o lançamento contábil será:
		D - MÓVEIS E UTENSÍLIOS
		C - CAIXA					R$ 1.500,00 
	
b) Compra de um computador, conforme nota fiscal, no valor de R$ 2.000,00, a ser pago em 30 dias.
	Explicação: iremos utilizar uma conta relacionada ao Ativo (Computadores e Periféricos) e outra conta pertencente aoPassivo (Fornecedores). A conta Computadores e Periféricos receberá os valores e, por tratar-se de uma conta de Ativo, para adicionarmos valor a esta conta, iremos DEBITÁ-LA. A conta Fornecedores é uma conta do Passivo e também está recebendo valores, pois a empresa está assumindo uma obrigação. Por tratar-se de uma conta do Passivo, para adicionarmos valor a esta conta, iremos CREDITÁ-LA. Assim, o lançamento contábil será:
		D - COMPUTADORES E PERIFÉRICOS
		C - FORNECEDORES					R$ 2.000,00 
Outra forma convencional de representar os dois lançamentos acima é utilizando a letra “a” para indicar qual das contas recebe o crédito. Por conseqüência, a conta que não possui a letra “a”, receberá o débito do valor. 
Assim, os dois lançamentos acima podem ser representados da seguinte forma:
		 MÓVEIS E UTENSÍLIOS
		a CAIXA						R$ 1.500,00 
 
		 COMPUTADORES E PERIFÉRICOS
		a FORNECEDORES				R$ 2.000,00 
Exercícios: 
Apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
Compra de arquivos para escritório, conforme nota fiscal, no valor de R$ 800,00, pago a vista com cheque do Banco do Brasil S/A.
Compra de um torno mecânico, conforme nota fiscal, no valor de R$ 40.000,00 a ser pago em 10 parcelas iguais.
Compra de um veículo, no valor de R$ 35.000,00, conforme nota fiscal, sendo pago R$ 15.000,00 a vista com cheque do Banco Itaú S/A e o restante a ser pago em 2 parcelas iguais com vencimento para 30 e 60 dias.
Compra de ferramentas, conforme nota fiscal, no valor de R$ 1.200,00 pago a vista com cheque do Banco do Brasil S/A
Aquisição de um imóvel, no valor de R$ 80.000,00, sendo pago 50% a vista com cheque do Banco do Brasil S/A e o restante será pago em 30 e 60 dias mediante nota promissória.
Compra de um terreno, situado a Rua Alvorada, 13-20, no valor de R$ 45.000,00, pago a vista com cheque do Banco Santander S/A, conforme recibo e escritura de venda.
Compra de divisórias para instalação nos escritórios, conforme nota fiscal, no valor de R$ 1.600,00 a ser pago em 30 dias.
Compra de peças para manutenção do veículo, no valor de R$ 850,00 pago a vista em dinheiro.
Compra de materiais para escritório, solicitados pelo Departamento de Papelaria, no valor de R$ 2.100,00, a ser pago em 30 dias conforme nota fiscal.
Apresentar os demonstrativos financeiros dos fatos abaixo descritos:
Subscrição do capital social da Indústria de Produtos Metálicos Metalfort Ltda., no valor de R$ 60.000,00
Integralização do capital social da Metalfort com depósito no Banco do Brasil no valor de R$ 60.000,00.
Compra de um software de controle de estoque, conforme nota fiscal, no valor de R$ 3.000,00, pago a vista com cheque do Banco do Brasil S/A
Compra de mesas e cadeiras para escritório, conforme nota fiscal, no valor de R$ 4.450,00, pago a vista com cheque do Banco do Brasil.
Compra de um veículo no valor de R$ 38.500,00, conforme nota fiscal, a ser paga em 30 e 60 dias.
Compra de computadores no valor de R$ 8.400,00, conforme nota fiscal, a ser pago em 30, 60 e 90 dias.
3. PAGAMENTO DE TÍTULOS E DUPLICATAS DEVIDAS A FORNECEDORES.
No vencimento
Pagamento com cheque do Banco Itaú S/A, de uma duplicata referente à compra de um computador no valor de R$ 2.000,00.
	Explicação: As duas contas envolvidas irão reduzir seus saldos, pois haverá o pagamento da duplicata e a redução do saldo bancário existente no Banco Itaú. Assim, a conta Fornecedores, por tratar-se de uma conta de Passivo, para reduzirmos valor desta conta, iremos DEBITÁ-LA. A conta BANCO CONTA Movimento é uma conta do Ativo, para reduzirmos valor desta conta, iremos CREDITÁ-LA. Assim, o lançamento contábil será:
		 FORNECEDORES
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO ITAU 			R$ 2.000,00 
Após o vencimento com acréscimo de juros de mora
Pagamento da 1ª parcela referente à compra do torno mecânico, com cheque do Banco Itaú S/A no valor de R$ 4.000,00. Devido o atraso no pagamento da duplicata, foram cobrados também juros de mora no valor de R$ 250,00.
	Explicação: As duas contas envolvidas irão reduzir seus saldos, pois haverá o pagamento da duplicata e o cheque emitido irá reduzir o saldo bancário. Assim, a conta Fornecedores, sendo uma conta de Passivo, deverá ser DEBITADA e a conta BANCO CONTA Movimento por ser uma conta do Ativo, deverá ser CREDITADA. O valor de R$ 250,00 também irá abater o saldo bancário e, portanto, devemos CREDITAR a conta BANCO CONTA Movimento, sendo a contrapartida o DÉBITO na conta Juros Pagos, referente a uma despesa. 
		 FORNECEDORES
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO ITAU 			R$ 2.000,00 
		 JUROS PAGOS
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO ITAU 			R$ 250,00 
Exercícios: 
Pagamento com cheque do Banco do Brasil S/A da 1ª parcela referente à compra de sprinklers, no valor de R$ 2.800,00
Pagamento da 2ª parcela relativa à compra do imóvel, com cheque do Banco Banespa S/A, no valor de R$ 20.000,00
Pagamento com cheque do Banco do Brasil da 2ª parcela, referente à compra do veículo no valor de R$ 10.000,00. Devido o atraso no pagamento da duplicata, foram cobrados também juros de mora no valor de R$ 300,00.
Pagamento em dinheiro da duplicata referente à compra de materiais para escritório, no valor de R$ 2.100,00. Devido o atraso no pagamento da duplicata, foram cobrados juros de mora no valor de R$ 50,00.
4. MOVIMENTAÇÕES BANCÁRIAS.
A) Depósitos
Depósito efetuado no Banco do Brasil S/A no valor de R$ 15.000,00
	Explicação: As duas contas envolvidas pertencem ao Ativo, sendo que a conta BANCO CONTA Movimento irá aumentar o saldo e a conta Caixa irá reduzir o saldo. Assim, a conta BANCO CONTA Movimento, por tratar-se de uma conta de Ativo (natureza devedora) deverá ser DEBITADA e a conta Caixa, também uma conta de Ativo (natureza devedora) deverá ser CREDITADA.
		 BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO DO BRASIL
		 a CAIXA					 			R$ 15.000,00
 
B) Saques
Saque efetuado junto ao Banco do Brasil S/A no valor de R$ 3.000,00
	Explicação: As duas contas envolvidas pertencem ao Ativo, sendo que a conta Caixa irá aumentar o saldo e a conta BANCO CONTA Movimento irá reduzir o saldo. Assim, a conta Caixa, por tratar-se de uma conta de Ativo (natureza devedora) deverá ser DEBITADA e a conta BANCO CONTA Movimento, também uma conta de Ativo (natureza devedora) deverá ser CREDITADA.
		 CAIXA
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO DO BRASIL 	R$ 3.000,00
C) Débitos em contas corretes
Débito em conta corrente no Banco Itaú referente ao pagamento de energia elétrica no valor de R$ 300,00
	Explicação: A conta BANCO CONTA Movimento irá reduzir o saldo e, sendo uma conta de Ativo (natureza devedora) deverá ser CREDITADA. A conta Energia Elétrica representa uma despesas ou custo, cuja natureza é DEVEDORA. Portanto, a conta Energia Elétrica deverá ser DEBITADA.
		 ENERGIA ELÉTRICA
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO ITAÚ 			R$ 300,00
Débito em conta corrente no Banco Banespa referente à Taxas Bancárias no valor de R$ 35,00
		 TARIFAS BANCARIAS
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO BANESPA 		R$ 35,00
Exercícios: 
Apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
Depósito efetuado no Banco Banespa no valor de R$ 30.000,00
Pagamento de uma duplicata, no valor de R$ 2.000,00, com débito automático na conta do Banco Banespa.
Cobrança com débito automático na conta Banespa de tarifas bancárias no valor de R$ 45,00
Depósito efetuado no Banco Itaú no valor de R$15.000,00
Saque efetuado no Banco Itaú no valor de R$ 2.000,00
Pagamento com débito automático no Banco Itaú dos seguintes itens:
		Energia elétrica		R$ 350,00
		Água e Esgoto		R$ 150,00
		Telefone			R$ 280,00
Pagamento com debito automático no Banco Itaú de uma duplicata no valor de R$ 3.000,00.
Pagamento com débito automático no Banco Itaú de tarifas bancárias no valor de R$ 55,00
Depósito efetuado no Banco do Brasil no valor deR$ 45.000,00
Saque efetuado no Banco do Brasil no valor de R$ 3.000,00
Pagamento com cheque do Banco do Brasil de uma duplicata no valor de R$ 3.500,00. Pelo atraso também foram cobrados juros de mora no valor de R$ 250,00.
Pagamento com debito automático no Banco do Brasil no valor de R$ 18.000,00, referente ao pagamento de Salários dos funcionários.
Pagamento com débito automático no Banco do Brasil de juros por saldo devedor em conta corrente, no valor de R$ 118,50
Apresentar os demonstrativos financeiros dos fatos abaixo descritos:
Subscrição do capital social da Indústria de Produtos Metálicos Metalfort Ltda., no valor de R$ 80.000,00
Integralização do capital social da Metalfort com depósito no Banco do Brasil no valor de R$ 80.000,00.
Compra de um software de controle de estoque, conforme nota fiscal, no valor de R$ 3.000,00, pago a vista com cheque do Banco do Brasil S/A
Compra de mesas e cadeiras para escritório, conforme nota fiscal, no valor de R$ 4.450,00, pago a vista com cheque do Banco do Brasil.
Compra de um veículo no valor de R$ 38.500,00, conforme nota fiscal, a ser paga em 30 e 60 dias.
Compra de computadores no valor de R$ 8.400,00, conforme nota fiscal, a ser pago em 30, 60 e 90 dias.
Saque efetuado no Banco do Brasil no valor de R$ 1.000,00
Pagamento em dinheiro dos seguintes itens:
Energia elétrica		R$ 350,00
Água e esgoto		R$ 150,00
Pagamento de uma duplicata, referente a compra do veículo, no valor de R$ 20.000,00 com cheque do Banco do Brasil. Devido atraso no pagamento da duplicata foram cobrados juros no valor de R$ 150,00.
Pagamento com cheque do Banco do Brasil da 1ª parcela referente a compra de computadores no valor de R$ 2.800,00. Devido a antecipação no pagamento da duplicata foram obtidos juros no valor de R$ 200,00.
Pagamento com débito em conta corrente do Banco do Brasil o valor de R$ 40,00, referente tarifas bancárias.
Pagamento com débito em conta corrente do Banco do Brasil o valor de R$ 280,00, referente despesas com telefone.
D) Empréstimos e Financiamentos
Empréstimos e financiamentos são fontes de obtenção de recursos que a empresa poderá recorrer devido problemas financeiros ou para obtenção/ampliação de Ativos, cujo objetivo é o incremento no processo comercial ou produtivo da empresa.
O principal cuidado que o Contador deverá ter no registro destes itens, além de toda a atenção com a documentação envolvida, é a contabilização dos juros inseridos neste processo.
Os empréstimos ou financiamentos poderão ter os juros já inclusos nas parcelas (juros pré-fixados) ou os juros serão inclusos no ato de geração de cada parcela (juros pós-fixados).
Assim, podemos ter parcelas fixas no decorrer do processo de liquidação destas dívidas, sendo os juros pré-fixados no ato da obtenção do empréstimo/financiamento e inclusos em cada parcela existente, ou podemos ter parcelas que variam mês a mês no processo de liquidação das dívidas, pois os juros variam de acordo com algum índice fixado no ato do empréstimo/financiamento.
 
Empréstimos com juros pós-fixados
Empréstimo efetuado junto ao Banco do Brasil no valor de R$ 120.000,00, a ser pago em 60 parcelas, com juros fixados na TJLP mais 1,2% ao mês.
		 BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO DO BRASIL
		 a EMPRÉSTIMOS FINANCEIROS A PAGAR		 	R$ 120.000,00
Pagamento da 1ª parcela com débito automático no Banco do Brasil.
			CÁLCULO DO VALOR DA 1ª PARCELA
	VR. PRINCIPAL
	TJLP (*)
	JUROS
	VR. TOTAL
	2.000,00
	10,00
	24,12
	2.034,12
	 (*) TJLP de dezembro/2010 = 0,5% (divulgado pelo BACEN).
		 EMPRÉSTIMOS FINANCEIROS A PAGAR
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO SANTANDER		R$ 2.000,00
		 JUROS PAGOS SOBRE EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTO
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO SANTADER 			R$ 34,12 
Empréstimos com juros pré-fixados
No cálculo de juros pré-fixados, normalmente as entidades financeiras utilizam o cálculo de juros através da Tabela Price, cujas parcelas são fixas e os componentes das mesmas são a amortização do principal mais os juros. 
Na Tabela Price, a amortização do principal é menor nas primeiras parcelas e o valor dos juros é maior. A medida que avança o número das parcelas, o valor da amortização do principal aumenta e diminuiu o valor dos juros inclusos nas parcelas.
Veja o exemplo abaixo, num empréstimo no valor de R$ 18.000,00, para pagamento em 12 parcelas, juros pré-fixados de 3% ao mês.
	PARCELA
	VR. PARCELA
	AMORTIZAÇÃO
	JUROS
	PRINCIPAL
	0
	
	
	
	18.000.00
	1
	1.808,32
	1.268,32
	540,00
	16.731,68
	2
	1.808,32
	1.306,37
	501,95
	15.425,31
	...
	...
	...
	...
	...
	11
	1.808,32
	1.704,52
	103,80
	1.755,65
	12
	1.808,32
	1.755,65
	52,67
	0,00
	Total . . . .
	21.699,81
	18.000,00
	3.699,81
	
Empréstimo efetuado junto ao Banco do Brasil no valor de R$ 18.000,00, a ser pago em 12 parcelas, com juros pré-fixados de 3% ao mês
		 BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO DO BRASIL
		 a EMPRÉSTIMOS FINANCEIROS A RECOLHER		 		R$ 18.000,00
		 JUROS FINANCEIROS A TRANSCORRER
		 a EMPRÉSTIMOS FINANCEIROS A RECOLHER		 		R$ 3.699,81
Pagamento da 1ª parcela com débito automático no Banco do Brasil.
		 EMPRÉSTIMOS FINANCEIROS A RECOLHER
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO BANESPA 			R$ 1.808,32
		 JUROS PAGOS SOBRE EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTO
		 a JUROS FINANCEIROS A TRANSCORRER	 			R$ 540,00 
Pagamento da 2ª parcela com débito automático no Banco do Brasil.
		 EMPRÉSTIMOS FINANCEIROS A RECOLHER
		 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO BANESPA 			R$ 1.808,32
		 JUROS PAGOS SOBRE EMPRESTIMOS E FINANCIAMENTO
		 a JUROS FINANCEIROS A TRANSCORRER	 			R$ 501,95 
Exercícios: 
Exercício I - apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
Empréstimo efetuado junto ao Banco Banespa S/A, no valor de R$ 36.000,00, a ser pago em 36 parcelas, com juros pós-fixados.
Pagamento da 1ª. Parcela referente ao empréstimo efetuado junto ao Banco Banespa, com juros de R$ 328,50
Pagamento da 2ª. Parcela referente ao empréstimo efetuado junto ao Banco Banespa, com juros de R$ 335,40
Exercício II - apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
	PARCELA
	VR. PARCELA
	AMORTIZAÇÃO
	JUROS
	PRINCIPAL
	0
	
	
	
	24.000.00
	1
	1.268,91
	788,91
	480,00
	23.211,09
	2
	1.268,91
	804,69
	464,22
	22.406,40
	...
	...
	...
	...
	...
	23
	1.268,91
	1.219,64
	49,27
	1.244,03
	24
	1.268,91
	1.244,03
	24,88
	0,00
	Total . . . .
	30.453,84
	24.000,00
	6.453,84
	
Financiamento efetuado junto ao Banco do Brasil S/A, no valor de R$ 24.000,00, a ser pago em 24 parcelas, com juros pré-fixados de 2% ao mês, conforme tabela acima:
Pagamento da 1ª. Parcela referente ao financiamento acima, com débito em conta corrente do Banco do Brasil.
Pagamento da 2ª. Parcela referente ao financiamento acima, com débito em conta corrente do Banco do Brasil.
Exercício III - apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
Empréstimo efetuado junto ao Banco Itaú S/A, no valor de R$ 18.000,00, a ser pago em 36 parcelas, com juros pós-fixados. Foi cobrado as seguintes despesas: IOF de 1% e despesas com cadastro no valor de R$ 100,00.
Pagamento da 1ª. Parcela referente ao empréstimo efetuado junto ao Banco Itaú, no valor total de R$ 764,13
Pagamento da 2ª. Parcela referente ao empréstimo efetuado junto ao Banco Banespa, com juros de R$ 783,40
Exercício IV - apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
	PARCELA
	VR. PARCELA
	AMORTIZAÇÃO
	JUROS
	PRINCIPAL
	0
	
	
	
	60.000.00
	1
	1.762,50
	862,50
	900,00
	59.137,50
	2
	1.762,50
	875,44
	887,06
	58.262,06
	...
	...
	...
	...
	...
	47
	1.762,50
	1.710,79
	51,71
	1.736,45
	24
	1.762,50
	1.736,45
	26,05
	0,00
	Total . . . .84.600,00
	60.000,00
	24.600,00
	
Financiamento efetuado junto ao Banco do Brasil S/A, no valor de R$ 60.000,00, a ser pago em 48 parcelas, com juros pré-fixados de 1,5% ao mês, conforme tabela acima:
Pagamento da 1ª. Parcela referente ao financiamento acima, com débito em conta corrente do Banco do Brasil.
Pagamento da 2ª. Parcela referente ao financiamento acima, com débito em conta corrente do Banco do Brasil.
E) Descontos de duplicatas
Podemos conceituar o desconto de duplicatas como um empréstimo efetuado junto às instituições financeiras, com o fornecimento de ativos (duplicatas a receber) como “garantia” pelo empréstimo concedido.
Mesmo com a transferência das duplicatas para recebimento do banco, tais valores permanecem como ativos da empresa, devendo ser baixados apenas quando ocorrer o efetivo recebimento dos mesmos.
1ª. SITUAÇÃO: efetuado o desconto e o sacado paga a duplicata
Desconto de duplicatas efetuado junto ao Banco Banespa no valor nominal de R$ 15.000,00, sendo pago juros no valor de R$ 620.00
 BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO BANESPA
 a DUPLICATAS DESCONTADAS		 			R$ 15.000,00
	
	 JUROS FINANCEIROS A APROPRIAR
 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO BANESPA	 	R$ 620,00
Aviso do Banco Banespa sobre o recebimento das duplicatas descontadas.
 DUPLICATAS DESCONTADAS
 a CLIENTES								R$ 15.000,00
	 JUROS PAGOS
 a JUROS FINANCEIROS A APROPRIAR			 	R$ 620,00
2ª. SITUAÇÃO: efetuado o desconto e o sacado não paga a duplicata
Desconto de duplicatas efetuado junto ao Banco Banespa no valor nominal de R$ 15.000,00, sendo pago juros no valor de R$ 620.00
 BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO BANESPA
 a DUPLICATAS DESCONTADAS		 			R$ 15.000,00
	
	 JUROS PAGOS
 a JUROS FINANCEIROS A APROPRIAR			 	R$ 620,00
Aviso do Banco Banespa sobre a devolução da duplicata descontada por falta de pagamento, com cobrança de R$ 36,50 referentes a juros de mora.
 DUPLICATAS DESCONTADAS
 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO BANESPA		R$ 15.000,00
	 JUROS PAGOS
 a JUROS FINANCEIROS A APROPRIAR			 	R$ 620,00
	 JUROS PAGOS
 a BANCO CONTA MOVIMENTO – BANCO BANESPA	 	R$ 36,50
Exercícios: 
Apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
Desconto de uma duplicata efetuado no dia 20 de dezembro no Banco do Brasil, no valor de R$ 15.000,00, com vencimento para 30 dias, sendo cobrados juros de 3% ao mês.
No vencimento, o sacado pagou o título descontado no Banco do Brasil
Apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
Desconto de uma duplicata efetuado no dia 15 de dezembro no Banco Banespa, no valor de R$ 30.000,00, com vencimento para 60 dias, sendo cobrados juros de 2% ao mês.
No vencimento, o sacado pagou o título descontado no Banco do Brasil
Apresentar os lançamentos contábeis dos fatos abaixo descritos:
Desconto de uma duplicata efetuado no dia 10 de dezembro no Banco Itaú, no valor de R$ 10.000,00, com vencimento para 60 dias, sendo cobrados juros de 3% ao mês.
Aviso do Banco Itaú sobre a devolução do título descontado, devido a falta de pagamento do sacado, com cobrança de juros no valor de R$ 56,00
EXERCÍCIO GERAL 1
Apresentar os demonstrativos financeiros dos fatos contábeis abaixo descritos:
Subscrição do capital social da empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Preço Ltda., conforme contrato social, no valor de R$ 80.000,00.
Integralização do capital social acima, com depósito em conta corrente no Banco do Brasil, no valor de R$ 80.000,00
Aquisição de um imóvel no valor de R$ 60.000,00, sendo pago 50% a vista com cheque do Banco do Brasil S/A e o restante será pago em 30 e 60 dias mediante nota promissória.
Compra de arquivos para escritório, conforme nota fiscal, no valor de R$ 800,00, pago a vista com cheque do Banco do Brasil S/A.
Compra de um veículo, no valor de R$ 35.000,00, conforme nota fiscal, sendo pago R$ 15.000,00 a vista com cheque do Banco Itaú S/A e o restante a ser pago em 2 parcelas iguais com vencimento para 30 e 60 dias.
Compra de divisórias para instalação nos escritórios, conforme nota fiscal, no valor de R$ 1.600,00 a ser pago em 30 dias.
Compra de materiais para escritório, solicitados pelo Departamento de Papelaria, no valor de R$ 2.100,00, a ser pago em 30 dias conforme nota fiscal.
Compra de um software de controle de estoque, conforme nota fiscal, no valor de R$ 3.000,00, pago a vista com cheque do Banco do Brasil S/A
Compra de mesas e cadeiras para escritório, conforme nota fiscal, no valor de R$ 4.450,00, pago a vista com cheque do Banco do Brasil.
Compra de computadores no valor de R$ 8.400,00, conforme nota fiscal, a ser pago em 30, 60 e 90 dias.
Saque efetuado no Banco Itaú no valor de R$ 2.000,00
Pagamento com débito automático no Banco Itaú dos seguintes itens:
		Energia elétrica		R$ 350,00
		Água e Esgoto		R$ 150,00
		Telefone			R$ 280,00
Pagamento com debito automático no Banco Itaú de uma duplicata no valor de R$ 3.000,00.
Pagamento com débito automático no Banco Itaú de tarifas bancárias no valor de R$ 55,00
Aplicação financeira no Banco do Brasil no valor de R$ 15.000,00.
Juros sobre aplicações financeiras pós 30 dias no valor de R$ 55,00
5. OPERAÇÕES COM MERCADORIAS
Antes de o contador efetuar os registros contábeis das operações envolvendo mercadorias, deve-se verificar o sistema de tributação no qual está inserida a empresa.
É importante analisar o sistema de tributação para verificar se a empresa possui direito ao crédito de impostos recebidos nas aquisições de mercadorias, cujo valor será compensado no pagamento dos mesmos tributos, quando da realização das vendas das mercadorias.
Utilizaremos como exemplo os 2 tipos de tributaçãol: Simples Federal e o Lucro Real. 
Simples Nacional
No Simples Nacional ou Supersimples, as empresas fazem um único recolhimento mensal, substituindo os seguintes impostos: IRPJ, IPI, CSLL, COFINS, PIS, INSS, ICMS e ISS. 
Esta tributação é particularidade das micros (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), cuja arrecadação do imposto é dividido entre a União, os estados e municípios.
Considera-se ME e EPP, toda sociedade simples, empresária e o empresário, devidamente constituídas desde que observados os limites de receita bruta anual e vedações previstos no Art. 3 da Lei Complementar 123/2006 e na Resolução 4 do Comitê Gestor do Simples Nacional.
Partilha do Simples Nacional – Comércio
 
	Receita Bruta em 12 meses (R$)
	ALÍQUOTA
	IRPJ
	CSLL
	COFINS
	PIS/PASEP
	CPP
	ICMS
	Até 120.000,00
	4,00%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	0,00%
	2,75%
	1,25%
	De 120.000,01 a 240.000,00
	5,47%
	0,00%
	0,00%
	0,86%
	0,00%
	2,75%
	1,86%
	De 240.000,01 a 360.000,00
	6,84%
	0,27%
	0,31%
	0,95%
	0,23%
	2,75%
	2,33%
	De 360.000,01 a 480.000,00
	7,54%
	0,35%
	0,35%
	1,04%
	0,25%
	2,99%
	2,56%
	De 480.000,01 a 600.000,00
	7,60%
	0,35%
	0,35%
	1,05%
	0,25%
	3,02%
	2,58%
	De 600.000,01 a 720.000,00
	8,28%
	0,38%
	0,38%
	1,15%
	0,27%
	3,28%
	2,82%
	De 720.000,01 a 840.000,00
	8,36%
	0,39%
	0,39%
	1,16%
	0,28%
	3,30%
	2,84%
	De 840.000,01 a 960.000,00
	8,45%
	0,39%
	0,39%
	1,17%
	0,28%
	3,35%
	2,87%
	De 960.000,01 a 1.080.000,00
	9,03%
	0,42%
	0,42%
	1,25%
	0,30%
	3,57%
	3,07%
	De 1.080.000,01 a 1.200.000,00
	9,12%
	0,43%
	0,43%
	1,26%
	0,30%
	3,60%
	3,10%
	De 1.200.000,01 a 1.320.000,00
	9,95%
	0,46%
	0,46%
	1,38%
	0,33%
	3,94%
	3,38%
	De 1.320.000,01 a 1.440.000,00
	10,04%
	0,46%
	0,46%
	1,39%
	0,33%
	3,99%
	3,41%
	De 1.440.000,01 a 1.560.000,00
	10,13%
	0,47%
	0,47%
	1,40%
	0,33%
	4,01%
	3,45%
	De 1.560.000,01 a 1.680.000,00
	10,23%
	0,47%
	0,47%
	1,42%
	0,34%
	4,05%
	3,48%
	De 1.680.000,01 a 1.800.000,00
	10,32%
	0,48%
	0,48%
	1,43%
	0,34%
	4,08%
	3,51%
	De 1.800.000,01 a 1.920.000,00
	11,23%
	0,52%
	0,52%1,56%
	0,37%
	4,44%
	3,82%
	De 1.920.000,01 a 2.040.000,00
	11,32%
	0,52%
	0,52%
	1,57%
	0,37%
	4,49%
	3,85%
	De 2.040.000,01 a 2.160.000,00
	11,42%
	0,53%
	0,53%
	1,58%
	0,38%
	4,52%
	3,88%
	De 2.160.000,01 a 2.280.000,00
	11,51%
	0,53%
	0,53%
	1,60%
	0,38%
	4,56%
	3,91%
	De 2.280.000,01 a 2.400.000,00
	11,61%
	0,54%
	0,54%
	1,60%
	0,38%
	4,60%
	3,95%
Contabilização de empresas cadastradas no Simples Federal
1º. MÊS DE MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA R.A. DE SOUZA - ME
Aquisição de mercadorias durante o mês de Janeiro, pela empresa R. A. de Souza - ME, pago a vista com cheque do Banco do Brasil, no valor de R$ 2.000,00.
		 COMPRAS DE MERCADORIAS
		 a BANCOS CONTA MOVIMENTO – B. BRASIL 			R$ 2.000,00
Aquisição de mercadorias durante o mês de Janeiro, pela empresa R. A. de Souza – ME, a prazo, no valor de R$ 8.000,00
		 COMPRAS DE MERCADORIAS
		 a FORNECEDORES				 			R$ 8.000,00
Vendas de mercadorias durante o mês de Janeiro, pela empresa R. A. de Souza – ME, sendo:
		R$ 4.500,00 - a vista
		R$ 5.500,00 – a prazo
		 CAIXA
		 a RECEITA COM VENDAS DE MERCADORIAS 			R$ 4.500,00
		 CLIENTES
		 a RECEITA COM VENDAS DE MERCADORIAS 			R$ 5.500,00
Imposto (Simples Nacional) a ser pago pela empresa no período subseqüente R$ 400,00.
		 SIMPLES NACIONAL
		 a SIMPLES NACIONAL A RECOLHER		 			R$ 400,00
Baixar o custo das mercadorias vendidas no período, sabendo que o Estoque Final é de R$ 800,00.
		FÓRMULA PARA CÁLCULO DO CMV = Ei + C - Ef
			Ei = estoque inicial
			C = compras
			Ef = estoque final
		 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
		 a COMPRAS DE MERCADORIAS		 			R$ 10.000,00
		 ESTOQUE DE MERCADORIAS
		 a CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 			R$ 2.000,00
2º. MÊS DE MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA R.A. DE SOUZA – ME
Aquisição de mercadorias durante o mês de Fevereiro, pela empresa R. A. de Souza - ME, sendo:
		R$ 2.500,00 - a vista com cheque do Banco do Brasil.
		R$ 7.800,00 – a prazo
		 COMPRAS DE MERCADORIAS
		 a BANCOS CONTA MOVIMENTO – B. BRASIL 			R$ 2.500,00
		 COMPRAS DE MERCADORIAS
		 a FORNECEDORES				 			R$ 7.800,00
Vendas de mercadorias durante o mês de Fevereiro, pela empresa R. A. de Souza – ME, sendo:
		R$ 6.500,00 - a vista
		R$ 11.500,00 – a prazo
		 CAIXA
		 a RECEITA COM VENDAS DE MERCADORIAS 			R$ 8.500,00
		 CLIENTES
		 a RECEITA COM VENDAS DE MERCADORIAS 			R$ 31.500,00
Imposto (Simples Nacional) a ser pago pela empresa no período subseqüente R$ 984,60.
		 SIMPLES NACIONAL
		 a SIMPLES NACIONAL A RECOLHER	 			R$ 984,60
Baixar o custo das mercadorias vendidas no período, sabendo que o Estoque Final é de R$ 1.250,00.
		 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
		 a ESTOQUE DE MERCADORIAS		 			R$ 2.000,00
		 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
		 a COMPRAS DE MERCADORIAS		 			R$ 18.000,00
		 ESTOQUE DE MERCADORIAS
		 a CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 			R$ 1.250,00
Contabilização de empresas com apuração de Lucro Real
1º. MÊS DE MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA COM. PROD. ALIMENT.BOM APETITE LTDA.
Aquisição de mercadorias durante o mês de Janeiro, pela empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda., sendo:
		R$ 25.500,00 - a vista com cheque do Banco do Brasil.
		R$ 78.500,00 – a prazo
		 ESTOQUE DE MERCADORIAS
		 a BANCOS CONTA MOVIMENTO – B. BRASIL 			R$ 25.500,00
		 ESTOQUE DE MERCADORIAS
		 a FORNECEDORES				 			R$ 78.500,00
Impostos incidentes nas compras de mercadorias efetuadas pela empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda., ICMS 18%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
 ICMS A RECUPERAR
	 a ESTOQUE DE MERCADORIAS		 			R$ 18.720,00
 PIS A RECUPERAR
	 a ESTOQUE DE MERCADORIAS		 			R$ 1.716,00
 COFINS A RECUPERAR
	 a ESTOQUE DE MERCADORIAS		 			R$ 7.904,00
Vendas de mercadorias durante o mês de Janeiro, pela empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda., sendo:
		R$ 48.500,00 - a vista
		R$ 121.500,00 – a prazo
		 CAIXA
		 a RECEITA COM VENDAS DE MERCADORIAS 			R$ 48.500,00
		 CLIENTES
		 a RECEITA COM VENDAS DE MERCADORIAS 			R$ 121.500,00
Impostos incidentes sobre as vendas de mercadorias efetuadas pela empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda.: ICMS 18%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
		 ICMS
		 a ICMS A RECOLHER				 			R$ 30.600.00
		 PIS
		 a PIS A RECOLHER				 			R$ 2.805,00
		 COFINS
		 a COFINS A RECOLHER			 			R$ 12.920.00
Baixar o custo das mercadorias vendidas no período no valor de R$ 69.500,00.
		 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
		 a ESTOQUE DE MERCADORIAS		 			R$ 69.500,00
Apurar os saldos dos impostos
		 ICMS A RECOLHER
		 a ICMS A RECUPERAR				 			R$ 18.720,00
		 PIS A RECOLHER
		 a PIS A RECUPERAR				 			R$ 1.716,00
		 COFINS A RECOLHER
		 a COFINS A RECUPERAR			 			R$ 7.904,00
2º. MÊS DE MOVIMENTAÇÃO DA EMPRESA COM. PROD. ALIMENT.BOM APETITE LTDA.
Aquisição de mercadorias durante o mês de Fevereiro, pela empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda., sendo:
		R$ 19.500,00 - a vista com cheque do Banco do Brasil.
		R$ 122.500,00 – a prazo
		 ESTOQUE DE MERCADORIAS
		 a BANCOS CONTA MOVIMENTO – B. BRASIL 			R$ 19.500,00
		 ESTOQUE DE MERCADORIAS
		 a FORNECEDORES				 			R$ 122.500,00
Impostos incidentes sobre as compras de mercadorias efetuadas pela empresa Com. de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda., ICMS 18%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
 ICMS A RECUPERAR
	 a ESTOQUE DE MERCADORIAS		 			R$ 25.560,00
 PIS A RECUPERAR
	 a ESTOQUE DE MERCADORIAS		 			R$ 2.343,00
 COFINS A RECUPERAR
	 a ESTOQUE DE MERCADORIAS		 			R$ 10.792,00
Vendas de mercadorias durante o mês de Fevereiro, pela empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda., sendo:
		R$ 33.500,00 - a vista
		R$ 87.500,00 – a prazo
		 CAIXA
		 a RECEITA COM VENDAS DE MERCADORIAS 			R$ 33.500,00
		 CLIENTES
		 a RECEITA COM VENDAS DE MERCADORIAS 			R$ 87.500,00
Impostos incidentes sobre as vendas de mercadorias efetuadas pela empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda.: ICMS 18%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
		 ICMS
		 a ICMS A RECOLHER				 			R$ 21.780,00
		 PIS
		 a PIS A RECOLHER				 			R$ 1.996,50
		 COFINS
		 a COFINS A RECOLHER			 			R$ 9.196,00
Baixar o custo das mercadorias vendidas no período no valor de R$ 61.250,00.
		 CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS
		 a ESTOQUE DE MERCADORIAS		 			R$ 61.250,00
Apurar os saldos dos impostos
		 ICMS A RECOLHER
		 a ICMS A RECUPERAR				 			R$ 61.250,00
		 PIS A RECOLHER
		 a PIS A RECUPERAR				 			R$ 61.250,00
		 COFINS A RECOLHER
		 a COFINS A RECUPERAR			 			R$ 61.250,00
EXERCÍCIOS
Efetuar os registros contábeis das movimentações de estoque da empresa COMÉRCIO DE PRODUTOS DE SEGURANÇA SECURIT LTDA – ME.
Compras de mercadorias no período conforme abaixo:
R$ 3.500,00 a vista pago em dinheiro
R$ 7.500,00 a prazo 
Vendas de mercadorias no período conforme abaixo:
R$ 4.200,00 a vista
R$ 9.500,00 a prazo
Simples Federal apurado no período R$ 548.00
Baixar o custo das mercadorias vendidas no período sabendo que o estoque final no período é de R$ 1.500.00
Efetuar os registros contábeis das movimentações de estoque da empresa PAPELARIA PAPELOTE LTDA – ME.
Compras de mercadorias no período conforme abaixo:
R$ 1.850,00 a vista pago com cheque do Banco Itaú
R$ 12.600,00 a prazo 
Vendas de mercadorias no período conforme abaixo:
R$ 7.100,00 a vistaR$ 11.500,00 a prazo
Simples Federal apurado no período R$ 1.017,42
Baixar o custo das mercadorias vendidas no período sabendo que o estoque final no período é de R$ 1.850,00
Efetuar os registros das movimentações de estoque da empresa COMÉRCIO DE MATERIAIS METÁLICOS METALTEC LTDA.
Compras de mercadorias a prazo no período no valor de R$ 156.000,00, com ICMS de 18%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
Vendas de mercadorias a prazo no período no valor de R$ 182.500,00, com ICMS 18%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
Baixar o custo das mercadorias vendidas no período no valor de R$ 95.000,00
Apurar os impostos do período.
Efetuar os registros das movimentações de estoque da empresa COMÉRCIO DE MAQUINAS E EQUIPAMENTOS MAQUITEV LTDA.
Compras de mercadorias a prazo no período no valor de R$ 225.000.00 com ICMS 18%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%
Vendas de mercadorias a prazo no período no valor de R$ 195.000,00 com ICMS 18%, PIS 1,65% e Cofins 7,6%.
Baixar o custo das mercadorias vendidas no período no valor de R$ 115.000,00
Apurar os impostos no período.
VALORIZAÇÃO DO ESTOQUE
Métodos de valorização
As empresas de médio e grande porte buscam controlar os custos de cada venda, mantendo um controle individual para cada item comercializado ou produzido. Este controle demonstra todas as entradas, saídas e saldos, sendo todas as movimentações valorizadas pelo valor de custo.
A determinação dos custos pode ser efetuada por um dos três métodos:
PEPS (Primeiro que entra, Primeiro que sai) – neste método os itens são baixados pelas aquisições mais antigas. Assim, o estoque final é avaliado pelas aquisições mais recentes e o custo das mercadorias vendidas é avaliado pelas aquisições mais antigas.
UEPS (Último que entra, Primeiro que sai) – neste método os itens são baixados pelas aquisições mais recentes. Assim, o estoque final é avaliado pelas aquisições mais antigas e o custo das mercadorias vendidas é avaliado pelas aquisições mais recentes. 
Custo médio ponderado móvel – neste método a avaliação é feita por uma média entre os custos das antigas e das recentes aquisições dos itens. Assim, tanto o estoque final como o custo das mercadorias vendidas são avaliados pelos custos médios ponderados.
O Fisco não aceita a avaliação pelo método UEPS, pois num período inflacionário, apresenta um custo supervaliado para as mercadorias vendidas e, conseqüentemente, produz uma redução nos lucros e uma base de calculo reduzida para o imposto de renda e contribuição social.
Custo de aquisição
Os custos de aquisição das mercadorias, de produtos ou matérias primas referem-se a somatória do valor de aquisição e as despesas acessórias, deduzida dos impostos a recuperar, caso a empresa possua este direito.
Assim, uma empresa que possua o direito à recuperação de impostos incidentes nas compras, deverá deduzir o total de impostos recuperáveis do valor de aquisição das mercadorias para obter o custo total ou unitário dos bens adquiridos.
Isto não ocorre em empresas que possuem uma tributação diferenciada, como por exemplo as Micro e Empresas de Pequeno Porte cadastradas no Simples Nacional. Para estes casos, como estas empresas possuem uma tributação reduzida nas vendas, não possuem o direito de recuperação de impostos nas compras efetuadas.
Apenas como esclarecimentos, os bens adquiridos para consumo próprio como materiais de limpeza, manutenção, escritório, não possuem direito ao crédito do imposto, por tratar-se de aquisição de despesas destinadas ao consumo próprio.
Segue abaixo exemplos do cálculo dos custos de mercadorias adquiridas por 2 empresas distintas:
R. A. DE SOUZA – ME (empresa cadastrado no Simples Federal).
Compra de 100 camisas ao preço unitário de R$ 25,00.
O fornecedor das camisas é um distribuidor com apuração de lucro real e, portanto, paga todos os impostos: ICMS 18%, PIS 1,65% e COFINS 7,6%.
	Valor pago pela aquisição		R$ 2.500,00 (R$ 25,00 x 100)
	Impostos recuperados		R$ 0,00 **
	Custo total da aquisição		R$ 2.500,00
	Custo unitário das camisas	R$ 25,00 (R$ 2.500,00 / 100)
** apesar de o fabricante Recolher todos os impostos, a empresa R.A. de Souza não é tributada nas vendas e, portanto, não possui o direito de recuperação dos impostos nas compras.
Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda.
Compra de 300 kgs do produto “X” ao preço unitário de R$ 7,50.
O fornecedor do produto alimentício “X” é um distribuidor com apuração de lucro real e, portanto, paga todos os impostos: ICMS 18%, PIS 1,65% e COFINS 7,6%.
	Valor pago pela aquisição		R$ 2.250,00 (R$ 7,50 x 300)
	Impostos recuperados
		ICMS 18%		 (R$ 405,00)
		PIS 1,65% (R$ 37,13)
		COFINS 7,6% (R$ 171,00)
	Custo total da aquisição		 R$ 1.636,87
	Custo unitário das camisas	R$ 5,4562 (R$ 1.636,87 / 300)
Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda.
Compra de 300 kgs do produto “X” ao preço unitário de R$ 7,50. Produto tributado no IPI com alíquota de 5%
O fornecedor do produto alimentício “X” é uma indústria com apuração de lucro real e, portanto, paga todos os impostos: ICMS 18%, PIS 1,65% e COFINS 7,6%.
	Valor pago pela aquisição		R$ 2.250,00 (R$ 7,50 x 300)
		IPI 5%			R$ 112,50
	Valor total pago 			R$ 2.362,50
	Impostos recuperados
		ICMS 18%		 (R$ 405,00)
		PIS 1,65% (R$ 37,13)
		COFINS 7,6% (R$ 171,00)
	Custo total da aquisição		 R$ 1.749,37
	Custo unitário das camisas	R$ 5,8312 (R$ 1.749,37 / 300)
Exercícios de valorização de estoque:
1. Apresentar os valores de Custo das Mercadorias Vendidas e do Estoque Final para as movimentações ocorridas no mês de Janeiro do item “Z” da empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda.:
	Dia
	Movimentação
	Qtde.
	Vr. Unit.
	ICMS (18%)
	PIS (1,65%)
	Cofins (7,6%)
	Custo Unitário
	01
	Compra a prazo
	200
	R$ 15,00
	
	
	
	
	05
	Venda a prazo
	80
	R$ 25,00
	
	
	
	
	10
	Venda a prazo
	90
	R$ 27,00
	
	
	
	
	12
	Compra a prazo
	300
	R$ 18,00
	
	
	
	
	15
	Venda a prazo
	150
	R$ 30,00
	
	
	
	
	18
	Compra a prazo
	100
	R$ 20,00
	
	
	
	
	22
	Venda a prazo
	250
	R$ 32,00
	
	
	
	
	25
	Compra a prazo
	200
	R$ 20,00
	
	
	
	
	28
	Venda a prazo
	190
	R$ 32,00
	
	
	
	
Apresentar os valores de Custo das Mercadorias Vendidas e do Estoque Final para as movimentações ocorridas no mês de Janeiro do item “Y” da empresa Comércio de Produtos Alimentícios Bom Apetite Ltda.:
	Dia
	Movimentação
	Qtde.
	Vr. Unit.
	ICMS (18%)
	PIS (1,65%)
	Cofins (7,6%)
	Custo Unitário
	02
	Compra a prazo
	100
	R$ 25,00
	
	
	
	
	05
	Venda a prazo
	80
	R$ 40,00
	
	
	
	
	08
	Compra a prazo
	150
	R$ 27,00
	
	
	
	
	11
	Venda a prazo 
	130
	R$ 40,00
	
	
	
	
	17
	Compra a prazo
	100
	R$ 30,00
	
	
	
	
	18
	Compra a prazo
	100
	R$ 25,00
	
	
	
	
	21
	Venda a prazo
	210
	R$ 40,00
	
	
	
	
	25
	Compra a prazo
	200
	R$ 27,00
	
	
	
	
	29
	Venda a prazo
	200
	R$ 40,00
	
	
	
	
2. Apresentar os lançamentos contábeis dos fatos contábeis acima descritos.
	SAÍDAS
	TOTAL
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	UNIT.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	QTDE
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	SAÍDAS
	TOTAL
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	UNIT.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	QTDE
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	ENTRADAS
	TOTAL
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	UNIT.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	QTDE
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	PEPS
	DIA
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	SAÍDAS
	TOTAL
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	UNIT.
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	QTDE
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	SAÍDAS
	TOTAL

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