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AD2 BCO 02 2016 Letras Nova Iguaçu Christine

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Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do
Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de
Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ
Disciplina: BASES DA CULTURA OCIDENTAL
Coordenador: André Alonso
AD 2 - 2016/ 2
Aluno(a): Christine Soares de Oliveira Lopes da Cruz
Polo: Nova Iguaçu 
Matrícula: 16213120316
Nota: 
A AD2 consta de 4 questões
Valor das questões: cada questão vale 2,5. Peso 
da avaliação: 20%
- Não copie respostas do material didático, de livros ou da internet. Elabore seu
próprio texto, redija com suas palavras e, se citar algo que não seja de sua autoria,
indique claramente a fonte.
- Redija suas resposta com atenção e cuidado, empregando a norma padrão da língua
portuguesa.
1. Escreva um pequeno texto explicando quais eram os temas abordados pelas tragédias e
comédias no teatro grego.
Tragédia e comédia são subgêneros do gênero dramático, que não chega a ser um gênero
literário mas um subgênero da poesia. A palavra “drama” significa ação, e no estilo
dramático temos a narração da encenação de uma espécie de culto às divindades gregas,
com diálogos entre personagens.
1
Na tragédia grega os temas giram em torno dos mitos helênicos, que são tratados de foma
diversificada, ou seja, o tema sempre gira em torno dos mitos, o que muda é a forma como
os mitos serão apresentados.
Já na comédia a temática é diversificada, geralmente utilizando-se dos mitos tratados na
tragédia, só que de forma lúdica e humorística. A comédia explorava sempre temas
relacionados com a atualidade, sob um viés político ou de costume, fazendo uma crítica à
sociedade na qual estava inserida.
2. Leia os trechos seguintes:
(a) Pitágoras, tendo sido interrogado por Leonte, tirano dos fliúncios, sobre quem ele era,
respondeu: “um filósofo”. E dizia que a vida é semelhante a uma reunião de pessoas em uma
competição. Com efeito, assim como a esta uns vêm para lutar, outros por causa do comércio,
e outros ― os melhores ― como espectadores, assim na vida, disse ele, uns nascem escravos
da glória e caçadores do ganho, outros, os filósofos, da verdade. (Diógenes Laércio, Vita
Philosophorum, VIII, 8, 6-12)
(b) Com efeito, parece um amante da sabedoria aquele que a busca por si mesma, e não em
razão de outra coisa. Com efeito, quem busca algo em razão de outra coisa, ama aquilo em
razão de que busca mais do que aquilo que busca. (Santo Tomás de Aquino, In Met., I, l. 3,
n. 5)
Agora, redija um texto sobre o filósofo e a filosofia, partindo das noções expressas em ambos
os trechos.
O termo filósofo é uma palavra grega que significa aquele que ama buscar a sabedoria, e
assim, podemos definir filosofia como amor à sabedoria. O primeiro passo para tornar-se
sábio é reconhecer a própria ignorância sobre os fatos e circunstâncias da vida e passar a
observar mais o mundo ao redor. Portanto, o ócio é necessário para aqueles que desejam
filosofar, pois a observação e reflexão tornam possível o pensamento crítico. 
Para Pitágoras, o filósofo é aquele que vive a vida como espectador em busca do
conhecimento e nada mais, em oposição a outras duas classes de pessoas: as que buscam a
fama, ou competidores, e as que buscam a riqueza, ou comerciantes. Para ele, o filósofo,
como espectador, é a melhor classe de pessoa porque busca apenas a verdade, ao contrário
do competidor e do comerciante.
2
Santo Thomás de Aquino complementa essa noção ao afirmar que a verdadeira sabedoria é
desinteressada, o que reforça as afirmações de Pitágoras. Para ele, o espectador está
interessado apenas no espetáculo, uma comparação com o filósofo que está interessado
apenas na sabedoria, sem almejar algo mais. Sendo assim, se alguém almeja alcançar a
sabedoria para obter fama ou dinheiro, na verdade não ama a sabedoria, mas sim a fama
ou o dinheiro, e usa a sabedoria apenas como um meio para atingir um fim, portanto, este
não pode ser considerado um verdadeiro filósofo, que é uma pessoa absolutamente
interessada na sabedoria pura, sem fama ou riquezas.
3. Qual o alvo da crítica que Aristófanes tece em sua comédia Nuvens ao ridicularizar a figura
de Sócrates e seus discípulos? Que características do Sócrates aristofânico permitem
identificar o destinatário da crítica tecida pelo comediógrafo? Que tipo de indivíduo e que
modelo de educação Sócrates representa na peça?
Aristófanes denuncia que Sócrates trazia outras divindades para a cidade, e isso foi
representado, na peça, pelas nuvens, que seriam a dialética e a argumentação.
Sócrates pode ser identificado na peça Nuvens porque há um paralelo entre as acusações que
sofreu, sobre trazer novas divindades para a cidade, com as nuvens reveladas a Estrepsíades,
outro personagem que dialogava com Sócrates. Da mesma forma, o fato da peça ser encenada
na frente de tantas pessoas denuncia que se trata de Sócrates, que era bastante famoso na
época.Ou seja, não era necessário expor o personagem porque ficava óbvio para os
espectadores da peça que se tratava de Sócrates.
Nesta peça, denunciou-se a figura de Sócrates representando o modelo de educação sofista,
que utilizava a argumentação para ganhar nos tribunais e vencer na vida pública, ou seja, a
acusação era de que ele não buscava a filosofia pelo prazer do conhecimento, mas como um
meio para atingir outros fins.
4. Em nossa língua portuguesa, temos influências claras da linguagem encontrada nos
Evangelhos, com expressões bastante ricas de significado.
a) Dê alguns exemplos dessas expressões, explicando-as. (1,0 ponto)
Podemos tomar a expressão “separar o joio do trigo”, que significa separar o que é bom, do
que é ruim dentro de determinada circunstância; temos a expressão “lançar pérolas aos
porcos”, que significa dar algo a quem não saberá fazer seu uso correto e, ainda, “dar a
outra face”, que significa não se vingar daquele que lhe faz mal.
3
b) Como tais expressões podem ser assimiladas à poesia gnômica e à lirica sapiencial de que
se falou na Aula 14? (1,5 ponto)
Tais expressões podem ser acolhidas como conselhos para o bem agir e o bem viver, assim
como os conselhos contidos na poesia gnômica, que usa, por exemplo, “os maus amigos
produzem mau fruto”, e na lírica sapiencial, como exemplo “não te esforces demasiado, o
meio é sempre melhor”. O objetivo, tanto das expressões contidas nos evangelhos, quanto
das contidas na poesia gnômica ou na lírica sapiencial, é o mesmo: aconselhar e orientar
para a vida. 
4
	Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
	Não copie respostas do material didático, de livros ou da internet. Elabore seu próprio texto, redija com suas palavras e, se citar algo que não seja de sua autoria, indique claramente a fonte.

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