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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA ELETROMAGNETISMO I DIA: 05/12/2014 OS TERMOS DE DIPOLO E MONOPOLO Como nós já sabemos o cálculo do potencial elétrico é diretamente independente da distância a qual a carga está submetida. Em termos dimensionais podemos calculá-lo da seguinte forma: MONOPOLO: Cálculo do potencial elétrico referente a uma dimensão, uma referência. DIPOLO: Cálculo do potencial elétrico referente a duas dimensões, duas referências QUADRIPOLO: Cálculo do potencial elétrico referente a três dimensões, três referências. .... POLOS ENÉSIMOS: Cálculo do potencial elétrico referente a n dimensões. Assim, nós temos que, em termos de ‘polos’ (referências) podemos calcular o potencial elétrico da seguinte maneira: 𝑉(𝑟) = 𝑉𝑚𝑜𝑛 + 𝑉𝑑𝑖𝑝 + 𝑉𝑞𝑢𝑎𝑑 + ⋯ + 𝑉𝑛−𝑝𝑜𝑙𝑜𝑠 𝑉(𝑟) = 1 4𝜋𝜀0 ∫ 𝜙𝐸 �⃗⃗� 𝜕𝜏 ′ Essa integral é uma integral de superfície, onde 𝜏’ é uma superfície qualquer onde o corpo está situado. Note que, assim como qualquer potencial elétrico, ele é diretamente proporcional ao raio, e que aqui não estamos considerando grandezas vetoriais, e sim seu módulo. DEFINIÇÃO: Sejam: 𝑟′⃗⃗⃗ = raio em forma vetorial do potencial elétrico, �⃗⃗�=raio em forma vetorial do fluxo elétrico, 𝑟 = o vetor soma dos dois raios citados acima, formando um paralelogramo, então: 𝑟 = 𝑟′⃗⃗⃗ + �⃗⃗� ∴ �⃗⃗� = 𝑟 − 𝑟′⃗⃗⃗ Note que o objetivo acima é colocar o raio em forma vetorial do fluxo elétrico em função do raio do potencial elétrico, já que nosso objetivo é calcular o potencial elétrico. Assim encontramos o potencial do monopolo, apenas colocando a função cosseno para determinar a direção do vetor 𝑟′⃗⃗⃗: 𝑉𝑚𝑜𝑛 = 1 4𝜋𝜀0𝑟2 ∫ 𝑟′ cos 𝜃′ 𝜙𝐸𝜕𝜏′ 𝑉𝑚𝑜𝑛 = 𝑄 4𝜋𝜀0𝑟 Onde Q é o somatório de todas as cargas envolvidas no processo, caso o raio seja o mesmo. Para uma carga pontual Q na origem o termo potencial do monopolo é chamado de potencial exato, e pode ser calculado multiplicando o módulo a distância pelo valor da carga. 𝑉𝑚𝑜𝑛 = ∑ 𝑞𝑖𝑑𝑖 𝑛 𝑖=0 Onde 𝑑𝑖 são as inúmeras distâncias de cada carga até o ponto de análise e 𝑞𝑖 são as inúmeras cargas analisadas. Sabendo que: 𝑟′ cos 𝜃′ = 𝑟′ − 𝑟 𝑝 = 𝑟′ ∫ 𝜙𝐸 (𝑟 ′)𝜕𝜏 = ∑ 𝑟𝑖𝑞𝑖 𝑛 𝑖=0 𝑉𝑑𝑖𝑝 = 1 4𝜋𝜀0 �̂� ∫ 𝑟′𝜙 𝐸 𝜕𝜏 𝜙 𝐸(𝑟 ′)𝜕𝜏 = 𝑑𝑞 Onde: 𝑝= é o momento de dipolo, 𝜙𝐸 (𝑟 ′) = fluxo elétrico em função de r’. Com essas informações, nós temos que: 𝑉𝑑𝑖𝑝 = �̂�𝑝 4𝜋𝜀0𝑟2 O momento de dipolo de um conjunto de cargas pontuais (citadas ou não na origem), é dado por: 𝑝 = ∑ 𝑟𝑖𝑞𝑖 𝑛 𝑖=0 Ex.: PROBLEMA 3.27 – Pág. 106 Dados: CARGA – DISTÂNCIA CARGA (C) DISTÂNCIA 3q a q a -2q a -2q a Onde a distância está situada à direita e a sua respectiva carga está situada à esquerda, sempre respeitando um eixo de coordenadas e sua referência. Para o começo do cálculo, chamaremos de Q o somatório de todas as cargas pontuais, assim, como a distância a é igual para todos os termos, temos: 𝑉𝑚𝑜𝑛 = 𝑄 4𝜋𝜀0𝑎 Para 𝑄 = 3𝑞 + 𝑞 − 2𝑞 − 2𝑞 = 0, assim 𝑉𝑚𝑜𝑛 = 0. Para o cálculo de 𝑉𝑑𝑖𝑝, primeiro temos que calcular o momento de dipolo, assim: 𝑝 = ∑ 𝑟𝑖𝑞𝑖 𝑛 𝑖=0 CARGA (C) RAIO −𝑎�̂� q 𝑎�̂� 3q 𝑎�̂� -2q −𝑎�̂� -2q Assim: 𝑝 = 𝑟1𝑞1 + 𝑟2𝑞2 + 𝑟3𝑞3 + 𝑟4𝑞4 ∴ 𝑝 = 2𝑎𝑞�̂� Portanto, o potencial do dipolo pode ser calculado de duas formas: 𝑉𝑑𝑖𝑝 = 𝑝�̂� 4𝜋𝜀0𝑟2 = 𝑝 cos 𝜃 4𝜋𝜀0𝑟2 ∴ 𝑉𝑑𝑖𝑝 = 2𝑎𝑞�̂��̂� 4𝜋𝜀0𝑟2 = 𝑎𝑞 cos 𝜃 2𝜋𝜀0𝑟2 Onde 𝜃 é o ângulo formado pelos vetores direcionais de 𝑝 e �̂�, o vetor raio do potencial elétrico.
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