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Prof ANDREIA SEVERO Insuficiência Renal Aguda e Crônica Terapia Renal Substitutiva Sistema Urinário Fisiologia do Sistema Urinário Função dos Rins Regulação do volume do DC e do DU Excreção da impureza Excreção do excesso de hidrogênio, Regulação da PA – secreção de Renina Contribuição no metabolismo realizando gliconeogênese Secreção de eritropoietina Participa da síntese de vitamina D INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) Definida como a redução aguda da função renal em horas ou dias. Ocorrem também distúrbios no controle do equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-básico. EPIDEMIOLOGIA DA IRA Ocorre em 5% das hospitalizações e até 30% na UTI. A sepse a condição mais comumente associada. A idade >70 anos, aumenta em 3,5 a probabilidade de desenvolver a IRA. Necrose Tubular Aguda (NTA) é responsável por mais de 50% da IRA em pacientes hospitalizados e mais de 76% dos casos nos pacientes em UTI FATORES DE RISCO: Idade Avançada, Doença Hepática, Nefropatia pré-existente Diabetes CLASSIFICAÇÃO DA IRA QUANTO A DIURESE Anúrica total: 0-20 ml/dia Anúrica: 20 a 100 ml /dia Oligúrica: 101 a 400 ml /dia Não-oligúrica: 401 a 1200 ml/dia Poliúrica: 1201 a 4000 ml/dia Hiperpoliúrica: > 4000 ml 1. IRA PRÉ-RENAL – Representa resposta fisiológica à hipoperfusão renal leve a moderada O diagnóstico é de suma importância, mas se persistir pode levar à NTA (Necrose tubular aguda). Oligúria não é obrigatória Causa mais comum em pacientes hospitalizados (40 a 50%) CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA IRA QUANTO A ETIOLOGIA ETIOLOGIA DA IRA PRÉ-RENAL 1- Hipovolemia: hemorragias, perdas gastrointestinais, queimaduras, desidratação, etc. 2- Diminuição do débito cardíaco: ICC, IAM, arritmias, ETC. 3- Alteração da relação entre resistência vascular sistêmica e renal: uso abusivo de anti-hipertensivos, sepse, anfotericina B, etc. 4- Drogas: anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), contraste iodado. Principais causas: - Hipotensão arterial, - Hipovolemia (hemorragias, diarréias, queimaduras). CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA IRA 2. IRA RENAL – A principal causa é a necrose tubular aguda (NTA). Lesões recentes ao parênquima renal (40%) Pode cursar com: Oligúria (NTA isquêmica, glomerulonefrites), Anúria (algumas glomerulonefrites) Não oligúrica (NTA por aminoglicosídeos, fase de recuperação de NTA) ETIOLOGIA DA IRA RENAL 1-Obstrução vascular renal 2-Doenças do glomérulo: glomerulonefrite, CID, LES. 3-NTA: isquemia, toxinas (meios de contraste, antibiótico, quimioterápicos). 4-Nefrite intersticial: AINEs, infecções, e idiopática. 5-Depósito e obstrução intratubular: ácido úrico. 6- Rejeição de aloenxerto renal. 3. IRA PÓS RENAL Tem a menor prevalência dentre os três tipos (5%) Secundária a obstrução intra ou extra-renal CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA IRA ETIOLOGIA DA IRA PÓS RENAL 1- Obstrução ureteral bilateral: neoplasia de próstata, neoplasia de colo uterino, iatrogenia, obstrução intraluminal (cristais, edema, coágulos). 2- Obstrução na bexiga: neoplasia de bexiga, infecção, neuropatia. 3- Obstrução uretral: hipertrofia prostática benigna (HPB). ETIOLOGIA DA IRA (RESUMO) Pré-renal: doenças que provocam hipoperfusão renal, cerca de 55% ; Renal: doenças que afetam diretamente o parênquima renal, cerca de 40%; Pós-renal: doenças associadas à obstrução do trato urinário, cerca de 5%; MANIFESTAÇÕES CLINICAS SISTEMA COMPROMETIDO MANIFESTAÇÕES Digestivas Inapetência, náuseas, vômitos incoercíveis, sangramento digestivo Cardio-respiratória Dispnéia, edema, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, edema agudo de pulmão, arritmias, pericardite, pleurite Neurológica Sonolência, tremores, agitação, torpor, convulsão, coma Hematológico Sangramentos, anemia, distúrbios plaquetários Imunológico Depressão imunológica, tendência a infecções Nutricional Catabolismo aumentado, perda de massa muscular Cutâneo Prurido Diagnóstico – ureia e creatinina Urina – urianalise, clearence de creatinina Bioimagem –USG, TC E RNM. Laboratorial= Creatinina IRA - TRATAMENTO Multifatorial, visando aperfeiçoar a recuperação da função renal e prevenção de novas lesões. Identificar e tratar a etiologia Correção da volemia Restabelecimento do equilíbrio eletrolítico Controle das manifestações de uremia REALIZAR O BH Orientação dietética Terapia Renal substitutiva INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA – IRC (DOENÇA RENAL CRÔNICA - DRC) DRC é definida pela lesão do parênquima renal (com função renal normal) e/ou pela diminuição funcional renal presentes por um período igual ou superior a três meses. GRUPOS DE RISCO PARA DRC: Hipertenso Diabético Idoso Pacientes com doença cardiovascular (DCV) Familiares de pacientes portadores de DRC Pacientes em uso de medicações nefrotóxicas EPIDEMIOLOGIA Estima-se 10 milhões de brasileiros com doença renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoa sem terapia renal substitutiva (TRS) O gasto com a TRS 1,4 bilhões de reais/ ano. Doença renal atinge cerca de 1,4 milhão de pessoas, no mundo 500 milhões. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS HAS Distúrbio Eletrolítico- > (K e P)< Ca. Acidose Metabólica, Osteodistrofia Renal, Anemia, Dislipidemia, Sangramento, Pericardite Neuropatia Urêmica- SNC- Encefalopatia. Anorexias, náuseas e vômitos. Hálito e Prurido Urêmico. Estágios da Doença Renal Crônica ESTÁGIO FG DESCRIÇÃO 1 90≥ ml/min/1,73m² Lesão renal com FG normal ou aumentada 2 60 – 89 ml/min/1,73m² Lesão renal com FG levemente reduzida 3 30 – 59 ml/min/1,73m² Lesão renal com FG .moderada reduzida 4 15 – 29 ml/min/1,73m² Lesão renal com FG severamente reduzida 5 <15 ml/min/1,73m² FALÊNCIA RENAL TRATAMENTO Hipertensão arterial -IECA Proteinúria – IECA E Dieta Anemia - uso de eritropoietina. Alterações do metabolismo mineral – Ca, P e (PTH) Acidose metabólica – bic. oral Dislipidemia – estatina , dieta Diabetes – controle glicêmico , insulina, dieta, atividade física TRATAMENTO Mudança no estilo de vida – Interromper tabagismo, Reduzir ou interromper o consumo de álcool, IMC Controlar a ingestão de sal. Preparo para Terapia Renal Substitutiva TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA Terapia Renal Substitutiva visa “substituir” os rins que perderam sua função de filtrar as substancias tóxicas retidas no organismo e de eliminá-las por meio da urina. Existem três opções de tratamento quando há Doença Renal Crônica: Hemodiálise Diálise peritonial Transplante Renal Hemodiálise Substitui a função renal através da passagem de sangue por um filtro (dialisador capilar), impulsionado por uma máquina. A hemodiálise é realizada 3 vezes por semana, em sessões com duração de aproximadamente 3 a 4 horas, Material Necessário Via de acesso vascular*; Máquinas de hemodiálise; Linhas sanguíneos (arterial e venosa) Água tratada; Solução de diálise - dialisato; Dialisador Capilar - filtro;Anticoagulante - heparinização. A MÁQUINA E LINHAS DE HD Cateter para acesso ACESSO PARA A HD FISTULA AV ACESSO PARA A HD ACESSO PARA HD DIÁLISE PERITONEAL DIALISE PERITONEAL Processo de depuração do sangue no qual a transferência de solutos e líquidos ocorre através de uma membrana semipermeável (o peritônio) que separa dois compartimentos. DIÁLISE PERITONEAL DIÁLISE PERITONEAL DIÁLISE PERITONEAL VANTAGENS: Baixo custo. Pequena infraestrutura. Bom método para crianças e pacientes cardiopatas. Pouca alteração na hemodinâmica. Viagens... Diminuição da anemia. Dieta mais livre DESVANTAGENS: Hiperglicemia Triglicerídeos Nutrição (4-6 g por dia de albumina) CATETER DE TENCKOFF 44 DIÁLISE PERITONEAL AMBULATORIAL (DPA) TRANSPLANTE RENAL REFERÊNCIAS COSTA JAC; VIEIRA NETO OM & MOYSÉS NETO M. Insuficiência renal aguda. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 307-324, abr./dez.2003 . KNIHS, Neide da Silva et al . A vivência de pacientes que necessitam de transplante renal na espera por um órgão compatível. Texto contexto - enferm., Florianópolis , v. 22, n. 4, dez. 2013 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072013000400035&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 30 out. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-0707201300040003 Sociedade Brasileira de Nefrologia [online]. 2011 [acesso 2011 Jun. 20]. Disponível em:http://www.sbn.org.br/ [ Links ] Sociedade Brasileira de Nefrologia [online]. 2011 [acesso 2011 Jun. 20]. Disponível em:http://www.sbn.org.br/ [ Links ] Barros, E ; MANFRO, R.C. ; THOMÉ, F. S. ; GONÇALVES, Luiz Felipe . 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