Buscar

Febre Amarela

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Universidade Luterana do Brasil
Doenças Transmissíveis
Acadêmicas:
 Andreize Ramos
 Graciela de Souza
 Laiza Koch
 Maíra Plamer
 Rosane Berthold
 Vanessa Batista
 
Febre Amarela
CID 10: A95
Descrição:
	- Doença febril aguda, de curta duração (máximo 12 dias);
	- Gravidade Variável;
	- Apresenta-se como infecções subclínicas e/ou leves, até formas graves e fatais;
	- Quadro típico tem evolução bifásica (período de infecção e intoxicação);
	- Início abrupto, febre alta, pulso lento em relação à temperatura (sinal de Faget), calafrios, cefaleia intensa, mialgia, prostração, náuseas, vômitos, durando certa de 3 dias;
	- Após 3 dias, ocorre remissão da febre e melhora dos sintomas, o que pode durar algumas horas ou no máximo 2 dias;
	
- Pode evoluir para a cura ou para a forma grave (intoxicação), que caracteriza-se pelo aumento da febre, diarreia e reaparecimento de vômitos, com aspecto de borra de café, insuficiência hepática e renal;
- Também pode surgir icterícia e manifestações hemorrágicas;
- Epidemiologicamente pode se apresentar de duas formas distintas: Febre Amarela Urbana (FAU) e Febre Amarela Silvestre (FAS), diferenciando-se uma da outra pela localização geográfica, espécie vetorial e tipo de hospedeiro.
Agente Etiológico: Vírus amarílico, arbovírus do gênero Flavivírus e família Flaviridae. É um RNA vírus.
Vetores: Principal é o mosquito.
Hospedeiro: O hospedeiro Natural é o Macaco, o homem não humanizado entra no ciclo acidentalmente.
Modo de Transmissão: Na FAS, o ciclo de transmissão se processa entre o macaco infectado – mosquito silvestre – macaco sadio;
	Na FAU, a transmissão se faz através da picada do mosquito Ae. aegyti, no ciclo homem infectado – mosquito – homem sadio.
Período de Incubação: Varia de 3 a 6 dias, após a picada do mosquito fêmea infectado.
Período de Transmissibilidade: O sangue dos doentes é infectante de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias após. 
No mosquito Ae. aegypti, o período é de 9 a 12 dias, após de mantém infectado por toda a vida.
Diagnóstico: É clínico, epidemiológico e laboratorial.
Tratamento: Não existe tratamento antiviral específico. Apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente, que deve permanecer hospitalizado e em repouso, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas quando indicado.
Vigilância Epidemiológica
Tem por objetivo diminuir a incidência de FA de transmissão silvestre e urbana, detectar oportunamente a circulação viral para orientar as medidas de controle.
Doença de notificação compulsória e investigação obrigatória de todos os casos.
Definição do caso:
	Suspeito 1: Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), acompanhado de icterícia e ou manifestações hemorrágicas, não vacinado contra FA ou em estado vacinal ignorado.
	Suspeito 2: Indivíduo com quadro febril agudo (até 7 dias), residente ou que esteve em área com transmissão viral nos últimos 15 dias, não vacinado ou em estado vacinal ignorado.
Confirmado - Todo caso suspeito que apresente pelo menos uma das seguintes condições: isolamento do vírus, MAC ELISA positivo, laudo histopatológico compatível e com vínculo epidemiológico, elevação em quatro vezes ou mais nos títulos de anticorpos IgG ou todo indivíduo assintomático originado de busca ativa que não tenha sido vacinado e que apresente sorologia (MAC-ELISA) positiva para FA.
Confirmado por critério clínico epidemiológico – Todo caso suspeito de FA que evolui para óbito em menos de 10 dias, sem confirmação laboratorial, no início ou curso de surto ou epidemia, em que outros casos já tenham sido comprovados laboratorialmente.
Descartado – Caso suspeito com diagnóstico laboratorial negativo, desde que comprove que as amostras foram coletas e transportadas adequadamente, ou caso suspeito com diagnóstico confirmado de outra doença.
Vigilância – A notificação desses eventos deve ser imediata, pela via mais rápida. Os seguintes grupos devem ser alvo das ações de vigilância:
Humanos – Vigilância das enfermidades que cursam com quadro clínico de síndrome febril íctero-hemorrágica aguda, por meio de busca nos hospitais nos últimos 30 dias. A definição de caso suspeito de FA deve ser divulgada em todos os serviços de saúde.
Primatas não humanos – Iniciada a partir da observação de um ou mais macacos mortos ou doentes.
Vetores silvestres – Por meio da captura nas áreas de ocorrência de caso humano suspeito.
Coberturas vacinais – Acompanhamento sistemático das coberturas vacinais contra FA, por município, buscando atingir a meta de 100% nas áreas de risco.
Medidas de Controle
A vacinação contra a febre amarela é recomendada para uma grande área do Brasil onde a transmissão é considerada possível, principalmente para indivíduos não vacinados e que se expõem em áreas de mata, onde o vírus ocorre naturalmente. A vacina está recomendada nas ações de rotina dos programas de imunizações (Calendário Nacional de Vacinação), e deve ser aplicada em residentes da Área Com Recomendação de Vacina (ACRV) e em viajantes que se deslocam para essa área, conforme o mapa (slide seguinte).
A vacinação de rotina para febre amarela é ofertada em 19 estados (Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) com recomendação para imunização. Vale destacar que na Bahia, Piauí, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a vacinação não ocorre em todos os municípios. Além das áreas com recomendação, neste momento, também está sendo vacinada, de forma escalonada, a população do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Todas as pessoas que vivem nesses locais devem tomar uma dose da vacina ao longo da vida.
Precisam se imunizar crianças a partir de nove meses e adultos até 59 anos, com apenas uma dose da vacina. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem ainda não foi vacinado, a orientação é receber a dose única. As recomendações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina. A população que não vive na área de recomendação, ou não vai se dirigir a essas áreas, não precisa buscar a vacinação neste momento.
Medidas de controle:
Notificação imediata de casos humanos, epizootias e de achado do vírus em vetor silvestre.
Vigilância sanitária de portos, aeroportos e passagens de fronteiras com exigência do Certificado Internacional de Vacinação para FA apenas para viajantes internacionais procedentes de áreas de ocorrência da doença.
Controle do Ae. Aegypyti.
Realização de ações de educação em saúde.
Dados Estatísticos
Distribuição dos casos de febre amarela notificados até 1º de fevereiro, às 13h:
Fonte: Ministério da Saúde-2017
Distribuição dos óbitos de febre amarela notificados até 1º de fevereiro, às 13h:
Fonte: Ministério da Saúde-2017
31/03/17
16/05/17
02/05/17
Fonte Bibliográfica
Doenças infecciosas e parasitárias – guia de bolso – 8° edição, 2010.
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/427-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/febre-amarela/l1-febre-amarela/10771-vacinacao-febre-amarela consulta realizada em 11/12/2017
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/27606-ministerio-da-saude-lanca-campanha-com-orientacoes-sobre-a-vacinacao-contra-a-febre-amarela

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais