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RECORDANDO NOSSA LÍNGUA_6

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RECORDANDO NOSSA LÍNGUA(6)
Divergência
“A opinião dos advogados de defesa do réu deferiu sobre o encaminhamento do processo criminal.”
Seria natural e chegariam a um consenso se o verbo usado fosse correto. O verbo “deferir” não é o adequado.
Observe:
deferir – atender a algo que é requerido ou pedido
diferir – divergir
Frase correta
A opinião dos advogados de defesa do réu diferiu sobre o encaminhamento do processo criminal.
Imprevisibilidade
As obras de prevenção a acidentes contra os temporais nas regiões serranas foram suspensas sine die.
Muito triste, mas a prioridade foi dada à construção de novas casas.
A expressão latina sine die é comum, isto é, já faz parte do nosso linguajar e quer dizer: sem dia marcado para recomeçar. 
Você precisa saber
Quando os prefixos pre e pos são átonos( não são acentuados) não admitem o uso do hífen. Já os prefixos acentuados exigem o uso do hífen.
Exemplo: O professor do curso de pós-graduação recomendou que os alunos lessem o posfácio de um livro.
Rapaz esforçado
“ João fez o curso de Medicina a custa de muito sacrifício.”
Coitado! Será um bom médico? A expressão “a custa de”, sem o acento grave indicativo de crase está errada.
Frase correta
João fez o curso de Medicina à custa de muito sacrifício.
Caso perdido
“ O diretor daquela empresa foi obrigado, pelo juiz, a pagar a custa do processo que lhe foi impetrado por um concorrente.”
Certamente esse diretor perdeu na justiça ao pagar “a custa”. Esta palavra só pode ser usada no plural: as custas e significa os gastos feitos em processo judicial.
Período correto
O diretor daquela empresa foi obrigado, pelo juiz, a pagar as custas do processo que lhe foi impetrado por um concorrente.
Mau retorno
“A jovem voltou à casa mais cedo porque estava indisposta.”
Garanto que quando ela chegou “à casa”, sentiu-se mais indisposta, ainda. Por quê? Pela colocação indevida desta crase.
Observe: neste caso não houve a fusão de a (preposição)+a (artigo definido). O a antes de casa é apenas preposição. Voltou para casa. Veio de casa. 
Porém, em se tratando da própria casa ou de outrem, mas trazendo qualquer elemento, há fusão da preposição com o artigo e a crase será necessária. Voltou à casa de praia, herança de seus pais.
Período correto
A jovem voltou a casa mais cedo porque estava indisposta. 
Selvageria
Atualmente são muito poucos os aborígines que vivem no nosso país.
Lamentável, mas verdadeiro. Aborígines ou aborígenes?
Tanto faz! Os dois termos constam do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa/ VOLP, da Academia Brasileira de Letras/ABL e significam indígenas, habitantes primitivos de um país.
O que verdadeiramente importa é que atendamos a um dispositivo constitucional: a preservação da cultura, dos hábitos e dos costumes daqueles que restaram.
Antipatia gratuita
“O rapaz sempre se simpatizou com a vizinha, mas ela jamais gostou dele.”
Entende-se o porquê da antipatia da moça. O verbo simpatizar não é pronominal, logo não admite o pronome oblíquo (“se” simpatizou).
Período correto
O rapaz sempre simpatizou com a vizinha, mas ela jamais gostou dele.
Problema dermatológico
“ A eczema do rosto da criança não melhorou depois da aplicação da pomada que lhe foi receitada.”
Não há remédio que cure “a eczema”. Esta palavra é masculina: o eczema.
Período correto
O eczema do rosto da criança não melhorou depois da aplicação da pomada que lhe foi receitada.
Profissional relapso
“ Apesar das constantes advertências do dono da fábrica o gerente tergiverça nos assuntos mais sérios.”
Não pode dar certo um funcionário que “tergiverça”. Este verbo não deve ser escrito com “ç” e sim com s: tergiversar, que significa, em sentido figurado, ser evasivo, torcer a realidade dos fatos.
Frase correta
Apesar das constantes advertências do dono da fábrica o gerente tergiversa nos assuntos mais sérios.
Faltosos 
Uma e outra aluna erraram o trabalho passado pelo professor.
Se não fosse o problema do erro, estaria tudo certo. A expressão uma e outra admite o verbo no plural, o que é mais usual, mas no singular também está certo. 
Observe no singular
Uma e outra aluna errou o trabalho passado pelo professor.
Sem presença
“Um ou outro jovem participarão do Encontro de Jovens com o novo arcebispo no próximo mês de julho.”
Isso não poderá acontecer, pois prejudicará a cerimônia. A expressão um ou outro exige o verbo no singular e fica fácil de se entender o porquê, pois o ou mostra que apenas uma pessoa participará.
Período correto
Um ou outro jovem participará do Encontro de Jovens com o novo arcebispo, no próximo mês de julho.
Crime inafiançável 
“ O crime de sequestro seguido de morte, além de inafiançável, é considerado hodiondo .”
De fato é um crime terrível, mas se for considerado “hodiondo” ficará ainda mais inafiançável. 
Esta palavra não existe. O vocábulo correto é hediondo.
Frase correta
O crime de sequestro seguido de morte, além de inafiançável, é considerado hediondo. 
Elogio infeliz
O colega querendo agradar o estilo de se vestir de sua companheira de trabalho, disse que ela tem um jeito hodierno de ser.
A moça pareceu ofendida, pensando que hodierno era algum nome feio, até mesmo um palavrão.
Coitado! Ele quis falar difícil, hodierno é sinônimo de moderno, atual, relativo aos dias de hoje.
Procure ser hodierno, mas não exagere ! 
Torcida organizada
“ Um grupo de rapazes torceu para o FLUMINENSE no jogo com o BOTAFOGO na decisão final.”
Foi por isso que o clube perdeu a taça. O verbo torcer no sentido de torcedor não aceita a preposição “para” e sim a preposição por e todas as suas variações ( pelo, pela, pelos e pelas).
Frase correta
Um grupo de rapazes torceu pelo FLUMINENSE no jogo com o BOTAFOGO na decisão FINAL.
Modernismo
“A garotada atual não conhece um candieiro.”
Nem poderia, porque a palavra “candieiro” não existe. O vocábulo correto é candeeiro. 
Frase correta
A garotada atual não conhece um candeeiro. 
Abandono
“Um bebê não deve ficar a só.” 
Claro que não! Porém, deixá-lo “ a só “ é muito pior e mais, está errado. 
Observe: a locução adverbial é a sós, não admitindo outra forma, pois é invariável. 
Frase correta
Um bebê não deve ficar a sós. 
Sem edição
“ Um escritor novato recusou as ambas ofertas da editora para publicar seu primeiro livro. “
Jamais terá esse livro publicado!
Atenção: depois de ambos/ambas usa-se sempre os artigos as ou os e não antes (ambas as ofertas).
Período correto
Um escritor novato recusou ambas as ofertas da editora para publicar seu primeiro livro.
Diretor exigente
“O diretor da escola de ensino médio vive elocubrando meios e modos de incentivar seus alunos a terem bom comportamento.”
Assim, não atingirá seus objetivos. O verbo “elocubrar” não consta do Vocabulário Ortográfico de Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras. Prefira o verbo elucubrar, que é sinônimo de lucubrar que significam meditar, trabalhar durante a noite.
Período correto
O diretor da escola de ensino médio vive elucubrando meios e modos de incentivar seus alunos a terem bom comportamento. 
Dúvida
O estudante desconfiou que seu colega escrevera sub-humano (com hífen) de maneira errada, porque ele achava que a forma correta de grafar esta palavra era subumano. 
Os dois alunos estavam certos, pois as duas formas estão perfeitas.
Exigência docente 
“Os professores aceitam qualquer coisas, menos o mau comportamento dos seus alunos.” 
Eles estão certos, mas ninguém pode aceitar “ qualquer coisas “, esquecendo a concordância nominal :
quaisquer ( plural de qualquer) coisas.
Frase correta
Os professores aceitam quaisquer coisas, menos o mau comportamento dos seus alunos.
Repetição desnecessária
“O político discursava na tribuna, esbravejando que seus pares não chegavam a um consenso geral.”
“ Consenso geral ?” Bem feio isso, não? Consenso significa concordância de ideias, de opiniões. Se há consenso, já é geral, logo, “consenso geral” é uma redundância, desnecessária.Período correto
O político discursava na tribuna, esbravejando que seus pares não chegavam a um consenso.
Falso agradecimento
“ A senhora agradeceu o neto pelo presente recebido.”
Não foi um agradecimento sincero. O verbo agradecer é transitivo indireto, porque precisa de complemento preposicionado. Quem agradece, agradece a alguém. 
Frase correta
A senhora agradeceu ao neto pelo presente recebido.

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