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aulas direito obrigacional I

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55
DIREITO OBRIGACIONAL I
DIREITO OBRIGACIONAL - conjunto de regras, normas e princípios jurídicos reguladores das relações patrimoniais entre credor (sujeito ativo) e devedor (sujeito passivo), a quem incumbe o dever de cumprir, espontânea ou coativamente uma prestação de dar, fazer ou não fazer.
	
1.TEORIA GERAL DAS OBRIGAÇÕES - é através das "relações obrigacionais" que se estrutura o regime econômico de um povo. 
1.1.Evolução do Direito Obrigacional - 	nos primórdios da evolução social, as obrigações eram preponderantemente coletivas. Bem mais tarde é que começaram a individualizar-se. 
	Atualmente tal ramo do direito possui grande importância em razão da frequência das relações econômicas no mundo consumerista.
	
1.2.Direito das Obrigações no Código Civil Brasileiro - no CC, o Direito das Obrigações está contido na Parte Especial do Código Civil, em seu Livro I, nos Títulos I - X. 
2.CONCEITO DE OBRIGAÇÃO – É o conjunto de noções, princípios e regras relativas aos vínculos jurídicos, de natureza patrimonial, que se formam entre sujeitos determinados, para satisfação de interesses tutelados pela lei. (Orlando Gomes)
	
2.1.Relação obrigacional - é a relação jurídica entre duas ou mais pessoas, onde o credor pode exigir do seu devedor uma ação, seja ela positiva (dar, fazer) ou negativa (não fazer).
3.ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA OBRIGAÇÃO – ESTRUTURA OBRIGACIONAL - o exame dos elementos constitutivos da obrigação ajudará a melhor compreender o seu conceito.
a)sujeitos - são as partes na relação obrigatória, na relação jurídica.
	
b)vínculo jurídico - é o liame, a relação necessária existente, que obriga uma pessoa a efetivar a prestação em favor de outra.
	
c)Prestação - é o objeto da relação obrigacional 
4. FONTES DAS OBRIGAÇÕES - são os atos ou fatos nos quais as obrigações encontram nascedouro. De onde nascem as obrigações??
	
-CONTRATO – 
-DECLARAÇÃO UNILATERAL DE VONTADE –
-ATO ILÍCITO –
1.Obrigações que tem por fonte imediata (direta) a vontade humana: estas obrigações são derivadas diretamente da vontade humana.
	
2.Obrigações que tem por fonte imediata (direta) a lei - existem obrigações que decorrem direta e imediatamente da lei.
	
3.Obrigações que tem por fonte imediata o ato ilícito: as obrigações derivadas de atos ilícitos são as que se constituem através de uma ação ou omissão culposa ou dolosa do agente, causando prejuízo à vítima. 
	
3.5 - CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
I. DAS OBRIGAÇÕES CONSIDERADAS EM SI MESMAS
		1. OBRIGAÇÕES QUANTO AO SEU VÍNCULO:
			1.1 - Obrigação civil (perfeita);
			1.2 - Obrigação imperfeita:
				a) moral;
				b) natural;
				
		2. OBRIGAÇÕES QUANTO AO SEU OBJETO:
			2.1 - Em relação à natureza do objeto:
				2.1.1 - Obrigações positivas:
					a) dar coisa certa;
					b) dar coisa incerta;
					c) fazer.
				2.1.2 - Obrigações negativas:
					* não fazer.
			2.2 - Em relação à liquidez do objeto:
				2.2.1 - obrigação líquida;
				2.2.2 - obrigação ilíquida.
	3. OBRIGAÇÕES QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO:
			3.1 - simples;
			3.2 - cumulativa;
			3.3 - alternativa.
	4. OBRIGAÇÕES QTO AO TEMPO DE ADIMPLEMENTO:
			4.1 - momentânea, instantânea ou transeunte;
			4.2 - periódica, continuada ou sucessiva.
	5. OBRIGAÇÕES QTO AOS ELEMENTOS ACIDENTAIS:
			5.1 - condicional;
			5.2 - modal;
			5.3 - a termo ou atermada.
	6. OBRIGAÇÕES QUANTO À PLURALIDADE DE SUJEITOS:
			6.1 - divisível e indivisível;
			6.2 - solidárias.
	7. OBRIGAÇÕES QUANTO AO CONTEÚDO:
			7.1 - de meio;
			7.2 - de resultado;
			7.3 - de garantia.
II. OBRIGAÇÕES RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS:
		1. Principal ;
		2. Acessória.	
3.6 - OBRIGAÇÕES DE DAR COISA CERTA (entrega ou restituição)
	Obrigação de dar consiste na entrega de alguma coisa, ou seja, na tradição de uma coisa pelo devedor ao credor.
	
	A obrigação de dar se desdobra em: 
a)DAR COISA CERTA –
b)DAR COISA INCERTA –
c)OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR - 
	
3.6.1.Características - 
a)objeto inconfundível -
	
b)confere ao credor um direito pessoal (de exigir seu cumprimento) e não real (este só se opera com a tradição - art. 1.267 caput e parágrafo único CC);
	
c)Quanto a extensão da obrigação – abrangência dos acessórios. 
	
3.6.2.Perda e deterioração da coisa na obrigação de entregar (dar) – o devedor é obrigado a conservar a coisa, com todo cuidado, zelo e diligência até o momento da sua entrega.
	Princípio básico RES PERIT DOMINO.
1.se a coisa se PERDER SEM CULPA DO DEVEDOR, antes da tradição, ou pendente condição suspensiva, fica resolvida a obrigação entre ambas as partes.
2.Se a coisa SE DETERIORAR (perda parcial, perda qualidades) SEM CULPA DO DEVEDOR o credor poderá optar:
- pela extinção da relação obrigacional, OU
- pela manutenção do contrato com abatimento proporcional do preço pela avaria (perda da qualidade).
	
3.Se a coisa SE PERDER (perda total) COM CULPA (dolo) DO DEVEDOR, ele responderá pelo equivalente mais perdas e danos – art. 186 e 392 CC – 
	
		
4.Se a coisa SE DETERIORAR (perda parcial) COM CULPA (dolo) DO DEVEDOR, o credor poderá:
 
1.exigir o equivalente (avaliação original) mais perdas e danos – resolve-se a obrigação exigindo equivalente em dinheiro.
2.aceitar a coisa no estado que se acha mais perdas e danos (se quiser) – aceitar a coisa com abatimento.
	
3.6.3 - Direitos aos melhoramentos e acrescidos na obrigação dar/entregrar – enquanto não ocorrer a tradição na obrigação de entregar a coisa continuará pertencendo ao devedor com os seus melhoramentos e acrescidos – art. 237 CC.
	MELHORAMENTO – tudo quanto opera mudança para melhor, em valor, utilidade, comodidade.
	ACRESCIDO – tudo 	que se junta, que se acrescenta a coisa, aumentando-a.
3.7 - OBRIGAÇÃO DE RESTITUIR COISA CERTA – arts. 238 a 242 CC – devolver -
	Trata-se de uma submodalidade de dar coisa certa. 
	Coisa pertence ao credor, antes mesmo do nascimento do dever jurídico.
	++Na obrigação de dar coisa certa, a coisa pertence ao devedor até a data da tradição e o credor recebe o que não lhe pertence.
	
	++Na obrigação de restituir a coisa é de propriedade do credor, antes mesmo do ato gerador da obrigação.
	
3.7.1 - MELHORAMENTOS E ACRESCIDOS NAS OBRIGAÇÕES DE RESTITUIR – ver tb. 1201, 1214, 1215, 1217 e 1219
	Nessa modalidade ocorre o inverso do que tratamos no item anterior relativamente aos melhoramentos e acrescidos nas obrigações de dar.
1.Na hipótese de melhoramento ou acréscimo à coisa SEM TRABALHO/SEM DESPESA DO DEVEDOR.
	Coisa pertence ao credor assim as comodidades que forem somadas a ela (antes e depois da tradição) continuarão como parte integrante do seu patrimônio, como a coisa perece para o dono também acresce a ele.
2.Na hipótese de melhoramento ou acréscimo à coisa COM TRABALHO DO DEVEDOR – 
	Hipótese de emprego de trabalho despendido pelo devedor.
3.7.2 – PERDA E DETERIORAÇÃO DA COISA NAS OBRIGAÇÕES DE RESTITUIR -
1.Perda ou perecimento da coisa a ser restituída SEM CULPA DO DEVEDOR (depositário) - se a coisa a ser restituída sofrer perda sem que haja havido culpa do devedor, o credor, por ser proprietário, arcará com todos os prejuízos. 
2.Perda ou perecimento da coisa a ser restituída COM CULPA DO DEVEDOR - se, na obrigação de restituir, ocorrer a perda do bem em razão de ato culposo do devedor, este poderá responder pelo equivalente em dinheiro, acrescido das perdas e danos.
3.Deterioração da coisa a ser restituída SEM CULPA DO DEVEDOR - caso fortuito ou força maior - aplicação do princípio da res perit creditori em analogia ao da res perit domino. 
	
4.Deterioração da coisa a ser restituída COM CULPA DO DEVEDOR - regra do 239, cabe ao credor exigir o seu equivalente em dinheiro mais perdas e danos.
	
3.8 – OBRIGAÇÕES DE DAR COISA INCERTA – obrigações genéricas -
	
	Indeterminação específica do objeto.
	Não pode serabsoluta.
	
	Deve ser indicado pelo gênero e quantidade.
	
	
3.8.1 – Direito de escolha –
	Concentração – ato jurídico unilateral de escolha.
	Escolha – ato de determinação da qualidade da coisa.
	
3.9 - OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS – também denominadas de obrigações de solver dívidas em dinheiro - é outra submodalidade da obrigação de dar coisa. 
	Caracteriza-se como uma obrigação de solver dívida em dinheiro, entregar dinheiro.
	Objeto é uma obrigação em dinheiro não uma coisa.
	
3.9.1 – Correção das obrigações pecuniárias - hoje existe, de forma pacífica e por autorização legal (Lei 6.899/81 regulamentada pelo Dec. n. 86.649/81), a incidência da correção monetária sobre os débitos pecuniários oriundos de decisão judicial, abrangidos nestes, as custas e honorários advocatícios – ver art. 316, 317 e 318 CC – 
	
3.9.2 – Cumprimento – o cumprimento destas obrigações é específico, ou seja, o devedor se libera entregando a coisa devida, ou seja, o dinheiro. 
	
3.10 - OBRIGAÇÕES DE FAZER - nesta obrigação, o devedor se vincula a um determinado comportamento, consistente em praticar um ato, ou realizar uma tarefa (trabalhos manuais, intelectuais, científicos, artísticos), donde decorre uma vantagem para o credor. 
	
	As prestações de fato ou de fazer podem consistir:
a)trabalho físico ou intelectual –
b)trabalho determinado pelo produto –
c)fato determinado simplesmente pela vantagem que traz ao credor –
	
3.10.1 - Natureza das obrigações de fazer -
	Quanto à natureza, podem ser: fungíveis ou infungíveis.
1.Natureza fungível ou material - quando pode ser substituída por outra da mesma espécie, qualidade e quantidade (art. 85 CC). 
2.Natureza Infungível, intuitu personae ou imaterial - são obrigações de caráter personalíssimo, ou seja, são intransmissíveis.
 
	
3.10.2 – Inadimplemento - (art. 248 CC) – consequências do descumprimento da obrigação de fazer -
	A impossibilidade pode ser decorrente da culpabilidade do devedor ou não (caso fortuito ou força maior), ou por recusa.
1.impossibilidade da prestação SEM CULPA DO DEVEDOR - resolve-se a obrigação, afastando-se a responsabilidade do obrigado – art. 248, primeira parte.
2.impossibilidade da prestação COM CULPA DO DEVEDOR - cabe ressarcimento do prejuízo (postulação perdas e danos – art. 402 CC, parte final – o que efetivamente perdeu – o que deixou de lucrar).
	
3.Casos em que ocorre recusa do devedor ou inadimplemento voluntário da obrigação de fazer, que não se tornou impossível – trata-se daquelas hipóteses em que o devedor poderia ter cumprido o seu dever, mas não o faz porque não lhe é conveniente – porque não quer.
	
3.11 - OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER - arts. 250 e 251 CC
	Não fazer - omissão
	São obrigações negativas – abstenção.
3.11.1 – Limitações - esta modalidade de obrigação (non facere) também limita-se à legalidade (liceidade)- além da liberdade.
3.11.2 - Princípio que a rege - o mesmo das obrigações de fazer: " Nemo potest precise cogi ad factum".
	
3.11.3 – Inadimplemento - tudo o que se aplica para as obrigações de fazer, aplica-se às obrigações de não fazer. 
	Assim tem-se que fazer uma distinção se o descumprimento ocorreu POR CULPA ou SEM CULPA do devedor:
a)se a abstenção prometida se tornou impossível sem culpa do devedor, a obrigação se extingue – art. 250 CC.
	
b)se a abstenção prometida se tornou impossível por culpa do devedor, (por negligência/por desinteresse) temos dois remédios:
b.1)art. 251 CC –
b.2)art. 389 CC - 
3.11.4 – Da constituição do devedor em mora - a mora, nessa modalidade de obrigação, confunde-se com o próprio inadimplemento. 
	Ela se opera imediatamente, ex re (em virtude da própria força das coisas), sem necessidade de qualquer interpelação. 
	
3.12 - OBRIGAÇÕES ALTERNATIVAS – arts. 252 a 256 CC 
	Conjunção “ou”.
	
	No direito brasileiro temos as obrigações simples e as obrigações complexas.
	Nas simples – a relação jurídica obrigacional compreende uma só prestação.
	
	Nas complexas – a relação jurídica obrigacional compreende mais prestações. É a pluralidade de prestações.
	As relações complexas se subdividem em três modalidades:
1.-obrigações conjuntivas (cumulativas) –
2.-obrigações facultativas – é aquela que possui uma só prestação, mas confere ao devedor a faculdade de substituí-la por outra.
3.-obrigações alternativas ou disjuntivas - a obrigação alternativa é aquela que tem por objeto duas ou mais prestações, das quais uma somente será efetuada pela ESCOLHA. 
		
3.12.1 – Concentração (ato da escolha)- direito de escolha - art. 252 CC - A concentração consiste no ato jurídico unilateral pelo qual o devedor, regra geral, determina o objeto que servirá para o cumprimento da obrigação a que se encontra vinculado. 
3.12.2 - Indivisibilidade da escolha e prestações periódicas - (§s 1º. e 2º. do art. 252)
	O parágrafo 1º. do art. 252 – 
	O parágrafo 2º. do art. 252 -
 
3.12.3 - Impossibilidade de uma das prestações –
	A regra geral está no art. 253 CC.
a) – Impossibilidade de UMA prestação subsistindo a outra, quando a ESCOLHA É DO DEVEDOR, e INEXISTIR A CULPA DO MESMO
b) – Impossibilidade de UMA prestação subsistindo a outra, quando a ESCOLHA É DO DEVEDOR e EXISTIR CULPA DO MESMO – art. 253 CC
	
c) – Impossibilidade de UMA prestação subsistindo a outra, quando a ESCOLHA FOR DO CREDOR, e EXISTIR CULPA DO DEVEDOR
d) – Impossibilidade de UMA prestação subsistindo a outra, quando a ESCOLHA FOR DO CREDOR, e INEXISTIR CULPA DO DEVEDOR
e) – Impossibilidade de ambas – todas - as prestações, quando a escolha for do credor, e EXISTIR A CULPA OU NÃO DO DEVEDOR
e.1)art. 255, 2ª. parte – quando o credor tem o direito de escolha e AMBAS AS PRESTAÇÕES se tornam impossível POR CULPA DO DEVEDOR
e.2) - quando o credor não tem o direito de escolha e ocorre a impossibilidade DE AMBAS PRESTAÇÕES – impossibilidade total – POR CULPA DO DEVEDOR
	
e.3) - É a impossibilidade de todas as prestações, SEM CULPA DO DEVEDOR
f) - Podemos ainda estar diante de uma situação onde UM DOS OBJETOS PEREÇA SEM CULPA E O OUTRO COM CULPA DO DEVEDOR.
	
3.13 - OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS – obrigação com faculdade de substituição – com faculdade alternativa - 
	Não obstante a frequente ocorrência desta modalidade obrigacional, ela não se encontra prevista no Código Civil.
	É uma modalidade de obrigação alternativa.
	"Obrigação facultativa é aquela que não tendo por objeto senão uma só prestação, confere ao devedor a faculdade de substituí-la por outra".
	
3.13.1 - Distinção entre obrigações alternativas x obrigações facultativas:
	Na obrigação alternativa existe pluralidade de objetos (2 ou mais objetos) ao contrair-se a obrigação e somente um na solução.
	Na obrigação alternativa cumprimento da obrigação ocorre pela entrega de um dos objetos
	Na obrigação facultativa há unidade (apenas um) objeto no momento da contração da obrigação e uma pluralidade na solução.
	Na obrigação facultativa o devedor tem a faculdade de obter sua exoneração mediante a entrega de objeto diferente.
	Em decorrência destas distinções surgem conseqüências práticas, veja-se:
a)Pedido judicial do credor:
I)na alternativa - 
II)na facultativa – 
b)Direito de opção -
I)na alternativa - 
II)na facultativa - 
c)A inexequibilidade ou impossibilidade das prestações - 
I)nas alternativas - aplicação do art. 253 CC 
	
II)nas facultativas - 
	
3.14 – OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS – arts. 257 a 263 CC - 
3.14.1 – Conceitos -
	
	A obrigação divisível é aquela cuja prestação é suscetível de cumprimento parcial, sem prejuízo de sua substância e de seu valor.
	
	A obrigação indivisível é aquela cujas prestações somente por inteiro podem ser cumpridas.
3.14.3 – ESPÉCIES DE INVISIBILIDADE -
1ª -indivisibilidade natural, física ou material, da coisa ou fato - para alguns é também denominada de absoluta.
2ª - indivisibilidade legal – lei - 	também denominada por designação da lei.
	
3ª - indivisibilidade contratual - provém da vontade das partes ao celebrar o ajuste. 
	
3.14.4 – PLURALIDADE DE DEVEDORES -
	
	Regra a prestação é distribuída rateadamente entre as partes cada credor tem direito a uma parte, como cada devedor responde apenas pela sua quota.
	Exceto as obrigações solidárias e indivisíveis.
	
3.14.4.1 – PLURALIDADE DE CREDORES -
	
	Sendo vários os credores, pode qualquer deles reclamar a dívida inteira – cada credor tem o direito de exigir do devedor a execução da obrigação integral tem em consequência qualidade de dar quitação.
3.14.2 - DA PERDA DA INDIVISIBILIDADE - 
	Art. 263 CC – da cessação da indivisibilidade
	Quando por qualquer motivo houver resolução da obrigação por perdas e danos, com transformação da prestação em seu equivalente pecuniário – CESSARÁ A INDIVISIBILIDADE.
	
3.15 - OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS – arts. 264 a 266 CC – 
	Obrigação solidária é aquela em que, havendo pluralidade de credores ou de devedores, ou de uns e de outros, cada qual tem direito (credor), ou é obrigado, pela dívida toda. 
3.15.1 – Classificação -
	SOLIDARIEDADE ATIVA – CREDORES –
	SOLIDARIEDADE PASSIVA – DEVEDOR – 
	SOLIDARIEDADE MISTA – RECÍPROCA – 
3.15.2 – Características -
a)pluralidade de sujeitos ativos ou passivos –
b)unidade da prestação – 
c)corresponsabilidade dos interessados – 
d)multiplicidade de vínculos –
3.15.3 – Modalidades de obrigações solidárias -
	O art. 266 traz o princípio da possibilidade de a solidariedade ser de modalidade diferente para um ou alguns codevedores ou cocredores.
	Portanto, na obrigação solidária todos devem em sua totalidade a prestação, mas nada impede que a modalidade do vínculo obrigacional seja diferente para uns e outros.
	
3.16 – SOLIDARIEDADE ATIVA – art. 267 – 274 CC – vários credores.
	A solidariedade ativa pode ser definida como a relação entre credores de uma só obrigação e o devedor comum, em virtude da qual um tem o direito de exigir deste o cumprimento da prestação por inteiro
	
3.16.1 - Requisitos essenciais - 
*a multiplicidade de credores – 
*a unidade de prestação – 
*a vontade das partes – 
3.16.2 - Hipóteses mais comuns - 
	Contas correntes conjuntas abertas por bancos a duas ou mais pessoas.
	
3.16.3 - Caracteres do art. 267, 268, 269, 270, 271 e 272, 273 e 274 do CC - 
Art. 267 CC - Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor, o cumprimento da prestação, por inteiro
	Este é o primeiro e principal efeito da solidariedade ativa. 
	
	Consequências do art. 267 -
1.qualquer credor pode promover medidas assecuratórias ou de conservação dos direitos (abertura de concurso creditório - art. 333, I CC);
2.assim, se um deles constitui em mora o devedor, a todos aproveita a medida, os seus efeitos;
3.a interrupção da prescrição, requerida por um, estende-se a todos os demais cocredores e seus herdeiros, de conformidade com o art. 204, § 1º do CC;
	
Art. 268 CC – Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
	Pode pagar a qualquer dos credores.
		
	Princípio da Prevenção, pelo qual o devedor só se libera pagando àquele que ingressou em juízo – ou seja – aquele que tomou iniciativa – 1º. que ajuizou.
	
Art. 269 CC – O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
	É a hipótese de extinção da obrigação solidária.
	O art. 269 deixa claro que não é todo e qualquer pagamento feito a um dos credores, senão o integral, que produz a extinção total da dívida. 
	Art. 270 CC – Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível.
	Isto equivale dizer que os herdeiros do credor falecido não podem exigir nada mais além da quota de crédito que o 'de cujus' faria jus como titular perante os outros credores solidários. Tudo de acordo com o direito sucessório.
	
	Art. 271 CC – Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.
	Vencida a prestação no tempo devido, qualquer dos credores solidários poderá exigi-la do devedor ou constituí-lo em mora.
	Art. 272 CC – O credor que tiver remetido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes cabia.
	É o chamado direito de regresso.
	
	A remissão (perdão) feita por um dos credores solidários extingue a obrigação (o devedor não é obrigado a pagar mais nada, nem mesmo aos outros credores).
ART. 273 CC – A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
	Exceção - defesa
	O devedor não pode opor a um dos credores solidários exceções pessoais que poderia opor a outros credores, isto é, exceções que prejudicariam outros credores.
	
ART. 274 CC - O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, o julgamento favorável aproveita-lhes, a menos que se funde em exceção pessoal ao credor que o obteve.
	Assim o legislador impede que a decisão judicial contrária aos interesses dos credores solidários somente afetem os que efetivamente tomaram parte na lide.
	
3.17 - SOLIDARIEDADE PASSIVA - arts. 275 a 285 CC
	É o vínculo entre vários devedores, por força do qual cada um deles fica obrigado pelo pagamento total da dívida. 
	
3.17.1 – Fundamentos –
1º. segurança do crédito no interesse do credor - 
2º.comodidade para o credor – 
3.17.2 - Requisitos essenciais -
*multiplicidade de devedores - 
*unidade da prestação - 
*vontade das partes ou disposição legal - 
3.17.3 – Direitos do credor -
ART. 275 CC – O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum, se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único – não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
	O art. 275 nos demonstra o principal efeito da solidariedade passiva, ou seja, consiste no direito do credor de exigir de qualquer dos devedores o cumprimento integral (total) da prestação.
	
3.17.4 – Efeitos da morte de um dos devedores solidários-	
	Art. 276 CC - morte de um dos devedores solidários.
ART. 276 CC – Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
	Morrendo um dos ‘d’ seus herdeiros sucedem-lhe na dívida DENTRO DAS FORÇAS HERANÇA.
	
3.17.5 – Relações entre os co-devedores solidários e o credor –
3.17.5.1 – Consequências do pagamento parcial e da remissão -
ART. 277 CC – O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
	
Remissão ou perdão obtido por um dos ‘d’ de nada servirá aos demais que continuam solidariamente obrigados pelo restante não perdoado.
ART. 388 CC – A remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
	O pagamento parcial naturalmente reduz o débito.
3.17.5.2 – Cláusula, condição ou obrigação adicional -
ART. 278 CC – Qualquer cláusula, condição ou obrigaçãoadicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
	
Qualquer cláusula/condição/ obrigação adicional combinada entre o ‘c’ e algum dos ‘d’ não poderá agravar a situação dos demais ‘d’ a não ser que eles consintam.
	
3.17.5.3 – Renúncia da solidariedade -
ART. 282 CC – O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores.
Parágrafo único –se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
	Se o credor propuser ação contra um ou alguns dos ‘d’ não estará renunciando à solidariedade.
	Renúncia absoluta – quando a renúncia é efetivada em prol de todos os coobrigados.
	
	Renúncia relativa - é a renúncia operada em proveito de um, ou de alguns devedores apenas.
	
3.17.6 – Da impossibilidade da prestação –
ART. 279 CC – Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente, mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
	 
	Cuida este artigo das consequências do descumprimento da obrigação quando se impossibilita a prestação por culpa de um dos devedores solidários.
3.17.7 – Responsabilidade pelos juros - 
ART. 280 CC – Todos os devedores respondem pelo juros de mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
	É do princípio unidade da prestação que decorre esta consequência.
	Os ‘d’ respondem solidariamente pelos juros de mora, mas se a mora se deveu a culpa de um deles somente, responderá ele perante os demais ‘d’.
3.17.8 – Meios de defesa dos devedores –
ART. 281 CC – O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.
	São os meios de defesa pelos quais o demandado pode repelir a pretensão do credor, alegando que o direito que este invoca nunca existiu validamente, ou tendo existido já se extinguiu ou ainda não existe.
	
3.17.9 – Relações dos co-devedores entre eles -
ART. 283 CC – O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos codevedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os codevedores.
	A solidariedade existe apenas nas relações entre devedores e credor.
	Extinta a dívida, o que surge é um complexo de relações entre os próprios codevedores.
	É o direito de regresso - por intermédio da ação regressiva ou reversiva, se restabelece a situação de igualdade entre os coobrigados. 
	Se houver coobrigado insolvente, a sua quota deverá ser dividida igualmente por todos (por isso o texto remete expressamente ao art. 284 do CC);
ART. 284 CC – No caso de rateio entre os codevedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
	
	Art. 285 CC - impossibilidade de direito de regresso.
ART. 285 CC – Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
	
3.17.10 – Insolvência de um dos codevedores solidários -
ART. 284 CC – No caso de rateio entre os codevedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
	O estado de insolvência de um dos codevedores solidários impede o procedimento do rateio de forma igualitária, determinando o acréscimo da responsabilidade dos codevedores para cobrir o desfalque daí resultante.
	É direito dos coobrigados repartir, entre todos, inclusive o devedor exonerado pelo credor, a parte do insolvente.
	
3.18 – OBRIGAÇÕES COM CLÁUSULA PENAL – art.s 408 a 416 CC -
	Cláusula penal é uma obrigação de natureza acessória – como acessória segue o principal.
	Através da cláusula penal estipula-se uma pena ou multa destinada a evitar o inadimplemento da obrigação principal ou o retardamento no seu cumprimento.
	
	A cláusula penal é também designada de PENA CONVENCIONAL ou MULTA CONTRATUAL.
	Assim temos duas faces da cláusula penal:
-finalidade de indenização prévia de perdas e danos.
-penalização do devedor moroso.
3.18.1 – Natureza jurídica -
A pena convencional tem a natureza de um pacto acessório, secundário, já que sua existência e eficácia jurídica dependem da obrigação principal.
3.18.2 – Funções da cláusula penal -
++como prefixação das perdas e danos (ressarcimento) devidos em razão do inadimplemento do contrato.
++atua como meio de coerção (intimidação), para compelir o devedor a cumprir a obrigação, e assim não ter de pagar a multa.
3.18.3 – Do valor da cláusula penal -
	Simples alegação de que a cláusula penal é elevada não autoriza o juiz a reduzi-la.
	A redução pode ocorrer em dois casos:
a)quando ultrapassar o limite legal;
b)nas hipóteses do art. 413 CC.
	
3.18.4 – Espécies de cláusula penal –
	A cláusula penal pode ser MORATÓRIA ou COMPENSATÓRIA.
1.COMPENSATÓRIA - 
2.MORATÓRIA – 
3.18.5 – Efeitos decorrentes das diferentes espécies de cláusula penal –
	Veja-se o art. 410 CC
ART. 410 CC – Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a benefício do credor.
	O dispositivo proíbe a cumulação de pedidos.
	A alternativa que se abre ao credor é:
a)pleitear a pena compensatória, correspondente à fixação antecipada dos eventuais prejuízos; OU
b)postular o ressarcimento das perdas e danos, arcando com o ônus de provar o prejuízo; OU
c)exigir o cumprimento da prestação.
	
3.18.6 – Cláusula penal e institutos afins –
	A cláusula penal possui semelhanças com as perdas e danos - 
	
	A cláusula penal não pode ser confundida com a multa simples – 
	
	A cláusula penal também não pode ser confundida com multa penitencial - 
	
	A cláusula penal também assemelha-se com as arras penitenciais.
	
3.18.7 – Cláusula penal e pluralidade de devedores –
ART. 414 CC – Sendo indivisível a obrigação, todos os devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena,; mas está só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo cada um dos outros, somente pela sua quota.
Parágrafo único – aos não culpados fica reservada a ação regressiva contra aquele que deu causa à aplicação da pena.
	Quando a obrigação é indivisível e há pluralidade de devedores basta que um só infrinja para que a cláusula penal se torne exigível.
3.19 – OBRIGAÇÕES NATURAIS
Obrigação civil – ou também chamada de obrigação perfeita, porque acham-se presentes todos os elementos constitutivos: sujeito, objeto e vínculo jurídico.
	
Obrigação natural – quando falta o poder de garantia ou a responsabilidade do devedor. 
3.19.1 - Conceituação e características – 
	Obrigação civil cuja evolução não se completou, por não ter chegado a adquirir a indispensável tutela judicial, ou que se degenerou, por haver perdido a ação que a resguardava.
	A obrigação natural é desprovida de exigibilidade.
	
3.19.2 – Natureza jurídica da obrigação natural – 
	Várias teorias surgiram sobre a natureza jurídica da obrigação natural, a mais aceita é a teoria clássica ou tradicional, que considera a obrigação natural uma obrigação imperfeita, já que é obrigação desprovida de ação judicial.
3.19.3 – Efeitos da obrigação natural - 
	O principal efeito da obrigação natural consiste na validade de seu pagamento.
	Outro efeito inegável é a irrepetibilidade do pagamento. 
3.20 – OBRIGAÇÕES PRINCIPAIS E ACESSÓRIAS
	As obrigações principais são dotadas de individualidade própria, vivem por si, sem qualquer sujeição a outras relações jurídicas.
	As obrigações acessórias acham-se jungidas a outra relação jurídica, a que se subordiname com a qual vivem conexas.
	
3.20.1 – Consequências jurídicas -
	O acessório segue o principal.
	
1. a invalidade da obrigação principal implica a invalidade da obrigação acessória, sempre respeitando a intenção das partes – art. 184.
2.prescrita a obrigação principal, prescritas ficam igualmente as obrigações acessórias.
	
3.a obrigação de dar coisa certa abrange-lhe os acessórios, posto não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.
	
4.salvo disposição em contrário o usufruto estende-se aos acessórios da coisa e seus acréscimos – art. 1.392 caput CC
5.qualquer obrigação acessória que venha a ser estipulada entre um dos devedores solidários e o credor não poderá agravar a posição dos outros, sem o consentimento destes – art. 278 CC
6.a novação extingue os acessórios e as garantias das dívidas, sempre que não houver estipulação em contrário – art. 364 CC
7.se o débito principal é garantido por hipoteca, esta vale também para os juros.
8.na cessão de crédito se incluem todos os acessórios salvo estipulação em contrário – art. 287 CC
3.20.2 - Espécies –
	As duas mais importantes espécies de obrigações acessórias são:
1.- juros – art. 406 e 407 CC
2.- fiança – art. 818 a 839 CC
	
3.21 – OBRIGAÇÕES LÍQUIDAS E ILÍQUIDAS
	Obrigação líquida é a obrigação certa quanto à sua existência e determinada quanto ao seu objeto.
	
	Assim, ilíquida é a obrigação que dependa de prévia apuração, visto ser incerto o montante da prestação.
	
	A obrigação ilíquida tem que se converter em obrigação líquida para que possa ser cumprida pelo devedor.
	
3.12.1 – Espécies de liquidação -
	Para se iniciar a execução da sentença ou do acordo a que chegaram as partes será necessário proceder-se à sua liquidação.
	A finalidade é apurar o quantum debeatur.
	
3.21.2– Aplicação no direito civil e processual civil brasileiro –
	O efeito principal diz respeito a mora, tudo conforme art. 397 CC, esta é a primeira aplicação prática.
ART. 397 CC – O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo constitui de pleno direito em mora o devedor.
Parágrafo único – não havendo termo, a mora se constitui mediante interpelação judicial ou extrajudicial.
	Assim, se a obrigação se reveste de iliquidez não pode haver constituição em mora de pleno direito.
3.22 – OBRIGAÇÕES CONDICIONAIS, MODAIS E A TERMO.
3.22.1 – Obrigações condicionais
	Condição é a cláusula que deriva exclusivamente da vontade das partes e subordina o negócio jurídico a evento futuro e incerto. – ar.t 121 CC.
	
	
3.22.2 – Obrigações a termo
	As obrigações podem ser à prazo ou à termo.
	Termo é a cláusula que submete o efeito do ato jurídico a um acontecimento futuro e certo.
3.22.2 – Obrigações modais
	Modo ou encargo é a cláusula pela qual se impõe obrigação ao beneficiado por uma liberalidade.
	É peculiar aos atos gratuitos – inter vivos e mortis causa, pode se inserido nas declarações unilaterais da vontade, como a promessa de recompensa.
DA TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES: cessão de crédito, assunção de dívida e cessão de contrato
1.7 – DA CESSÃO DE CRÉDITO – arts. 286 a 298 CC
	CESSÃO vem a ser a transferência negocial, a título oneroso ou gratuito, de um direito, de um dever, de uma ação ou de um completo de direitos, deveres e bens.
		
1.17.1 – CONCEITO -
	Negócio jurídico bilateral, gratuito ou oneroso, pelo qual o credor de uma obrigação (cedente) transfere, total ou parcialmente, a terceiro (cessionário).Sua posição na relação obrigacional, com todos os acessórios e garantias, salvo disposição em contrário, sem que se opere a extinção do vínculo obrigacional. 
	
1.17.2 - NATUREZA JURÍDICA –
	Contratual (negócio jurídico bilateral), admitindo condição e sujeitando-se às vicissitudes de nulidade e anulabilidade dos negócios jurídicos.
1.17.3 – ESPÉCIES DE CESSÃO –
1.cessão de crédito –
2.cessão de débito –
3.cessão de contrato – 
1.17.4 - CLASSIFICAÇÃO OU MODALIDADES -
a) GRATUITA e ONEROSA
	
b)TOTAL e PARCIAL
c)CONVENCIONAL, LEGAL e JUDICIAL
d)PRO SOLUTO e PRO SOLVENDO
1.17.5 - REQUISITOS DE VALIDADE -
SUBJETIVOS: 
OBJETIVOS: 
FORMAIS: 
	
1.17.6 - REQUISITOS DA CESSÃO DE CRÉDITO – OBJETO, CAPACIDADE E LEGITIMAÇÃO
	Em regra todos os créditos podem ser objeto de cessão, constem de título ou não, vencidos ou por vencer, salvo se a isso se opuser a natureza da obrigação, a lei ou a convenção com o devedor.
ART. 286 CC –O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor, a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé se não constar do instrumento da obrigação.
	
	Há porém créditos que NÃO PODEM SER CEDIDOS.
-pela sua natureza;
-em razão da lei;
-por convenção entre as partes;
1.17.7 – CESSÃO DE CRÉDITO E INSTITUTOS AFINS –
-SEMELHANÇA COM UMA VENDA – a alienação onerosa assemelha-se a uma venda, desempenhando papel idêntico.
	
-SEMELHANÇA COM NOVAÇÃO SUBJETIVA ATIVA – na novação além da substituição do credor, ocorre a extinção da obrigação anterior, substituída pelo novo crédito.
-SEMELHANÇA COM A SUB-ROGAÇÃO LEGAL – o sob-rogado não pode exercer os direitos e ações do credor além dos limites de seu desembolso, não tendo, pois caráter especulativo – art. 350 CC.
	
-SEMELHANÇAS COM A CESSÃO DE CONTRATO - a cessão de contrato abrange a transferência de todos os direitos e obrigações.
1.17.8 – FORMAS DE CESSÃO -	
	Em regra, a cessão convencional não exige forma especial para valer entre as partes, salvo se tiver por objeto direitos em que a escritura pública seja substância do ato, caso em que a cessão efetuar-se-á também por escritura pública.
	
1.17.9 – NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR – 
ART. 290 CC – A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada, mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita.
	A notificação do devedor, expressamente exigida, é medida destinada a preservá-lo do cumprimento indevido da obrigação, evitando-se os prejuízos que causaria, pois ele poderia pagar ao credor-cedente. O pagamento seria ineficaz.
	
1.17.10 – RESPONSABILIDADE DO CEDENTE –
ART. 295 CC – na cessão por título oneroso, o cedente, ainda que não se responsabilize, fica responsável ao cessionário pela existência do crédito ao tempo em que lhe concedeu, a mesma responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver procedido de má-fé.
ART. 296 CC – salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do devedor.
	
ART. 297 CC – o cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros.
ART. 298 CC – o crédito, uma vez penhorado, não pode mais ser transferido pelo credor que tiver conhecimento da penhora, mas o devedor que pagar, não tendo notificação dela, fica exonerado, subsistindo somente contra o credor os direitos de terceiro.
	
1.18. DA CESSÃO DE DÉBITO – ASSUNÇÃO DE DÍVIDA - arts. 299 a 303 do CC
1.18.1 – CONCEITO -
	Negócio jurídico bilateral, pelo qual o devedor, com anuência expressa do credor, transfere a um terceiro os encargos obrigacionais, de modo que este assume a sua posição na relação obrigacional, substituindo-o. 
	
1.18.2 – PRESSUPOSTOS -
	
1)Existência e validade da obrigação transferida.
2)Substituição do devedor sem alteração na substância do vínculo obrigacional.
3)Concordância do credor para efetivação do negócio.
	
4)Observância dos requisitos atinentes aos negócios jurídicos.
	
1.18.3 - MODOS DE REALIZAÇÃO – espécies de assunção de dívida -
	A cessão de dívida podeser efetivada de duas formas:
a)mediante contrato entre terceiro e o credor, sem a participação ou anuência do devedor; EXPROMISSÃO
b)mediante acordo entre terceiro e o devedor, com a concordância do credor. DELEGAÇÃO
EXPROMISSÃO - é o negócio jurídico entre o credor e terceiro, pelo qual este último (expromitente) assume espontaneamente o débito do devedor. 
	
DELEGAÇÃO - ocorre quando o devedor transferir a terceiro, com a anuência do credor, o débito com este contraído. 
	
1.18.4 – EFEITOS -
1)Liberação do devedor primitivo, com subsistência do vínculo obrigacional.
	
2)Transferência do débito a terceiro, que se investirá na conditio debitoris.
3)Cessação dos privilégios e garantias pessoais do devedor primitivo.
	
4)Extinção das garantias especiais originariamente dadas pelo devedor primitivo ao credor.
	
5)Restauração da dívida, com todas as suas garantias, havendo anulação da substituição do devedor 
	
6)Possibilidade de o adquirente do imóvel hipotecado tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido 
	
1.18.5 – ESPÉCIES -
a)INTER VIVOS: nos casos de delegação e expromissão acima expostos.
b)CAUSA MORTIS: uma vez transmitida a herança ao sucessor, este além de sucede o ‘de cujus’ nos créditos, também herda seus débitos (ainda que estes últimos fiquem limitados às forças da herança).
1.18.6 - DIFERENÇAS COM O INSTITUTO JURÍDICO DA NOVAÇÃO SUBJETIVA PASSIVA -
-Na novação há a criação de uma obrigação nova com a extinção da anterior; na cessão de débito há apenas a substituição do devedor, sem a alteração na substância do vínculo obrigacional.
-Na novação existe o animus novandi; na cessão de débito não há.
-Na novação pode ocorrer: a substituição das partes, do objeto ou de ambos; na cessão de débito só é substituído o sujeito passivo da obrigação.
1.18.7 – DIFERENÇAS COM O INSTITUTO DA FIANÇA -
	Tanto o fiador como o assuntor se obrigam perante o credor a realizar uma prestação devida por outrem.
- mas a fiança constitui em regra, uma obrigação subsidiária – o fiador goza do benefício da excussão, só respondendo se o devedor não puder cumprir a prestação prometida – art. 827 CC.
	
1.19 – DA CESSÃO DE CONTRATO -
	Tem grande aplicação, por exemplo, nos contratos de cessão de locação, fornecimento, empreitada, financiamento, e, especialmente , no mútuo hipotecário para aquisição de casa própria.
1.19.1 – CONCEITO -
	É a transferência da inteira posição ativa e passiva, do conjunto de direitos e obrigações de que é titular uma pessoa, derivados de contrato bilateral já ultimado, mas de execução ainda não concluída.
	
	A cessão de contrato envolve três partes:
- CEDENTE – que transfere a posição contratual.
- CESSIONÁRIO – que adquire a posição transmitida ou cedida.
- CEDIDO – o outro contratante, que consente na cessão feita pelo cedente.
1.19.2 – PRESSUPOSTOS -
a)Existência de contrato bilateral.
b)Contrato suscetível de ser cedido globalmente, posto que só poderá ser transferido depois de sua formação e antes de sua execução.
 
c)Transferência ao cessionário dos direitos e deveres do cedente.
d)Anuência do cedido.
e)Observância dos requisitos do negócio jurídico.
1.19.3 - CONSEQÜÊNCIAS (EFEITOS) -
a)Transferência do crédito e do débito de um dos contraentes a um terceiro.
b)Subsistência da obrigação.
c)Liberação do cedente do liame contratual se houver consentimento do credor ou se se configurar a hipótese em que a lei dispense tal assentimento.

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