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www.profafguimaraes.net 1 Prof. A.F.Guimarães Física 4 – Questões 17 Questão 1 Átomos de hidrogênio são colocados em um campo magnético externo. Os prótons podem fazer transições entre estados para os quais os spins ficam paralelos e antiparalelos ao campo magnético absorvendo ou emitindo fótons. Qual é o módulo do campo magnético necessário para que essa transição seja induzida por fótons com frequência igual a 22,7MHz? Resolução: O módulo do momento magnético do próton é dado por: | !"|#$ó%&' = 2,7928 ( (1.1) Em que ( é o momento nuclear dado por: ( = )ℏ2+# ≅ 5,05079 ∙ 10/34 : ∙ ;/< (1.2) Em (1.2) +# é a massa do próton. Para (1.1) e (1.2), veja, por exemplo: Sears e Zemansky (Young & Freedman), Física IV Ótica e Física Moderna, 10ª edição, ed. Person do Brasil, Addison Wesley, São Paulo,2004. A energia do fóton é dada por: ∆? = ℎA ≅ 1,498 ∙ 10/3C : (1.3) Por sua vez, a diferença de energia entre os estados supracitados no enunciado é dada por: ∆? = 2| !"|#$ó%&' ∙ D (1.4) Então utilizando (1.1), (1.2) e (1.3) na expressão (1.4), teremos: D = ∆?2| !"|#$ó%&' ≅ 0,54 ; (1.5) Questão 2 Nêutrons são colocados em um campo magnético com módulo igual a 2,30 ;. (a) Qual é a diferença de energia com estados para os quais os spins ficam paralelos e antiparalelos ao campo magnético? Qual é o estado que possui energia mais baixa: aquele com spin paralelo ou o que possui spin antiparalelo ao campo magnético? (b) Os nêutrons podem fazer transições de um desses estados para o outro absorvendo ou emitindo fótons com energia igual à diferença de energia entre esses estados. Calcule a frequência e o comprimento de onda desse fóton. Resolução: Os nêutrons possuem carga líquida nula, no entanto possuem momento magnético dado por: | !"|'êF%$&' = 1,9130 ( (2.1) Em que ( é dado por (1.2). No caso do nêutron, o momento de spin tem seu sentido contrário ao momento magnético, característica de carga negativa. Isso ocorre porque o nêutron não é uma partícula elementar, ele é formado por partículas ainda menores denominadas quarks. Para (2.1), consulte, por exemplo: Sears e Zemansky (Young & Freedman), Física IV Ótica e Física Moderna, 10ª edição, ed. Person do Brasil, Addison Wesley, São Paulo,2004. a) Utilizando os dados numéricos em (2.1), teremos para a diferença de energia: ∆? = 2| !"|'êF%$&' ∙ D ≅ 4,45 ∙ 10/3C : (2.2) Sabemos que a energia de interação com o campo magnético é dada por: G = − ⃗ ∙ DJ⃗ (2.3) Então o estado de energia mais baixo ocorre quando o momento magnético é paralelo ao www.profafguimaraes.net 2 campo magnético, ou seja, quando a partícula possui momento de spin paralelo ao campo magnético. No entanto, para o nêutron, o momento de spin tem seu sentido contrário ao momento magnético, logo, quando o momento de spin for antiparalelo, o estado possui a energia mais baixa. b) Agora utilizando a expressão de (1.3), poderemos encontrar a frequência do fóton emitido para a diferença solicitada: A = Δ?ℎ ≅ 6,7 ∙ 104 MN (2.4) E para o comprimento de onda: O = PA ≅ 4,48 + (2.5) Questão 3 Átomos de hidrogênio são colocados em um campo magnético externo com módulo igual a 1,65 ;. (a) Os prótons podem fazer transições entre estados para os quais os spins ficam paralelos e antiparalelos ao campo magnético absorvendo ou emitindo fótons. Qual é o estado que possui energia mais baixa, aquele com spin paralelo ou o que possui spin antiparalelo ao campo magnético? Qual é a frequência e o comprimento de onda do fóton? Em que região do espectro eletromagnético o fóton se encontra? (b) Os elétrons podem fazer transições entre estados para os quais os spins ficam paralelos e antiparalelos ao campo magnético absorvendo ou emitindo fótons. Qual é o estado que possui energia mais baixa, aquele com spin paralelo ou o que possui spin antiparalelo ao campo magnético? Qual é a frequência e o comprimento de onda do fóton? Em que região do espectro eletromagnético o fóton se encontra? Resolução: a) De forma semelhante ao que foi efetuado na questão 1, teremos: ∆? = 2| !"|#$ó%&' ∙ D ≅ 4,62 ∙ 10/3C : (3.1) Como o próton tem sua carga positiva, o momento de spin e o momento magnético estão no mesmo sentido, logo, o estado de mais baixa energia é aquele que apresenta spin paralelo ao campo magnético. Para a frequência do fóton emitido, teremos: A = Δ?ℎ ≅ 7 ∙ 104 MN (3.2) E o comprimento de onda: O = PA ≅ 4,29 + (3.3) Na região de ondas de rádio. b) Para o elétron, o momento magnético é dado por: | !"|QRé%$&' ≅ S (3.4) Em que S é o magneton de Bohr, dado por: ( = )ℏ2+Q ≅ 9,274 ∙ 10/3T : ∙ ;/< (3.5) Utilizando os dados de (3.1) e (3.5), teremos para a diferença de energia: ∆? = 2| !"|QRé%$&' ∙ D ≅ 3,06 ∙ 10/3U : (3.6) Para os elétrons, a exemplo do que ocorre com os nêutrons, possuem o estado de mais baixa energia com spins antiparalelos ao campo magnético. E para a frequência e comprimento de onda: A = Δ?ℎ ≅ 4,64 ∙ 10<V MN (3.7) O = PA ≅ 6,5 ∙ 10/U + (3.8) Na região de micro-ondas. www.profafguimaraes.net 3 Questão 4 Calcule a perda de massa, a energia de ligação (em W)X) e a energia por núcleons de (a) um núcleo de nitrogênio Y4<T ; (b) de um núcleo de hélio M)3T . (c) Como se comparam os resultados dos itens (a) e (b)? Resolução: Para a perda de massa temos a seguinte expressão: ∆+ = Z+[ + Y+' − + (4.1) Em que Z e o número atômico, (+[ = 1,007825^) é a massa do hidrogênio, Y é o número de nêutrons, (+' = 1,007825^) é a massa do nêutron e + é a massa do nuclídeo. a) Utilizando a expressão (4.1) para o nitrogênio, teremos: ∆+ = [7(1,007825 + 1,008665) − 14,003074]^ ∴ ∆+ = 0,11235^ (4.2) Em (4.2), + (cde = 14,003074^. Agora, para a energia de ligação, poderemos utilizar a relação relativística massa-energia. Utilizando o resultado de (4.2), teremos: ?S (cde = ∆+P3 ≅ 104,66 W)X (4.3) Em que P3 = 931,5 W)X ∙ ^/<. E para a razão energia por núcleon: ?S (cdeY^ ≅ 7,48 W)X (4.4) Para o caso do nitrogênio, o número de núcleons, que é igual ao número de massa, vale 14. b) Para o caso do hélio: ∆+ = [2(1,007825 + 1,008665) − 4,002603]^ ∴ ∆+ = 0,030377^ (4.5) Em que + [Qfe = 4,002603^. A energia de ligação será: ?S [Qfe = ∆+P3 ≅ 28,296 W)X (4.6) E para a razão, teremos: ?S [QfeY^ ≅ 7,07 W)X (4.7) c) De (4.3) e (4.6), observa-se que ?S (cde > ?S [Qfe . No entanto, de (4.4) e (4.7) observa-se que as energias por núcleons estão bem próximas: hi jcde(F ≈ hi lmfe(F . Questão 5 O isótopo mais comum do cobre é o n^3oCU . O valor da medido da massa do átomo neutro é igual a 62,929601^. (a) A partir do valor medido da massa, calcule a perda de massa e use o resultado para determinar a energia de ligação total e a energia de ligação por núcleon. (b) Calcule a energia de ligação pela seguinte equação: ?S = n<p − n3p3 U⁄ − rst(t/<)ud s⁄ − re(u/3t) f u ± nvp/T U⁄ . Em que n< = 15,75 W)X; n3 = 17,80 W)X; nU = 0,7100 W)X; nT = 23,69 W)X e nv =39 W)X. (Por que o quinto termo é nulo?) Compare com o resultado obtido no item (a). Qual é a diferença percentual entre os dois resultados? O que você conclui acerca da precisão da equação supracitada? Resolução: a) Utilizando a expressão (4.1), para o cobre 63, teremos, para a perda de massa: ∆+ = [29 ∙ 1,007825 + 34 ∙ 1,008665 − 62,929601]^ ∴ ∆+ = 0,591954^ (5.1) E para a energia de ligação: ?S rFfwxs = ∆+P3 = 551,4 W)X (5.2) www.profafguimaraes.net 4 Que conduz a: ?S rFfwxs63 = 8,75 W)X (5.3) b) Agora, utilizando a equaçãodo enunciado, com seus respectivos valores e lembrando que o quinto termo será positivo se Y e Z forem ambos pares, será negativo se Y e Z forem ambos ímpares e será nulo nos outros casos (que é o caso do n^3oCU ). Assim, teremos: ?S ≅ 556,15 W)X (5.4) Dos resultados (5.2) e (5.4), teremos para a diferença percentual: ∆?S556,15 = 0,8% (5.5) Uma boa precisão. Questão 6 O decaimento z → } + ~/ + A̅Q é energeticamente possível? Caso não seja, por que não? Do contrário calcule a energia total liberada. O decaimento } → z + ~ + AQ é energeticamente possível? Caso não seja, por que não? Caso seja, calcule a energia total liberada. Resolução: Primeiro caso: A energia de repouso do nêutron é dada por: ? = +'P3 = 939,5714475 W)X (6.1) E a energia de repouso após o decaimento será: ? = 938,7885963 W)X + ? m (6.2) Comparando (6.1) e (6.2), verificamos que a energia do antineutrino, desprezando a energia cinética do próton e do elétron, será: ? m = 0,78285123 W)X (6.3) Segundo caso: Não é energeticamente possível. Questão 7 Um isótopo instável do cobalto, nCV , possui em seu núcleo um nêutron a mais do que o isótopo estável nvo e é um emissor ~/ com uma meia- vida igual a 5,7 anos. Esse isótopo é empregado na medicina. Em um hospital, uma certa fonte de radiação contém 0,0360 + do nCV . (a) Qual e a constante de decaimento para este isótopo? (b) Quantos átomos existem na fonte? (c) Quantos decaimentos ocorrem por segundo? (d) Qual é a atividade da fonte em curies? Como isso se compara com a atividade de uma igual massa de rádio ( 33C , meia-vida de 1600 anos)? Resolução: a) O valor da constante de decaimento é obtido por meio da expressão: O = 0,693;df (7.1) Em que ;df é a meia-vida. Assim, teremos: O r&x ≅ 0,1315 /< (7.2) b) Para 60 de massa de nCV temos 6,02 ∙ 103U átomos, então em 0,0360 +, teremos: 3,61 ∙ 10<4 átomos. c) Inicialmente, o número de decaimento será: Y = OYV = 0,1315 ∙ 3,61 ∙ 10<4 ∴ Y ≅ 4,75 ∙ 10<C )P ∙ /< (7.3) Cerca de 1,51 ∙ 10o )P ∙ /<. d) Sabe-se que 1 n = 3,70 ∙ 10<V D = 3,70 ∙10<V )P ∙ /<. Assim, 1,51 ∙ 10o )P ∙ /< = 4,08 ∙10/3 n. www.profafguimaraes.net 5 Para 0,0360 + de 33C , temos 9,59 ∙ 10<C átomos. A constante de decaimento será: O ffx ≅ 4,33 ∙ 10/T /< (7.4) A atividade inicial de uma fonte de 33C , com 9,59 ∙ 10<C átomos, será: Y = OYV = 4,33 ∙ 10/T ∙ 3,61 ∙ 10<4 ∴ Y = 4,15 ∙ 10<U )P ∙ /< (7.5) Comparando os resultados de (7.3) e (7.5), podemos concluir que: Y ffx < Y r&x (7.6) Questão 8 Datação com carbono radioativo. Uma amostra de madeira de um sítio arqueólogo contendo 500 de carbono fornece 3070 decaimentos por minuto. Qual é a idade da amostra? Resolução: A meia-vida do n<T é de 5730 anos. Assim, sua constante de decaimento será: O rde = 2,299 ∙ 10/<V +z/< (8.1) Vamos supor que na ocasião da morte da árvore, a atividade fosse de 0,255 )P ∙ ( ∙ )/< de n<T . Ou 15,3 )P ∙ (+z ∙ )/<. Então, para 500 , teremos 7650 )P ∙ +z/<. A atividade de uma amostra decai com a seguinte expressão: OY() = OYV)/% (8.2) Assim, teremos, utilizando (8.2): 3070 = 7650)/3,3oo∙<Vd% = 0,91302,299 ∙ 10/<V ≅ 3,971 ∙ 10o +z (8.3) Cerca de 7550 anos. Questão 9 Em um acidente industrial, uma pessoa de 65 recebe em todo o seu corpo uma dose equivalente letal de 5,4 de raios X. (a) Qual é a dose equivalente em )+? (b) Qual é a dose absorvida em ? (c) Qual é a energia total absorvida pelo corpo da pessoa? Como essa energia se compara com a energia necessária para elevar de 0,010℃ a temperatura de 65 de água? Resolução: a) A relação entre )+ e é dada por: 100 )+ = 1 (9.1) Assim, 5,4 = 540 )+. b) A dose absorvida (), em é dada por: () = )()+)D? (9.2) Em que D? é a eficácia biológica relativa, que para o caso dos raios-X vale 1. Assim, de (9.2), teremos: = 540 (9.3) c) A dose absorvida é dada por: 1 = 0,01 : ∙ /< (9.4) Assim, para uma pessoa de 65 , teremos 351 : de energia absorvida. Essa energia é bem menor do que a quantidade de energia para aquecer a mesma massa de água de 0,010℃. www.profafguimaraes.net 6 = +P∆; = 65000 ∙ 4,2 ∙ 0,010 ∴ = 2730 : (9.5) Questão 10 Uma pessoa de 50 ingere acidentalmente 0,35 n de trício. (a) Suponha que o trício se espalhe uniformemente pelo corpo e que cada decaimento produza na média a absorção de 5,0 )X de energia dos elétrons emitidos no decaimento. A meia-vida do trício é de 12,3 anos e a D? dos elétrons é igual a 1,0. Calcule a dose absorvida e a dose equivalente em )+ durante uma semana. (b) O decaimento ~/ do trício libera mais de 5,0 )X de energia. Por que a energia média absorvida é menor do que a energia total liberada no decaimento? Resolução: a) Observando que a meia-vida do trício é longa, cerca de 12,3 z ou 3,88 ∙ 10 , podemos considerar, ao longo de 1 semana, a atividade do trício constante. Assim, teremos: O%$í& ∙ YV = 0,35 n = 1,295 ∙ 10<V )P ∙ /< (10.1) Para cada decaimento, a energia liberada é de 5 )X, ou seja, 8 ∙ 10/<C :. E energia liberada por segundo será então de 1,036 ∙ 10/ :. Assim, em uma semana, teremos: 604800 ∙ 1,036 ∙ 10/ ≅ 6,27 ∙ 10/U : (10.2) Logo, a dose absorvida será de: = 6,2750 ≅ 0,125 : ∙ /< = 12,5 (10.3) E para a dose equivalente, considerando o RBE igual a 1, teremos 12,5 )+. b) No decaimento ~/ do trício, são produzidos anti-neutrinos que não são absorvidos. Obs.: Na resolução do item (a), consideramos a atividade do trício constante para o período de uma semana. No entanto, se tivéssemos que considerar o decaimento, teríamos que encontrar o comportamento da emissão de energia com o tempo. Inicialmente a emissão de energia é igual a 1,036 ∙ 10/ : ∙ /<. E como o a atividade é uma função exponencial do tempo, a emissão de energia também será uma função exponencial dada por: ? = 1,036 ∙ 10/)/ í¡¢£% (10.4) Em que O%$í& = V,CoUU,∙<V¤ ≅ 1,786 ∙ 10/o /<. Para encontrar a energia total no período de 1 semana, devemos integrar a expressão (10.4) no tempo. Assim, teremos: ?¥ = 1,036 ∙ 10/ ¦ )/<,4C∙<Vw∙% CVTVV V (10.5) Em que 1 )+z = 604800 . Assim, teremos: ?¥ = 1,036 ∙ 10 / 1,786 ∙ 10/o §1 − )/<,4C∙<V w∙CVTVV¨ ∴ ?¥ ≅ 6,26 ∙ 10/U : (10.6) Comparando os resultados (10.2) e (10.6), podemos concluir que a diferença percentual é em torno de 0,16%. Ou seja, o erro em considerar a atividade constante para o período supracitado, é desprezível. Para a integração de (10.5), veja, por exemplo, Spiegel M. R., Manual de Fórmulas e Tabelas Matemáticas, Coleção Schaum, Editora McGraw- Hill, Makron Books do Brasil, 1973. Questão 11 Considere a reação nuclear: M<3 + D)To → © + M3T ), onde © é um nuclídeo. (a) Qual o valor e Z e de p para o nuclídeo ©? (b) Qual é a energia liberada? (c) Calcule a energia limite para essa reação. www.profafguimaraes.net 7 Resolução: a) Z = 3 ) p = 7. Ou seja, Lítio. b) Para as massas iniciais temos: + [df = 2,014102 ^; + SQew = 9,012182 ^. (11.1) E para as massas finais, teremos: + «sc = 7,016004 ^; + [Qfe = 4,002603 ^. (11.2) A variação de massa é de: ∆+ = ¬+ «sc + + [Qfe − ¬+ [df + + SQew ∴ ∆+ = −0,007677 ^ (11.3) Para essa variação de massa teremos uma energia liberada de: ? = −∆+P3 ≅ 7,1511255 W)X (11.4) Para classificar a reação, devemos calcular na verdade: = §¬+[df + + SQew − ¬+ «sc + + [Qfe ¨P3 (11.5) Que no caso será positiva ( > 0). Então a reação será exotérmica. O dêuteron deve ter energia cinética suficiente para vencer a barreira de energia potencial de repulsão. Assim, a energia mínima será: ®¯' = G = 14°²V ∙ )3 ®¯' = 14°²V ∙ 4)3 4 ∙ 10/<v ∴ ®¯' ≅ 2,304 ∙ 10/<U : = 1,44 W)X (11.6) Em que = [df + SQew . Na resolução dada em (11.6), consideramos os núcleos como uma distribuição esférica de carga positiva, com raios respectivamente iguais a [df = 1,5 ∙ 10/<v+ e SQew = 2,5 ∙ 10/<v +. Para o cálculo dos raios utilizamos = 1,2 ∙ 10/<vpds. Questão 12 Energia de uma fusão nuclear. Calcule a energia liberada na reação de fusão: M)3U + M → M)3T<3 + M<< . Resolução: As massas dos nuclídeo são: + [Qfs = 3,016029 ^; + [df = 2,014102 ^; + [Qfe = 4,002603 ^; + [dd = 1,007825 ^. (12.1) Utilizando, para esse caso, a expressão (11.5), teremos: = 0,019703 ^ ∙ 931,5 ∙ ^/< ≅ 18,353 W)X (12.2) Questão 13 Considere a reação nuclear <T3 + ³ → W<33T + ©, onde © é um nuclídeo. (a) Qual é o valor de Z e de p para o nuclídeo ©? (b) Desprezando o efeito de recuo, que energia mínima deve o fóton possuir para que essa reação ocorra? A massa de um átomo <T3 é igual a 27,976927 ^ e a massa de um átomo W<33T é igual a 23,985042 ^. Resolução: a) p = 4 e Z = 2. b) O nuclídeo em questão é o M)3T a massa por sua é dada em (12.1). Assim, tomando a expressão (11.5), teremos: = (27,976927 − 27,987645)931,5 www.profafguimaraes.net 8 = −9,98 W)X (13.1) A reação em questão é endotérmica. Assim, a energia do fóton dever ser igual a 9,98 W)X. Questão 14 Use a lei da conservação da massa-energia para mostrar que a energia liberada no decaimento alfa é positiva quando a massa do átomo neutro original é maior do que a soma das massas do átomo neutro final e do átomo neutro de M)T . (Dica: Suponha que o núcleo pai possua número Z e número de núcleons p. Inicialmente escreva a reação em termos dos núcleos e das partículas envolvidas, a seguir some Z massas de elétrons e ambos os membros da reação e equilíbrio de modo a obter átomos neutros.) Resolução: Seja a seguinte reação nuclear: ´tu → µt/3u/3 + M)3T (14.1) Agora, somando Z)/ dos dois lados da reação (14.1), teremos a reação em termos dos átomos neutros: ©tu → ¶t/3u/T + M)3T (14.2) De acordo com a reação (14.1), teremos em termos da conservação da massa-energia: + ·¹¸ P3 = º+ »¸f¹f + + [Qfe ¼ P3 + ® (14.3) Agora, somando Z+QP3 dos dois lados da igualdade de (14.3), teremos as massas dos átomos neutros como em (14.2). Assim, teremos: W ½¹¸ P3 = ºW ¾¸f¹e + W [Qfe ¼ P3 + ® ® = ¿W ½¹¸ − ºW ¾¸f¹e + W [Qfe ¼À P3 (14.4) Logo, para ® > 0, teremos: W ½¹¸ > W ¾¸f¹e + W [Qfe (14.5) Questão 15 Use a lei da conservação da massa-energia para mostrar que a energia liberada no decaimento ~/ é positiva quando a massa do átomo neutro original é maior do que a massa do átomo final. (Veja a questão 14) Resolução: Utilizando o mesmo procedimento da questão anterior, temos: ´tu → µt<u + ~/ + A̅Q (15.1) Em (15.1) temos a reação nuclear. Agora, somando em ambos os lados de (15.1) a quantidade Z), teremos a equação dos átomos neutros: ©tu → ¶t<u + A̅Q (15.2) Em que A̅Q é o antineutrino, relativo ao decaimento ~/. Assim, tomando (15.2) como referência, teremos a seguinte equação e massa- energia: W ½¹¸ P3 = W ¾¸Ád¹ P3 + ® ® = ¿W ½¹¸ − W ¾¸Ád¹ À P3 (15.3) Logo, para ® > 0, teremos: W ½¹¸ − W ¾¸Ád¹ > 0 (15.4) Questão 16 Use a lei da conservação da massa-energia para mostrar que a energia liberada no decaimento ~ é positiva quando a massa do átomo neutro original é pelo menos duas massas do elétron maior do que a massa do átomo final. (Veja a questão 14). www.profafguimaraes.net 9 Resolução: Seja a seguinte reação nuclear: ´tu → µt/<u + ~ + AQ (16.1) Em que AQ é o neutrino. Somando Z) dos dois lados da reação, teremos a seguinte relação entre os átomos neutros: ©tu → ¶t/<u + )/+~ + AQ (16.2) De (16.2), teremos a seguinte equação para a massa-energia: W ½¹¸ P3 = ºW ¾¸d¹ + 2+Q¼ P3 + ® ∴ ® = ºW ½¹¸ − W ¾¸d¹ − 2+Q¼ P3 (16.3) Em que +ÂÁ é igual a massa do elétron (+Q). De (16.3), para ® > 0, temos: ºW ½¹¸ − W ¾¸d¹ ¼ − 2+Q > 0 (16.4) Questão 17 Use a lei de conservação da massa-energia para mostrar que a energia liberada na captura do elétron é positiva quando a massa do átomo neutro original é maior do que a massa do átomo final. (Veja a questão 14, no entanto some (Z − 1))). Resolução: Seja a seguinte reação nuclear: ´tu + )/ → µt/<u + AQ (17.1) Somando dos dois lados da reação (17.1) a quantidade de (Z − 1)), teremos, para os átomos neutros: ©tu → ¶t/<u + AQ (17.2) De (17.2), a equação de conservação massa- energia fica: W ½¹¸ P3 = W ¾¸d¹ P3 + ® ∴ ® = ºW ½¹¸ − W ¾¸d¹ ¼ P3 (17.3) Assim, para ® > 0, teremos: W ½¹¸ − W ¾¸d¹ > 0 (17.4) Questão 18 O tório ;ℎoV3UV decai para o rádio 33C pela emissão Ã. As massas dos átomos neutros são 230,033127 ^ para o ;ℎoV3UV e 226,025403 ^ para o 33C . Se o núcleo pai do tório está em repouso, qual é a energia cinética da partícula à emitida? (Certifique-se de que você levou em consideração o recuo do núcleo filho.) Resolução: Seja a reação de decaimento dada por: ;ℎoV3UV → 33C + M)3T (18.1) Pela conservação da massa-energia, teremos: ® = ºW ¥Äwfs − W ¤¤ffx − W [Qfe ¼P3 (18.2) Em que W [Qfe = 4,002603 ^. Substituindo as massas em (18.2), teremos: ® = 4,770212 W)X = 7,63 ∙ 10/<o : (18.3) Em (18.3), ® = ® ¤¤ffx + ® [Qfe . O momento linear deve ser conservado e lembrando que o tório estava em repouso, teremos: }⃗ ¤¤ffx = −}⃗ [Qfe } ¤¤ffx = } [Qfe (18.4) www.profafguimaraes.net 10 A energia cinética de uma partícula pode ser calculada segundo a expressão: ® = }32+ (18.5) Assim: ® = ® ¤¤ffx + ® [Qfe = } ¤¤ffx32W ¤¤ffx + } [Qfe32W [Qfe (18.6) Utilizando o resultado de (18.3) juntamente com (18.4) em (18.6), teremos: } [Qfe3 Å 12W ¤¤ffx + 1 2W [Qfe Æ = 4,770212 } [Qfe3 = 9,540424 Å W ¤¤ffx ∙ W [QfeW ¤¤ffx + W [Qfe Æ (18.7) A energia cinética da partícula alfa será então: ® [Qfe = } [Qfe32W [Qfe = 4,770212 ∙ W ¤¤ffxW ¤¤ffx + W [Qfe ∴ ® [Qfe ≅ 4,687208 W)X (18.8) O que confere ao rádio uma energia cinética de aproximadamente: 0,083004 W)X. Questão 19 Mostre que a equação Y() = YV)/% pode ser escrita na forma Y() = YV º<3¼ ' , onde z = ;d f⁄⁄ é o número de meias-vidas decorridas a partir do instante = 0. (Essa relação é válida mesmo quando z não é um número inteiro.) Resolução: A constante de decaimento é dada por: O = ln 2;< 3⁄ (19.1) Assim, podemos escrever: Y() = YV)/ %∙ÉÊ 3¥d f⁄ (19.2) Lembrando que )ÉÊ 3 = 2, teremos para (19.2): Y() = YV Ë 1)ÉÊ 3Ì %¥d f⁄ ∴ Y() = YV Ë12Ì %¥d f⁄ (19.3) Questão 20 Prove que, quando uma partícula com massa + e energia cinética ® colide com uma partícula em repouso com massa W, a energia cinética ®¯ no sistema do centro de massa (a energia disponível para iniciar a reação) é dada por ®¯ = Íͯ ∙ ®. Suponha que as energias cinéticas das partículas e dos núcleos sejam muito menores do que suas energias de repouso. Seja ®¯í' a energia mínima ou energia limite, ou seja, a energia cinética necessária para reproduzir a reação endoenergética descrita anteriormente. Mostre que ®¯í' = −Í¯Í ∙ . Resolução: Seja ® a energia cinética da partícula de massa + dada por: ® = +32 (20.1) Em que é a velocidade da partícula de massa + com relação à partícula de massa W (em repouso com relação ao laboratório). Com relação ao centro de massa do sistema, podemos dizer que as duas partículas estão em movimento, com velocidades dadas por Í e ¯. Sendo que www.profafguimaraes.net 11 Í + ¯ = (20.2) O momento linear total com relação ao centro de massa é nulo, logo: WÍ = +¯ (20.3) Utilizando (20.2) e (20.3), podemos escrever: ¯ = W+ + W Í = ++ + W (20.4) A energia cinética total com relação ao centro de massa será: ®¯ = WÍ 3 2 + +3¯ 2 (20.5) Utilizando os resultados (20.4) em (20.5), teremos: ®¯ = Î W+(W + +)3 + W3 (W + +)3Ï +3 2 ∴ ®¯ = W+ + W ∙ ® (20.6) Para uma reação endoenergética, temos: = (W + + − W¯)P3; < 0 (20.7) Em que W¯ é a massa total após a reação. Então, a energia cinética limite, será dada por: ®¯ = − W + + W ∙ ® = − ∴ ®¯í' = − W + +W ∙ (20.8) Questão 21 Calcule a energia liberada na reação de fissão Go33Uv + zV< → ©)vT<TV + UoT + 2 zV< . Despreze a energia cinética inicial do nêutron absorvido. As massas atômicas são W ÐwffsÑ =235,043923 ^; W ½QÑede = 139,921636 ^ e W Ò$s¤we = 93,915360 ^. Resolução: A energia é dada por: ? = ¿W ÐwffsÑ + W 'd − ºW ½QÑede + W Ò$s¤we + 2W 'd ¼À P3 ∴ ? = 184,7 W)X (21.1) Em que W 'd = 1,008665 ^. Questão 22 Em uma experiência, o isótopo Ó<3 é criado irradiando-se o Ó<34 com um feixe de nêutrons que cria 1,5 ∙ 10C núcleos de Ó<3 por segundo. Inicialmente não existe nenhum núcleo de Ó<3 presente. A meia-vida do Ó<3 é igual a 25 minutos. (a) Faça um gráfico do número de núcleos de Ó<3 presentes em função do tempo. (b) Qual é a atividade da amostra 1, 10, 25, 50, 75 e 180 minutos depois de a irradiação começar? (c) Qual é o número máximo de átomos de Ó<3 que podem ser criados na amostra depois que ela é irradiada durante um tempo muito longo? (Essa situação estacionária é chamada de saturação.) (d) Qual é a atividade máxima que pode ser produzida? Resolução: a) Temos uma produção de isótopos radioativos à medida que ocorre decaimento. Assim, a equação diferencial relativa a esse processo, será dada por: Y() = − OY() (22.1) Em que é a taxa constante de produção de isótopos radiativos. Assim, com o auxílio de uma tabela de integração, por exemplo, Spiegel M. R., www.profafguimaraes.net 12 Manual de Fórmulas e Tabelas Matemáticas, Coleção Schaum, Editora McGraw-Hill, Makron Books do Brasil, 1973, teremos para (22.1), a seguinte expressão: ¦ Y() − OY() ( V = ¦ % V − 1O §ln¬ − OY() − ln ¨ = ∴ Y() = O ¬1 − )/% (22.2) Utilizando os dados numéricos em (22.2), teremos: Y() = 3,25 ∙ 10o¬1 − )/3,∙<Vf% (22.3) Com o auxílio de uma planilha eletrônica, podemos construir o gráfico da equação (22.3) que é representado na figura 22.1. Figura 22.1 b) A atividade é dada por OY(). Então, de (22.3), teremos: OY() = 1,5 ∙ 10C¬1 − )/3,∙<Vf% (22.4) Substituindo os valores em (22.4), teremos: OY(1) ≅ 1,12 ∙ 10/C n; OY(10) ≅ 9,9 ∙ 10/C n; OY(25) ≅ 2,04 ∙ 10/v n; OY(50) ≅ 3,05 ∙ 10/v n; OY(75) ≅ 3,56 ∙ 10/v n; OY(180) ≅ 4,03 ∙ 10/v n (22.5) c) A saturação ocorre em: Y¯á· = lim%→Ö 3,25 ∙ 10o¬1 − )/3,∙<Vf% ∴ Y¯á· = 3,25 ∙ 10o (22.6) E a atividade máxima: OY¯á· = 1,5 ∙ 10C )P ∙ /< (22.7) Ou seja, 4,05 ∙ 10/vn. Aqui, O = 4,62 ∙ 10/T /< ou O = 2,8 ∙ 10/3 +z/<. 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 0 50 100 150 200 250 N(t) x 109 t(min)
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