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1 Ligação covalente Ligação covalente é muito diferente da ligação iônica. A- Definição: A ligação covalente ocorre quando dois átomos têm a mesma tendência de ganhar e perder elétrons. Sob essas condições a transferência total de elétron não acontece e os elétrons ficam compartilhados entre os dois átomos = Ligação covalente 2 Exemplo: Molécula de H2 A força da ligação resulta da atração entre cada núcleo e o elétron do outro átomo. Esta atração faz com que os 2 átomos de hidrogênio permaneçam juntos. A ligação covalente consiste no COMPARTILHAMENTO DE PARES ELETRÔNICOS entre 2 átomos ligados. 3 B- Estrutura de Lewis: A regra do octeto: Para uma molécula, cada átomo vai sempre que possível completar seu octeto (ficando com 8 elétrons na sua camada de valência) compartilhando pares eletrônicos com outros átomos. FH FH Par Compartilhado (PC) Par Isolado (PI) 4 REGRAS GERAIS ÚTEIS PARA AS REPRESENTAÇÕES DAS ESTRUTURAS DE LEWIS 1-Determinar o arranjo dos átomos ligados - H é sempre um átomo terminal e ele é conectado uma vez. - O átomo com menor afinidade eletrônica na molécula ou íon é o átomo central. 2- Usando a tabela periódica, determinar o número total de elétrons de valência de todos os átomos da molécula. 3- Completar o octeto de cada átomo ligado ao átomo central (átomos laterais) usando par(es) isolado(s) (dois elétrons não compartilhados). 4- Se sobrar elétrons (em relação ao número de elétrons de valência calculado no item 2-), colocar esses elétrons sobrando no átomo central como pares isolados. 5- Se o átomo central não tiver o octeto completo, um par isolado (ou vários) dos átomos laterais vai (vão) ser compartilhado(s) com o átomo central para fazer dupla ou tripla ligação. 5 Ex: CO3 2- 1-Determinar o arranjo dos átomos ligados 2- Usando a tabela periódica, determinar o número total de elétrons de valência de todos os átomos da molécula. C (IVA) 4 e- + 3xO (VIA) 6 e- + 2 e- (2 cargas negativas) = 24 e- 3- Atribuir um par eletrônico (par compartilhado) para todos os átomos da molécula. Dois elétrons compartilhados entre dois átomos = par de ligação. C O O O C O O O 6 Ex: CO3 2- 4- Completar o octeto de cada átomo ligado ao átomo central (átomos laterais) usando par(es) isolado(s) (dois elétrons não compartilhados). 5- Se sobrar elétrons (em relação ao número de elétrons de valência calculado no item 2-), colocar esses elétrons sobrando no átomo central como pares isolados. Não se aplica 6- Se o átomo central não tiver o octeto completo, um par isolado (ou vários) dos átomos laterais vai (vão) ser compartilhado(s) com o átomo central para fazer dupla ou tripla ligação. C O O O C O O O C O O O 2- 7 Ex: NO2 - 1-Determinar o arranjo dos átomos ligados 2- Usando a tabela periódica, determinar o número total de elétrons de valência de todos os átomos da molécula. N (VA) 5 e- + 2xO (VIA) 6 e- + 1 e- (1 carga negativa) = 18 e- 3- Atribuir um par eletrônico (par compartilhado) para todos os átomos da molécula. Dois elétrons compartilhados entre dois átomos = par de ligação. NO O NO O 8 Ex: NO2 - 4- Completar o octeto de cada átomo ligado ao átomo central (átomos laterais) usando par(es) isolado(s) (dois elétrons não compartilhados). 5- Se sobrar elétrons (em relação ao número de elétrons de valência calculado no item 2-), colocar esses elétrons sobrando no átomo central como pares isolados. 6- Se o átomo central não tiver o octeto completo, um par isolado (ou vários) dos átomos laterais vai (vão) ser compartilhado(s) com o átomo central para fazer dupla ou tripla ligação. NO O NO O NO O NO O - 9 C- Determinação das cargas formais: carga que um átomo teria em uma molécula se todos os outros tivessem a mesma eletronegatividade Obs: a mais estável será aquela na qual os átomos ostentam cargas formais mais próximas de zero e qualquer carga negativa esteja localizada no elemento mais eletronegativo. REGRAS: 1- Determinar a estrutura de Lewis. 2- Dividir os elétrons para cada átomo da seguinte maneira: 1 par compartilhado (PC) :1 elétron para cada átomo 1 par isolado (PI) : 2 elétrons para o átomo dono do par. 3- Carga formal do átomo na molécula = número de elétrons do átomo no estado isolado (esse número de elétron corresponde ao número do grupo do átomo) menos o número de elétrons calculado no item 2) 4- Soma das cargas formais de todos os átomos é igual a carga da entidade 10 Exemplo: SO3 O S O O O S O O REGRA 1 REGRA 2 11 Carga formal O1 (VIA) = 6 – 6 = 0 Carga formal O2 (VIA) = 6 – 6 = 0 Carga formal O3 (VIA) = 6 – 6 = 0 Carga formal S (VIA) = 6 – 6 = 0 Soma 0 REGRA 3 Dar exemplos de estruturas de Lewis anteriores. 12 D- Ressonância: Algumas vezes não é possível representar um composto por uma única estrutura de Lewis. Consideremos a molécula de ozônio (O3), por exemplo: A molécula de ozônio apresenta geometria angular, com comprimentos de ligação O-O de 127,8 pm. Estruturas de ressonância Nas estruturas de ressonância a posição dos átomos não mudam, apenas o arranjo dos elétrons. O O O O O O O O O 13 O ozônio não corresponde nem à estrutura A nem à B. O3 é uma mistura de A e B. Tal mistura é chamado de híbrido de ressonância. Híbrido de ressonância 1 2 3 14 Ex: NO3 - O íon nitrato possui 3 estruturas de ressonância 2 O N O O 31 + _ _ 2 O N O O 31 + _ _ 2 O N O O 31 + _ _ Híbrido de ressonância 15 Quando maior o número de formas de ressonância, maior será a estabilidade da molécula: benzeno Híbrido de ressonância 16 E- Estrutura de Lewis: Exceções da octeto: Existem exceções à regra do octeto. Alguns elementos ficam estáveis com menos de oito elétrons e outros com mais. Contração do octeto (Estáveis com menos de oito elétrons): •Be (IIA) Ex: BeH2 •B (IIIA) Ex: BF3 Be HH 4 e- B F F F 6 e- 17 Expansão do Octeto (estáveis com mais de oito elétrons) •Elementos que pertencem ao terceiro período, ou superior, podem ficar com um número de elétrons de valência superior a 8. Isso por usar orbitais de tipo d junto ao orbitais atômicas s e p da camada de valência. Expansão da camada de valência Hibridação sp3d (5 orbitais): 10 e - Hibridação sp3d2 (6 orbitais): 12 e - Ex: ClF3 10 e- Cl F F F 18 F- Eletronegatividade e polaridade da ligação covalente: Um par eletrônico é simultaneamente atraído por ambos os átomos da ligação covalente. Se os átomos da ligação são diferentes eles terão cargas nuclear e configuração eletrônica diferentes e assim eles terão capacidade diferente de atrair os elétrons em uma ligação covalente. Esta atração de um átomo sobre os elétrons da ligação química é medida pela eletronegatividade , que é definida como a capacidade de atração que um dado átomo ligado exerce sobre os elétrons em uma ligação. 19 Polaridade da ligação covalente: A polaridade da ligação depende da diferença de eletronegatividadedo dois átomos ligados. Maior a diferença, mais polar é a ligação. - Ligação covalente não polar Uma ligação formada entre dois átomos com eletronegatividade iguais é não-polar A A 20 - Ligação covalente polar Uma ligação formada entre dois átomos com eletronegatividade diferentes é polar . Se a eletronegatividade de B > que a eletronegatividade de A: A B carga parcial positiva carga parcial negativa 21 22 A A A B A B + - Se a diferença de eletronegatividade =1,7 a ligação tem 50% de caráter covalente e 50% de caráter iônico. Se a diferença de eletronegatividade >1,7 a ligação tem mais caráter iônico. Se a diferença de eletronegatividade <1,7 a ligação tem mais caráter covalente . 23 Exemplo: HCl eletronegatividade Cl=3,0 eletronegatividade H=2,1 eletronegatividade =3,0-2,1= 0,9 HCl tem mais caráter covalente 24 A Teoria da repulsão dos pares de elétrons da camada de valência, mais conhecida pela sigla em inglês VSEPR (Valence Shell Electron Pair Repulsion), é um modelo químico que busca predizer a geometria molecular por meio da repulsão dos elétrons da camada de valência. Se dois pares estão compartilhados (PC), a repulsão é mais fraca, e é mais forte entre dois pares isolados (PI). 25 Geometria dos pares eletrônicos: 27 G- Repulsão dos pares eletrônicos e geometria molecular: Exemplo: H2O O HH O sp3 4 pares eletrônicos (2PC + 2 PI) Geometria dos pares de elétrons = TETRAÉDRICA H O H Geometria molecular = ANGULAR (somente os átomos são levados Em conta) H O H 28 Um par ligante de elétrons, portanto, define uma região do espaço, na qual é mais provável que os elétrons sejam encontrados (domínio de elétron). Igualmente, um par não ligante de elétrons define um domínio de elétron. Em geral um domínio de elétron consiste em um par não ligante, uma ligação simples e uma ligação múltipla. 29 Geometria molecular: 3PC 0PI 4PC 0PI 2PC 0PI 2PC 1PI 3PC 1PI 30 Sistema com 2 domínios: Geometria molecular = LINEAR Ex: BeH2 Ex: CO2 CO O BeH H 2 domínios, sp 2 domínios, sp 31 Sistema com 3 domínios: A- 3 PC, 0 PI Geometria molecular = TRIGONAL PLANAR Ex: BF3 Ex: CH2O 3 domínios, sp2 3 domínios, sp2 B F F F C H O H 32 Sistema com 3 domínios: B- 2 PC, 1 PI Geometria molecular = ANGULAR Ex: SO2 3 domínios, 1 PI, sp2 O S O 33 Sistema com 4 domínios: A- 4 PC, 0 PI Geometria molecular = TETRAÉDRICA Ex: CH4 B- 3 PC, 1 PI Geometria molecular = PIRÂMIDE TRIGONAL Ex: NH3 3 PC, 1 PI sp3 4 PC, sp3 H C H H H N H H H 34 Sistema com 4 domínios: C- 2 PC, 2 PI Geometria molecular = ANGULAR Ex: H2O 2 PC, 2PI sp3 O H H 37 H- Forças Intermoleculares Quanto maior a força atrativa entre as moléculas, maior será a energia utilizada para separarmos essas moléculas, como consequência teremos valores elevados de pontos de fusão e pontos de ebulição. Lembrando que ponto de fusão é a temperatura na qual uma dada substância altera seu estado físico de sólido para líquido e o ponto de ebulição seria a temperatura na qual uma dada substância altera seu estado físico de líquido para vapor. A atração que existe entre as moléculas de um dado material é denominada Forças Intermoleculares ou Ligações Intermoleculares. Existem 3 tipos de Forças Intermoleculares: - FORÇAS DO TIPO DIPOLO-DIPOLO PERMANENTE - FORÇAS DE LONDON OU DIPOLO-DIPOLO INDUZIDO. - LIGAÇÔES DE HIDROGÊNIO 38 H- Forças Intermoleculares A- FORÇAS DO TIPO DIPOLO-DIPOLO PERMANENTE O momento dipolar de ligação ou momento de dipolo de ligação usa a ideia de momento do dipolo elétrico para medir a polaridade de uma ligação química dentro de uma molécula. Ele ocorre sempre que houver uma separação de cargas positivas e negativas. O dipolo de ligação é modelado como +δ — δ- com uma distância d entre as cargas parciais +δ e δ-. É um vetor, paralelo ao eixo de ligação, apontando do mais para o menos. 39 40 Se a soma dos momentos dipolares de uma molécula é nula A molécula é APOLAR Se a soma dos momentos dipolares de uma molécula não é nula A molécula é POLAR 41 42 43 44 F B FF Cl C Cl Cl Cl H C Cl Cl Cl APOLAR POLAR H B HF APOLAR POLAR 45 O HH A molécula de água é POLAR com presença de cargas parciais positivas e negativas PERMANENTES. 46 Definição: FORÇAS DO TIPO DIPOLO-DIPOLO PERMANENTE são interações intermoleculares entre cargas parciais PERMANENTES de moléculas polares 47 H- Forças Intermoleculares B- FORÇAS DE LONDON OU DIPOLO-DIPOLO INDUZIDO Definição: FORÇAS DE LONDON OU DIPOLO-DIPOLO INDUZIDO são interações intermoleculares entre cargas parciais INSTANTâNEAS de quaisquer espécies :moléculas apolares ou polares. cargas parciais INSTâNTANEAS 48 Com o aumento da massa da molécula, aumento também o numero de elétrons. Isso faz que a polarização dos dipolos induzidos aumentem fortalecendo as forças de LONDON. 49 50 H- Forças Intermoleculares C- LIGAÇÃO HIDROGÊNIO Definição: A ligação hidrogênio é uma interação atrativa entre um átomo de hidrogênio de uma molécula ou um fragmento molecular, Z – H (Z=O, F, N) e o par isolado de um átomo Z (O, F, N) de uma outra molécula. 51 O átomo de hidrogênio é o único átomo participante de compostos que só possui uma única camada de elétrons (a camada n=1) que é ao mesmo tempo a primeira e última e possui um único elétron. A camada n=1 se completa com 2 elétrons, de modo que, para atingir a estabilidade química, o H precisa ganhar ou compartilhar 1 elétron de outro átomo. Ao se ligar a um elemento muito eletronegativo, tal como o N, o O e o F, seu único elétron fica tão afastado na direção do átomo eletronegativo que o próton que compõe seu núcleo fica praticamente nu, uma vez que o H, diferentemente dos outros átomos, não possui outras camadas de elétrons entre a camada de valência e o núcleo atômico. Deste modo, o efeito polarizante do núcleo do hidrogênio acaba sendo o mais pronunciado de todos. Para reduzir a tensão gerada, o átomo de H envolvido em ligações com N, O ou F interage fortemente com a eletrosfera de átomos vizinhos, de modo a "cobrir" parcialmente o próton quase exposto do núcleo do átomo de H. Esse efeito é ainda mais pronunciado se o átomo com o qual o H interage for um átomo pequeno e muito eletronegativo. Num átomo pequeno, estes elétrons estão mais localizados, se encontram confinados em uma camada menos volumosa e por isso interagem mais facilmente. Se o átomo for muito grande, os elétrons de valência estão mais "espalhados" pela volumosa camada de valência desse átomo, dificultando a interação. É por isso que o átomo de cloro, embora seja tão eletronegativo quanto o nitrogênio, não forma ligações de hidrogênio. Consequentemente, haverá uma interação eletrostática entre o átomo de H com forte cargaparcial positiva com os elétrons não- ligantes (pares isolados) do outro átomo participante, A ligação de hidrogênio pode ser considerada um caso particularmente intenso de interação dipolo-dipolo permanente. Devido ao pequeno tamanho, o átomo de H se aproxima bastante do outro átomo, o que, combinado com a forte interação entre o próton do H e os elétrons do outro átomo, faz com que esta seja a interação mais forte entre as moléculas. 52 Exemplos de ligação hidrogênio 53 Tipo de interação Energia de dissociação (kcal) Ligação covalente 400 Forças Intermoleculares Ligação hidrogênio 12–16 interação dipolo–dipolo 0,5–2 Forças de London < 1
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