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MÉTODO BOBATH

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MÉTODO BOBATH
Fernanda Coelho
Thamyris Oliveira
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Disfunções neurofuncionais no adulto
Profº Romulo Nolasco de Brito
HISTÓRICO
O casal Karel e Berta Bobath nasceram em Berlim;
Karel Bobath graduou-se em medicina;
A primeira formação de Berta foi em ginástica reparadora, na qual ela desenvolveu sua percepção do movimento normal, do exercício e do relaxamento;
Eles fugiram de Berlim em 1938.
(MORALES, 1999)
HISTÓRICO
Em Londres, Berta Bobath tornou-se fisioterapeuta pelo Chartered Society of Physiotherapy em 1950;
Karel Bobath começou sua carreira trabalhando como pediatra e se especializou em paralisia cerebral.
(MORALES, 1999)
HISTÓRICO
Antes de 1950, a reabilitação neurológica convencional era, primordialmente, de orientação ortopédica;
Ela promovia o uso de massagens, calor, uso de trações e técnicas de movimentos passivos e ativos;
O objetivo principal de evitar deformidades, isto é, uma abordagem essencialmente compensatória.
(MÜLLER,2009)
ONDE TUDO COMEÇOU 
Berta Bobath foi chamada para realizar um atendimento domiciliar de um paciente;
Tratava-se de um pintor famoso, de 42 anos, com hemiplegia direita grave;
O quadro era de membro superior extremamente rígido em flexão e com síndrome ombro-mão.
(MORALES, 1999)
ONDE TUDO COMEÇOU
Ela começou a mover o braço e a observar as respostas do corpo a esses movimentos; 
Havia muita resistência quando estendia o braço que estava fortemente espástico e flexionado;
Manuseando-o com cuidado, conseguiu alguma extensão até chegar a um limite e, gradativamente, a flexão cedia, chegando à extensão total.
(MORALES, 1999)
ONDE TUDO COMEÇOU
Berta Bobath percebeu, então, que poderia influenciar e modificar o tônus muscular por meio do manuseio;
Sugerindo então uma nova abordagem de tratamento, que foi a base para o surgimento de novas ideias. 
(PÊGO, 2005)
ONDE TUDO COMEÇOU
Definiu-se, naquela época, a espasticidade como resultado de um controle neuronal do tônus e postura, associado a uma alteração proprioceptiva. 
Dessa forma, ela concluiu que o paciente com uma lesão central apresentava um problema sensoriomotor.
(PÊGO, 2005)
Propriocepção: capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo
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HISTÓRICO
Em 1951 o casal Bobath criou o Centro Bobath em Londres;
No mesmo ano Dra. Bobath iniciou os cursos de tratamento neuroevolutivo Bobath. 
Em 1968, o casal Bobath veio ao Brasil e, na cidade de Petrópolis, apresentou o conceito a terapeutas e médicos.
(PÊGO, 2005)
“É uma maneira completamente nova de pensar, observar e interpretar o que o paciente está fazendo. O terapeuta deve, então, ajustar-se aos moldes da técnica para ver e perceber o que é necessário e possível para que ele possa ser funcional. Nós não ensinamos o movimento, nós o tornamos possível”.
(CALAIS, 2002)
Dra. Bobath
CONCEITO
A abordagem do Conceito Bobath;
Surgiu como tratamento de crianças com paralisia cerebral;
Baseando-se no desenvolvimento motor normal;
Onde este seria um processo sequencial e progressivo.
(BOWER, 1993; PLANT, 2000)
CONCEITO
Tem como objetivos inibir os movimentos patológicos e influenciar os normais, reduzindo a espasticidade e favorecendo movimentos automáticos e voluntários pré-funcionais;
o Bobath excita as reações de estiramento promovendo um melhor controle de cabeça, tronco e reações de equilíbrio, onde o paciente é movido ou mantido em uma posição por pontos precisos (pontos-chave) obtendo-se reações desejadas.
(ROSA FILHO, 2004; ALVES; ALVES; BARONI, 2004)
CONCEITO
O tratamento com o Bobath dá ao paciente a possibilidade de ganhar experiência sensório motora normal dos movimentos basais e tem como base as reações estático cinéticas, que são as de endireitamento, e as reações de equilíbrio e reação de proteção, que produzem adaptações posturais a um certo movimento.
(ROSA FILHO, 2004; ALVES; ALVES; BARONI, 2004)
PRINCÍPIOS
(ROSA FILHO, 2004)
Apresenta como princípios a obtenção de um padrão muscular mais normal possível;
A utilização de posturas de inibição reflexa, impedir a instalação de padrões anormais de movimento, fornecer o máximo de informações proprioceptivas e esteroceptivas;
Realizar um atendimento individual e tratar o paciente de forma global.
RESUMINDO
“NO MÉTODO BOBATH, O PACIENTE APRENDE A SENSAÇÃO DO MOVIMENTO, E NÃO O MOVIMENTO EM SI.”
(ALVES E BARONI 2004)
INDICAÇÕES
Dentre as indicações para o método estão:
(ALVES; ALVES; BARONI, 2004)
MELHORAR O CONTROLE POSTURAL E A SIMETRIA CORPORAL
DAR MAIOR PROPRIOCEPÇÃO ARTICULAR
ADEQUAR O TÔNUS MUSCULAR
ESTIMULAR REAÇÕES DE PROTEÇÃO E DE EQUILÍBRIO
ALONGAR MÚSCULOS
REALIZAR A DISSOCIAÇÕES DE CINTURAS E APRIMORAR A DEAMBULAÇÃO
MÉTODO
(ALVES; ALVES; BARONI, 2004).
O Bobath consiste em movimentos passivos e ativos, onde apenas estes oferecem sensações para que o paciente aprenda os movimentos voluntários. 
SNC
(DAVIES, 1996) 
Bobath afirma que o SNC é um órgão de reação e não de ação, ou seja;
Ele responde a partir dos estímulos internos e externos ao corpo que lhe são oferecidos;
Uma ação é escolhida a partir de circuitos já existentes e que são aprendidos e controlados no interior do cérebro.
SNC
(DAVIES, 1996)
As células do SNC podem tanto excitar quanto inibir uma determinada atividade, facilitando atividades úteis e impedindo movimentos indesejados;
O processo de aprendizagem e a prática na reabilitação terão resultados a partir da estimulação, inibição ou facilitação. 
SNC
(DAVIES, 1996)
Os circuitos de controle do SNC que permitem realizar determinadas atividades são facilitados por repetições, e armazenadas;
Quando um movimento é repetido, ocorre uma redução na resistência sináptica onde passam os potenciais elétricos necessários para a realização do mesmo. 
Como o SNC percebe mais do que produz, o ser humano depende da repetição de estimulações sensitivas;
SNC
(DAVIES, 1996)
Sendo assim, o movimento é facilitado e as fibras nervosas que não foram solicitadas para esse determinado movimento são inibidas, ocorrendo um armazenamento da função que estará disponível para um processo automático ou voluntário posterior. 
SNC
(DAVIES, 1996)
Como o paciente com lesão cerebral apresenta uma interrupção nos circuitos de controle da reserva de hábitos e experiência;
o tratamento dos mesmos deve estar direcionado para desbloquear os circuitos que ainda não foram atingidos pela doença através de atividades que o paciente já realizava antes da lesão facilitando a lembrança do movimento.
BOBATH
O tratamento com o Bobath varia de acordo com a condição em que o paciente se encontra, flácido ou espástico.
(PLANT, 2000)
BOBATH
(PLANT, 2000)
Para ajudar o paciente a realizar o movimento normal o fisioterapeuta mantém um contato manual através dos pontos chaves;
Geralmente encontram-se próximos a união dos esqueletos apendicular e axial;
A fim de facilitar o estímulo aferente normal e o tônus postural;
Tendo como consequência os padrões de movimentos normais..
BOBATH
Alguns equipamentos podem ser utilizados como:
Bola suíça;
Rolo;
Andador; 
Espelho. 
A escolha desses irá depender do quadro apresentado por cada paciente.
(ALVES; ALVES; BARONI, 2004)
BOBATH
A redução do tônus muscular em pacientes com espasticidade deve sempre ser realizado com muito cuidado;
Apresentando uma finalidade clara e um benefício funcional que possa ser atingido;
Pois um tônus muscular alto às vezes é útil para manter a posição ortostática, nas transferências ou na marcha. 
(DESOUZA, 2000)
BOBATH
Já para outros pacientes, a espasticidade é prejudicial para sua motricidade e aumenta o esforço necessário para a realização das atividades;
Neste caso, a diminuição do tônus muscular pode ser feita.
(DESOUZA, 2000)
BIBLIOGRAFIA
ALVES, A.F. da R.; ALVES, V. da S.; BARONI, C.V. Método Bobath. Disponível em: . Acesso em: 03/20/2004.
Calais-Germain B. Anatomia para o movimento: introdução à análise das técnicas corporais. São Paulo: Manole, 2002.
DAVIES, P.M. Passos a seguir: um manual para o tratamento da hemiplegia no adulto. São Paulo: Manole, 1996.
DE SOUZA, L.; BATES, D.; MORAN, G. Esclerose múltipla. In: STOKES, M. Cash: neurologia para fisioterapeutas. São Paulo: Premier, 2000. p. 149-166.
Morales RC. Terapia da regulação orofacial. São Paulo: Memnon, 1999.
Müller WIM. Curso avançado no tratamento de bebês: conceito Bobath. Belo Horizonte: ABDAN, 2009. 
Pêgo JA. O trabalho realizado em UTIP com bebês pré-termo e suas mães: contribuições ao método clínico fonoaudiológico. Dissertação de Mestrado, PUC, São Paulo, 2005.
 PLANT, R. Bases teóricas dos conceitos de tratamentos. In: STOKES, M. Cash: neurologia para fisioterapeutas. São Paulo: Premier, 2000. p. 303-318.
ROSA FILHO, B. Introdução ao método Bobath. Disponível em: . Acesso em: 03/02/2004.

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