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Liberdade de imprensa e direito à privacidade - posição a favor da primeira - slide

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Liberdade de 
imprensa
x privacidade
Introdução
BARROSO, Luís Roberto. Colisão entre liberdade de expressão e direitos 
de personalidade. 
Introdução
“A discussão entre liberdade de imprensa e privacidade tem por objeto a análise da 
legitimidade da exibição, independentemente de autorização dos eventuais envolvidos, de 
programas ou matérias jornalísticas nos quais (i) sejam citados os nomes ou divulgada a 
imagem de pessoas relacionadas com o evento noticiado ou (ii) sejam relatados e 
encenados eventos criminais de grande repercussão ocorridos no passado.”
-Barroso
A flexibilização do direito de imagem
“É que a proteção da imagem não é ilimitada ou absoluta, encontrando restrição no sistema 
jurídico, em razão da dinâmica da ciência jurídica”.
 Chaves & Rosenvald 
Função social da imagem
“Explica Sílvio Romero Beltrão que a tutela dispensada aos direitos da personalidade 
como um todo, e, particularmente, ao direito à imagem, ‘não pode significar uma liberdade 
arbitrária atribuída ao seu titular, devendo, pois, sofrer limitações do direito na própria lei 
que os instituiu [...], em face da conjugação com outras situações protegidas; deve sofrer 
limitações valoradas, objetivamente segundo os interesses e fins sociais da ordem jurídica’.
O exercício do direito à imagem não pode afrontar os interesses e a finalidade social 
do direito, não servindo para objetivos egoísticos, em detrimento da confiança despertada 
na coletividade”. Rosenvald & Chaves. 
Ponderação de interesses
Conflito entre liberdade de imprensa x privacidade.
“Em tais casos, há uma mitigação da proteção à imagem em nome do interesse coletivo, concretizando a chamada 
função social da imagem”.
Nessa esteira, editou-se o Enunciado 279 da Jornada de Direito Civil:
“A proteção à imagem deve ser ponderada com outros interesses constitucionalmente tutelados, especialmente em 
face do direito de amplo acesso à informação e da liberdade de imprensa. Em caso de colisão, levar-se-á em conta a 
notoriedade do retratado e dos fatos abordados, bem como a veracidade destes e, ainda, as características de sua 
utilização (comercial, informativa, biográfica), privilegiando-se medidas que não restrinjam a divulgação de 
informações”.
 Rosenvald & Chaves.
Flexibilização da imagem de pessoas famosas (celebridades)
“[...] a imagem das pessoas públicas, as chamadas celebridades (artistas, esportistas, 
políticos, modelos, personagens históricos...), também sofre flexibilização, porque a 
projeção de sua personalidade extrapola os seus limites individuais, espalhando-se no 
interesse de toda a coletividade. Não é crível, nem admissível, portanto, que um conhecido 
artista de televisão ou um governante pudesse reclamar dano pelo uso da imagem em 
jornais, revistas, televisão etc. Máxime considerando o caráter jornalístico da utilização, no 
mais das vezes”.
Rosenvald & Chaves.
“Comungando com esse entendimento, Paulo José da Costa Júnior esclarece que, de fato, o 
âmbito dos direitos da personalidade das pessoas notórias “haverá que reduzir-se, de forma 
sensível. E isto porque, no tocante às pessoas célebres, a coletividade tem maior interesse 
em conhecer-lhes a vida íntima, as reações que experimentam e as peculiaridades que 
oferecem”.
 Paulo José da Costa Júnior
Famosos na rua
“A privacidade de indivíduos de vida pública - políticos, 
atletas, artistas - sujeita-se a parâmetro de aferição menos 
rígido do que os de vida estritamente privada. Isso decorre, 
naturalmente, da necessidade de auto-exposição, de 
promoção pessoal ou do interesse público na transparência 
de determinadas condutas. 
[...] Remarque-se bem: o direito de privacidade existe em 
relação a todas as pessoas e deve ser protegido. Mas o 
âmbito do que se deve interditar à curiosidade do público é 
menor no caso das pessoas públicas” 
 Luís Roberto Barroso
Pessoas que cometeram crimes
“É legítima a exibição, independentemente de autorização dos 
eventuais envolvidos, de programas ou matérias jornalísticas 
nas quais: (i) sejam citados os nomes ou divulgada a imagem 
de pessoas relacionadas com o evento noticiado; ou (ii) sejam 
relatados e encenados eventos criminais de grande repercussão 
ocorridos no passado, e que tenham mobilizado a opinião 
pública. Presentes os elementos de ponderação aqui estudados, 
não se admitirá: (a) a proibição da divulgação, (b) a tipificação 
da veiculação da matéria ou do programa como difamação e 
(c) a pretensão de indenização por violação dos direitos da 
personalidade.” 
- Barroso 
Agentes públicos
“...Se de um lado, portanto, as liberdades de informação e 
expressão manifestam um caráter individual, e neste sentido 
funcionam como meios para o desenvolvimento da 
personalidade, essas mesmas liberdades atendem ao inegável 
interesse público da livre circulação de idéias, corolário e base 
de funcionamento do regime democrático, tendo portanto uma 
dimensão eminentemente coletiva, sobretudo quando se esteja 
diante de um meio de comunicação social ou de massa. A 
divulgação de fatos relacionados com a atuação do poder 
público, ganha ainda importância especial em um regime 
republicano no qual os agentes públicos praticam atos em nome 
do povo e a ele devem satisfações. A publicidade dos atos dos 
agentes públicos, que atuam por delegação do povo, é a única 
forma de controlá-los.” 
 Luís Roberto Barroso
 Foto: Lula Marques
MAS E FILMAR FULANO DENTRO DE 
CASA EM MOMENTOS DE INTIMIDADE?
“[...] decorre o reconhecimento da existência, na 
vida das pessoas, de espaços que devem ser 
preservados da curiosidade alheia, por envolverem 
o modo de ser de cada um, as suas 
particularidades. Aí estão incluídos os fatos 
ordinários, ocorridos geralmente no âmbito do 
domicílio ou em locais reservados, como hábitos, 
atitudes, comentários, escolhas pessoais, vida 
familiar, relações afetivas. Como regra geral, não 
haverá interesse público em ter acesso a esse tipo 
de informação.” - Barroso
Caso julgado
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. PRELIMINAR REJEITADA. 
DIREITO À IMAGEM E À PRIVACIDADE VERSUS DIREITO À LIBERDADE DE IMPRENSA. Da 
legitimidade passiva. É legitimada passiva a empresa principal e integrante da cadeia de afiliação 
empresarial para responder pela divulgação de notícias em que se discute a violação ao direito de 
imagem ou o direito à liberdade de imprensa. Do mérito. - Atividade jornalística deve ser livre para 
exercer, de fato, seu mister de bem informar, em observância ao princípio constitucional do estado 
democrático de direito. - O abuso do exercício desse direito pode resultar na indenização pela ofensa, 
mas não pode causar a censura ou a restrição à liberdade de imprensa. PRELIMINAR DE 
ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEITADA. APELO PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70065602039, Décima 
Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gelson Rolim Stocker, Julgado em 
24/09/2015).
Fim
“A imprensa livre é o olhar onipotente do povo, a confiança personalizada do 
povo nele mesmo, o vínculo articulado que une o indivíduo ao Estado e ao 
mundo, a cultura incorporada que transforma lutas materiais em lutas 
intelectuais, e idealiza suas formas brutas. É a franca confissão do povo a si 
mesmo, e sabemos que o poder da confissão é o de redimir. A imprensa livre é 
o espelho intelectual no qual o povo se vê, e a visão de si mesmo é a primeira 
confissão da sabedoria” - Karl Heinrich Marx
FIM
Referências
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil I: Parte 
geral e LINDB. 13. ed. São Paulo: Atlas, 2015. 792 p.
BARROSO, Luís Roberto. Colisão entre Liberdade de Expressão e Direitos da 
Personalidade.Critérios de Ponderação. Interpretação Constitucionalmente adequada do 
Código Civil e da Lei de Imprensa. Disponível em: 
<http://www.migalhas.com.br/arquivo_artigo/art_03-10-01.htm> Acesso em: 15/08/2017.
BRASIL. Décima Sétima Câmara Cível. Apelação Cívil nº 70065602039. Tj-rs - 
Apelação Cível : Ac 70065602039 Rs - Inteiro Teor. Porto Alegre, .
MARX, K. Liberdade de imprensa. L&PM. 2006.
PAGANINI, Juliana. Liberdade de imprensa x direito a privacidade. Disponível em: 
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo
_id=9218>. Acesso em: 15 ago. 2017.
SANCHEZ, Giovana; ARRAIS, Amauri. Debate sobre liberdade de imprensa e 
privacidade abre encontro da SIP. 2012. Disponível em: 
<http://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2012/10/debate-sobre-liberdade
-de-imprensa-e-privacidade-abre-encontro-da-sip.html>. Acesso em: 15 ago. 2017.
COSTA JR, Paulo José da. O direito de estar só: tutela penal da intimidade. 2ª ed. rev. 
atual. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995.

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