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03 O esgoto sanitário

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21/07/2016
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O esgoto sanitário - Tubulações
Parte 2
Prof. Israel Nunes
O esgoto sanitário
Origem e destino
Contribuições indevidas para as redes de esgotos
Vazões parasitárias
Originárias do subsolo (terreno) - INFILTRAÇÕES
Acidental
Clandestino de águas pluviais
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O esgoto sanitário
 Águas que penetram nas tubulações pelas juntas;
 Águas que penetram nas canalizações através de
imperfeições das paredes dos condutos;
 Águas que penetram no sistema pelas estruturas de
poços de visita, estações elevatórias etc.
 Material empregado; nível do lençol freático; material
do solo; permeabilidade;
O esgoto sanitário
 Importância das ligações prediais
 Muitas vezes apresentam extensão integrada dos
coletores maiores que a extensão total da rede de esgoto;
 As ligações entre coletores prediais ao coletor publico,
apresentam um ponto fraco das instalações;
 Grande parte das infiltrações são contribuições das
ligações prediais.
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O esgoto sanitário
 Magnitude das infiltrações
 O engenheiro Saturnino de Brito – primeiras medições -
Santos e no Recife – 0,1 a 0,6 L/s por Km
 O engenheiro Jesus Netto – em rede com numero
reduzido de ligações – 0,0003 a 0,0007 L/s por m
 A ABNT NBR 9649 – admite valores entre 0,05 a 1,0
L/s.Km, sendo que o valor deve ser justificado.
O esgoto sanitário
 MATERIAIS EMPREGADOS NAS REDES DE
ESGOTOS SANITÁRIOS
 Aspectos que devem ser considerados
 Condições de escoamento.
 Resistência a cargas internas e externas, resistência à
abrasão, resistência à ação de substâncias agressivas.
 Condições de impermeabilidade e juntas adequadas.
 Disponibilidade de diâmetros necessários.
 Facilidade de transporte, assentamento e instalação de
equipamentos e acessórios.
 Custos (material, transporte e assentamento)
As tubulações utilizadas poderão ser moldadas no local ou pré-moldadas. As
tubulações moldadas no local são normalmente de concreto armado, e as tubulações
pré-moldadas podem ser de vários materiais.
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O esgoto sanitário
 TUBULAÇÕES MAIS UTILIZADAS EM REDES
COLETORAS DE ESGOTOS SANITÁRIOS
 As tubulações normalmente mais utilizadas para as
redes coletoras de esgotos sanitários são:
 Tubos cerâmicos, tubos de concreto, tubos
plásticos, tubos de ferro fundido e tubos de aço.
O esgoto sanitário
 TUBOS CERÂMICOS (MANILHAS DE BARRO)
 Fabricados com argila cozida à elevadas temperaturas e
são vidrados internamente ou internamente e
externamente
 A indústria nacional produz tubos cerâmicos variando
de 75 mm a 600 mm, com comprimento nominal de
600 mm, 800 mm, 1000 mm, 1250 mm, 1500 mm e
2000 mm.
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O esgoto sanitário
 TUBOS CERÂMICOS (MANILHAS DE BARRO)
O esgoto sanitário
 TUBOS CERÂMICOS (MANILHAS DE BARRO)
 Os tubos cerâmicos apresentam as seguintes 
características:
 Baixa rugosidade
 Resistência à cargas provocadas por aterros comuns
 Resistentes à ácidos e outras substâncias químicas (não 
atacado p/ácido sulfúrico).
 Apresentam boa impermeabilidade
 Apresentam baixo custo
 Apresentam facilidade de quebra
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O esgoto sanitário
 TUBOS CERÂMICOS (MANILHAS DE BARRO)
 Os tubos cerâmicos são fabricados com ponta e bolsa e
as especificações e métodos relativos aos ensaios são
fixados pela ABNT:
 NBR 5645/1989: fixa as condições exigíveis para
aceitação e/ou recebimento de tubos cerâmicos de
juntas não elásticas empregados na canalização de
águas pluviais, de esgotos sanitários e de despejos
industriais, que operam sob a ação da gravidade.
O esgoto sanitário
 TUBOS CERÂMICOS (MANILHAS DE BARRO)
 Existem três tipos de juntas disponíveis no mercado:
 Junta de argamassa de cimento e areia (1:3): é uma junta
rígida que por apresentar alguns inconvenientes não é muito
utilizada (cuidados especiais durante a execução,
possibilidade de agressão pelo esgoto, possibilita a penetração
de raízes para o interior da canalização)
 Junta com betume: é uma junta semi-rígida com betume
quente após o estopeamento (cordão de estopa entre a ponta e
a bolsa). È um tipo de junta muito utilizada em tubo
cerâmico.
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O esgoto sanitário
 TUBOS CERÂMICOS (MANILHAS DE BARRO)
 Junta elástica: é uma junta que utiliza um anel de
borracha entre a ponta e a bolsa de um tubo ou conexão
cerâmica. A NBR 14208/1989: Fixa as condições exigíveis
para aceitação e/ou recebimento de tubos cerâmicos
com junta elástica empregados em canalizações de águas
pluviais, de esgotos sanitários e de despejos industriais,
que operam sob a ação da gravidade.
O esgoto sanitário
 TUBOS DE CONCRETO
 Estas tubulações podem ser de concreto simples
(ponta e bolsa) ou de concreto armado (moldados
no local ou pré-moldados).
 Os tubos de concreto simples apresentam o diâmetro
variando de 200mm a 1000mm (NBR-8889/1989: classe
S-1 e S-2).
 Os tubos de concreto armado apresentam o diâmetro
variando de 400mm a 2000mm (NBR-8890/1989: classe
A-2 e A-3).
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O esgoto sanitário
 TUBOS DE CONCRETO
O esgoto sanitário
 TUBOS DE CONCRETO
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O esgoto sanitário
 TUBOS DE CONCRETO
 Os tubos de concreto apresentam baixa rugosidade e são
utilizados principalmente nas seguintes situações:
 Em canalizações a partir de 400 mm , para as quais não são
normalmente oferecidos tubos cerâmicos (coletores tronco,
interceptores e emissários).
 Em canalizações que exigem resistência acima da oferecida
por outros tipos de tubos, porque a resistência da tubulação
pode variar com a espessura e com a armadura utilizada.
 Quando a fabricação no local da utilização se torna mais
conveniente do que a aquisição de outros tubos (transporte).
O esgoto sanitário
 TUBOS DE CONCRETO
 Os tubos de concreto estão sujeitos ao ataque
químico(corrosão por ácido sulfúrico), o ácido
sulfúrico ataca o cimento enfraquecendo a tubulação
(diminuindo a resistência da tubulação) e proporcionando
o rompimento da canalização. O ácido sulfúrico é
proveniente de compostos originados da decomposição
anaeróbica do esgoto.
 SO4⇒ S (bactérias redutoras de sulfatos⇒ sulfetos)
 S + H2⇒ H2 S (gás sulfídrico)
 H2 S + O2⇒ H2 SO4
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O esgoto sanitário
 TUBOS DE CONCRETO
 Para as canalizações de esgoto sanitários normalmente se
empregam tubos de ponta e bolsa com anel de
borracha (concreto simples e concreto armado), mas
as tubulações poderão ser também de pontas lisas
para luvas ou de encaixe a meia espessura.
 Os tubos de concreto bem como os anéis de borracha para a
junta elástica devem ser submetidos a ensaios
normalizados pela ABNT (resistência à compressão
diametral, verificação da permeabilidade, estanqueidade e
índice de absorção de água / dureza, tração, deformação,
envelhecimento e determinação da absorção de água).
O esgoto sanitário
 TUBOS DE PLÁSTICO
 Existem vários tipos de tubos de plástico utilizados em
sistema de coleta e transporte de esgotos.
 TUBOS DE PVC
 Os tubos de PVC rígido com junta elástica, destinados a
rede coletora e ramais prediais enterrados para a
condução de esgoto sanitário e despejos industriais cuja
temperatura não exceda a 40oC, são normalizados
através das normas da ABNT (NBR 7262-1/1999, NBR
7262-2/1999 e NBR 7262-3/1999).
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O esgoto sanitário
 TUBOS DE PVC
 O PVC, devido as suas propriedades físicas e químicas
confere à tubulação excelentes características, entre as
quais podemos citar:
 Leveza.
 Estanqueidade.
 Comprimento grande.
 Flexibilidade.
 Resistência química e resistência a abrasão.
 Baixa rugosidade.
 Ligações simples.
 Facilidade e rapidez de assentamento.
O esgoto sanitário
 TUBOS DE PVC
 Os tubos de PVC rígido para coletores de esgoto são 
fornecidosnos diâmetros de 100 mm, 125 mm, 150 mm, 
200 mm, 250 mm, 300 mm, 350 mm a 400 mm, com 
ponta e bolsa e 6,0 m de comprimento.
No mercado atual pode existir inúmeras empresas que
produzem diversos tipos com variadas linhas de conexões
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O esgoto sanitário
 TUBOS DE PVC
O esgoto sanitário
 TUBOS DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE.
 Os tubos de polietileno de alta densidade estão sendo mais
utilizados para ligações prediais de água e em emissários
submarinos de esgotos.
 TUBOS DE POLIÉSTER ARMADO COM FIBRA DE
VIDRO.
 Apresentam basicamente as mesmas características do PVC.
Os utilizados em esgotos sanitários devem apresentar bem
visível a impressão constando o diâmetro nominal, o
comprimento útil, o seu uso e a classe que pertence. A Norma
prevê diâmetros nominais de 200 a 1200 mm, com variação de
50 em 50 mm até DN= 600 e de 100 em 100 mm a partir de
DN=600 mm.
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O esgoto sanitário
 TUBOS DE POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE
O esgoto sanitário
 TUBOS DE POLIÉSTER ARMADO COM FIBRA DE
VIDRO
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O esgoto sanitário
 TUBOS DE FERRO FUNDIDO
 Os tubos de ferro fundido são fabricados com ponta e bolsa (junta de chumbo
ou junta elástica) em diâmetros de 100 mm a 1200 mm (variação de 50 em 50
mm até DN= 400 mm e variação de 100 em 100 mm a partir de DN= 400 mm) e
com comprimento de 6,0 m. Os tubos de ferro fundido apresentam alta
resistência a cargas externas e a corrosão (revestimento interno e externo).
 Os tubos de fero fundido são normalmente aplicados principalmente nas
seguintes situações:
 Em locais de transito pesado e pouco recobrimento.
 Em casos da tubulação ser assentada a grande profundidade, acima dos limites
de carga dos outros materiais.
 Em casos de tubulação aparente.
 Em casos de passagem de obstáculos, vãos de pontes, rios e estruturas sujeitas a
trepidação.
 Em casos de grande declividade ( α ≥ 8%).
O esgoto sanitário
 TUBOS DE FERRO FUNDIDO
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O esgoto sanitário
 TUBOS DE AÇO
 Os tubos de aço são utilizados quando se deseja uma
tubulação com pequeno peso, com absoluta
estanqueidade, com flexibilidade e com grande
resistência a pressão de ruptura. No mercado estão
disponíveis tubos de aço com ponta e bolsa e junta
elástica com diâmetros nominais de 150 a 1200mm
(variação de 50 em 50 mm até DN= 500 mm e variação
de 100 em 100 mm a partir de 600 mm). Podem
também ser fabricados no próprio local (tubo de aço
soldado e rebitado).
O esgoto sanitário
 TUBOS DE AÇO
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O esgoto sanitário
 DETERMINAÇÃO DE INFILTRAÇÃO
 método da medição das vazões mínimas noturnas de 
esgoto
 comprimento da rede coletora de esgotos: Rede Coletora 
de Esgotos + Coletores Tronco e Interceptores
 DQOm= [(Vesg.DQOesg) + (Vinf + DQOinf)]/(Vesg + Vinf)

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