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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA DISCIPLINA: CÁLCULO I PROFESSOR: MARCOS MARTINS LISTA DE EXERCÍCIOS - RESOLUÇÕES (APLICAÇÕES DAS DERIVADAS) ( 1 ) Um carro desloca-se em linha reta obedecendo á função posição 4( ) cosf t t t , 0t . Determine: ( a ) sua velocidade em função de t . Resolução: # A velocidade instantânea ( )v t de um móvel no instante t é a derivada da função ( )f t que descreve a posição do móvel, no instante t : ( ) '( )v t f t . # Assim, temos: 4 3( ) '( ) ( cos )' 4v t f t t t t sent , 0t . OBSERVAÇÃO: Lembre-se que 4 3( ) '( ) 4u t t u t t e ( ) cos '( )v t t v t sent . ( b ) sua aceleração em função de t . Resolução: # A aceleração instantânea ( )a t de um móvel no instante t é a derivada da função velocidade ( )v t : ( ) '( )a t v t . # Assim, temos: 3 2( ) '( ) (4 )' 12 cosa t v t t sent t t , 0t . OBSERVAÇÃO: Lembre-se que 3 2( ) 4 '( ) 12u t t u t t e ( ) '( ) cosv t sent v t t . ( c ) sua velocidade em 0t . Resolução: # Calculamos o valor de v em 0t para a função velocidade determinada no item (b): 3 3( ) 4 (0) 4(0) (0) 0v t t sent v sen 2 ( 2 ) Determine os pontos críticos da função 4 3( ) 2 4f x x x , x . Resolução: # Um ponto ( )c Dom f é chamado ponto crítico de f quando '( ) 0f c e quando f não é derivável em c . # Então, determinemos primeiramente '( )f x : 4 3 3 2'( ) ( 2 4)' 4 6f x x x x x # Agora verifiquemos os pontos em que '( ) 0f x : 3 2 2 2'( ) 0 4 6 0 2 (2 3) 0 2 0f x x x x x x ou 2 3 0 0x x ou 3 2 x . # Observe os pontos críticos no gráfico abaixo: Perceba que os pontos críticos correspondem exatamente onde há mudança de direção. # Logo, os pontos críticos de “ f ” são: 0 e 3 2 . 3 ( 3 ) Verifique se as hipóteses do teorema de Rolle são satisfeitas pela função f dada. Determine onde '( ) 0f x : 3 2( ) 2 2f x x x , [ 1, 2]x . Resolução: # Verificação das hipóteses do teorema de Rolle: ( i ) :[ 1, 2]f ( ii ) f é uma função contínua no intervalo [ 1, 2] , pois f é uma função polinomial e todas as funções polinomiais são contínuas para todo número real. (iii ) f é derivável no intervalo ( , )a b . ( iv ) 3 2( 1) ( 1) 2( 1) ( 1) 2 0f e 3 2(2) (2) 2(2) (2) 2 0f Vemos que ( 1) (2)f f . # Como as condições acima são satisfeitas, de acordo com o teorema de Rolle, existe pelo menos um 0 ( , )x a b onde 0'( ) 0f x . Determinemos: 2 2 0 0 2 7 '( ) 3 4 1 '( ) 3 4 1 0 3 f x x x f x x x x # Logo, 0 2 7 3 x . ( 4 ) Seja 2( ) 1f x x , [ 3, 3]x . Determine 0 [ 3, 3]x onde 0 (3) ( 3) '( ) 3 ( 3) f f f x . Resolução: # Calculemos (3)f : 2(3) (3) 1 10f # Calculemos ( 3)f : 2( 3) ( 3) 1 10f # Determinemos '( )f x : '( ) 2f x x # Assim, vem: 0 0 0 0 (3) ( 3) 10 10 0 '( ) 2 2 0 0 3 ( 3) 3 ( 3) 6 f f f x x x x # Logo, 0 0x . 4 ( 5 ) Determine os intervalos onde a função é crescente e onde é decrescente: ( )f x sen x , 0,x . Resolução: # Dada uma função ( )f x , derivável no intervalo ( , )a b : ( i ) Se '( ) 0f x em ( , )a b , então ( )f x é constante em ( , )a b ; ( ii ) Se '( ) 0f x em ( , )a b , então ( )f x é crescente em ( , )a b ; ( iii ) Se '( ) 0f x em ( , )a b , então ( )f x é decrescente em ( , )a b . # Determinando então '( )f x : ( ) '( ) cosf x sen x f x x # Analisando os sinais de '( ) cosf x x no círculo trigonométrico, temos: 0 (positivo) para 0, 2 x ; '( ) cosf x x 0 (negativo) para , 2 x . # Logo, A função ( )f x sen x é crescente no intervalo 0, 2 e decrescente em , 2 . ( 6 ) Obter os pontos de máximo e mínimo locais da função 4 3 2( ) 3 8 14 5f x x x x , x . Resolução: # Dada uma função ( )f x , derivável em 0x . Se f tem um máximo ou mínimo local em 0x , então 0'( ) 0f x . # Determinemos '( )f x : 4 3 2 3 2( ) 3 8 14 5 '( ) 12 24 28f x x x x f x x x x # Assim, vem: 3 2 3 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 '( ) 12 24 28 0 12 24 28 0 4 (3 6 7) 30 4 0 ou 3 6 7 0 0 ou 1 3 f x x x x x x x x x x x x x x x # Então, 1 2 30 0 0 30 30 0, 1 e 1 3 3 x x x são pontos críticos de “ f ”. 5 # Dada :f I derivável em todo x I , sendo I um intervalo aberto e 0x I um ponto crítico de f . Se existir "( )f x (derivada segunda), e: ( i ) 0"( ) 0f x então 0x é ponto de máximo local; ( ii ) 0"( ) 0f x então 0x é ponto de mínimo local. # Assim, temos: 2 30 30"( ) 36 48 28 "(0) 28, " 1 18,0910 e " 1 61,9089 3 3 f x x x f f f # Vemos (acima) que: 30 30 "(0) 28 0, " 1 18,0910 0 e " 1 61,9089 0 3 3 f f f # Assim, concluímos que: 1 2 30 0 0 30 30 0, 1 e 1 3 3 x x x são todos pontos de máximo local (relativo) de “ f ”. # Observe o gráfico abaixo onde constam a função ( )f x e '( )f x : ( 7 ) Determinar os pontos de inflexão do gráfico da seguinte função: 4 3 2( ) 2 12 12 5f x x x x x , x . 6 Resolução: # Um ponto do domínio de uma função f , no qual f é contínua, é chamado de ponto de inflexão quando neste ponto a função muda de concavidade. # Determinando então '( )f x ; 3 2'( ) 4 6 24 12f x x x x , x # Determinemos "( )f x : 2"( ) 12 12 24f x x x , x # Fazendo "( ) 0f x , temos as seguintes desigualdades equivalentes: 2"( ) 12 12 24 0 12( 1)( 2) 0 ( 1)( 2) 0f x x x x x x x # Resolvendo a inequação ( 1)( 2) 0x x , temos: ( i ) "( ) 0f x para 1x e 2x ; ( ii ) "( ) 0f x nos intervalos: ( , 1) e (2, ) ; ( iii ) "( ) 0f x no intervalo: ( 1, 2) . As proposições acima nos fazem concluir que ftem concavidade para cima nos intervalos ( , 1) e (2, ) , e concavidade para baixo no intervalo ( 1, 2) . # Assim, temos que a curva muda sua concavidade em 1x e 2x , isto é, em: 1x 4 3 2( 1) ( 1) 2( 1) 12( 1) 12( 1) 5 26f e 1x 4 3 2(2) (2) 2(2) 12(2) 12(2) 5 29f # Logo, os pontos ( 1, 29) e (2, 26) são os pontos de inflexão da função “ f ”. # Observe o gráfico de f : 7 # Como pode facilmente ser verificado no esboço do gráfico de f , há de fato dois pontos de inflexão (onde a curva muda sua concavidade). São eles: ( 1, 29) e (2, 26) . ( 8 ) Esboce o gráfico da função 3( ) 2 6 ,f x x x x . Resolução: # A função é um polinômio, logo é uma função contínua e derivável em seu domínio. # Em 0, 3 e 3x x x temos ( ) 0f x e são, portanto, as raízes da função, isto é, o gráfico da f toca o eixo x nos pontos (0, 0), ( 3, 0) e ( 3, 0) . # A primeira e segunda derivadas da f são, respectivamente: 2'( ) 6 6f x x e "( ) 12f x x # Verifiquemos para que valores '( ) 0f x : 2 2'( ) 6 6 0 6( 1) 0 ( 1)( 1) 1 0 ou 1 0f x x x x x x x Então, '( ) 0f x para 1x e 1x . 4 3 2( ) 2 12 12 5f x x x x x 8 # Para 1x e 1x as derivadas segundas ( "( )f x ) valem: "( 1) 12 ( 1) 12 e "(1) 12 (1) 12f f # Vemos que "( 1) 12 0 e "(1) 12 0f f , o que nos faz concluir que “ 1 ” é ponto de máximo local e “ 1 ” é ponto de mínimo local. # Verifiquemos agora os intervalos onde f é crescente e os intervalos onde f é decrescente: ( i ) 2 2'( ) 6 6 0 6( 1) 0 ( 1)( 1) 0f x x x x x Então, '( ) 0f x para ( , 1)x ou (1, )x . ( ii ) De forma análoga, concluímos que '( ) 0f x para ( 1, 1)x . Logo, a função é decrescente ( '( ) 0f x ) em ( 1, 1) e é crescente nos intervalos ( , 1) e (1, ) . # Fazendo "( ) 0f x , temos as seguintes desigualdades equivalentes: "( ) 12 0 0f x x x # Resolvendo a inequação ( 1)( 2) 0x x , temos: ( i ) "( ) 0f x para 0x ; ( ii ) "( ) 0f x no intervalo: (0, ) ; ( iii ) "( ) 0f x no intervalo: ( , 0) . As proposições acima nos fazem concluir que f tem concavidade para cima no intervalo (0, ) e concavidade para baixo no intervalo ( , 0) . # Com as informações acima, podemos esboçar o gráfico da função f : 9 ( 9 ) verificar os seguintes limites: ( a ) 0 lim( ) 1x x sen x Resolução: # A indeterminação neste tipo de limite é da forma 00 . # Aplicando a regra 4 , vem: 0 0 0 0 0 ln lim( ) lim ln lim ln lim lim xx x x x x x sen x sen x x sen x x sen x que é do tipo 0 e pode ser calculado como: 0 0 0 0 0 0 lim11 1 lim lim lim 1 1 1 1 lim1 1 1 lim x x x x x x x x x sen xsen x sen x sen x xx x (verificado!) 1° limite fundamental ( b ) 2 22 4 lim 4 5 6x x x x 10 Resolução: # A indeterminação neste tipo de limite é da forma 0 0 . # Aplicando a regra 1 , vem: 2 2 2 22 2 2 4 ( 4) ' 2 4 lim lim lim 4 5 6 ( 5 6) ' 2 5 1x x x x x x x x x x x (verificado!) ( 10 ) Calcule o polinômio de Taylor de ordem n da função 1 ( )f x x , 0x no ponto 0 1x . Resolução: # Devemos calcular o valor da função e suas derivadas até ordem n , no ponto 0 1x . Temos: # 1 1 ( ) (1) 1 1 f x f x ; # 2 2 1 1 '( ) '(1) 1 1 f x f x ; # 3 3 2 2 "( ) "(1) 2 1 f x f x ; # 3 3 4 4 6 6 ( ) (1) 6 1 f x f x ; # 4 4 5 5 24 24 ( ) (1) 24 1 f x f x ; # 5 5 6 6 120 120 ( ) (1) 120 1 f x f x ; . . . . . . 1 ! (1) !n n n f n x , se n é ímpar. # ( )nf x 1 ! (1) !n n n f n x , se n é par. # O polinômio de Taylor de grau n , no ponto 1x , é dado por: 3 2 2"(1) (1) (1)( ;1) (1) '(1)( 1) ( 1) ( 1) ( 1) 2! 3! ! n n n f f f T x f f x x x x n 11 Ou seja, 1 2 3 4 5 ! 2 ( 6) 24 ( 120) ( ;1) 1 ( 1)( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) 2! 3! 4! 5! ! n n n n xT x x x x x x x n Ainda, 2 3 4 5( ;1) 1 ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1) ( 1)nnT x x x x x x x , Conforme o n-ésimo termo seja par ou ímpar.
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