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Direito das Obrigações
Direito Obrigacional
- obrigação, dever, tarefa de alguém para outro.
 Conceito: relação de direito, de caráter transitório, que constrange alguém à prestação de algo com valor econômico, em benefício de outro.
Vínculo entre credor (recebe) e devedor (deve). O credor pode constranger o devedor a adimplir.
Preocupação é com a ‘’morte’’ da obrigação: desejo que haja o adimplemento.
CARACTERÍSTICAS
- Relatividade: só entre as partes, não vincula terceiros.
- Prestação: tem que haver alguma prestação
- Origem: na maioria das vezes, origina do contrato, mas pode originar de vontade legal ou imposição do Estado-Juiz.
Propter rem: obrigação mista (conversa com o direito real e o obrigacional): um devedor se vincula a uma coisa visando ao cumprimento de uma prestação a ela correlata. Ex: pagar taxa condominial.
Obrigação natural: não pode mais ser exigida juridicamente. Ex: dívida prescrita. Efeito: se for paga, não poderá ser exigida sua devolução (art. 882, CC)
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
Sujeito: pessoa física ou jurídica, determinada ou determinável.
ATIVO: tem direito a ser beneficiado com uma prestação e exigir.
PASSIVO: é constrangido a adimplir com uma obrigação 
Objeto: conduta, obrigação em si.
Valor econômico
Vinculo jurídico
CLASSIFICAÇÃO
Instantâneas: cumprimento depende de um só ato. Ex: comprar uma casa
Periódicas: de tempos em tempos a obrigação deve ser cumprida. Ex: locação
Meio: responsabilidade do devedor para se esforçar ao máximo para obtenção do resultado prometido. Ex: médico em uma cirurgia.
Resultado: devedor é responsável pelo resultado da obrigação.
FONTES
Flávio Tartuce indica como fontes: 
• A Lei: fonte primária ou imediata de todas as obrigações; 
• Os contratos: tendo-os como o negócio jurídico bilateral ou plurilateral que visa a criação, modificação e extinção de direitos e deveres com conteúdo patrimonial. Tidos como fonte principal do direito obrigacional; 
• Os atos ilícitos e o abuso de direito (art. 186 e 187 CC): como importantes fontes do direito obrigacional.
!!!!!OBRIGAÇÃO DE DAR!!!!
Devedor pode ser constrangido a cumprir a obrigação na entrega de algo. Dar para criar direito novo a quem recebe ou dar para restituir posse de bem ao credor. Contrato não transfere propriedade, só a tradição o faz.
- coisa certa: coisa individualizada se distingue das demais por suas características específicas e infungíveis. Ex: entregar uma bolsa feita por determinado artista pessoalmente
- coisa incerta: não existe individualização do bem que será entregue, somente o gênero é especificado. Ex: obrigação de entregar 5 sacos de café- pode ser qlqr saco.
Responsabilidade por perda ou deteriorização do bem
- sem culpa do devedor
Pares voltam ao status quo ante. Se a obrigação foi paga, dinheiro deverá ser devolvido. Res perit domino- coisa perece ao dono. Dono que deve suportar consequências do perecimento.
- com culpa do devedor
Credor pode pedir equivalente ao que foi pago mais a indenização por perdas e danos.
Deteriorização parcial: 
credor escolhe entre desfazer obrigação ou continuar no contrato, mas com abatimento proporcional do preço da deteriorização – sem culpa.
Credor escolhe entre receber equivalente ao pagamento, mais perdas e danos, ou aceitar obrigação mais perdas e danos – com culpa.
Restituição:
 Se o bem perece sem culpa, o credor arca com a culpa e prejuízo – caso não haja culpa de quem pegou o bem emprestado.
Se houver culpa de quem tomou o bem emprestado, o mesmo deve arcar com prejuízos e consequências.
 Obrigação de dar coisa certa
- coisa especificada e individualizada
- se for certa, o credor tem direito de receber exatamente a coisa combinada.
 Obrigação de dar coisa incerta
- precisa ter, em sua indicação, ao menos o gênero e a quantidade
- o que falta? A indicação da qualidade da coisa
- como ocorre a individualização da coisa? Pela ESCOLHA! ;)
- e a quem cabe a escolha? Devedor, em regra, mas não poderá dar coisa pior nem será obrigado a dar coisa melhor. Só compete ao credor se o contrato assim dispuser.
- antes da escolha: não pode alegar perda ou deteriorização da coisa (não se individualizou)
!!!!!OBRIGAÇÃO DE FAZER!!!!
Tem por objeto a prestação de um fato (precisa fazer algo e, assim que isso ocorrer, se liberará da obrigação)
Se o devedor recusa a fazer uma obrigação a ele imposta ou só por ele exequível? Perdas e danos (ex: vestido de um estilista famoso).
Obrigação impossível sem culpa do devedor – obrigação resolvida (art. 248, 1 parte)
E se tiver culpa? Perdas e danos!
Obrigação de fazer infungível: quando for convencionado que o devedor cumpra pessoalmente a prestação ou quando o devedor for contratado em razão das suas qualidades profissionais, artísticas ou intelectuais.
Obrigação de fazer fungível: quando não há tal exigência expressa, podendo ser realizado por terceiro.
!!!!OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER!!!!
A obrigação se resume justamente a um não-fazer por parte daquele que deve (devedor) para com quem se obriga (credor).
Obrigação negativa. Ex: não pode divulgar tal material ou informação.
Se o devedor realiza o ato, pode o credor exigir que ele o desfaça, sob pena de ser desfeito à sua custa, além de indenização por perdas e danos.
!!!!OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA!!!
Duas ou mais obrigações, sendo que o devedor se livra do vinculo cumprindo uma ou outra. Ex: entrega uma OU outra.
Maior questão: ESCOLHA (qual das obrigações vão ser cumpridas)
Escolha em regra cabe ao devedor (salvo estipulação em contrario)
Não pode obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra
Se for em prestações periódicas: opção exercida em cada período (não vinculam-se)
Se forem vários optantes e não houver consenso ou se for pra terceiro e este não pode ou não quer escolher: juiz decide.
E se uma das obrigações se tornar impossível? Então terá que cumprir a outra
Se ambas não puderem serem cumpridas: se foi por culpa do devedor, ele devera pagar o valor da que por ultimo se impossibilitou + perdas e danos
Se a escolha cabia ao credor (e não ao devedor) e uma das prestações se tornar impossível: - exigir que cumpra a outra que ainda é possível ou exigir o valor da que pereceu. 
Se por culpa do devedor ambas se tornarem inexequíveis, o credor poderá escolher o valor de uma ou outra + perdas e danos.
!!!!OBRIGAÇÃO DIVISÍVEL E INDIVISÍVEL!!!!
Compostas da multiplicidade de sujeitos
Cada credor só pode exigir a sua quota e cada devedor só responde pela parte respectiva (art. 257)
 Divisíveis- permitem o cumprimento fracionado da obrigação
Indivisíveis- precisam ser cumpridas em um só ato. Ex: obrigação de dar animal. A indivisibilidade decorre: *da natureza das coisas; *de determinação legal; *da vontade das partes
VERSA SOBRE O OBJETO
Se houver dois ou mais devedores – cada um responde por todo o objeto se a prestação for indivisível.
Se houver dois ou mais credores (questão é quem poderá receber a coisa, já que ela não é passível de divisão e todos possuem o direito subjetivo sobre ela)
- Cada um pode exigir a dívida inteira
- Desobrigação dos devedores: 
*entregando a todos, conjuntamente ou a um; 
*dando este um caução de ratificação aos outros credores (documento de garantia que o credor dá ao devedor de que este não será mais constrangido ao adimplemento daquela obrigação)
!!!!SOLIDARIEDADE!!!
Em uma mesma obrigação concorrem mais de um credor e mais de um devedor.
Se credores – solidariedade ativa
Se devedores – solidariedade passiva
IMPORTANTE: cada um possui o direito ou fica obrigado pela coisa toda
Então, caso devedor: todo mundo deve, mas um pode ser demandado pelo todo
E o resto? Poderá cobrar DEPOIS (dois momentos – relação credor x devedor e relação devedor x outros devedores)
Então versa sobre a possibilidade de um COBRAR ou RECEBER pelos outros, mas não encerra o direito creditório em si
- Solidariedade ativa
Pluralidadede credores
Se o devedor paga a um dos credores – ele se libera da dívida
Se um credor perdoa (remite) a dívida do outro: responderá pelo pagamento da parte que cabia a cada um dos demais credores
Se ninguém demandar o devedor: ele pode pagar a qualquer credor
Herdeiros dos credores solidários: só poderão demandar aquilo que possuem em seu direito
Se paga determinado valor a um credor (mas não tudo): ficará livre sobre aquilo que pagou
Art. 273- solidariedade ativa é instituída decadente e não vale a pena invoca-la.
Art. 274- se um dos credores agiu com dolo e foi julgado por isso, os outros credores não podem também serem responsabilizados.
- Solidariedade passiva
Pluralidade de devedores respondendo pela mesma obrigação
Entao, qualquer um deles pode ser compelido a pagar pelo todo
Relação credor x devedor e, depois, devedor x devedor
Se um devedor solidário falecer – herdeiros só podem ser cobrados nos limtes das forças que lhes cabem na herança (fração ideal do total)
Se a prestação se impossibilitar por culpa de um dos devedores? Todos devem pagar pelo equivalente (restituir), mas só quem tem a culpa responde por perdas e danos.

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