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Danos Iniciais na Construção de uma Usina Hidrelétrica 
Eberson Leite de Oliveira1; Erika de Castro Santos2; Igor Medeiros Santos3; Késia Ferreira Figueiredo de Souza Vieira4; Leandro Chaves Caldas Pires5; Luciana Pereira Firmo6;
Janeth Vieira da Silva7(Orientadora)
Centro Universitário de Belo Horizonte, Belo Horizonte, MG
1eberson.leite@hotmail.com; 2erika_castro.s@hotmail.com; 3igormedeirossantos@hotmail.com; 4vieira.kesia@yahoo.com.br; 5lelechaves16@hotmail.com;
6lucy_firmo@yahoo.com.br;7janeth.silva@prof.unibh.br;
1
____________________________________________________________________________
1 Introdução
O Brasil tem como principal fonte de energia as hidrelétricas. Quase 95% da energia é consumida no país por esse tipo de usina, estando entre os cinco potenciais hidráulicos. É importante ressaltar o quadro atual de água no país; onde a escassez de água dificulta a geração de energia ocasionando apagões,racionamento entre outras medidas. (FRANCISCO,2014).
Tendo-se em mente que o objetivo seja apresentar os impactos ambientais causados na construção de uma hidrelétrica, será abordado o histórico dessas usinas, sua construção, o processo industrial, vantagens e desvantagens.
Como criar formas de minimizar os impactos socioambientais de uma usina Hidrelétrica?
O objetivo deste trabalho foi relatar os impactos ambientais e sociais causados na construção de usinas hidrelétricas apontando os pontos negativos e positivos das mesmas. Tendo em vista que a hidrelétricas são indústrias de processos que através de fenômenos físicos e químicos transformam matéria prima (água) de baixo valor em produtos de maior valor agregado (energia elétrica), para bens de consumo.
Os objetivos específicos foram:
- Mostrar um processo de implantação de uma usina hidrelétrica de plataforma;
- Fazer uma comparação entre a usina hidrelétrica e a usina hidrelétrica de plataforma;
Este trabalho se justifica porque os autores adquirem conhecimento. Além disso, a pesquisa visa informar a população sobre novas formas sustentáveis de se construir uma usina hidrelétrica. E para a comunidade científica este estudo serve de referência para novas consultas e pesquisas futuras.
2 Histórico da Hidrelétrica 
O uso das águas para gerar energia é bastante antigo. Os Gregos e Romanos usavam a roda-d’água, utilizada com o mesmo princípio que a turbina para o funcionamento de maquinários. Durante o período medieval, a Europa, utilizava a água em movimento para impulsionar rodas d’água que moíam trigo para transformá-lo em farinha. Com o desenvolvimento de uma turbina movida a vapor a energia através da água ficou mais eficiente. 
A presença de hidrelétricas na matriz energética brasileira iniciou-se a partir do final do século XIX.A primeira usina construída foi em 1883 na cidade mineira de Diamantina, utilizando a correnteza das águas do rio Ribeirão do Inferno, afluente do rio Jequitinhonha. 
Com o racionamento de carvão no pós-Segunda Guerra(1939-1945) a adoção de hidrelétricas passou a ser relevante na produção de energia brasileira. Na Figura 1 mostra a primeira usina construída em 1883 na cidade de Diamantina.
Figura1 – Primeira usina construída em 1883 na cidade de Diamantina,afluente do rio Jequitinhonha.
Fonte:
3 Vantagens e Desvantagens
Existe uma série de vantagens e desvantagens na construção de barragens para a geração de energia a partir das hidrelétricas. Dessa forma, cabe ao governo e à população do país pesar os pontos positivos e negativos para avaliar a necessidade da expansão desse tipo de política energética (TOLMASQUIM, 2005).
Entre as vantagens, cita-se, primeiramente, que a água é um recurso renovável, desde que seja garantida a preservação das nascentes dos rios. Em segundo lugar está o fato de que o seu custo é bem inferior ao de outros tipos de usinas, como as termelétricas, as eólicas e as nucleares (TOLMASQUIM, 2005).
 Entre as desvantagens, assinala-se o espaço ocupado pelo represamento de rios para a construção das barragens. Esse tipo de construção pode fazer com que os rios tenham o seu nível aumentado e mais, o curso do rio pode acabar sendo mudado. E claro, todo e qualquer tipo de mudança na natureza gera problemas também para a flora e a fauna daquele determinado local. Além disso, se a represa é construída em local onde há cidade ou aldeia indígena, há grande transtorno para estas populações, pois estas devem ser deslocadas para outras áreas. Outro grave problema é o fato de quem em época de seca nas cabeceiras dos rios, pode ocorrer à diminuição da geração de energia elétrica.
Na fase inicial da construção das hidrelétricas são emitidos gases consideráveis de metano, gás carbônico e óxido nitroso; gases que provocam o chamado efeito estufa. Alguns fatores são apontados responsáveis pela produção desses gases numa hidrelétrica: a decomposição da vegetação presente nos reservatórios (principalmente se antes do enchimento não for removida a vegetação); emissão de gás carbônico pela ação de algas primárias e o acúmulo nas barragens de nutrientes orgânicos trazidos por rios e pela chuva.
Decorrente às constantes polêmicas sobre os impactos causados pela construção das hidrelétricas foram feitas várias transformações em seu projeto inicial;como a criação das usinas de plataforma. 
4 Novo Conceito de Hidrelétrica
Levando como referência as plataformas marítimas de exploração de gás e petróleo, onde trabalhadores fazem revezamentos de turnos, a usina de plataforma solidifica todas as boas práticas socioambientais no processo de construção de uma hidrelétrica. Nesse novo conceito de geração de energia prioriza e reforça a preservação e a conservação do ambiente, causando menor impacto ao ambiente.
4.1 implantação usina-plataforma
A obra se inicia com a interferência mínima na natureza, limitado à área da usina. Na implantação das usinas de plataforma não à grandes canteiros de obras associados a vilas residenciais para os operários. A população ao redor é dois terços menor do que a de uma hidrelétrica tradicional. 
No decorrer da construção as equipes de funcionários realizam revezamentos em longos turnos. A equipe que estiver no turno ficará acomodada em alojamentos temporários no local da obra. Com a finalização da hidrelétrica, o canteiro de obras é desmontado, equipamentos, construções e trabalhadores que não forem essenciais são retirados do local, minimizando uma possível migração à região.
O reflorestamento é feito paralelamente à retirada das máquinas e equipes, e as operações e manutenções são realizadas remotamente e automatizada. Com o alto nível de automação o número de funcionários necessários é reduzido. O transporte de pessoas é feito com controle de tráfego, limitado por pessoas autorizadas, evitando a formação de aglomerados urbanos e o ambiente local é preservado para gerações futuras. A Figura 2(a), (b), (c) e (d) mostra as etapas de implantação de uma usina de plataforma através de diagrama de blocos.
(a)
(b)
(c)
(d)
Figura 2 – Fluxograma esquemático das etapas de implantação usina-plataforma
Desmatamento cirúrgico.
Trabalho por turnos.
Recomposição do local.
Reflorestamento radical.
Fonte: Eletrobras -Centrais Elétricas Brasileiras S.A
4.2 Funcionamento
A água captada no lago formado pela barragem é conduzida até a casa de força (local onde são instalados os equipamentos para produção de energia) através de canais, túneis ou condutos metálicos. Após passar pela turbina hidráulica, na casa de força, a água é restituída ao leito natural do rio, através do canal de fuga.
Dessa forma, a potência hidráulica é transformada em potência mecânica quando a água passa pela turbina, fazendo com que esta gire, e, no gerador - que também gira acoplado mecanicamente à turbina - a potência mecânica é transformada em potência elétrica. 
A energia assim gerada é levada através de cabos ou barras condutoras dos terminais do gerador até o transformador elevador, onde tem sua tensão (voltagem) elevada para adequada condução, atravésde linhas de transmissão, até os centros de consumo. 
Daí, através de transformadores abaixadores, a energia tem sua tensão levada a níveis adequados para utilização pelos consumidores. Através do fluxograma (Algoritmo 1) podemos visualizar o funcionamento de uma usina Hidrelétrica.
Algoritmo 1. Fluxograma do funcionamento de uma usina Hidrelétrica. 
Fonte: AUTOR, na, p.X.
4.3 Legislação
No artigo 225, parágrafo 1º, inciso IV a Constituição Brasileira (BRASIL, 1988) prevê que para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado compete ao Poder Público exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
Segundo a legislação brasileira, há alguns ítens que deverão ser contemplados em qualquer estudo de impacto ambiental. O EIA deverá,conforme o Artigo 5º, Inciso III da Resolução 001/86-CONAMA :	Comment by Usuario: O autor é MMAMinistério do Meio Ambiente, ano 1986Fazer a citação e a referência
Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica na qual se localiza(MMA, 1986).
A Resolução determina também que o EIA deverá considerar, nos estudos, os planos e programas governamentais, propostos e em implantação na área de influência do projeto, devendo avaliar a compatibilidade do projeto estudado com aqueles.
Além disso, o estudo promovido deverá contemplar a avalição das alternativas possíveis ao projeto, como preconiza a Lei 6.803/80.(Lei 6.803, 1980). Serão consideradas como alternativas os projetos razoáveis que se diferenciem do proposto tanto em termos tecnológicos como locacionais.
O objetivo da avaliação de impacto ambiental é o de fornecer uma base séria de informação para que seja possível gerenciar os conflitos de interesses envolvidos na implantação de qualquer projeto. O estudo de impacto ambiental é um procedimento público. Mesmo que haja a iniciativa privada de empreendê-lo, a esfera pública deverá estar presente aceitando ou rejeitando o estudo feito(Souza, 2000)
4.4 Minimização de impactos ambientais implantados em Usinas Hidrelétricas
Para que um projeto de hidrelétrica se torne realidade, uma série de estudos é realizada para garantir o menor impacto socioambiental na região atingida. Para o estudo, são envolvidos órgãos como Aneel, Ministério do Meio Ambiente (MMA), Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Secretaria de Vigilância Sanitária, além de outros órgãos licenciadores ambientais estaduais e municipais (MENDONÇA, 2011).
Estes órgãos trabalham em conjunto para viabilizarem os projetos em pauta para a construção de hidrelétricas, verificando a relação custo-benefício entre a energia a ser gerada e investimento em engenharia e meio ambiente. (MENDONÇA, 2011).
5 Metodologia
Esta pesquisa classifica-se como exploratória porque, segundo Gil (2002, p.41), “têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses.” 
A metodologia de pesquisa consistiu em elaborar uma revisão de literatura para contextualizar o tema estudado. Em seguida foram necessárias as seguintes etapas:
Estudo da legislação ambiental e normas técnicas 
Visita técnica a usina de hidrelétrica do Carmo Da Serra
Elaboração de uma maquete para ilustrar o processo produtivo do novo tipo de hidrelétrica
7 Conclusão
O planejamento da construção de uma usina hidrelétrica tem como objetivo atender a crescente demanda de energia frente às necessidades de desenvolvimento do país. Nesse sentido, é inquestionável a sua importância socioeconômica. 
Um dos grandes desafios enfrentados tem sido considerar os critérios socioambientais na definição dos projetos hidrelétricos a serem implantados em todo o território nacional. A metodologia utilizada vem passando por mudanças periódicas para garantir que os aspectos socioambientais contribuam para o crescimento econômico.
Entretanto, é fundamental que os dois lados, socioeconômico e o socioambiental, sejam analisados de forma cautelosa, de forma que os interessados cheguem a um consenso que seja melhor para todos.
Referências Bibliográficas
FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. Energia Hidrelétrica: a energia hidrelétrica obtém energia através do potencial hidráulico de um rio. Goiânia: Brasil Escola. Site[internet]. Disciplinas. Geografia. Fontes de Energia. Energia Hidrelétrica. [Postagem s.d.]. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/geografia/energiahidreletrica.htm>. Acesso em: 20 mar. 2015.
MENDONÇA, Luciana. O legado das hidrelétricas. O setor Elétrico: São Paulo, n. 68, p.58-65, set.2011. Seção Memória da eletricidade. Disponível em: <HTTP://www.osetoreletrico.com.br/web/arevista/revista-eletronica/book/29-setembro-2011/.html>. Acesso em: 20 mar. 2015.
MELO, Murilo Fiuza de. Hidrelétricas emitem gases do efeito estufa,revela estudo. Presidente Epitácio [São Paulo]: Apoena - Associação em Defesa do rio Paraná, Afluentes e Mata Ciliar. Site [Internet]. Artigos. 23 maio 2002. Disponível em: <www.apoena.org.br/artigos-detalhe.php?cod=207>. Acesso em: 21 mar. 2015.
NASSIF, Luíz. As usinas-plataforma do rio Tapajós. Carta Capital, São Paulo, 10 dez. 2013. Seção Economia. Disponível em: <http://www.cartacapital.com.br/economia/as-usinas-plataforma-do-rio-tapajos-2087.html>. Acesso em: 21 mar. 2015.
SOUSA, Wanderley Lemgruber de. Impacto Ambiental de Hidrelétricas: uma análise comparativa de duas abordagens. 2000. 160f. Dissertação (Mestrado em Ciências em Planejamento Energético) - Universidade 
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2000. Disponível em: <http://ufrj.br/ppe/production/tesis/wlemgruber.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2015.
BRASIL. Constituição Federal(1988). Artigo 225, parágrafo 1º, inciso IV. Disponível em: <http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10645627/paragrafo-1-artigo-225-da-constituicao-federal-de-1988#>
Alves, Fernando Rochinha.Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 2007. Disponível em: http://www.coppe.ufrj.br/ensino/cpgp.html
SÃO PAULO (Estado).Decreto-lei nº 6.803, de 2 de julho de 1980.Ementa:diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas criticas de poluição, e da outras providencias. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/CCiVil_03/Leis/L6803.htm>

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