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BACIAS HIDROGRÁFICAS AULA 3 1 Bacia Hidrográfica • área de contribuição superficial do escoa/o por gravidade até a seção do rio • definida topograficamente, a partir de uma seção de rio de interesse 2 Bacias hidrográficas Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos 13 Estado São Paulo - UGRHI 13 (11.803,87 km²) 34 municípios (16 estão totalmente inseridos dentro de sua área e 18 possuem parte de seu territórios em UGRHIs adjacentes) Bacia Hidrográfica do Tietê-Jacaré representa a UGRHI 13 3% pop. Estado SP (IBGE/2008 1.489.153 hab.) Dividida em 6 Sub-Bacias Sub-Bacia do Rio Jacaré-Guaçu e afluentes do Rio Tietê(1-Trechos 1a, 1b, 1c, 1d); Sub-Bacia do Rio Jacaré-Pepira e afluentes diretos do Rio Tietê(2-Trchos 2a, 2b, 2c); Sub-Bacia do Rio Jaú - Ribeirão da Ave Maria - Ribeirão do Sapé e afluentes diretos do Rio Tietê(3); Sub-Bacia do Rio Lençóis - Ribeirão dos Patos e afluentes diretos do Rio Tietê(4); Sub-Bacia do Rio Bauru-Ribeirão Grande - Ribeirão Pederneiras e afluentes diretos do Rio Tietê(5); Sub-Bacia do Rio Claro-Ribeirão Bonito-Ribeirão de Veado-Ribeirão da Água Limpa e afluentes diretos do Rio Tietê(6). 3 Municípios da Bacia do Tietê Jacaré 4 São Carlos, SP 5 Córrego do Gregório Córrego do Tijuco Preto 6 Portanto: • Bacias hidrográficas são compostas por sub-bacias hidrográficas. Cada sub-bacia é uma bacia hidrográfica que pode ser subdividida em outras sub-bacias, etc. 7 Bacia Hidrográfica-delimitação • Área de drenagem do escoa/o superficial definida por um ponto único de descarga que a define denominado exutório (saída). Divisor de águas (delimitação ) 8 Bacia Hidrográfica: área definida por um divisor de águas que a separa das bacias adjacentes. divisor de águas: linha contínua que passa pelos cumes das formações topográficas em torno da bacia e cruza o curso d’água somente na seção de saída planta: corte transversal: 9 Bacia Hidrográfica: divisor topográfico x freático quando divisores topográfico e freático não coincidem, há fuga de água de uma bacia para outra Corte transversal de uma bacia Não tem posição fixa Usado para delimitar as bacias 10 Delimitação da bacia • Identificar para onde escoa a água sobre o relevo usando como base as curvas de nível. • A água escoa na direção da maior declividade. • Portanto, as linhas de escoamento são ortogonais às curvas de nível. 11 Delimitação da bacia • Localizar na carta planialtimétrica: a seção de saída • Salientar a rede fluvial • Destacar pontos altos cotados • Começar a traçar a linha a partir da seção de saída, seguindo pela linha de maior declive (cruza as curvas de nível perpendicularmente) até atingir o ponto alto mais próximo e assim sucessivamente 12 Fontes de dados de topografia 13 Seção de referência, ou exutório 14 Seção de referência, ou exutório 15 16 17 18 Divisor não corta drenagem exceto no exutório. Divisor passa pela região mais elevada da bacia, mas não necessariamente pelos pontos mais altos. 19 Ponto mais alto: 300 m Ponto mais baixo: 20 m 20 21 Ponto elevado da bacia Exercício 2: Exemplo delimitação de bacia Exemplo delimitação de bacia(continuação): O principal interesse em estudar a bacia hidrográfica é de que suas características influenciam o processo de transformação de chuva em vazão. ENTRADA (chuva) SISTEMA (bacia) RESPOSTA (vazão na foz) Estímulo (hietograma) Resposta (hidrograma) Sistema Características do Sistema Bacia Hidrográfica • Área de drenagem • Comprimento • Declividade • Curva hipsométrica • Forma • Cobertura vegetal e uso do solo • …… 25 Dependentes da escala da planta altimétrica utilizada • Uma vez definidos os contornos (divisor), a área pode ser calculada por uma integral numérica (SIG) ou por métodos manuais (planímetro, contagem de quadrículas, pesagem). Área da Bacia Hidrográfica • projeção horizontal da área interna à linha contínua do divisor topográfico 26 Aproximação Mesma bacia, aproximada com células de maior ou menor resolução. Veja que o contorno é melhor aproximado quando a resolução é maior (células menores) • “Bacias com mesma área podem responder de maneiras distintas a eventos chuvosos” • Por quê? 28 Perfil Longitudinal Declividade dos rios •influencia as vazões máxima e mínimas. • maior declividade maior pico e menor vazão de estiagem 29 30 Ordem • Critério de Horton: • cursos d’água de primeira ordem: não recebem nenhuma contribuição de curso tributário; • cursos de segunda ordem: recebem somente tributários de primeira ordem; • cursos de terceira ordem pode receber tributários de ordem inferior ou igual a dois; • sucessivamente, um curso d’água de ordem “N” pode receber contribuintes de ordem inferior ou igual a “N -1”. 31 Ordem • Critério de Horton modificado por Strahler: (mais usado) • todos os canais sem tributários são de primeira ordem, mesmo que sejam nascentes dos rios principais e afluentes; • os canais de segunda ordem são os que se originam da confluência de dois canais de primeira ordem, podendo ter afluentes também de primeira ordem; • Sucessiva/e, dois rios de ordem n dão lugar a um rio de ordem n+1 • Caso os cursos forem de números diferentes, dá-se o número maior ao trecho seguinte 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 4 Bacia de primeira ordem 3 4 Para uma bacia, a ordem principal é a ordem do canal que passa pela sua seção de saída, no caso 4. 32 • tem grande influência sobre os fatores metereológicos e hidrológicos, pois: • a velocidade do escoamento superficial é determinada pela declividade do terreno, • enquanto que a temperatura , a precipitação, a evaporação, etc, são funções da altitude da bacia. Relevo de uma Bacia 33 Declividade média de uma Bacia (Sm) controla em boa parte a velocidade com que se dá o escoamento superficial, afetando portanto o tempo que leva a água da chuva para concentrar-se nos leitos fluviais que constituem a rede de drenagem das bacias (tempo de concentração). A magnitude dos picos de enchente e a maior ou a menor oportunidade de infiltração e susceptibilidade para erosão dos solos dependem da rapidez com que ocorre o escoamento sobre os terrenos da bacia 34 Declividade de uma Bacia • Método usado para obtenção dos valores representativos da declividade dos terrenos de uma bacia: – Método das Quadrículas : consiste em determinar a distribuição percentual das declividades dos terrenos por meio de uma amostragem estatística de declividades normais às curvas de nível em um grande número de pontos na bacia. Esses pontos devem ser locados num mapa topográfico da bacia por meio de um quadriculado que se traça sobre o mesmo. direções de escoamento exutório bacia Podem-se determinar as declividades para cada ponto de intersecção do quadriculado também (Villela e Mattos, 1975). 35 Forma da Bacia Kf alto: cheias mais rápidas Kf baixo: cheias mais lentas L Índice de conformação ou fator de forma: Relação entre largura média e o comprimento axial da bacia 2L A K L A L L L K f f Fator de Forma (Kf ) 36 L Coeficiente de compacidade (Kc) • relação entre perímetro e a circunferência de um círculo de área igual à da bacia • Varia com a forma da bacia • Maior Kc, mais irregular a bacia (Kc=1: bacia circular) • Fixos os outros fatores,bacia com Kc próximo a 1 tem maior tendência a enchentes. A P K rA r P K c c 28,0 2 2 mede mais ou menos a mesma coisa que o fator de forma 37 São Francisco Outras: Tietê; Paranapanema; Tocantins. Exemplos: Alongadas 38 Taquari Antas - RS Rio Itajaí - SC Exemplos: Circular Efeito da forma da bacia • Mesma área, forma diferente Q P tempo bacia alongada bacia circular Forma da bacia x hidrograma 41 42 Efeito de outras características físicas sobre o hidrograma Maior profundidade de raízes = água consumida pela evapotranspiração pode ser retirada de maiores profundidades do solo. Florestas: maior interceptação; maior profundidade de raízes. Maior interceptação = escoamento demora mais a ocorrer. Cobertura Vegetal 43 Substituição de florestas por lavoura/pastagens Urbanização: telhados, ruas, passeios, estacionamentos e até pátios de casas Modificação dos caminhos da água • Aumento da velocidade do escoamento (leito natural rugoso x leito artificial com revestimento liso) • Encurtamento das distâncias até a rede de drenagem (exemplo: telhado com calha) Uso do solo 44 Agricultura = compactação do solo • Redução da quantidade de matéria orgânica no solo • Porosidade diminui • Capacidade de infiltração diminui • Raízes mais superficiais: Consumo de água das plantas diminui Uso do solo 45 Solos arenosos = menos escoamento superficial Solos argilosos = mais escoamento superficial Solos rasos = mais escoamento superficial Solos profundos = menos escoamento superficial Tipos de solos 46 Rochas do sub-solo afetam o comportamento da bacia hidrográfica. Rochas porosas tem a propriedade de armazenar grandes quantidades de água (rochas sedimentares – arenito). Rochas magmáticas tem pouca porosidade e armazenam pouca água, exceto quando são muito fraturadas. Bacias com depósitos calcáreos tem grandes cavidades no sub-solo onde a água é armazenada. Geologia 47 Vertentes: Rede de drenagem: • Escoamento superficial difuso • Não há canais definidos • Escoamento sub-superficial e subterrâneo • Escoamento superficial • Canais bem definidos Partes da Bacia 48 Densidade da Rede de Drenagem: controlada pela geologia e pelo clima Padrões da Rede de Drenagem: diretamente controlados pela geologia. • Assim, pelo padrão da rede de drenagem pode-se inferir: • -natureza do substrato • -disposição das camadas • -linhas de fratura/falhas • -processos fluviais Rede de Drenagem 49 Padrões de drenagem Padrão da rede de Drenagem Extraído do livro Para Conhecer a Terra (Press et al. XXXX) 50 Padrão da rede de Drenagem Extraído do livro Para Conhecer a Terra (Press et al. XXXX) 51 Padrão da rede de Drenagem Extraído do livro Para Conhecer a Terra (Press et al. XXXX) 52 Padrão da rede de Drenagem Extraído do livro Para Conhecer a Terra (Press et al. XXXX) 53
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