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pratica simulada IV 2017.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR, DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE(...).
Pular 10 linhas
Autos nº (...).
ANTÔNIO DA SILVA JÚNIOR, menor impúbere, já qualificado nos autos de número em epigrafe, representado por sua genitora ISABEL DA SILVA, também já qualificada, por seu advogado infra-assinado que esta subscreve com endereço profissional na Rua (...), nº (...), Bairro (...), Cidade (...), Estado(...), CEP(...), Endereço eletrônico (...), com fulcro no artigo 513 do Código de Processo Civil, vem respeitosamente perante a V. Excelência, tempestivamente, interpor recurso de
RECURSO DE APELAÇÃO
Contra sentença proferida nos autos da AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS, que move em face de WALTER COSTA, já qualificado em epigrafe, com base nas razões em anexo:
Requer depois de verificada a admissibilidade da presente, que sejam os autos remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça, com as razões que seguem em anexo.
1. DO PREPARO
Conforme guia de recolhimento anexado ao presente recurso, o recorrente demonstra que preencheu o requisito de admissibilidade do preparo.
2. DA TEMPESTIVIDADE.
Conforme posto, a sentença foi publicada no dia 30/03/2015. O prazo para a interposição de recurso de apelação é de 15 (quinze) dias conforme artigo 508, Código de Processo Civil, portanto é tempestivo.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Campo Mourão, mês (...)de (...).
OAB/PR 1.234
RAZÕES DE APELAÇÃO
PROCESSO Nº: 2345678/2015
ORIGEM: X VARA CIVIL DA COMARCA DE CAMPO MOURÃO
APELANTE: ANTONIO DA SILVA JÚNIOR representado por sua genitora Isabel da
ADVOGADO DO APELANTE: EDER NUNES DA SILVA
APELADO: WALTER COSTA
EGRÉGIO TRIBUNAL
COLENDA CÂMARA,
NOBRES JULGADORES
Preliminarmente retratação de Agravo Retido, conforme evento 037.
1. BREVE RELATO DOS FATOS
Conforme exposto nos autos da Ação de Indenização por Danos Morais e Patrimoniais, proposto pelo Apelante, menor impúbere, nesta ocasião, devidamente representado por sua genitora, requerendo a reparação dos danos sofridos decorrente de um acidente envolvendo um cavalo, de propriedade do apelado que, embora no momento da situação estivesse amarrado, o mesmo estaria às margens da estrada, do lado de fora da propriedade onde deveria estar de fato, o que veio a contribuir para que o animal conseguisse desferir um forte e violento “coice” contra o apelante que passava por perto, caminho que percorria todos os dias da casa para escola e vice versa, o que lhe causou grandes danos físicos, psicológicos e materiais resultando em um tratamento doloroso, custoso e prolongado.
2. DAS RAZÕES DO RECURSO
Conforme r. Sentença do Juízo “a quo” que julgou improcedente o pedido do Apelante em relação a danos morais e materiais, sob a alegação de que o apelado tomava todas as medidas preventivas sob o domínio que exercia na propriedade do seu animal e que tais fatos só vieram a acontecer devido a falta de atenção (cuidado) do apelante ou de sua genitora, excluindo totalmente a culpa sobre o apelado. Ainda na mesma sentença o Douto Juiz “a quo” argumentou que já teria decorrido o prazo prescricional e que tal ação não era mais passiva de discussão.
A posse de animais, muitas vezes, sem o devido cuidado tem gerado inúmeras vítimas e uma grande preocupação por parte da comunidade em geral, que espera a responsabilização dos donos destes animais.
Todos os anos, centenas de pessoas são vítimas de acidentes envolvendo animais.
A responsabilidade objetiva, é aquela que independe de culpa, ou seja, não necessita de qualquer demonstração de culpa por parte do proprietário. Uma vez que uma pessoa possua um animal, deverá tomar conhecimento da propensão perigosa do mesmo, e é a partir desse ponto, responsável por ferimentos causados ​​pelo mesmo a menos que certas medidas corretivas sejam tomadas para que a evite.
Os danos morais, também chamados de danos por causa da angústia mental, são danos causados ​​por um conjunto de sentimentos. É um dano que atinge a esfera subjetiva de uma pessoa e não pode ser traduzida em termos monetários.
[1]Segundo Clovis Beviláqua, dano, “é uma ofensa ou diminuição do patrimônio moral ou material de alguém. Dano, em sentido amplo, é toda diminuição dos bens jurídicos da pessoa”.
O artigo 5º da Constituição Federal, em seu inciso X prescreve que "X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Como permanece patente, a natureza do dano pode ser moral, material, ou a imagem. A reparação do dano é esperado no Código Civil.
Diferentemente do dano material, o dano moral serve não para restabelecer o dano sofrido, até por que em muitas situações o dano moral é irreparável. Observando de contexto, o dano moral serve para punir o responsável pelos fatos que a sua negligencia ocasionou.
Já o dano material sim, este serve para restabelecer os gatos emergentes sofridos pela vitima.
Como dito anteriormente, apesar do animal estar amarrado no momento no fato, o mesmo estaria à beira da estrada, ou seja, para que esse acidente fosse evitado, bastaria o cavalo estar dentro de um cercado, onde pessoas não tivessem acesso a ele. Esse fato demonstra a falta de cuidado que o apelado exercia sobre a sua posso perante o animal.
O atual Código Civil Brasileiro prevê, em seu artigo 936, a responsabilidade civil do dono de animais, perigosos ou não (teoria do risco), “O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”.
A negligência é uma norma legal que impõe um dever de cuidado para os proprietários de animais para que tomem precauções razoáveis de impedir que os seus animais possam vir a ferir outras pessoas.
Além disso, o proprietário de um animal não pode se esquivar alegando a falta de conhecimento pessoal dos fatos básicos comumente conhecidos na comunidade. A pessoa sensata sabe que o gelo é escorregadio, que fios vivos são perigosos, que o álcool prejudica a capacidade de condução, e que as crianças podem correr para a rua a qualquer momento. Nesse sentido caminha a jurisprudência, como podemos observar abaixo:
[2]RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. LESÕES PROVOCADAS POR MORDIDA DE CÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DONO DO ANIMAL. ART. 936 DO CC. 1. A responsabilidade civil decorrente da guarda de animal é objetiva, só restando elidida nas hipóteses elencadas em lei. Caso dos autos em que o réu não se desonerou de provar a culpa exclusiva da vítima ou força maior, como impõe o art. 936 do Código Civil, impondo-se sua responsabilização pelas lesões provocadas pelos cães de sua propriedade. 2. Em relação ao autor Lúcio, devidos danos morais e estéticos presumidos, em valor que atenta à extensão do dano e orientado pelos parâmetros estabelecidos pela Câmara. Danos materiais emergentes consistentes nos gastos (comprovados) necessários para tratar a lesão sofrida. Lucros cessantes a serem liquidados, conforme conclusão pericial. 3. Indevida a pretensão da autora Isaura, já que os reflexos da lesão ao seu companheiro não configuram dano moral indenizável. Ausência de demonstração de que tenha sofrido dano concreto e indenizável. 4. Redistribuição da sucumbência. APELO PARCIALMENTE PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70050875079, Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Julgado em 19/12/2012)
As crianças podem ser negligentes, mas elas não são realizadas com o mesmo padrão de conduta que os adultos. A conduta de uma criança é medida em relação ao comportamento esperado de uma criança ou de idade semelhante, inteligência e experiência. Ao contrário do padrão de conduta das crianças, para o adulto a conduta razoável leva em conta fatores subjetivos, tais como a capacidade de prever os perigos e os riscos que suas atitudes poderá ocasionar.
Finalmente, a pessoa razoável leva em conta o comportamento dos outrose regula sua própria conduta em conformidade. Uma pessoa razoável deve ainda prever o comportamento ilegal ou negligente dos outros, se a situação o justificar. Assim, uma pessoa pode ser negligente por deixar um carro destravado com as chaves na ignição, devido ao risco previsível de roubo, ou por não abrandar nas proximidades de um pátio da escola, onde as crianças podem negligentemente correr para a rua.
2.1. DA PRESCRIÇÃO
Quanto à prescrição, entendeu o juízo “a quo” baseando-se no art. 206, § 3º, V do Código Civil, ter corrido o prazo para demandar ação de reparação de danos morais e patrimoniais, sob a alegação de que o fato se deu no ano de 2011 e a ação para reparação dos danos foi proposta somente no ano de 2015.
Tendo em vista que a sentença viola dispositivo de lei, esta decisão deve ser reformada por este tribunal uma vez que segundo o artigo 198, I do Código Civil sustenta que não ocorre prescrição contra incapazes. Dessa forma, ao recorrermos ao Código Civil em seu artigo 3º, que prescreve que menores de 16 anos (dezesseis anos) são absolutamente incapazes, portanto não há o que se falar em prescrição neste caso.
3. DOS PEDIDOS
a) Ante o exposto, requer que Vossa Excelência se digne no processo na forma prevista no Código de Processo Civil, para ao final conhecer e dar provimento ao recurso para o fim da reforma da sentença proferida pelo juízo “a quo”, julgando procedentes os pedidos da inicial, para condenar o apelado a pagar ao apelante, os danos patrimoniais e morais nos termos constatados da inicial.
b) Requer ainda a intimação do Ministério Público na forma do artigo 82 do Código de Processo Civil.
Termo em que
Pede deferimento.
LOCAL, DATA
OAB/(...).

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