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A NOVA ESCOLA JURÍDICA DE ROBERTO LYRA FILHO 
Janilson Bezerra de Siqueira 
Juiz Federal 
SUMÁRIO: 
1. Introdução 2. Sociologia do Direito ou Sociologia Jurídica? 3. Crítica às Ideologias 
Jurídicas. 4. Ideologia Jurídica e seus Principais Modelos. 5. A Nova Escola Jurídica 
Brasileira. 6. A Nova Escola Jurídica e o Direito Internacional; 7. Para um Direito sem 
Dogmas. 8. Teoria Dialética do Direito. 9. Conclusões. 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente ensaio não tem maiores pretensões. Visa, modestamente, examinar com a 
rapidez que o espaço permite, a Nova Escola Jurídica criada por Roberto Lyra Filho, estudo 
que não se afigura como tarefa das mais simples, especialmente quando se consideram as 
dificuldades próprias dos países subdesenvolvidos na disseminação de material científico 
de qualidade, em especial o que tenha por objeto o direito em todas as suas dimensões, no 
caso a dimensão sociológica. Vê-se, hoje, no Brasil, entretanto, nítida preocupação com o 
desenvolvimento das ciências sociais, com a retomada de seus estudos e pesquisas, 
havendo, nesse sentido, toda uma busca visando o desabrochar da disciplina, evidentemente 
não resumida à reprodução da verborragia dogmática dos manuais, mas sim na busca das 
fronteiras do conhecimento nesta especial área do saber humano.NR 1 
 
A proposta de se examinar parte do pensamento de Roberto Lyra Filho surgiu do interesse 
de compreender a chamada “crise do direito”, e a intensidade do desejo de mudança 
esboçado nos trabalhos do renomado professor, principalmente pela heterodoxia dada sob o 
prisma ideológico, em sua Teoria Dialética do Direito. Como dito acima, há o 
enfrentamento de certas dificuldades, particularmente no que pertine à localização de 
material de pesquisa, como, v.g., as edições da Revista Direito & Avesso, que nem mesmo 
na Biblioteca da Universidade de Brasília se pode encontrar. Isso, no entanto, não arrefece 
o nosso ânimo, requerendo-se, desde já, uma boa dose de compreensão do leitor para 
eventuais, e certas, omissões. 
 
Não é novidade que Roberto Lyra Filho representou, juntamente com uma plêiade de 
pensadores brasileiros no campo da Sociologia e do Direito, um rumo interessante no 
estudo do fenômeno jurídico, especialmente considerando as contradições da sociedade 
liberal que ele tanto criticou, pela sua indisfarçável visão socialista, ou, como preferiria o 
próprio autor, marxiana.NR 2 Procurava Lyra Filho novo caminho para o tratamento de velho 
problema: o estudo do Direito, questionando as sua fontes tradicionais e, mesmo, os seus 
fins últimos, o desaguadouro dessa parte da ciência relativamente aos destinatários da 
norma. De onde provinha, qual a idoneidade das origens do direito, como ainda hoje tem 
sido estudadas? E onde é que tudo isso vai dar, quais os seus novos produtores e usuários? 
Eram inquietações recorrentes, que, na modernidade, ou na pós-modernidade, mais do que 
em qualquer outra época, se revelava com toda a sua gravidade. 
 
O Direito, assim, revelar-se-ia pelo caráter dialético de sua prática, desenvolvida nas lutas 
sociais travadas no seio da sociedade, fruto da tensão constante entre os interesses de 
classes e grupos, organizados ou não. A forma e a propriedade dos meios de produção 
desempenhariam fator essencial de identificação do conflito, que jamais se dissiparia, ainda 
que alterada no seu ponto vital, porque restariam sempre resíduos de desigualdade e 
injustiça. O conhecimento do direito e de sua inserção na sociedade estaria a indicar uma 
nova forma de tratamento das relações sociais, com aproveitamento das diversas ideologias 
em voga, sem se reter na mera contradição entre essas correntes, mas na identificação de 
fatores de superação, pela dialética, do Direito que respeite a outra face social, que não seja 
a dominação e a repressão pura e simples contra a maioria. 
 
São estas, basicamente, as questões postas a exame. É esse o objeto do modesto ensaio, o 
objetivo do trabalho, restando por a “mão na massa”, para utilizar mais uma expressão tão 
ao gosto do Professor, na sua incansável busca por um novo sentido para o Direito e para a 
Ciência. Para tanto, haver-se-á de partir da sua concepção de Sociologia Jurídica em 
aparente distinção com uma Sociologia do Direito, que serve de ponto de partida para a 
compreensão de sua doutrina. 
 
SOCIOLOGIA DO DIREITO OU SOCIOLOGIA JURÍDICA 
 
Toda convivência humana tem disciplina dada de uma forma ou de outra pelo Direito. Este, 
segundo Luhmann,NR 3 constitui fato social que em tudo se insinua, e do qual é impossível 
abstrair. Inexistiria, assim, como distinguir direito e fato social, porque um estaria tão 
ligado ao outro que a separação descaracterizaria o conjunto, deixando simplesmente a 
forma, no caso, o padrão legal, em se tratando da esterilização do fenômeno nos moldes 
positivistas, ou o fato bruto, amorfo, sem significado, se extraído todo o seu conteúdo 
normativo. Não é à-toa que a Sociologia utiliza-se do fato jurídico, valorado, pois, como 
objeto de sua ciência, qualificada de jurídica, segundo a disciplina própria a essa área do 
relacionamento humano. 
 
É comum, assim, para designar esse ramo da ciência jurídica utilizar-se, como sinônimos, 
tanto a expressão Sociologia Jurídica quanto Sociologia do Direito,NR 4 sem que exista 
qualquer dificuldade ou dúvida quanto ao seu objeto e conteúdo, embora ainda em fase de 
desenvolvimento essa disciplina.NR 5 Mas, utilizando-se do critério sugerido por Lyra Filho 
para a distinção entre Filosofia Jurídica e Filosofia do Direito,NR 6 poder-se-ia afirmar que 
Sociologia Jurídica teria com fim a abordagem sociológica do fenômeno jurídico como uma 
unidade, e Sociologia do Direito o desentranhamento dos pressupostos sociológicos, 
inseridos nos diferentes ordenamentos jurídicos e no discurso científico ou técnico sobre 
eles realizado. 
 
Nesse sentido, haveria nitidamente no discurso das normas estatais, tanto na esfera da 
Filosofia quanto da Sociologia, uma articulação de princípios não direta e pessoalmente 
elaborados pelo legislador ou pelo jurista, mas apropriados como parte retalhada de uma 
concepção de mundo funcionando como substitutivo do produto filosófico ou, na 
formulação acima, sociológico. Seria a hipótese de estudo da Sociologia Jurídica. Na outra 
ponta, ter-se-ia o estudo dos dogmas travestidos de normas fundadas numa idéia de razão 
ou de justiça em determinado ordenamento, sob color positivista, historicista ou 
sociologista, ou, mesmo, psicologista, durante o tempo, dependendo, claro, de cada 
concepção. 
Como lembra o próprio Lyra Filho, Sociologia do Direito e Sociologia Jurídica “constituem 
abordagens diferentes, apesar de interligadas, num intercâmbio constante. Por exemplo, é 
Sociologia do Direito a análise da maneira por que o nosso direito estatal reflete a 
sociedade brasileira em suas linhas gerais ... Sociologia do Direito, enquanto se estuda a 
base social de um direito específico. ...Sociologia Jurídica, por outro lado, seria o exame do 
Direito em geral, como elemento do processo sociológico, em qualquer estrutura dada.”NR 7 
Manifestando-se o direito na sociedade por diversas e distintas maneiras e desde as 
instituições mais primitivas, qualquer agrupamento humano para manter-se e permanecer 
como espécie necessita da definição de suas regras de convivência mínimas indispensáveis 
para a sobrevivência. Segundo Erlich,NR 8 já nos primórdios da civilização a maior 
associabilidade do homem transforma-se naturalmente em arma de luta pela existência, 
fazendo com que ocorra gradativa eliminação e decadência dos seres de instintos egoístas e 
isolacionistas, prevalecendo aqueles fortalecidos justamente pelo caráter gregário 
decorrente do enfrentamento conjunto das forças da natureza e dos próprios grupos 
humanos adversários. 
As relações sociais decorrentes do fenômeno associativo traz, comoconseqüência, a 
formação de famílias e, no desenvolvimento da história, de tribos e povos. Tudo, 
evidentemente, regido pelas leis sociais, que impõem o modelo de sociedade de acordo com 
padrões formativos próprios, ou seja, com o nível de práticas tradicionais de cada 
sociedade. Quando organizada sob a forma de Estado, a sociedade, ou o poder político 
utilizado em seu nome, aspira ao monopólio da criação da norma jurídica, criando uma 
tensão constante pela pretensão à inalterabilidade dessas normas.NR 9 
No mundo liberal, ou neoliberal, há forte tendência, quando não a predominância, de que a 
chamada classe dominante imponha sua norma de conduta como padrão social, visando ou 
consolidando essa dominação. Segundo a teoria marxista, fortemente refletida na teoria 
dialética do direito do autor, e como um dos seus sustentáculos, a influência fundamental 
para a formação do modelo seria sentida pela forma de produção da economia e pela 
propriedade dos meios inerentes ao respectivo sistema. 
CRÍTICA ÀS IDEOLOGIAS JURÍDICAS 
Ideologia jurídica apresenta de início dois significados relevantes para a compreensão da 
teoria dialética do direito e para a crítica de um direito dogmático. Em princípio, se traduzia 
como o estudo da origem e do funcionamento das idéias em relação aos signos que as 
representam; depois, e mais recentemente, passou a designar essas idéias mesmas, ou seja, 
o conjunto de opiniões organizadas em certo sentido e padrão.NR 10 
Parte Lyra Filho de dois modelos básicos da filosofia, que ainda hoje preponderam na 
formação intelectual de filósofos e juristas: o jusnaturalismo e o positivismo, tidos como o 
direito à ordem justa, no caso do jusnaturalismo e como ordem estabelecida, quanto ao 
último. É curioso anotar a negação de autores tradicionais ao enquadramento dentro desses 
dois sistemas, para, depois, denunciarem a sua construção pelo próprio significado de sua 
doutrina. É o caso de Miguel Reale, no dizer de Lyra Filho, cuja filosofia estaria centrada 
na ordem, com adoção do pensamento de Hauriou, segundo quem ordem é justiça, e que 
não corresponderia à própria expectativa por ele criada.NR 11 
Mas também isso vale em relação a Hans Welzel, que se diz não naturalista, mas admite 
princípios fixos e inalteráveis anteriores e superiores às leis, que outro não pode ser senão o 
direito natural.NR 12 Citando Radbruch, refere Lyra Filho que o positivismo pressupõe um 
preceito jurídico básico de direito natural na base de todas as suas construções, ou seja, um 
princípio jurídico anterior e superior ao direito positivo. Nesse sentido, ou o positivismo se 
descobre como não jurídico, fazendo derivar o direito do simples fato da dominação, ou, 
para legitimar pura e simplesmente a ordem e o poder, recorre a um princípio que não é de 
direito positivo, na norma fundamental. Essa constitui uma das críticas mais fortes ao 
positivismo, em especial porque estabelecendo um fundamento diverso da positivação, na 
verdade estará justificando a norma positiva simplesmente na força originária, denunciando 
a ausência da neutralidade ou objetividade tão caras aos positivistas.NR 13 
Uma crítica da dogmática jurídica parte especialmente da negação da crença no direito 
positivo como entidade capaz de dar solução aos problemas sociais de uma comunidade. 
Por mais onisciente que sejam todos os membros de determinada sociedade, ou de seus 
representantes, nos casos em que o direito positivo é formulado pela minoria, inexiste 
condição de possibilidade de legislar-se sobre todas as situações tendentes ao litígio. Sem 
falar dos desvios e distorções naturalmente inerentes à condição de legislar. Por outro lado, 
a vida social é extremamente dinâmica, ágil, fluida, de modo a não se deixar aprisionar 
dentro da camisa de força da lei, porque o fato social está sempre em desenvolvimento e a 
lei não pode acompanhar a criatividade humana. O dilema que impõe, logo, sempre será no 
sentido de superação da norma posta ou o retrocesso pela impraticabilidade do progresso. 
Confira-se com Galileu. 
Mas o ponto fundamental da questão reside mesmo na dificuldade, e, mesmo, na 
impossibilidade de conceder-se à maioria, numa sociedade que tenha o capital como 
referência, o direito de fazer o seu próprio direito. Aliás, disso também padecem as 
minorias não contempladas pelo bolo legiferante na espécie de sistema referida por Lyra 
Filho. 
IDEOLOGIA JURÍDICA E SEUS PRINCIPAIS MODELOS 
Um dos principais problemas enfrentados pela sociologia jurídica e pelas ciências sociais 
em gênero se reflete na forma pela qual se produz o engessamento filosófico dentro das 
ideologias. Um exemplo claro disso pode-se ter na posição extremada que adotam certas 
correntes, como, v.g., a positivista, ao conceber o direito como redução à ordem 
estabelecida, sem admissão de outras normas ou fontes de normas. Nesses termos, qualquer 
que seja a ideologia, da espécie de positivismo - legalista, historicista ou sociologista, ou, 
ainda, psicologista -, de jusnaturalismo ou de outra ideologia qualquer, todos eles sempre 
estarão fechados ou dificultando a recepção de influências externas, do ambiente de luta e 
do meio social. 
Isso parece mais verdadeiro quando se verifica que em todas essas correntes ou sub-
correntes o destaque fica por conta da invariabilidade das normas positivas. Se no 
positivismo legalista a lei é apresentada como ordem superior a todas as normas, no 
historicista ou sociologista tal superioridade é derivada das formações pré-jurídicas e pré-
legislativas, produto espontâneo do “espírito do povo” ou dos costumes principais, mores e 
tradições, que, de forma geral coincide com as tradições da classe dominante, aqui 
entendida como a detentora e proprietária dos meios de produção. Por outro lado, o 
positivismo psicologista, ao pretender viabilizar um “direito livre” ou um sentimento do 
direito, deixa a cavaleiro os detentores da força a impor o seu próprio direito através das 
mais diversas influências. 
Como o direito, em qualquer dos casos dados, sempre recebe o beneplácito do Estado para 
a sua efetivação, e este permanece, em última análise, ligado à classe dominante, que é a 
detentora do poder econômico na qualidade de proprietária dos meios de produção, sempre 
a lei, as formações pré-jurídicas ou a decisão propiciada pelo direito livre se confundirá 
com o direito e este estará a reboque de uma classe.NR 14 
A NOVA ESCOLA JURÍDICA BRASILEIRA 
A Nova Escola Jurídica Brasileira, batizada sob a sigla NAIR, pretende na verdade 
apresentar-se como uma nova filosofia, baseada em nova abordagem filosófica, sociológica 
e jurídica do direito. Tem como missão filosófica e política básica restituir a dignidade 
política ao direito, dentro de uma visão dialética do mundo. Mas também visa instituir uma 
nova dignidade jurídica da política. Não se confunde com o tridimensionalismo de Miguel 
Reale,NR 15 porque não se orienta cegamente em busca da ordem ou da justiça, embora 
aproveite o que de positivo nessa e em outras doutrinas, voltado porém para o progresso e o 
desenvolvimento do homem nas suas lutas sociais. 
Lyra Filho enumera, então, cinco proposições estruturais negativas de sua Nova Escola, ao 
lado de igual número de idênticas proposições também negativas e de combate ao 
positivismo, para, afinal, formular as suas cinco proposições positivas fundadoras da sua 
doutrina. Esta procura identificar e harmonizar a herança liberal das garantias democráticas 
das revoluções burguesas, a dialética de Hegel, a ontologia jurídica do jovem Marx, a 
sociologia crítica pós-marxiana e da hermenêutica da moral mais recentes.NR 16 Isso, porém, 
não esgota o conjunto de teses e conceitos da Nova Escola, que visa justamente a 
estruturação de um direito novo no sentido de que esteja sempre em construção, 
estabelecendo uma fonte permanente de criação do direito, superando as velhasfórmulas 
dogmáticas, baseadas na lei, nos costumes, princípios gerais etc. 
As primeiras proposições negativas, de cunho estruturalista, dizem respeito 
fundamentalmente à afirmação do que a NAIR não é ou não deseja ser, daí porque 
proposições negativas. A NAIR não se apresenta, pois, como um sistema fechado de 
dogmas, forjado ou aderido, isto é, esposado; também não constitui uma revolução 
copernicana ou adaptação de nenhum modelo anterior, nacional ou estrangeiro, dentro das 
idéias jurídicas; tampouco visa angariar adeptos sob a forma de partido político ou clube 
jacobino, de “carteirinha”; não se trata, igualmente, de um conjunto de intelectuais 
narcisistas incapazes de lidar com as contradições internas não antagônicas, respeitado o 
elenco mínimo de princípios comuns de que resulta o conjunto posicionamento; e 
finalmente, nada liga a NAIR a gabinetes ou ambientes fechados, sendo de sua concepção 
ontológica estar sempre num ir e vir, comprometida com a elaboração teórica e com a 
práxis avançada. 
Por outro lado, como dito, rejeita a Nova Escola peremptoriamente o positivismo jurídico, 
sob cinco argumentos principais, também de índole negativista. Assim, não toma a NAIR 
como dogma a norma pelo direito, aliás não assume nenhum dogma de natureza positivista; 
também não define a norma pela sanção, rejeitando no particular a doutrina de Kelsen; 
igualmente, não reconhece apenas o Estado como a entidade produtora de normas e 
sancionadora; tampouco aceita o fetichismo do chamado direito positivo, costumeiro ou 
legal; por último, não toma o direito como um elenco de restrições à liberdade, em que esta 
se defina como as sobras das imposições restritivas estatais. 
Mas essa Nova Escola também é afirmação. E tem como perspectiva visualizar uma nova 
forma de estabelecimento da convivência humana, fundada especialmente no respeito aos 
direitos humanos e na apropriação do desenvolvimento material e tecnológico pelo povo, 
enquanto conteúdo material do direito, conforme as cinco proposições positivas que 
formula. 
É assim que visa, por primeiro, repor o direito no seu lugar de destaque, no seio da 
sociedade e das lutas travadas no seu interior, a fim de cancelas as inversões positivistas; a 
segunda consiste na determinação de critério objetivo, segundo o impulso libertador, na luta 
constante pela justiça histórica, social e concreta; por terceiro, implica em sustentar os 
direitos de classes, grupos e povos ascendentes, conforme o vetor histórico indicativo de 
sua posição vanguardeira, enriquecido pela constante evolução dos direitos humanos, 
parâmetro fundamental da legitimidade das normas estatais e não estatais; na quarta, e uma 
das mais importantes, sublinha a NAIR que a práxis transformadora enfrenta limites 
jurídicos, porque o processo de libertação se desnatura quando pretende sacrificar, 
paradoxalmente, o seu fim nos meios utilizados para alcançá-los; e finalmente, visa 
estabelecer e demonstrar como a positivação dialética do direito constitui um processo 
evolutivo incessante, superior e mais amplo do que a ordem determinada. 
PARA UM DIREITO SEM DOGMAS OU PARA UMA TEORIA DIALÉTICA DO 
DIREITO 
A principal corrente filosófica do pensamento jurídico que hoje se apresenta no mundo dito 
civilizado, capitalista, se funda no positivismo. Este, como dito, trabalha com pressupostos 
que, embora não fixos, ou imutáveis, como no jusnaturalismo, tem a pretensão de dirigir a 
sociedade sob o prisma da classe dominante, utilizando-se do Estado como instrumento da 
dominação. Nesse especial sentido, reserva-se ao Estado o monopólio da produção 
normativa e do uso da violência, admitindo-se como Direito tão somente a norma que 
provém do Estado, sem admissão de qualquer outra fonte. 
O jusnaturalismo, por sua vez, converteu-se em simples parâmetro de avaliação do 
positivismo estatal, pretendendo comparar as normas postas com as normas naturais, 
imutáveis, seja de origem divina ou baseada em outros fundamentos, como a razão. 
A sociedade humana, porém, deve o atual desenvolvimento do Direito a essas duas 
correntes da ideologia jurídica. Segundo Lyra Filho, o que impede de fato uma melhor 
aproximação entre o Direito e a Sociedade não seria o modelo de filosofia em si, mas a 
dimensão estática do modo de filosofar ou de fazer ciência. Na verdade, tanto o positivismo 
quanto o jusnaturalismo detém características pautadas no conhecimento do objeto 
científico da ciência do Direito. 
O pecado dessas correntes, no entanto, afigura-se na maneira como formulam os seus 
princípios, como se fossem verdadeiros dogmas. A crença nos princípios imutáveis ou nas 
teses desenvolvidas em cada desses segmentos tem afrontado a ciência e ido além das 
próprias convicções religiosas. É sabido que dentro da própria religião há questionamentos 
sobre os dogmas da fé, especialmente no âmbito do certos posicionamentos de pensadores 
católicos, formuladores de uma “teologia da libertação”.NR 17 
Essa crença exacerbada nos preceitos legais ou normativos extra-estatais tem servido para 
toda espécie de dominação. As decisões de classe por essa via tem facilitado o domínio de 
classe sobre classes ou grupo sobre grupos, tornando o Direito algo de injusto, causador de 
desigualdades. E tudo isso com forte influência do poder dos dogmas. Porque o dogma 
sempre se impõe pelo interesse da classe hegemônica sobre os “direitos” das classes 
desfavorecidas da sociedade. Não que essa classe após a tomada da hegemonia pela classe 
dominante deixe de existir e se anule enquanto titular de direitos e interesses. Mas 
geralmente os interesses dessa classe são tratados como caso de polícia, quando não de 
guerra. 
A luta social, entretanto, permanece latente e viva, sempre ressurgindo como contestação às 
situações de injustiça. Tal condição, aliás, é o que propicia o direito das revoluções, ou seja, 
a legitimação do direito que não era Direito pela modificação dos novos titulares do poder. 
A possibilidade de alteração da ordem social deveria ensinar aos integrantes das cúpulas 
dos poderes estatais pelo menos a levar em consideração a luta social, a dialética que se 
esconde por trás dos movimentos que se organizam dentro da sociedade. São esses 
movimento que oferecem a matéria prima para a construção do direito. São os conflitos que 
nascem espontâneos do meio popular que dão a tônica do nono Direito, o que não é 
construído sobre falsas pilastras e que não pode ser abandonado ou tornado inválido pela 
simples mudança da Lei. Confira-se com a conquista dos direitos humanos, em suas 
diversas versões durante os diferentes períodos da história. 
Toda a evolução do Direito, nesse sentido, teve fundamento na inexistência de dogmas, na 
luta entre interesses do homem na sociedade contra o interesse de grupos ou classes 
opressoras. Quem ignora que o direito à vida ou o banimento da tortura não favorece às 
classes menos favorecidas da sociedade, que sempre sofreu na pele a injustiça e o 
sofrimento? O Direito, pois, deve ser buscado nesse eterno conflito. E o jurista, ou o 
filósofo, ou, mais, ainda, o sociólogo, haverá de estudar o Direito que vem sendo 
questionado, partindo da duvidosa capacidade pacificadora dos preceitos da ordem positiva 
em confronto com a práxis libertadora. 
Será assim que se encontrará a chave da nova ordem, sem dogmas, sem preceitos absolutos, 
mas com democracia e respeito aos direitos humanos. Não que inexista a Lei ou outra 
espécie de norma dentro da sociedade, mas que essa norma seja fruto de nova fonte, 
legítima e viva, alterável a cada disputa, a cada litígio, sempre incorporando os progressos 
da ciência e da vida social. É bom relembrar, nesse sentido, que pela simples positivação de 
certos preceitos, aparentemente aplicáveis a todos, o sistema muitas vezes somente 
favorece às classes ou grupos dominantes. Como muito bem registra Miguel Pressburger,NR18 tanto a propriedade quanto o direito à vida estão assegurados na Constituição, a primeira 
evidentemente com maiores garantias, sendo que somente poucos com direito a ela. 
Não resta dúvida de que a Teoria Dialética do Direito constitui um conjunto de teses sobre 
uma nova filosofia, baseada fundamentalmente na sociologia jurídica.NR 19 
A teoria dialética do direito repele e evita a antítese pura e simples entre direito positivo e 
direito natural, conservando os aspectos válidos de ambas as correntes, rejeitando as 
demais, sem aceitar o rótulo de ecletismo. Pretende aproveitar o que há de positivo sem 
incorrer em positivismo, bem assim admite o direito justo, sem resvalar para qualquer 
espécie de jusnaturalismo. Tudo isso sem desligar-se das lutas sociais, ponto crucial da 
construção do pensamento filosófico autodenominado progressista. Nesse rumo, diz-se que 
busca o “justo, porque ordenado” e o “ordenado, porque justo”. 
A NOVA ESCOLA JURÍDICA E O DIREITO INTERNACIONAL 
Embora o Direito não se limite ao aspecto interno do processo histórico, tendo raiz 
internacional, a correta visão jurídica não pode fazer caso omisso das instituições 
internacionais sob a alegação de que o Direito Internacional “não é jurídico”. Porque as 
“soberanias” dos diferentes países não toleram repercussões internas senão quando 
“aderem” aos pactos internacionais e o princípio de autodeterminação dos povos e as 
soberanias nacionais não impedem as sanções internacionais, nas hipóteses mais graves de 
violação de direitos. 
Afora as comunidades primitivas, de que não se cuidou no estudo, cada sociedade em 
particular, no “instante mesmo em que estabelece o seu modo de produção”, inaugura, com 
a sua cisão em classes, uma dialética jurídica também, como é o caso, por exemplo, do 
estabelecimento da propriedade privada dos meios de produção como princípio, 
contrapondo-se ao direito dos não proprietários, cujos interesses contradizem o “privilégio” 
dirigido à burguesia. A oposição começa na infra-estrutura. 
O direito entre nações luta para não ficar preso ao sistema de forças dominantes, e, em que 
pesem as felizes contradições, a sua forma inter-estatal reproduz, no âmbito externo, a 
obstrução quanto ao direito estatal. Daí a expressão jurídica paralela em uma dialética 
estabelecida pelos povos oprimidos e espoliados, sendo exemplo disso o conjunto de 
princípios “jurídicos” consagrados na Carta de Argel (1977), em que os povos oprimidos 
formularam a sua quota de direitos postergados. 
Mas a organização social, que padroniza o conjunto de instituições ditas dominantes, 
adquire também um perfil jurídico, na medida em que apresenta um arranjo legítimo ou 
ilegítimo, espoliativo ou opressor, esmagando direitos de classes e grupos. É assim que se 
insere o problema jurídico do “sistema”, a questão da legitimidade ou da ilegitimidade da 
estrutura. Não basta para resolvê-la a existência do simples status quo (a existência nua e 
crua da dominação), como não basta o “consenso” presumido, que se baseia na passividade 
da população, quase sempre intoxicada pela ideologia e consultada com restrições, isto é, 
dentro de leis que não permitem o despertar da consciência libertadora: exclusão de pessoas 
e correntes de opinião do pleito, restrições à propaganda nos veículos de comunicações de 
massas, e toda a casuística dos estrategistas e marqueteiros). 
Mas o controle social global, isto é, a central de operações das normas, do e no setor 
centrípeto, dinamiza em aspectos não isentos de contradições a organização social 
militante. Aí é que surgem as leis de todo tipo, inclusive as anômalas, que rompem (para a 
garantia da organização subjacente) o próprio sistema legal, quando classes e grupos 
dominantes se assustam com a possibilidade mais ou menos próxima de verem escapar o 
controle social da mão das “elites do poder”. Persistente a cisão de grupos e classes em 
dominadores e dominados, a dialética vem a criar, paralelamente à organização social, um 
processo de desorganização, que interfere naquela, mostrando a ineficácia relativa e a 
ilegitimidade das normas vigentes e propondo outras, efetivamente vividas, em setores mais 
ou menos amplos da vida social. 
No plano político, assim, se estabelece o que os cientistas políticos denominam o “poder 
atual” (isto é, mais de um poder social na dialética de conflito). 
A coexistência em conflito de séries de normas jurídicas dentro da estrutura social, faz 
surgir um pluralismo dialético e leva à atividade de contestação, na medida em que grupos 
e classes insurgentes procuram o reconhecimento de suas formações contra-institucionais, 
em desafio às normas tidas como injustas. Radica neste ponto o critério de avaliação dos 
produtos jurídicos contrastantes, na competição de ordenamentos (as diferentes séries de 
normas entrosadas). Como o direito, em qualquer dos casos dados, sempre recebe o 
beneplácito do Estado para a sua efetivação, e este permanece ligado à classe detentora do 
poder, sempre a lei, as formações pré-jurídicas ou a decisão propiciada pelo direito livre se 
confundirá com o direito e este estará a reboque de uma classe. 
CONCLUSÕES 
A Nova Escola Jurídica Brasileira, concebida por Roberto Lyra Filho pressupõe uma série 
de formulações que se concentram na própria sociedade, e das quais qualquer filósofo, 
sociólogo ou jurista poderá lançar mão e fazer uso para compreender e melhor aplicar o 
Direito. Não se há de necessariamente ser marxista para estudá-la, apresentando-se a 
dinâmica social como o motor dessa corrente, que não se isola em grupos, gabinetes ou 
mesas aristocráticas, e procura o justo e o positivo na dialética da luta social. Tudo deriva 
da concepção dialética, entendendo e priorizando o estudo do Direito como fenômeno 
inserido na luta de classes, que, embora tido como ultrapassado, ainda constitui o material 
necessário ao conhecimento do seu objeto. 
As conclusões sobre o pensamento dessa Escola, que refletem as posições da Teoria 
Dialética do Direito, tão bem descritos pelo próprio Lyra Filho em seu “livrinho” O Que é 
Direito -, podem ser resumidos, da seguinte forma: 
I) O positivismo pressupõe um preceito de direito natural na base de todas as suas 
construções, ou seja, um princípio jurídico anterior e superior ao direito positivo. Nesse 
sentido, ou o positivismo se descobre como não jurídico, fazendo derivar o direito do 
simples fato da dominação, ou para legitimar pura e simplesmente a ordem e o poder 
recorre a um princípio que não é de direito positivo, na norma fundamental. 
II) Uma crítica da dogmática jurídica parte especialmente da negação da crença no direito 
positivo como entidade capaz de dar solução aos problemas sociais de uma comunidade. 
Por mais onisciente que sejam todos os membros de determinada sociedade, ou de seus 
representantes, nos casos em que o direito positivo é formulado pela minoria, inexiste 
condição de possibilidade de legislar-se sobre todas as situações tendentes ao litígio. 
III) Como o direito sempre recebe o beneplácito do Estado para a sua efetivação, e este 
permanece ligado à classe detentora do poder, sempre a lei, as formações pré-jurídicas ou a 
decisão propiciada pelo direito livre se confundirá com o Direito e este estará a reboque de 
uma classe. 
IV) A organização social, que padroniza o conjunto de instituições da sociedade e do 
Estado, adquire também um perfil jurídico, na medida em que apresenta arranjo legítimo ou 
ilegítimo, espoliativo ou opressor, esmagando direitos de classes e grupos, o que suscita o 
problema da legitimidade ou ilegitimidade global da estrutura. Não basta para resolvê-la a 
existência nua e crua da dominação, como não basta o tipo de “consenso” presumido, que 
se baseia na passividade da população. 
V) Persistente a cisão de grupos e classes em dominadores e dominados, a dialética vem a 
criar, paralelamente à organizaçãosocial, um processo de desorganização, que interfere 
naquela, mostrando a ineficácia relativa e a ilegitimidade das normas dominantes e 
propondo outras, efetivamente vividas, em setores mais ou menos amplos da vida social. 
No plano político, assim, se estabelece o que os cientistas políticos denominam o “poder 
atual” (isto é, mais de um poder social na dialética de conflito). 
VI) Embora o Direito não se limite ao aspecto interno do processo histórico, a correta visão 
jurídica não pode fazer caso omisso das instituições internacionais sob a alegação de que o 
Direito Internacional “não é jurídico”, já que este, entre nações, luta para não ficar preso ao 
sistema de forças dominantes. E em que pesem as felizes contradições, a sua forma inter-
estatal reproduz, no âmbito externo, os mesmos dilemas no plano local. Porque as 
“soberanias” dos diferentes países não toleram repercussões internas senão quando 
“aderem” aos pactos internacionais e o princípio de autodeterminação dos povos e as 
soberanias nacionais não impedem as sanções internacionais, nas hipóteses de mais graves 
violações do Direito, requer-se a analogia para a situação vivida por cada sociedade. 
São conclusões polêmicas, que trazem a todos uma reflexão sobre a crise do Direito sob o 
aspecto suscitado por Lyra Filho. Como se viu, tais conclusões não configuram regras de 
entendimento de uma determinada sociedade, mas da sociedade pós-moderna como um 
todo, dos conflitos gerados dentro da sociedade liberal (poder-se-ia dizer, mesmo, 
neoliberal), e que está a merecer profunda análise, seja porque a solução da crise passa 
necessariamente pelo conhecimento das bases sociológicas de qualquer comunidade, seja 
pela exigência de saídas criativas para a manutenção da paz, do Estado e da própria 
sociedade. 
Eis o desafio. Vale a pena enfrentá-lo. 
 
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Direito (Coord. José Souto Maior Borges). Recife: Editora Universitária da UFPE, nº 5, 
1992, p. 138. 
 
Notas de Rodapé 
1. OLIVEIRA, Luciano e ADEODATO, João Maurício. O Estado da Arte da Pesquisa 
Jurídica e Sócio-Jurídica no Brasil. Brasília: Conselho da Justiça Federal, Centro de 
Estudos Judiciários, 1996, p. 47. 
2. LYRA FILHO, Roberto. Pesquisa em Que Direito? Brasília: Edições Nair Ltda, 1984, p. 
9 e 26. 
3. LUHMANN, Niklas. Sociologia do Direito I (Trad. Gustavo Bayer). Rio de Janeiro: 
Tempo Brasileiro, Biblioteca Tempo Universitário, Série Estudos Alemães, 1983, p. 7. 
4. MACHADO NETO, A. L. e Zahidé. O Direito e a Vida Social. São Paulo: Companhia 
Editora Nacional, Editora da Universidade de São Paulo, Biblioteca Universitária, Série 2a, 
Ciências Sociais, p. 1. 
5. SOUTO, Cláudio. “Por uma Teoria Científico-Social Moderna do Direito”. Anuário de 
Mestrado em Direito (Coord. José Souto Maior Borges). Recife: Editora Universitária da 
UFPE, nº 5, 1992, p. 138. 
6. LYRA FILHO, Roberto. “Filosofia Geral e Filosofia Jurídica, em Perspectiva Dialética”. 
Cristianismo e História. São Paulo: Edições Loyola, 1982, p. 147. 
7. LYRA FILHO, Roberto. O Que é Direito? Brasília: Nova Cultural/Brasiliense, Coleção 
Primeiros Passos, 1985, p. 72-73. 
8. ERLICH, Eugen. Fundamentos da Sociologia do Direito (Trad. René Ernani Gertz). 
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1986, p. 27-28. 
9. NORONHA, Fernando. A Jurisprudência e a Criação de Direito para além da Lei. 
Florianópolis: Editora da UFSC, 1988. 
10. LYRA FILHO, Roberto. O Que é Direito? Brasília: Nova Cultural/Brasiliense, Coleção 
Primeiros Passos, 1985, p. 16-17. 
11. LYRA FILHO, Roberto. A Filosofia Jurídica nos Estados Unidos da América. Revisão 
Crítica. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 1977, p. 71. 
12. Idem, ibidem, p. 16-17. 
13. Idem, ibidem. p. 49. 
14. Idem, ibidem, p. 8. 
15. REALE, Miguel. Teoria Tridimensional do Direito. São Paulo: Saraiva, 4a edição, 
1986. 
16. LYRA FILHO, Roberto. Pesquisa em Que Direito? Brasília: Edições Nair Ltda, 1984, 
p. 18. 
17. LYRA FILHO, Roberto. Pesquisa em Que Direito? Brasília: Edições Nair Ltda, 1984, 
p. 7. 
18. PRESSBURGER, Miguel. A Propriedade da Terra na Constituição. Rio de Janeiro: 
Apoio Jurídico Popular/FASE Projeto Educação Popular para a Constituinte, Coleção 
Socializando Conhecimentos, n.º 2, 1986, p. 17. 
19. CHAUÍ, Marilena. “Roberto Lyra Filho ou Da Dignidade Política do Direito”. Direito 
& Avesso, Boletim da Nova Escola Jurídica Brasileira. Brasília: Edições Nair Ltda, vol. 2, 
1982, p. 28, apud LYRA FILHO, Roberto. Pesquisa em Que Direito? Brasília: Edições 
Nair Ltda., 1984, p. 8. 
 
Title: Literatura Jurídica 
Issue: Nova Escola Jurídica Roberto Lyra 
Date: 27-12-2000 
	Janilson Bezerra de Siqueira Juiz Federal

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