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GEOLOGIA DO QUATERNÁRIO Aula 1

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GEOLOGIA DO 
QUATERNÁRIO
Professora: MS.c em geociências (UFF) e 
Doutoranda em Geociências (UFF) Christiane 
Monte
Email: christiane.monte@yahoo.com.br
AVALIAÇÕES
Prova 1 – 04/07 – 10,0
Prova 2 – 12/08- 10,0
Seminário – 05/09- 10,0
Atividade do dia 13/06– 10,0
Ele imaginou que as camadas sedimentares são 
depositadas horizontalmente , portanto tendo uma 
sucessão temporal.
Estabeleceu a lei de 
superposição das camadas!
Em 1816 W. Smith propôs a lei de correlação de camada baseada 
em fósseis
Lei de Superposição 
de Camadas
Lei de camadas 
baseada em fósseis 
Bioestratigrafia
Jules Denoyers (1829) introduziu o termo 
Quaternário para falar sobre os depósitos 
marinhos superpostos aos sedimentos 
Terciários da Bacia de Paris
O PERÍODO 
QUATERNÁRIO
Denomina-se Quaternário o segundo período da era Cenozóica
que abrange duas épocas com dinâmicas ambientais distintas;
O termo Quaternário foi inicialmente proposto por Jules
Desnoyers, em 1839;
“Antropozóico”.
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Pleistoceno Holoceno
CLIMA
Durante o Quaternário a Terra experimentou mudanças
climáticas naturais, que foram denominadas de estádios
glaciais e interglaciais.
Durante as glaciações do Quaternário, quantidade
considerável de água foi retida, em áreas litorâneas, sob a
forma de gelo, na Europa e na América do Norte, resultando,
daí, no abaixamento do nível do mar.
No decorrer do Pleistoceno ocorreram grandes pulsações climáticas
com períodos de temperaturas muito baixas, as glaciações, e períodos
mais quentes (interglaciações).
Fig. 04. Representação climática da Terra durante as glaciações ocorridas durante o
Pleistoceno. Fonte: www.avph.com.br
AS GLACIAÇÕES DO QUATERNÁRIO
Esfriamento é uma
característica intrínseca do
Quaternário?
O que fez a Terra esfriar os
últimos milhões de anos?
Os mecanismos que causaram as grandes mudanças
climáticas do Quaternário não são totalmente conhecidos.
Levantamento de grandes cadeias de montanhas do final do Terciário
Mudança de radiação por efeito de meteoros
Radiação pelo efeito do vulcanismo
Mudança de inclinação do eixo de rotação
A teoria de Milankovitch
A teoria de Milankovitch
A influência do ciclo de obliquidade, a inclinação do eixo da
Terra, que oscila aproximadamente a cada 41 mil anos, é maior
nas regiões polares, tornando-se mais fraca em direção ao
equador. Por outro lado, a influência do ciclo de precessão, cujo
período é de cerca de 22 mil anos, provocando a variação da
distância entre a Terra e o Sol, é menor nos polos e maior no
equador.
 Os cálculos de Milankovich mostraram que a excentricidade não foi um fator indutivo nas glaciações.
 A teoria de Milankovitch indica que as glaciações ocorrem quando: 
a-) o verão começa no afélio, ou seja, quando a distância entre a Terra e o Sol é maior; 
b-) a excentricidade é máxima, ou seja, a distância entre a Terra e o Sol no afélio é a maior possível. Isso 
afeta não só a intensidade relativa e a duração das estações nos diferentes hemisférios, mas também a 
diferença entre a insolação máxima e mínima recebida durante um ano; 
c-) a obliquidade é baixa, significando que a diferença entre verão e inverno é fraca e o contraste 
latitudinal é maior. 
 Precessão: possui um período absoluto da ordem de 22 mil anos, com períodos principais médios de
cerca de 19 e 23 mil anos e extremos em 14 e 28 mil anos. O efeito da precessão está 1800 fora de fase
entre os hemisférios norte e sul e é maior no equador, diminuindo em direção aos polos. Esse efeito
caracteriza as mudanças latitudinais no que é denominado de equador calórico, ou seja, nas regiões
próximas ao equador que recebem maior quantidade de energia proveniente do Sol, causando
deslocamentos importantes no limites entre zonas climáticas adjacentes.
 Obliquidade: a inclinação do eixo da Terra em relação à normal ao plano da órbita varia entre 22 e
24,50, com um período médio de cerca de 41 mil anos e modula a sazonalidade, principalmente nas
altas latitudes.
 Excentricidade: varia entre órbitas mais elípticas (excentricidade de cerca de 0,06) e mais circulares
(cerca de 0,001), estando atualmente com aproximadamente 0,01. Possui uma periodicidade de
aproximadamente 100 mil anos na média, com componentes importantes em 95, 123 e 136 mil anos.
Variações regulares superpostas ocorrem com períodos em torno de 400 ou 413 mil e 1,3 e 2 milhões de
anos
O FINAL DO PLEISTOCENO, EM REGIÕES TROPICAIS, ESTARIA
ASSOCIADO AO CLIMA SECO ACENTUADO, ENQUANTO O
HOLOCENO ESTARIA ASSOCIADO AO SEMIÁRIDO
RELACIONADO COM O CALOR ATENUADO.
Fig. 05. Representação climática da Terra durante clima seco acentuado
associado ao semiárido do Holoceno. Fonte: www.avph.com.br
EVIDÊNCIAS
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EVIDÊNCIAS
Fonte: Troppmair, 2012
A Alternância de climas secos e frios e outros
longos períodos de úmidos e quentes provocou
o aparecimento dos refúgios ecológicos.
EVIDÊNCIAS
Evidências de clima seco no Brasil no 
Quaternário (1800-12000 anos);
Caatinga se estendeu até o sul do país, por 
volta da latitude 20°.
Hoje Há Caatinga na região de Macaé-
Cabo Frio.
EVIDÊNCIAS
Fonte: www.odia.com.br Acessado em 16/09/15
Nível de
precipitação entre
700 – 800mm
www.google.com.br 
Acessado em 16/09/15
PLEISTOCENO
 Durou de 1.8 à 0.01 milhões de anos;
 O termo Pleistoceno foi proposto pelo geólogo escocês
Charles Lyell em 1839, para enquadrar os sedimentos que
contêm mais de 70% das espécies atuais;
 A generalizada ocorrência de glaciações gerou a
denominação informal de " Idade do Gelo.
 Aparecimento da espécie humana.
AUSTRALOPITHECUS
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tDentes similares ao do 
homem moderno
Posição semiereta e 
bípede
Cérebro 600 e 700 cm³
 Do Latim= australis = Sul; do grego, pithecus = macaco
 Espécies de escassa capacidade craniana e reduzida
aptidão no uso de instrumentos
 Viveu durante o Pleistoceno inferior da África do Sul
HOMO ERECTUS
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 Do Latim= Homem em pé
 Surgiu no Paleolítico
 Homo erectus, encontrado em diversas zonas da Ásia e na
África
Pleistoceno Médio
Dentes maiores 
Bípede e ereto
Cérebro 900 e 1200 cm³
Ausência de queixo
HOMO NEANDERTHALENSIS 
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 Viveu cerca de dez mil anos
 Foram encontrados numerosos restos
na Europa, Ásia e norte da África
Pleistoceno Superior
Baixos (1,63)
Estrutura robusta
Testa curvada para trás
Produzia utensílios de pedra
HOMO SAPIENS
Fig. 30. Homo sapiens. Fonte:
cultura.culturamix.com
 Ocupou Europa, Ásia e África
Pleistoceno Superior
Altos (1,83)
Caixa craniana (1500 cm³)
Postura ereta e bípede
Produzia utensílios de ferro
 Do Latim = Homem sábio
QUATERNÁRIO: EVOLUÇÃO CRANIANA
Fig. 31. Evolução do homem. Fonte: rap.genius.com Fig. 32. Evolução craniana. Fonte:
historiadaterra.no.sapo.pt
Características anatômicas foram modificadas 
no decorrer do aumento do encéfalo
Holoceno - termo de significado geológicoum tanto impreciso, já que
representa o período após a última glaciação. Como essa glaciação foi
progressiva, o limite é variável, mas geralmente é aceito o limite de 10.000 anos.
A fauna e a flora são praticamente as mesmas dos dias de hoje, com
excessão de algumas formas de vida que se extinguiram devido à ação do
próprio homem.
Os estratos do Holoceno são representados pelos ambientes de deposição
atuais e incluem os sedimentos que estão se depositando atualmente e as
rochas ígneas que estão sendo geradas nas cordilheiras meso-oceânicas e
nas erupções vulcânicas.
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ATÉ A PRÓXIMA AULA!

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