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Microbiana – 23.09.16 – aula 4 Feohifomicoses Micose superficial causada por fungos saprófitas (necessita de matéria orgânica) via contaminação de feridas É uma micose por um fungo de pigmentação escura, pigmentos gerados por fungos saprófitas, fungos que crescem em roupas guardadas, em pães, ou seja, são fungos normais, logo a micose ocorre em pacientes imunossuprimidos (oportunista), são miceliais e crescem agredindo (granulomatoso), eles precisam de uma porta de entrada, um processo de imunossupressão, normalmente requerem retiradas cirúrgicas. As lesões vão aparecer em extremidades: focinho, pata, ponta de cauda, testículos. Hialohifomicose significa lesões por fungos de coloração clara Fungos envolvidos Bipolares sp Alternaria sp Curvularia sp Cladosporium sp Exophiala sp Lesão nos animais Lesão no homem Achados clínicos Lesões solitárias em focinho, patas e região ventral Nódulos subcutâneos de crescimento lento Raramente há lesões disseminadas Diagnóstico Citologia (esfregaço direto ou aspirado) Lesões granulomatosas ou piogranulomas escuras (normalmente negras) Presença de hifas pigmentadas Presença ou não de clamidoconídeos Cutura Ágar sabouraud a 25°c – clamidoconídeo faz sua forma vegetativa Tratamento Excisão cirúrgica Não responde ao antifúngico. Medicação não chega na lesão, mesmo medicação tópica Resumo para diagnóstico: animal imunossuprimido com lesões enegrecidas e solitárias em extremidades, e observarmos a presença de clamidoconídeos no histopatológico fechamos o diagnóstico. Ao encontrar hifas pigmentadas já é um bom indicativo, porém pode ser por contaminação e mascarar o diagnóstico, logo devemos ter a presença de clamidoconídeos Como todo bom fungo ele tem uma parede que desencadeia um processo inflamatório eosinofílico que induz ao prurido. Temos que descrever bem a lesão ao mandar o material para o laboratório, na maioria das vezes a falta de diagnóstico se dá por falha na descrição da lesão. (Lesões escurecidas) Aspergilose Micose localizada ou sistêmica causa por fungos saprófitas Bioagente: Aspergillus sp Raça predisponente: Pastor Alemão Parte nasal com diminuição de resposta de IgA, facilitando entrada do fungo Portas de entrada Nasal Faz traqueobronquite – esse caso fazemos ou escovação ou biópsia, sendo essa última a melhor opção Oral Ocular Pele Osso (fratura) Alteração SNC Amostras Rinoscopia Broncoscopia Urina Biópsia de órgãos Diagnóstico Citologia Cultura Tratamento Itraconazol 5 mg/kg PO 12h Cetoconazol 5-10 mg/kg PO 12h Tiabendazol 10-20mg/kg PO 12h Malasseziose Bioagente: Malassezia sp Espécies: Malassezia pachydermatis (mais comum) – cresce em meio sabouraud Levedura não micelial, lipofílica (adora gordura) Comensal na pele, conduto auditivo, sacos anais, reto e vagina de cães e gatos A coleta influencia muito no diagnóstico. Como é presente na microbiana normal qualquer estímulo que eu de ela aumenta muito, só que a coleta é imprescindível. Quando falo de conduto devo introduzir o swab e fazer um movimento rotatório, e ao passar na lâmina deve ser rodando o swab (movimento giratório na lâmina). Devo olhar de 15 a 20 campos e fazer a média, se esta tiver 6 por exemplo vou avaliar a presença ou não de células inflamatórias, avaliar se esse paciente tem doenças de base. Algumas raças de orelhas caídas são mais pré dispostas Como ter certeza de que estou fazendo uma boa avaliação numérica de Malassezia? O animal que tem Malassezia tem muita gordura na pele, temos 3 diferentes técnicas de coleta, um dos métodos é o raspado, com um bisturi ao contrário (não a parte cortante) vamos tirar uma “raspa" pegamos esse material e espalhamos na lâmina como se fosse passando manteiga, o inconveniente desta técnica é que quando vamos espalhar podemos espalhar demais ou de menos, é a pior das técnicas, a segunda opção seria fazer o rolamento do swab, porém com a gordura o swab escorrega, a terceira e a mais fidedigna é a técnica da fita adesiva, devemos pegar a fita e encostar na pele, mesmo que tenha pêlo a fita pega, tiramos a fita e colocamos na lâmina, e coramos. Devo avaliar que tipo de células encontro na citologia, nucleadas ainda está superficial, anucleadas já está cronificando Estado clínico: encontramos mais inter labial, ouvido, queixo, pescoço, pregas inter genitais. Quando há processo inflamatório fúngico temos edema da pele e esta enruga, então a primeira coisa que o paciente apresenta é uma pele espessada, o animal vem com um aspecto envelhecido, o animal fica quente, fica com cheiro de manteiga rançosa (cheiro forte), pele oleosa. Animal deita e fica a marca dele no chão Causas predisponentes Alterações no microclima cutâneo Excessiva produção de sebo ou cerume Acúmulo de umidade Rompimento da barreira epidérmica Alergia e infecções bacterianas Glicocorticoides e antibióticos por longos períodos Alterações nas defesas do hospedeiro Achados clínicos Dermatite generalizada (eritrodermia esfoliativa) – eritrematosos, oleosos, com caspas e crostosos. Odor desagradável (rançoso e seborreico) Dermatite regional – orelhas, lábios, focinho, espaço interdigital, pescoço ventral, face média das coxas, axilas, região perianal Diagnóstico Citologia Cultura (levedura não micelial, nasce e morre na forma de levedura) Otite externa Inflamação do meato auditivo externo caracterizada por Eritema Aumento das secreções e descamações do epitélio Vários graus de dor e prurido Extensão para ouvido interno/surdez Causas primárias (provocam diretamente inflamação do ouvido) Ácaros Alergia alimentar Endocrinopatias Fatores predisponentes Umidade excessiva Pelos no conduto auditivo externo Efeitos de terapias inadequadas Fatores perpetuantes Bactérias e leveduras – Inicialmente por cocos Gram + e posteriormente por bacilos Gram - Tipos de pavilhão Cocker tem conduto estreito Pastor alemão com conduto voltado para o céu Citologia Tratamento Antibioticoterapia – Faço cultura caso o animal não apresente melhora
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