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8- Toxoplasmose

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TOXOPLASMOSE
RENATA RAMOS
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Toxoplasma gondii
Ordem: Eucoccidiida (divisão por merogonia, vertebrados e invertebrados)
 
Família: Sarcocystidae (parasitos obrigatórios facultativamente heteroxenos com ciclo de multiplicação por esquizogonia ou por endodiogenia formando elementos intracelulares)
 
Gênero – Toxoplasma (parasitos intracelulares obrigatórios de gatos e outros vertebrados incluindo o homem) 
 
 Doença clínica menos freqüente;
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Toxoplasma gondii
 Formas graves em recém-nascidos (encefalite, icterícia, urticária, coriorretinite, microcefalia);
 
 Quadros graves em pacientes imunossuprimidos;
 Gatos e felídeos X Homem e outros animais;
 Década de 60.
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BIOLOGIA
 
MORFOLOGIA
 Taquizoítos – encontrada na fase aguda. Móvel, de multiplicação rápida. Vacúolo citoplasmático nas células de líquidos orgânicos, excreções, células hepáticas. Suco gástrico;
 Bradizoítos – encontrada em tecidos. Fase crônica. Vacúolo parasitóforo com membrana formando uma cápsula do cisto. Multiplicação lenta. Resistência ao suco gástrico;
 Oocistos – forma de resistência. Intestinos de felídeos jovens. 
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BIOLOGIA E TRANSMISSÃO
 Ciclo heteroxênico apresentando uma fase assexuada e outra coccidiana;
 
	Assexuada – linfonodos e tecidos de vários hospedeiros;						 
	Coccidiana – epitélio intestinal de gatos jovens não imunes. 
 
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TRANSMISSÃO
 Ingestão de oocistos disseminados mecanicamente por insetos ou minhocas;
 Ingestão de cistos encontrados em carnes cruas ou mal cozidas (porco e carneiro);
 Congênita ou transplacentária;
 Ingestão de taquizoítos em leite contaminado, deposição de taquizoítos na mucosa vaginal juntamente com o esperma, acidentes de laboratório.
 
 
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CICLO BIOLÓGICO
O gato funciona como hospedeiro completo por abrigar as fases assexuada e cocciidiana do ciclo biológico;
Oocisto infectante contém dois esporocistos e 8 esporozoítos; 
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PATOGENIA
Relacionada com a cepa do parasito, resistência do indivíduo e modo de infecção
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FORMAS CLÍNICAS
Primeiro trimestre – aborto (freqüência 10 X maior em mães positivas);
Segundo trimestre - aborto ou nascimento prematuro (criança sadia ou com anomalias);
Terceiro trimestre – criança normal ou danos observados dias, semanas ou meses após o parto (comprometimento ganglionar, edema, lesões oculares – foco de roseta, hepatoesplenomegalia;
Tétrade de Sabin: Coriorretinite (90%), calcificações cerebrais (69%), retardamento psicomotor (60%), alterações do volume craniano (50%).
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FORMAS CLÍNICAS
		
Toxoplasmose Congênita ou Pré-natal
 
 Fase aguda ou em processo de 
 reagudização;
	Conseqüências - grau de exposição, da virulência da cepa, período da gestação;
	Abortamento, partos precoces ou a termo de crianças sadias ou com anomalias (40 a 50% de óbito);
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FORMAS CLÍNICAS
		
Toxoplasmose Pós-natal – casos benignos até morte
 
Ganglionar ou Febril Aguda – mais freqüente.
Ocular – retinocoroidite. Infecção aguda com presença de taquizoítos ou crônica com cistos contendo bradizoítos.
Indivíduo masculino com 53 anos 
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FORMAS CLÍNICAS
Cutânea ou Exantemática – lesões generalizadas na pele. Casos de evolução rápida e fatal.
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FORMAS CLÍNICAS
Generalizada – mais rara. Evolução mortal em indivíduos com imunidade normal. Comprometimento do miocárdio, pulmonar, ocular e digestivo em imunossuprimidos.
Cerebroespinhal ou meningoencefálica – baixa freqüência em imunocompetentes, porém com freqüência aumentada em indivíduos com infecção latente (lesões focais múltiplas, cefaléia, febre, convulsões, letargia, delírio, coma e morte. 
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DIAGNÓSTICO
		
Clínico
	
	Difícil, pois os casos agudos podem levar à morte ou evoluir para a forma crônica. A forma crônica sintomática pode assemelhar-se a outras doenças, como a mononucleose.
Laboratorial
 
	Demonstração do Parasito
	- Exsudato, sangue, liquor, leite, saliva taquizoíto após centrifugação e corados com Giemsa;
	- Biópsia de cortes histológicos corados por H-E.
	
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DIAGNÓSTICO
		
Diagnóstico Sorológico
	- Reação de Sabin Feldman – excelente método, mas em desuso;
	- IFI – sensível e seguro (aguda - IgM e crônica - IgG) – falso-positivo em transfusão com sangue contaminado;
	- Hemaglutinação Indireta – bastante sensível e simples. Inadequado no diagnóstico precoce e não detecta toxoplasmose congênita. Levantamentos epidemiológicos;
	- ELISA – maior sensibilidade. Falso-positivos.
	- Imunoblot – ideal no diagnóstico de reativação da doença. Não usado na rotina.
 
Toxoplasmose Congênita pesquisa de IgM e IgG (casos especiais);
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DIAGNÓSTICO
		
Toxoplasmose no adulto - Testes a cada três semanas. Ascensão constante indicará doença. Gestantes. Elevação 4 X maior indicará toxoplasmose ativa. 
 
Toxoplasmose Ocular - dados clínicos, exame de fundo de olho, paracentese (pesquisa de anticorpos associados com sorologia).
 
Toxoplasmose em Indivíduos Imunodeficientes - Anti-IgG no início da evolução da doença (baixos títulos). Tomografia computadorizada, biópsia do cérebro (casos duvidosos).
 
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EPIDEMIOLOGIA
		
Ingestão de carnes cruas e disseminação por insetos interferindo na distribuição da doença;
 
 Encontrada em quase todos os países;
 
 Praticamente todos os mamíferos e aves são suscetíveis;
 
Gatos com importância fundamental por produzir milhares de oocistos;
 
 Moscas e baratas podem veicular oocistos nas patas; 
Oocistos maduros podem permanecer infectantes no solo úmido e sombreado de 12 a 18 meses.
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PROFILAXIA
Atenção médico- veterinária a animais domésticos e de criação (uso de ração ou enlatados);  
 Controlar a população de gatos vadios; 
Proteger caixas de areia para evitar que os gatos defequem nesse local; 
Remoção cuidadosa de fezes de gatos, com o uso de luvas e desinfecção de locais em que foram depositadas; 
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PROFILAXIA
Não consumir carnes cruas ou mal - cozidas, (deve ser submetida a um tratamento térmico de no mínimo 60°C por 20 minutos, garantindo que o calor penetre igualmente por todo o alimento); 
 Higienização específica de frutas, verduras e legumes;
Lavar as mãos após contato com o solo; 
Lavar as mãos após o manuseio de carnes cruas;
Exame pré-natal e acompanhamento de todas as gestantes com ou sem infarto ganglionar ou com história de aborto.
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TRATAMENTO
 
	Sem tratamento eficaz na fase crônica (ativa contra formas proliferativas).
	Tratamento apenas dos casos agudos, da toxoplasmose ocular e de indivíduos imunodeficientes.
 
Associação de Pirimetamina + Sulfadiazina 
 
Toxoplasmose Ocular – Antiinflamatório (Meticortem) + Antiparasitários

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