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Cemiterio protestante

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FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
INTEGRATIO, v. 1, n. 1, jan. - jun. 2015, p. 5-17. 
5 
BRASIL IMPERIAL CATÓLICO E O SURGIMENTO DOS 
CEMITÉRIOS PROTESTANTES 
 
Alexander Fajardo* 
 
Resumo 
O artigo procura traçar um histórico da formação dos cemitérios protestantes no 
Brasil, juntamente com um estudo de caso sobre alguns cemitérios protestantes ao 
qual o autor teve oportunidade de visitar. São eles, Cemitério dos Ingleses na cidade 
de Recife, e os cemitérios paulistanos do Redentor e dos Protestantes. 
Visualizaremos a forma com que foram implantados no Brasil pré-império a partir 
do Tratado de Comércio e Navegação de 1810, época em que a família real 
portuguesa chegava na Colônia e tinha a Inglaterra como a principal parceira 
econômica. As principais cidades da época, predominantemente as litorâneas, 
foram instalados os primeiros cemitérios protestantes. Após a independência do 
Brasil em 1822 e com a instauração do catolicismo como sendo a religião oficial do 
país, os protestantes tiveram dificuldades ao enterrar os seus mortos. Entrave este 
que perdurou até o fim do reinado, sendo resolvido com a instauração da República 
no Brasil quando os cemitérios passaram a ser administrados pelos municípios. 
Procuraremos perceber alguns momentos deste período e o processo de 
manutenção e artístico desses cemitérios. 
 
Palavras-chave: Protestantismo, Brasil, Império, cemitérios, ingleses, religião. 
 
 
Abstract: 
This article tries to build up a chart about the formation of protestant cemeteries in 
Brazil, using a case study about some protestant cemeteries visited by the author of 
this article. He visited the English Cemetery in Recife city and two cemeteries in São 
Paulo city, they are: Protestant Cemetery and Redeemer Cemetery. We are going to 
see their formation in the context of pre-Empire Brazil since Navigation and 
Commercial Treat in 1810. In this time the real Family arrived here and they had 
England as the main economical partner. In that time the first ones cemeteries were 
formed in the main cities in Brazil, especially the littoral ones. After the Brazilian 
Independence in 1822 the official religion was Catholic, for that reason the 
protestants had many difficulties to bury their corpses. It happened until the end of 
the Empire. The solution to this problem came with the Brazilian Republic 
establishment when the cemeteries started to be organized by their own cities. In 
this article we are realizing these situations in this context and the artistic and 
maintenance processes of the cemeteries. 
 
Keywords: Protestantism; Brazil; Empire; Cemeteries; English People; Religion. 
 
 
 
* Mestre em Ciências da Religião pela UMESP (2011). Professor da Faculdade Nazarena do 
Brasil. Lattes: http://lattes.cnpq.br/8570336484269313. E-mail: alexander_fajard@hotmail.com. 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
INTEGRATIO, v. 1, n. 1, jan. - jun. 2015, p. 5-17. 
6 
INTRODUÇÃO 
 
Este artigo traça um histórico da formação dos cemitérios protestantes no 
Brasil, e um estudo de caso sobre alguns cemitérios protestantes ao qual este autor 
teve oportunidade de visitar1. São eles, Cemitério dos Ingleses na cidade de Recife, e 
os cemitérios paulistanos do Redentor e dos Protestantes. 
O avanço dos estudos acadêmicos sobre cemitérios em geral são recentes. 
Exemplo disto é que em 2004 realizou-se na Universidade de São Paulo o I Encontro 
Brasileiro sobre Cemitérios, organizado pelo Departamento de Geografia desta 
Universidade. 
O termo cemitério vem do grego koumeterion, que indica o local onde se 
dormia. A apropriação do termo pelos primeiros cristãos que usaram o derivado 
para o latim coemiterium, local onde dormiam seus mortos esperando a 
ressurreição. Com a instituição organizada da Igreja cristã, os mortos, 
principalmente os de classe social elevada eram enterrados dentro do templo ou ao 
seu redor, por questões políticas a prática foi encerrada, isto acaba dando espaço 
para a criação dos cemitérios intramuros no formato que conhecemos hoje, os 
cemitérios passam a ter uma conotação com o sagrado, e são administrados pela 
Igreja Católica. (Rezende, 2007) 
Entretanto, sobre a questão de não mais enterrar os mortos dentro dos 
templos e os cemitérios serem considerados espaços sagrados, este processo não foi 
de imediata e tranqüila transição, pois segundo Coe, (2007) em pesquisa realizada 
no estado do Maranhão, na capital São Luiz, através de medidas de saúde pública 
aplicada na cidade a partir de 18282, tinha um dos principais intuitos a finalização 
da prática de sepultamento dentro das igrejas que difusão de doenças e surtos 
epidêmicos, entretanto a população religiosa não viu com bons olhos a idéia de que 
a mudança era uma questão de higiene pública. 
Para uma população acostumada por mais de três séculos com a 
prática de sepultamentos nas igrejas, os enterramentos extramuros 
dos templos foi visto, ao longo principalmente da primeira metade do 
século XIX, como “anti-religioso”, revelando certo desprezo para com 
os finados. (2007, p.10) 
Entretanto a tradição protestante no sepultar dos mortos é conflitante com a 
 
1 A pesquisa na cidade do Recife aconteceu por meio de um intercâmbio acadêmico no período 
de pesquisas do mestrado em 2010 na Universidade Católica do Recife por meio da CAPES em seu 
programa Nacional de Cooperação Acadêmica – PROCAD. 
2 Esta medida aconteceu a principio em todas as capitais e principais cidades brasileiras, pois 
nesta data D. Pedro I assinou uma lei imperial que proibia o sepultamento no interior de igrejas e ao 
seu redor, impondo as cidades o único costume de enterrar seus mortos em cemitérios. 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
INTEGRATIO, v. 1, n. 1, jan. - jun. 2015, p. 5-17. 
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Igreja Católica, como observa Carvalho (2009, p.38), já em 1536 quando o 
protestantismo toma conta da cidade de Genebra na Suíça, um dos primeiros atos 
foi fechar capelas e igrejas onde eram realizados sepultamentos, na Alemanha na 
época da reforma, diversos cemitérios foram construídos, neste sentido, luteranos 
ou calvinistas são unânimes de que era inviável realizar sepultamento dentro dos 
templos. 
Os cemitérios também são considerados patrimônio cultural, pois carregam 
em seus espaços valores que estão ligados aos bens materiais, seus aspectos são de 
caráter ambiental/urbano, artístico e histórico. (Carrasco, 2009). O ponto artístico 
será também um dos objetos de analise mais adiante neste trabalho. 
 
1. Breve levantamento bibliográfico 
Como já nos referimos, as pesquisas nesta área tem sido de maior 
intensidade na última década, principalmente no que se refere a pesquisas de 
cunho acadêmico. Historiadores, geógrafos, urbanistas e arquitetos são em sua 
maioria os que têm se debruçado sobre o tema. 
Para nossas pesquisas sobre cemitérios protestantes, um dos primeiros livros 
escritos sobre o assunto data de 1972, obra do historiador José Antônio Gonsalves 
de Mello, que organizou o curso de pós-graduação em História da UFPE na década 
de 70, escreveu sobre a História do Cemitério Britânico do Recife e da participação de 
ingleses e outros estrangeiros na vida e na cultura de Pernambuco no período de 
1813 a 1909. No livro Mello apresenta detalhes da formação do cemitério e 
estatísticas de avanço dos sepultamentos e nome dos familiares e personalidades 
em meados do século XIX. 
Por sua vez, Camargo (2007), pesquisou a colônia alemã em Santos a partir 
dos primeiros anos de independência do país onde em um dos capítulosse dedica 
ao cemitério protestante, conhecido como o cemitério dos alemães. 
O geógrafo Rezende (2007), fundador da Associação Brasileira de Estudos 
Cemiteriais (ABEC), e um dos organizadores do I Congresso do Brasil sobre 
Cemitérios na USP, publicou suas pesquisas sobre cemitérios em geral, incluindo 
referências aos cemitérios protestantes no Brasil. 
Nesta linha de pesquisa, Coe (2008) estudou o fim dos sepultamentos nas 
igrejas a transição e a construção de novos cemitérios, pois o desenvolvimento 
médico e a reestruturação de municípios no império não permitiam mais o 
sepultamento em igrejas. 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
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A preservação dos artefatos ornamentais integrados a arquitetura foi 
pesquisado através de um estudo de caso por Carrasco (2009) no cemitério 
protestante em Joinville, conhecido como cemitério dos imigrantes. 
O cemitério Evangélico de Porto Alegre foi palco de pesquisa de Carvalho 
(2009), onde analisou a influência da cultura greco-romana na representação 
escultural das pranteadoras e o material usado na arte funerária do Evangélico. 
Todos os trabalhos listam um percurso dos cemitérios evangélicos 
pesquisados, sua origem, histórico e atual estado, com isso podemos identificar 
alguns pontos em comuns destes locais sagrados para a cultura protestante 
nacional. 
 
2. Tratado de comércio e navegação de 1810 
A implantação dos cemitérios protestantes no Brasil se deu a partir da 
segunda década do século XIX. Este processo ocorre com a vinda da família real 
para o Brasil em 1808, com o reino de Portugal ocupado pelos franceses, ocorre a 
chamada abertura dos portos para as nações amigas, sendo que a Inglaterra foi a 
maior beneficiada, com isto é firmado um acordo em 1810 chamado de Tratado de 
Comércio e Navegação. Os Ingleses estavam atuando em ramos de fundição, 
estradas de ferro, entre outros trabalhos, com isto o artigo 12 do Tratado versava 
acerca dos direitos religiosos dos ingleses que eram protestantes. 
Permitir-se-á também enterrar os Vassalos de Sua Majestade 
Britânica, que morrerem nos Territórios de Sua Alteza Real O 
Príncipe Regente de Portugal, em convenientes lugares, que serão 
designados para este fim. Nem se perturbarão de modo algum, nem 
por qualquer motivo, os Funerais, ou as Sepulturas dos Mortos. Do 
mesmo modo os Vassalos de Portugal gozarão nos Domínios de Sua 
Majestade Britânica de uma perfeita e ilimitada liberdade de 
Consciência em todas as matérias de Religião, conforme ao Sistema 
de Tolerância que se acha neles estabelecidos. Eles poderão 
livremente praticar os Exercícios de Sua Religião, ou particularmente 
nas Suas próprias casas de habitação, ou nas Capelas e lugares de 
Culto designados para este objeto, sem que se lhes ponha o menor 
obstáculo, embaraço, ou dificuldade alguma, tanto agora,como para 
futuro. (Tratado de 1810 in: AGUIAR, 1960: p. 141-142) 
O Tratado dispõe de liberdade para os ingleses realizarem seus cultos nas 
casas e terem um espaço destinado a sepultar seus mortos, entretanto a iniciativa 
da criação de cemitérios ocorreu pela demanda e por situações delicadas ao 
império, como foi o caso dos cemitérios de Ipanema e Recife, como veremos adiante. 
 
3. Primeiros cemitérios protestantes 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
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 O primeiro cemitério protestante que se tem notícia no Brasil esta no Rio de 
Janeiro, conhecido como Cemitério dos Ingleses uma chácara foi separada pelo 
Príncipe Regente e incorporado aos bens da Coroa para ter o destino de se enterrar 
os estrangeiros ingleses que não professavam a fé Católica. Em seu livro de 
registros encontra-se o primeiro sepultamento em cinco de janeiro de 1811. (Costa, 
2008) 
Neste mesmo ano em fevereiro, ocorre um incidente na primeira indústria 
siderúrgica do país a Real Fábrica de Ferro de São João do Ipanema, localizada nos 
arredores de Sorocaba. Seus trabalhadores eram em sua maioria suecos, ligados a 
Igreja Luterana. Um dos funcionários falece e é enterrado no único cemitério da 
cidade, e a Igreja Católica cedeu o caixão como era costume, entretanto espalhou-se 
pela cidade que o estrangeiro não era católico e sim protestante, boatos de que ele 
tinha se suicidado também circularam, o resultado foi que o defunto foi 
desenterrado e seu caixão foi cobrado. (Boy, 2007, Costa, 2008.) Com isso os 
ânimos se acirram entre a população majoritariamente católica e os funcionários 
protestantes suecos. O diretor da fábrica escreve em junho a D. João VI relatando o 
incidente, em 28 de agosto a resposta vem por meio de uma Carta Régia com o 
título: Sobre a Fábrica de ferro de Sorocaba da Capitania de S. Paulo destinada ao 
Marquez de Alegrete, Governador e Capitão General da Capitania de S. Paulo, em 
que autoriza a construção do cemitério para os protestantes, que reproduzimos com 
a ortografia da época: 
havendo subido á minha real presença algumas informações que 
havendo morrido em Sorocaba um dos mineiros Suecos, o Director e os 
outros Suecos, tieram um susto mal fundado que os prejuízos 
populares dos habitantes os consideravam com horror visto serem 
herejes, ordeno-vos que tenhais particular cuidado em persuadir tanto 
ao Director como aos mais Suecos, que respeitando elles como devem a 
nossa santa religião, e praticas da mesma, podem estar seguros que 
ninguem os hade inquietar nas sua praticas rligiosas, que fizerem 
particularmente em suas casas, e que não só hei de manter tudo a que 
a tal respeito lhes mandei prometter pelo contracto que com elles se 
celebrou, a que estou obrigado pelos tratados que ultimamente celebrei 
com a Gram Bretanha, mas que conheço muito os meus reaes intresses 
e de minha coroa, para que deixe de fazer observar fiel e 
religiosamente tudo o que sabiamente tenho ordenado a semelhante 
respeito, e que a vós muito vos encarrego de novo por esta minha carta 
régia de cuidares e vigiares na fiel observancia de tão essenciaes 
objectos tendo sempre vossos olhos abertos para evitares qualquer 
mau effeito, que possa resultar dos prejuizos de povos, que mais por 
ignorancia do que por fins sinsitros podem em tal materia fazer-se a si 
e a o Estado um grande mal, levados de um mal entendido zelo 
religioso, e contrario aos principios da nossa santa religião. Tambem 
vos encarrego o cuidares em que ahi se estabeleça e cosnerve emboa 
ordem um terreno que sirva de cemiterio aos Inglezes e Sueccos, e em 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
INTEGRATIO, v. 1, n. 1, jan. - jun. 2015, p. 5-17. 
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geral aos que não forem membros da nossa santa religião, permittindo-
lhes tambem que nas suas casas particulares e sem fórma de Igreja 
possam reunir-se para o culto particular que dirigem ao Ente 
Suppremo, e no qual vigiareis não possam jámais ser inquietados pelos 
habitantes do paiz, o que muito vos hei por recommendado. (Coleção 
de Leis do Império do Brasil - 1811 , Página 95 Vol. 1 – Publicação e 
grafia original)3 
Com isto acontece a fundação do primeiro cemitério luterano do Brasil e o 
segundo chamado protestante. Diversos outros cemitérios se seguiram, os 
primeiros principalmente em capitais litorâneas São Luiz (1817), Recife (1819), 
Santos (1846), Joinville (1851), Porto Alegre (1856), São Paulo (1858). Em sua 
maioria, os cemitérios protestantes têm sua arquitetura simples, despida de 
grandes obras suntuosas, enriquecida pela ornamentação vegetal que circula seus 
túmulos. (Carrasco, 2009, p.33). 
Caso curioso acontece na cidade de São Paulo em 1841, ainda nafalta de um 
cemitério protestante, o professor Julius Frank, de origem alemã, era docente de 
História, Filosofia e Geografia no Curso anexo da Academia do largo de São 
Francisco, hoje conhecida como Faculdade de Direito da Universidade de São 
Paulo. Por uma forte gripe, o professor veio a falecer. Como era protestante, seu 
corpo não poderia ser sepultado no cemitério católico da cidade. Uma iniciativa dos 
alunos, o sepultaram em um dos pátios do colégio. Até hoje pode ser visitado seu 
mausoléu, que fica justamente em frente à sala que Frank ministrava suas aulas, 
segundo nos informa Campos Neto (2003) 
 
4. Igreja Católica o Estado e questões jurídicas 
Nesta primeira metade do século XIX a presença dos protestantes em terra 
brasileira ainda era restrita aos imigrantes que vinham a trabalho enviado por 
países da Europa, as missões protestantes ainda não havia estabelecido raízes e 
não dava seus frutos brasileiros. Entretanto, mesmo após a chegada de 
missionários enviados pelas igrejas norte-americanas e europeias, os protestantes 
ainda tiveram problemas acerca das leis que vigoravam no país, não somente sobre 
sepultamento, como batismo de crianças e casamentos, isto ocorria principalmente 
pelo fato de a Igreja Católica ser a religião oficial do estado, como bem observou 
Mendonça. 
Numa sociedade tradicional em que a Igreja Católica controlava 
 
3 Disponível original e na íntegra em PDF no site da Câmara dos Deputados 
http://www.camara.gov.br/Internet/InfDoc/conteudo/Colecoes/Legislacao/Legimp-
B3_26.pdf#page=4 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
INTEGRATIO, v. 1, n. 1, jan. - jun. 2015, p. 5-17. 
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todos os atos da vida – pelo menos os mais cruciais como casar, 
nascer e morrer -, a presença de protestantes, em número razoável 
nas décadas de 1860 e 1870, veio causar grande transtorno e 
provocar polêmicas agudas em que os liberais, e até mesmo 
conservadores, estes ao menos por razões humanitárias, tomaram a 
defesa dos protestantes. A resistência católica ao reconhecimento do 
casamento protestante, do batismo de seus filhos e do sepultamento 
de seus mortos em cemitérios controlados pela Igreja – aliás, os 
únicos – criou soluções jurídicas e circunstanciais constrangedoras 
para os governantes. Impossível não reconhecer o casamento 
protestante. Os pastores acabaram sendo autorizados a fazê-los e a 
efetuar os batismos, o que significava o registro civil das pessoas. A 
secularização dos cemitérios demorou, obrigando os protestantes a 
construírem os seus próprios. (1990:77) 
O sepultamento dos protestantes nesta época acaba sendo protagonista de 
alguns entraves entre o estado e a Igreja Católica que apesar de não se dona dos 
cemitérios públicos detinha sua total administração, em 1869 ainda se havia 
entraves neste sentido, como relatou Vieira (1980, p. 270), de que um construtor da 
estrada de ferro do Rio de Janeiro chamado David Sampson se suicidará em 29 de 
outubro de 1869. O padre local de Sapucaia não autorizou o sepultamento do 
trabalhador, pois além de ter se suicidado, era protestante. O diretor da estrada 
apelou para o Estado, pois a obra era feita pelos protestantes e devia continuar, o 
Conselho de Estado estipulou que os cemitérios teriam que ser franqueados a 
pessoas de qualquer confissão religiosa, questionando o conceito de caridade e 
tolerância civil e religiosa da Igreja Católica. Esta demanda resultou no ano 
seguinte uma resolução assinada pelo Ministro do Império de que a negação de 
sepultamento constituía em perseguição, injúria e aflição à família do falecido. 
Porém, apesar da resolução, em muitos cemitérios pelo Brasil ainda era negada a 
sepultura de não católicos. 
Somente a partir da República com a instituição de um Brasil laico, Igreja e 
Estado tornam-se instituições autônomas. Funções até então realizadas pela Igreja 
passam a ser atribuídas ao Estado. Através de sua primeira Constituição, a 
República reconhece como válido apenas o casamento civil e os cemitérios passam 
obrigatoriamente à administração municipal. 
 
5. Cemitério dos Ingleses em Recife 
Recife sendo uma cidade portuária e uma das mais movimentadas províncias 
da colônia recebia diversos trabalhadores ingleses que se beneficiando do Tratado 
de Comércio e Navegação de 1810, que vinham à cidade para ampliar o comércio e 
indústria. Como expõe Mello (1972, p.12) apenas em novembro de 1813, que com o 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
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intenso movimento de ingleses na cidade, o ministro inglês enviou uma carta ao 
Príncipe Regente D. João informando do inconveniente que estava ocorrendo com a 
morte dos ingleses em Recife, os cadáveres estavam sofrendo a indecência de serem 
sepultados nas praias, juntos com os escravos que não eram batizados. Com isto 
solicita a intervenção para que seja destinado um terreno para o sepultamento 
digno dos vassalos britânicos. Dom João ordena ao Governador e Capital General 
da Capitania de Pernambuco que demarcasse e comprasse um terreno que seria 
entregue aos ingleses para fins de sepultamento. 
Em 1814 ao ter em mãos a propriedade do terreno no bairro de Santo Amaro 
medindo 120 palmos de frente e 200 de fundo, o ministro inglês mandou murar o 
terreno, entretanto o governo havia desapropriado o terreno de uma chácara de um 
proprietário local, que depois quis cobrar o terreno dos ingleses. Todavia o cemitério 
não foi utilizado de imediato, pois se necessitava de que a Igreja Anglicana enviasse 
da Inglaterra para Pernambuco um capelão para reger a vida espiritual dos ingleses 
e também realizar os ofícios fúnebres, tal acontecimento veio ocorrer apenas em 
1819. As anotações do capelão sobre batismos casamentos e atos fúnebres vieram a 
ser registrado a partir de 1821, sendo que o primeiro sepultamento registrado foi de 
uma criança em dois de junho de 1822. 
A tabela abaixo nos mostra o movimento dos registros através dos anos. 
Ano Enterros Ano Enterros Ano Enterros 
1822 5 1831 5 1841 13 
1823 2 1832 11 1842 25 
1824 4 1833 5 1843 14 
1825 12 1834 7 1844 16 
1826 3 1835 10 1845 10 
1827 8 1836 15 1846 11 
1828 5 1837 16 1847 07 
1829 10 1838 9 1848 12 
1830 7 1839 11 1849 17 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
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13 
 1840 16 1850 65 
 
Podemos notar pela tabela que a média de sepultamento por ano era em 
torno de uma dezena, entretanto no ano de 1850 ocorre um salto vertiginoso no 
número de pessoas sepultadas, isso se deve pela terrível epidemia que ocorreu em 
Recife neste ano. Com isso o cemitério teve sua primeira ampliação após 
negociações e intermediações com o estado e os proprietários de terras. 
Neste Cemitério dos Ingleses está sepultado o general José Ignácio de Abreu e 
Lima um dos maiores revolucionários da América Latina. Nascido no Recife, em 
seis de Abril de 1796. Seu pai, José Ignácio Ribeiro de Abreu e Lima, foi um dos 
idealizadores da Revolução Republicana de 1817, o mais importante movimento na 
tentativa de separação de Brasil de Portugal, entretanto foi preso e condenado a 
morte na Bahia. Abreu e Lima, também acusado de ter aderido à revolução foi preso 
na Bahia e condenado a morte. Escapa da prisão e foge para os Estados Unidos, e 
depois para a Venezuela onde integra como voluntário, os exércitos de Simon 
Bolívar. 
Abreu e Lima chegou a alcançar o posto de general nas forças venezuelanas. 
Participou, com Bolívar, das várias batalhas quelevaram à libertação da Colômbia, 
Venezuela, Equador, Peru e Bolívia. Com a morte do libertador Simon Bolívar, 
Abreu e Lima regressou ao Brasil, fixando-se no Recife, onde se dedicou a escrever 
vários livros. O General apesar de católico ficou conhecido por divulgar pelos 
jornais da cidade a ideia de liberdade religiosa para espíritas e protestantes, isto lhe 
causou a inimizade com o clero católico, que respondeu ao general pela imprensa, 
em meio a troca de farpas via jornais, Abreu e Lima adoece e morre. O bispo com 
isso proíbe o sepultamento do general no cemitério católico alegando que ele era 
maçom e defensor dos protestantes. O Cemitério dos Ingleses acolheu o corpo de 
Abreu e Lima, e seus familiares para lembrança do acontecido escreveram em sua 
sepultura: 
Aqui jaz o cidadão brasileiro general José Ignácio de Abreu e Lima, 
propugnador esforçado da liberdade de consciência. Faleceu em 8 de 
março de 1869. Foi-lhe negada sepultura no Cemitério Público pelo 
bispo Francisco Cardoso Ayres. Lembrança de seus parentes. 
Atualmente o Cemitério dos Ingleses em Recife permanece o dia todo fechado, 
seus portões são abertos apenas para visitas de familiares ou visitas agendadas, 
como foi o caso deste autor. Seus muros estão revestidos de cerca elétrica. Toda a 
segurança atual foi devido a invasões noturnas onde foram roubadas lápides de 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
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bronze e utensílios feitos de prata para ornamentação dos túmulos. Em nossa 
visita, podemos notar uma arquitetura simples em sua maiores os túmulos são 
apenas ornamentados com flores. Os que tinham artisticamente uma ornamentação 
escultural traziam apenas as cruzes anglicanas, encontramos em todo o cemitério 
apenas duas esculturas artísticas de anjos. 
6. Cemitério Protestante de São Paulo 
Em 1845 em São Paulo foi criado próximo ao parque da Luz, o Cemitério dos 
Imigrantes, aonde chegou a receber o sepultamento de alguns protestantes, mas o 
cemitério foi logo desativado para alargamento das vias municipais. Uma comissão 
municipal estudava criar um cemitério municipal, e em 1855, o engenheiro Carlos 
Frederico Rath, que administrava o cemitério no bairro da Luz, sugeriu o Alto da 
Consolação como o local mais interessante para a criação do novo cemitério 
municipal. Sendo assim, em 1858 foi inaugurado o Cemitério da Consolação, sendo 
que uma parte do local, com entrada na rua Sergipe foi separada para 
sepultamento dos acatólicos, neste mesmo ano foram realizados os primeiros 
sepultamentos também no Cemitério dos Protestantes. Conforme registrou Flávio 
Magalhães (S/D.p.18) a proposta da comissão foi de que: 
Que o terreno que fica aquém do cemitério se destine para cemitérios 
de indivíduos de religiões diferentes, com 28 braças na frente e no 
fundo, e nos lados com a mesma extensão de fundo do cemitério 
geral, fazendo os interessados os fechos e mais obras necessárias. 
No inicio se juntaram os luteranos, anglicanos e posteriormente 
presbiterianos para a criação de uma associação para administrar o local, com a 
arrecadação das igrejas, foi construído um muro que cercou todo o cemitério para 
que houvesse privacidade para os eternos hóspedes. A grande maioria dos 
sepultamentos neste cemitério foi realizada por luteranos, entretanto para os 
presbiterianos o cemitério guarda os principais fundadores da igreja, sendo que o 
primeiro missionário e fundador do presbiterianismo em solo brasileiro, Ashbell 
Green Simonton esta sepultado nele. 
No início a condição de acesso ao local era difícil, pois não existiam estradas 
boas para o local, isso resultou em uma reclamação na prefeitura em 1962. Nesta 
queixa era relatado o quão difícil era para os protestantes levaram os cadáveres 
para serem enterrados, pois devido ao péssimo estado do caminho, principalmente 
em épocas de chuva. (Magalhães, s/d. p.21) 
Visitamos este local no dia de finados de 2010, o cemitério atualmente realiza 
sepultamento de pessoas de todas as religiões, a arquitetura tumular é feita de 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
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diversos formatos, desde os mais simples até os majestosos. Entretanto a 
ornamentação é em sua maioria realizada com flores e grama, o local é mantido 
sempre limpo por diversos funcionários que trabalham para a Associação que ainda 
hoje é responsável por este local e por mais 4 cemitérios, incluindo o Cemitério do 
Redentor que com o esgotamento das sepultaras em 1919 no Cemitério dos 
Protestantes e a impossibilidade de expansão do mesmo, foi comprado um terreno 
na avenida doutor Arnaldo e com a autorização do município, em 1922 foi 
inaugurado o segundo cemitério destinado aos protestantes em São Paulo, que 
ganhou o nome de Cemitério do Redentor. 
Abaixo uma lista de alguns dos principais nomes do presbiterianismo que 
estão sepultados neste cemitério. 
Ashbell Green Simonton (1833-1867) – missionário fundador da IPB, 
primeiro pastor da I. P. do Rio de Janeiro. William Dreaton Pitt (1828-1870) – 
comerciante inglês, primeiro presbítero da Igreja de São Paulo, ordenado pastor em 
1869. José Manoel da Conceição (1822-1873) – ex-sacerdote, primeiro ministro 
evangélico brasileiro, ordenado em 1865. Eduardo Carlos Pereira (1855-1923) – 
pastor da I. P. de São Paulo, fundador da Igreja Presbiteriana Independente. Vicente 
do Rego Themudo Lessa (1874-1939) – primeiro historiador do presbiterianismo 
brasileiro. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 Desde o Brasil colônia, com a chegada da família real ao país e o catolicismo 
como religião do reinado, a demanda por cemitérios protestantes se formou, devido 
aos primeiros estrangeiros britânicos que vieram trabalhar no país, seja no Rio de 
Janeiro, Recife ou Ipanema, ou estivesse um grande número de estrangeiros de 
confissão protestante, se fazia necessário a autorização de D. João para a criação 
dos cemitérios. 
Esta pratica continuou após a independência do Brasil, agravada pelo 
catolicismo ter sido considerada religião oficial do país, sendo assim novamente os 
protestantes teriam que procurar por seus direitos acerca do sepultamento de seus 
mortos. Com a vinda de missionários protestantes a partir da segunda metade do 
século XIX, a população de protestantes começa a aumentar, juntamente com o 
embate com o estado para as necessidades de regulamentação de batismos, 
casamentos e ofícios fúnebres. Casos de constrangimentos ocorreram neste período, 
 
FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
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como citamos no decorrer do texto, a liberdade religiosa chega apenas com a 
proclamação da República em 1890, onde o estado e a Igreja Católica não mais 
caminhavam de mãos dadas, o país se torna laico, e os protestantes, neste quesito, 
não tiveram maiores problemas quanto ao sepultamento, pois a partir de então 
todos os cemitérios passaram a ser administrados pelos municípios. 
 
REFERÊNCIAS 
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Editora, 1960. 
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de Ferro Integrados à Arquitetura Estudo de Caso: Cemitério do Imigrante, 
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Graduação em Arquitetura e Urbanismo, da Universidade Federal de Santa 
Catarina. 2009 
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do feminino: pranteadoras do cemitério evangélico em Porto Alegre (1890-1930). 
Dissertação de mestrado em Artes Visuais no departamento de Artes da 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 2009. 
COE, Agostinho Júnior Holanda. “Nós, os ossos que aqui estamos, pelos vossos 
esperamos”: a higiene e o fim dos sepultamentos eclesiásticos em São Luís (1828 – 
1855). Fortaleza. Dissertação de mestrado em História Social pela Universidade 
Federal do Ceará, 2008 
COSTA, Heraldo. Licença para morrer: a questão do sepultamento dos ingleses por 
ocasião dos Tratados de 1810. In Anais do XIII Encontro de História Anpuh-Rio: 
Identidades. UFRJ, 2008 
MAGALHÃES, Flavio. Cemitério dos protestantes: repouso de ilustres. São Paulo. 
Associação Cemitério dos Protestantes. S/D 
MELLO, José Antonio Gonsalves de. Ingleses em Pernambuco. História do 
Cemitério Britânico do Recife e da participação de ingleses e outros estrangeiros na 
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FAJARDO, Alexander. Brasil imperial católico e o surgimento dos cemitérios protestantes 
INTEGRATIO, v. 1, n. 1, jan. - jun. 2015, p. 5-17. 
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http://www.luteranos.com.br/articles/13364/1/Primeiro-Cemiterio-Evangelico-
Luterano-no-Brasil-/1.html Publicado em 12/6/2009 – acessado em 08/03/ 2011 
VIEIRA, David Gueiros. O protestantismo, a maçonaria e a questão religiosa no 
Brasil. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1980. 
 
Sites visitados 
http://www.cemiteriosp.com.br/pdf/Professor_eduardo.pdf 
http://www.funerariaonline.com.br/forum/topic.asp?TOPIC_ID=1379 
http://www.luteranos.com.br/articles/13364/1/Primeiro-Cemiterio-Evangelico-
Luterano-no-Brasil-/1.html 
http://www.acempro.com.br/unidade_detalhe.cfm?id=2 
http://www.ipb.org.br/portal/artigos-e-estudos/414-o-cemiterio-dos-protestantes-
de-sao-paulo 
http://www.camara.gov.br/Internet/InfDoc/conteudo/Colecoes/Legislacao/Legimp
-B3_26.pdf#page=4

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