Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal da Bahia - Instituto de Matema´tica - DMAT MAT A07 - A´lgebra Linear A Professora: Simone Moraes 3a PROVA RESOLVIDA 1.a Questa˜o. Seja T : P2(IR) −→ M2(IR) a transformac¸a˜o linear cuja matriz em relac¸a˜o a`s bases canoˆnicas e´ dada por [T ] = 1 4 −7 0 1 −3 1 0 5 6 10 0 . Determine: (a) T ( p(t) ) da transformac¸a˜o linear, com p(t) = a0 + a1t+ a2t 2. (b) O nu´cleo de T . (c) T e´ injetora? T e´ sobrejetora? Justifique! Soluc¸a˜o: Consideremos p(t) = a0+a1t+a2t 2 um polinoˆmio qualquer em P2(IR), sabemos que as coordenadas de p(t) em relac¸a˜o a` base canoˆnica de P2(IR) e´: a0a1 a2 . Portanto, T ( p(t) ) = 1 4 −7 0 1 −3 1 0 5 6 10 0 · a0a1 a2 = a0 + 4a1 − 7a2 a1 − 3a2 a0 + 5a2 6a0 + 10a1 . Este u´ltimo escrito em relac¸a˜o a` base canoˆnica de M2(IR). Portanto, a expressa˜o de T e´ T ( p(t) ) = [ a0 + 4a1 − 7a2 a1 − 3a2 a0 + 5a2 6a0 + 10a1 ] . Sabemos do teorema da dimensa˜o do nu´cleo e da imagem que: 3 = dimP2(IR) = dimD(T ) = dimker(T ) + dim Im(T ). Mas, dim Im(T ) ≤ dimD(T ) = dimP2(IR) = 3, portanto, dim Im(T ) ≤ 3. Consequentemente, Im(T ) 6= M2(IR) e portanto, T na˜o e´ sobrejetora. 1 Observemos que p(t) = a0 + a1t+ a2t 2 ∈ ker(T ) se, e somente se, T(p(t)) = 0M2(IR) ⇐⇒ [ a0 + 4a1 − 7a2 a1 − 3a2 a0 + 5a2 6a0 + 10a1 ] = [ 0 0 0 0 ] ⇐⇒ a0 + 4a1 − 7a2 = 0 a1 − 3a2 = 0 a0 + 5a2 = 0 6a0 + 10a1 = 0 =⇒ { a1 = 3a2 a0 = −5a2 . Como 6a0 + 10a1 = 6(−5a2) + 10(3a2) = 0 e −5a2 + 4(3a2)− 7a2 = 0, segue que: ker(T ) = { p(t) = a0 + a1t+ a2t 2 ∈ P2(IR); a0 = −5a2 e a1 = 3a2 } . Ale´m disso, ker(T ) temos duas varia´veis livres, segue que dim ker(T ) = 2. Finalmente, T na˜o e´ injetora, pois ker(T ) 6= {0P2(IR)}. 2.a Questa˜o. Seja T : P2(IR) −→ IR3 a transformac¸a˜o linear dada por T ( p(t) ) = ( a0 − a1, a1 + 2a2, a2 ) , com p(t) = a0 + a1 t+ a2 t 2. (a) Determine a matriz de T em relac¸a˜o a`s bases canoˆnicas de P2(IR) e de IR3. (b) Mostre que T e´ isomorfismo. (c) Obtenha T−1 : IR3 −→ P2(IR) a transformac¸a˜o linear inversa de T . Soluc¸a˜o: (a) Consideremos B = {1, t, t2} a base canoˆnica de P2(IR) e B′ = { (1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1) } a base canoˆnica de IR3, enta˜o: T (1) = (1, 0, 0) = 1 · (1, 0, 0) + 0 · (0, 1, 0) + 0 · (0, 0, 1) T (t) = (−1, 1, 0) = (−1) · (1, 0, 0) + 1 · (0, 1, 0) + 0 · (0, 0, 1) T (2) = (0, 2, 1) = 0 · (1, 0, 0) + 2 · (0, 1, 0) + 1 · (0, 0, 1) . Portanto, a matriz de T em relac¸a˜o a`s bases canoˆnicas de P2(IR) e de IR3 e´ a matriz: [T ] = 1 −1 00 1 2 0 0 1 . (b) Como det[T ] = 1 6= 0, enta˜o T e´ isomorfismo. (c) Vamos obter T−1 : IR3 −→ P2(IR) atrave´s da inversa da matriz [T ]: 1 −1 0 | 1 0 0 0 1 2 | 0 1 0 L2 −→ L2 − 2L3 0 0 1 | 0 0 1 ∼ 1 −1 0 | 1 0 0 L1 −→ L1 + L2 0 1 0 | 0 1 −2 0 0 1 | 0 0 1 2 ∼ 1 0 0 | 1 1 −2 0 1 0 | 0 1 −2 0 0 1 | 0 0 1 . Portanto, T−1(x, y, z) = 1 1 −20 1 −2 0 0 1 · xy z = x+ y − 2zy − 2z z , com este vetor em coordenadas em relac¸a˜o a` base canoˆnica de P2(IR). Logo, T−1(x, y, z) = (x+ y − 2z) + (y − 2z)t+ zt2. 3.a Questa˜o. Seja T : M2(IR) −→ M2(IR) o operador linear cuja matriz em relac¸a˜o a` base canoˆnica de M2(IR) e´ a seguinte: [T ] = 1 0 0 0 2 7 0 0 1 3 1 0 1 −2 5 11 . (a) Encontre o polinoˆmio caracter´ıstico do operador T . (b) Determine todos os autovalores de T . (c) Encontre o auto-espac¸o associado ao menor dos autovalores de T e a dimensa˜o deste auto-espac¸o. (d) T e´ diagonaliza´vel? Em caso afirmativo apresente uma matriz de T em relac¸a˜o a uma base de M2(IR) tal que esta matriz e´ diagonal. Soluc¸a˜o: (a) O polinoˆmio caracter´ıstico de T e´ dado por: p(λ) = det ( [T ]− λI4) = det 1− λ 0 0 0 2 7− λ 0 0 1 3 1− λ 0 1 −2 5 11− λ = (1− λ) · (7− λ) · (1− λ) · (11− λ) = (1− λ)2 · (7− λ) · (11− λ). (b) p(λ) = 0⇐⇒ (1− λ)2 · (7− λ) · (11− λ) = 0⇐⇒ λ = 1 ou λ = 7 ou λ = 11 Portanto, os autovalores de T sa˜o λ1 = 1, λ2 = 7 e λ3 = 11. (c) Determinemos V1. [ a11 a12 a21 a22 ] ∈ V1 ⇐⇒ 1− 1 0 0 0 2 7− 1 0 0 1 3 1− 1 0 1 −2 5 11− 1 · a11 a12 a21 a22 = 0 0 0 0 3 ⇐⇒ 0 0 0 0 2 6 0 0 1 3 0 0 1 −2 5 10 · a11 a12 a21 a22 = 0 0 0 0 ⇐⇒ 2a11 + 6a12 = 0 a11 + 3a12 = 0 a11 − 2a12 + 5a21 + 10a22 = 0 =⇒ { a11 = −3a12 a21 = a12 − 2a22 Portanto, V1 = {[ a11 a12 a21 a22 ] ∈M2(IR); a11 = −3a12 e a21 = a12 − 2a22 } . Como em V1 temos duas varia´veis livres, segue que dim V1 = 2. (d) Sim, T e´ diagonaliza´vel, pois o polinoˆmio caracter´ıstico de T tem todas as ra´ızes em real e mA(1) = 2 = mG(1), mA(7) = 1 = mG(3) e mA(11) = 1 = mG(2). Uma matriz de T em relac¸a˜o a uma base B′ de M2(IR) constitu´ıda de autovetores de T pode ser: [T ]B′ = 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 7 0 0 0 0 11 . 4
Compartilhar