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Universidade Federal da Bahia - Instituto de Matema´tica - DMAT MAT A07 - A´lgebra Linear A Professora: Simone Moraes Turma: 06 3a PROVA (Parte A) - RESOLVIDA 1.a Questa˜o. Seja T : IR4 −→ P2(IR) a transformac¸a˜o linear cuja matriz em relac¸a˜o a`s bases canoˆnicas de IR4 e de P2(IR) e´ a seguinte: [T ] = 1 −2 0 12 −3 2 −1 1 −1 2 −2 . Determine: (a) A expressa˜o de T . (b) O nu´cleo de T , ker(T ). (c) Uma base e a dimensa˜o do nu´cleo de T . (d) Responda justificadamente: A transformac¸a˜o linear T e´ injetora? E´ sobrejetora? Soluc¸a˜o: (a) Sabemos que: [ T (x, y, z, w) ] = [T ] · x y z w = 1 −2 0 12 −3 2 −1 1 −1 2 −2 · x y z w = x− 2y + w2y − 3 + 2z − w x− y + 2z − 2w . Portanto, a expressa˜o de T e´: T (x, y, z, w) = (x− 2y + w) + (2x− 3y + 2z − w)t+ (x− y + 2z − 2w)t2. (b) Observemos que (x, y, z, w) ∈ ker(T )⇐⇒ T (x, y, z, w) = 0P2(IR) (x− 2y + w) + (2x− 3y + 2z − w)t+ (x− y + 2z − 2w)t2 ≡ 0 ⇐⇒ x− 2y + w = 0 2x− 3y + 2z − w = 0 E2 → E2 − 2E1 x− y + 2z − 2w = 0 E3 → E3 − E1 ∼ x− 2y + w = 0 y + 2z − 3w = 0 y + 2z − 3w = 0 . 1 Portanto, y = −2z + 3w e x = 2y − w = 2(−2z + 3w)− w = −4z + 5w. Logo, ker(T ) = { (x, y, z, w) ∈ IR4; x = −4z + 5w e y = −2z + 3w}. (c) Pelo item (b) sabemos que: (x, y, z, w) ∈ ker(T )⇐⇒ (x, y, z, w) = (−4z+5w, −2z+3w, z, w) = z(−4,−2, 1, 0)+w(5, 3, 0, 1). Portanto, B = {(−4,−2, 1, 0), (5, 3, 0, 1)} e´ uma base de ker(T ), consequentemente dimker(T ) = 2. (d) Como dimker(T ) = 2, enta˜o ker(T ) 6= {0IR4}, portanto T na˜o e´ injetora. Pelo teorema do nu´cleo e da imagem, sabemos que: dim Im(T ) = dimD(T )− dimker(T ) = dim IR4 − 2 = 4− 2 = 2. Como Im(T ) e´ subespac¸o de P2(IR) e dim Im(T ) = 2, segue que Im(T ) 6= P2(IR), portanto T na˜o e´ sobrejetora. 2.a Questa˜o. Determine uma transformac¸a˜o linear T : IR3 −→ P3(IR) tal que Im(T ) = [ 1 + 2t− 4t3, 2− t2 − 3t3]. Soluc¸a˜o: Para determinar T basta defini-la em uma base de IR3, por exemplo, tomemos B = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} a base canoˆnica de IR3 Por outro lado, Como B′ = {1 + 2t − 4t3, 2 − t2 − 3t3} e´ um subconjunto L.I. de P3(IR) e Im(T ) = [ 1 + 2t− 4t3, 2− t2 − 3t3], enta˜o B′ e´ uma base de Im(T ), portanto dim Im(T ) = 2. Pelo teorema do nu´cleo e da imagem segue que dim ker(T ) = dim IR3 − dim Im(T ) = 3− 2 = 1. Assim, definindo, por exemplo, T (1, 0, 0) = 0P3(IR), T (0, 1, 0) = 1 + 2t− 4t3, T (0, 0, 1) = 2− t2 − 3t3. 2 Obtemos: T (x, y, z) T e´ linear = xT (1, 0, 0) + yT (0, 1, 0) + zT (0, 0, 1) = y(1 + 2t− 4t3) + z(2− t2 − 3t3) = (y + 2z) + 2yt− zt2 − (4y + 3z)3t3 que satisfaz a exigeˆncia de que Im(T ) = [ 1 + 2t− 4t3, 2− t2 − 3t3]. 3.a Questa˜o. Seja T : M2(IR) −→M2(IR) o operador linear dado por: T ( [ a11 a12 a21 a22 ] ) = [ a11 a12 a11 + a12 + 3a21 −2a11 + a12 + 2a21 − a22 ] . (a) Encontre o polinoˆmio caracter´ıstico do operador T . (b) Determine todos os autovalores de T . (c) Verifique se T e´ um operador diagonaliza´vel, em caso afirmativo obtenha [T ]B, uma matriz de T em relac¸a˜o a uma base de M2(IR) constitu´ıda de autovetores, tal que [T ]B e´ matriz diagonal. Soluc¸a˜o: (a) Como T ([ 1 0 0 0 ]) = [ 1 0 1 −2 ] , T ([ 0 1 0 0 ]) = [ 0 1 1 1 ] , T ([ 0 0 1 0 ]) = [ 0 0 3 2 ] , T ([ 0 0 0 1 ]) = [ 0 0 0 −1 ] , enta˜o: [T ] = 1 0 0 0 0 1 0 0 1 1 3 0 −2 1 2 −1 . Consequentemente o polinoˆmio caracter´ıstico de T e´ dado por: p(λ) = det ( [T ]− λI4) = det 1− λ 0 0 0 0 1− λ 0 0 1 1 3− λ 0 −2 1 2 −1− λ = (1− λ) · (1− λ) · (3− λ) · (−1− λ) = (1− λ)2 · (3− λ) · (−1− λ). 3 (b) p(λ) = 0⇐⇒ (1− λ)2 · (3− λ) · (−1− λ) = 0⇐⇒ λ = 1 ou λ = 3 ou λ = −1 Portanto, os autovalores de T sa˜o λ1 = 1, λ2 = 3 e λ3 = −1. (c) Ja´ que p(λ) tem todas as ra´ızes em IR, devemos analisar as multiplicidades. Como mA(−1) = mA(3) = 1, segue que mG(−1) = mG(3) = 1, e como mA(1) = 2 devemos verificar se mG(1) = 2. Determinemos V (1). [ a11 a12 a21 a22 ] ∈ V1 ⇐⇒ 1− 1 0 0 0 0 1− 1 0 0 1 1 3− 1 0 −2 1 2 −1− 1 · a11 a12 a21 a22 = 0 0 0 0 ⇐⇒ 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 2 0 −2 1 2 −2 · a11 a12 a21 a22 = 0 0 0 0 ⇐⇒ 0 = 0 0 = 0 a11 + a12 + 2a21 = 0 −2a11 + a12 + 2a21 − 2a22 = 0 =⇒ a11 = −a12 − 2a21a22 = −a11 + a12 2 + a21 = 3a12 2 + 3a21 Portanto, V (1) = {[ a11 a12 a21 a22 ] ∈M2(IR); a11 = −a12 − 2a21 e a22 = 3a12 2 + 3a21 } . Como em V (1) temos duas varia´veis livres, segue que mG(1) = dim V (1) = 2 = mA(1). Consequemente, T e´ um operador diagonaliza´vel, e portanto, existe uma base B′ de M2(IR) constitu´ıda de autovetores de T tal que, por exemplo, [T ]B′ = 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 3 0 0 0 0 −1 e´ matriz diagonal. 4
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