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Aula 10

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VIROLOGIA BÁSICA
Aula 10: Viroses Entéricas / Herpes Humano
Tema da Apresentação
Viroses Entéricas / Herpes Humano - Aula 10
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As doenças diarreicas representam um importante problema de saúde nos países em desenvolvimento e também um elevado risco para os viajantes que visitam esses países. Estima-se que o número de mortos global de doenças diarreicas em cerca de dois milhões de mortes por ano, ocupando o terceiro lugar entre todas as causas de mortes por doenças infecciosas em todo o mundo. A maioria destas mortes ocorre em crianças menores de cinco anos de idade. 
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Entre os vírus entéricos, o rotavírus permanece a principal causa de doenças diarreicas em crianças pequenas no mundo. Outros vírus que causam diarreias incluem adenovírus entéricos, astrovírus, calicivírus, este último (norovírus) sendo responsável por surtos mais gastroenterite inverno nos países industrializados. O desenvolvimento de vacinas contra patógenos entéricos, no entanto representa um sério desafio por causa do grande número de patógenos e a necessidade de indução da imunidade da mucosa do intestino.
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Outras viroses importantes são aquelas provocadas pelos membros da família Herpesviridae. Com a capacidade de estabelecer latência ao longo da vida após a infecção primária é um denominador comum dos vírus da grande família Herpesviridae. Herpes vírus são endêmicos para os seres humanos em todo o mundo e acredita-se que de 7-10% da população do mundo já esteja contaminada com algum membro desta família. 
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Conteúdo Programático desta aula:
Os principais vírus entéricos humanos e suas formas de transmissão; 
•	Relacionar Rotavirus, Adenovirus, Astrovírus e Calicivirus as viroses entéricas,
•	Os diferentes membros da família Herpesviridae,
•	As diferentes doenças que os Herpesviridae podem causar nos seres humanos.
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VÍRUS ENTÉRICOS
Tema da Apresentação
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Os vírus entéricos ocupam papel de destaque na etiologia das gastroenterites virais como importante causa das diarreias infantis no mundo. Uma ampla diversidade de agentes etiológicos virais tem implicações na epidemiologia das diarreias agudas. A gastroenterite aguda é uma das doenças mais comuns em humanos. Ao redor do mundo, estima-se que cerca de um bilhão de casos de diarreia aguda ocorram anualmente em crianças e adultos. 
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A gastroenterite é comumente manifestada como diarreia branda, mas pode ocorrer de forma grave com intensificação dos sintomas (náusea e vômito), podendo levar a desidratação e morte. A mortalidade anual associada à gastroenterite tem sido estimada em quatro a seis milhões de pessoas. A etiologia das diarreias pode envolver vários agentes, como vírus, bactérias e parasitas. Os agentes bacterianos são relativamente mais importantes em países em desenvolvimento, enquanto os agentes virais são mais relevantes em países industrializados. 
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Atualmente, considera-se que a maioria das gastroenterites infantis seja causada por vírus pertencentes a quatro diferentes famílias: Reoviridae (Rotavírus), Caliciviridae (Norovírus), Astroviridae (Astrovírus) e Adenoviridae (Adenovírus). Os vírus entéricos humanos são importantes causas de enfermidades veiculadas através da água. Esses patógenos, que são eliminados em grandes quantidades pelas fezes de indivíduos infectados, podem permanecer viáveis e infecciosos durante vários meses no ambiente. 
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Assim, contaminar águas destinadas ao consumo humano, além de resistirem aos atuais processos de tratamento da água e do esgoto aplicados no controle bacteriano. Dessa forma, a qualidade de águas tratadas nem sempre é garantida em termos de segurança virológica, pois os atuais indicadores do grupo coliforme determinam somente a segurança bacteriológica da água.
 
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ROTAVÍRUS
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Rotavírus é a principal causa de doença e morte por diarreia em crianças menores de cinco anos e está associado a uma estatística de 25 milhões de visitas clínicas, 2 milhões de hospitalizações e mais de 600 mil mortes no mundo todo, entre crianças nessa idade. O desenvolvimento de uma vacina segura e efetiva contra Rotavírus foi uma grande prioridade, especialmente, em países em desenvolvimento onde é mais elevada a carga da doença diarreica. 
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Na América Latina o Rotavírus é responsável pelos casos de diarreias de 13 a 71% dispensando cuidados e assistência médica. Essa vacina foi introduzida no Brasil em função da magnitude e vulnerabilidade das doenças diarreicas em crianças menores de cinco anos. 
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Classificação e Morfologia
O gênero Rotavirus, pertencente à família Reoviridae, apresenta partícula viral não envelopada, medindo cerca de 75nm de diâmetro, com capsídeo de simetria icosaédrica constituído por três camadas proteicas distintas. A camada mais interna (core) que envolve o genoma viral é formada pela proteína VP2. A camada intermediária (capsídeo interno) é composta pela proteína VP6. 
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A camada mais externa (capsídeo externo) é constituída pelas proteínas VP4 e VP7. A infecciosidade do Rotavírus depende da presença do capsídeo externo, e qualquer tratamento que o remova, resulta na perda de sua infecciosidade. O genoma viral é constituído de 11 segmentos de RNA de fita dupla com cada um codificando pelo menos uma proteína. Seis segmentos de RNA codificam proteínas estruturais (Viral Protein-VP): VP1-4, VP6 e VP7. Os outros segmentos genômicos codificam proteínas não estruturais (Not Structural Protein - NSP) NPS1-6. 
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A figura mostra uma representação esquemática do virion dos Rotavirus. 
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Atualmente, os Rotavirus são classificados em grupos, sendo até o momento 7 identificados: A, B, C, D, E, F e G, reconhecidos com base na especificidade antigênica da proteína VP6. Os grupos A, B, e C estão associados à doença no homem, sendo que aqueles pertencentes ao grupo A apresentam uma maior incidência em crianças abaixo de 2 anos de idade, que induzem quadro mais grave de diarreia aguda, com desidratação (OLIVEIRA et al., 2010). 
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Ciclo de replicação do Rotavírus
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Patogênese
Durante o primeiro ciclo de replicação do Rotavírus na mucosa das células epiteliais, a síntese de proteínas virais no citoplasma da célula leva a um aumento da permeabilidade da membrana plasmática para Ca2+, para a ativação de mecanismos regulatórios e ao aumento na concentração de Ca2+ no retículo endoplasmático (ER). 
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O aumento da concentração de Ca2+ citosólico em células infectadas promove a ativação do Ca2+ (dependente de enzimas),
que por sua vez, induz a lise celular e a liberação de proteínas virais e progênie viral. As NSP4 (Proteínas não estruturais) podem agir como uma enterotoxina viral nas células que ainda não foram infectados para induzir diarreia secretória através de:
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a) secreção de Ca2+ dependente através das células intestinais,
b) secreção de Ca2+ dependente de peptídeos e aminas para estimular o sistema nervoso entérico (SNE), e
c) ativação do epitélio de células pela secreção adicional de cloreto (Cl-) pelo SNE. 
Em paralelo, as células infectadas libera os vírus e infecta as células próximas. Isto levará a uma morte celular maciça e, como consequência, redução da superfície de absorção do epitélio intestinal e um componente osmótica de diarreia. 
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Diagnóstico laboratorial
Os vírus são mais difíceis de serem detectados que as bactérias em amostras ambientais, especialmente em águas, nas quais estes microrganismos normalmente são encontrados em menor número. Sendo parasitas intracelulares obrigatórios, não se multiplicam; tornam-se necessárias, então, a análise de amostras de água volumosas e a escolha de métodos de concentração com grande eficiência de recuperação para as partículas virais. 
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Além disso, muitos patógenos virais transmitidos através da água são microrganismos fastidiosos, que dificilmente são isolados pelos métodos tradicionais de rotina, como a cultura celular, o que torna ideal a utilização de técnicas de detecção muito sensíveis e que exijam complexas implementações. Com os avanços recentes nas técnicas laboratoriais em parâmetros de concentração viral e com a descoberta de métodos moleculares altamente sensíveis e específicos, como PCR.
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Com o uso da PCR, tem sido possível aumentar o número de investigações no campo da virologia aquática. Isso provavelmente possibilitará a elaboração e a adoção de medidas preventivas que minimizem a contaminação da água por agentes virais que, até o momento, somente são realizadas em situações ocasionais de controle pelas autoridades sanitárias (Tavares, Cardoso e Brito, 2005).
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O Diagnóstico laboratorial das infecções causadas por Rotavirus pode ser realizado por detecção da partícula viral nas fezes, através de imunoeletromicroscopia; por detecção dos antígenos virais nas fezes por ELISA, imunofluorescência ou aglutinação do látex, ou por RT-PCR (SANTOS, 2010).
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Tratamento e Profilaxia
Não há terapêutica específica para combater o Rotavírus. Por ser, em geral, doença auto limitada, com tendência a evoluir espontaneamente para a cura, o tratamento é sintomático, considerando a reposição de fluidos e eletrólitos para prevenir a desidratação e distúrbios eletrolíticos, causados por diarreia e vômito. 
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A utilização de vacina eficaz permanece como a medida profilática de maior impacto contra a diarreia por Rotavírus. Há duas vacinas contra o Rotavírus licenciada para uso nos Estados Unidos, e RotaTeq ® e Rotarix®. Estas vacinas contra o Rotavírus tem se mostrado segura e eficaz na prevenção de diarreia grave (CDC, 2011). 
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A vacina em uso no Brasil é produzida pela GlaxoSmithKline (GSK), Rotarix, com uma única cepa de Rotavírus humano e tem capacidade de fornecer proteção contra várias outras cepas. A vacina é composta por variantes comuns das proteínas VP7 e VP4, respectivamente G1 e P[8]. 
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ADENOVIRUS
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Os Adenovirus foram isolados pela primeira vez em 1953 por Rowe e colaboradores quando estudando a replicação dos poliovirus em tecidos das adenoides. Eles identificaram um agente transmissível capaz de causar mudanças citopáticas nos tecidos na ausência do poliovirus. Os Adenovirus podem replicar-se e causar doença nas vias respiratórias, no trato gastrointestinal, nas vias urinárias e nos olhos. Muitas infecções por Adenovirus são subclínicas e o vírus pode persistir no hospedeiro durante meses.
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Hoje, existem mais de 51 tipos de sorotipos reconhecidos de Adenovirus que infectam os seres humanos. Seis subgrupos foram estabelecidos (A-F), com subclassificação baseado em propriedades de: hemaglutinação, percentual de homologia de genoma, percentual de guanina-citosina em seu DNA e potencial oncogênico em roedores. A maioria das infecções ocorre em crianças com idade abaixo de cinco anos e geralmente são doenças autolimitantes. Elas geralmente apresentam com sintomas gastrintestinais, sintomas respiratórios ou uma combinação dos dois.
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Classificação e Morfologia
Os Adenovírus constituem a família Adenoviridae, que é subdividida em dois gêneros: Mastadenovirus e Aviadenovirus. Os Adenovirus são vírus não envelopados que apresenta genoma DNA dupla fita linear que podem infectar vários tecidos humanos. O tamanho das partículas virais varia entre 65 a 90nm de diâmetro. Os Adenovirus codificam para onze tipos diferentes de proteínas, numeradas de I a XI. 
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O virion é composto de um capsídeo proteico, feito de 252 capsômeros, e um core nucleoproteico com o genoma e proteínas internas. O capsídeo apresenta simetria icosaédrica, consistindo de 240 componentes hexons e 12 pentons por partícula viral. Como sugerido pelos seus nomes, as subunidades penton e hexon são cercadas por cinco e seis vizinhos, respectivamente. Cada penton contém uma base, que forma parte da superfície do capsídeo, e uma fibra projetando cujo comprimento varia entre os diferentes sorotipos.
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Esquema representativo do Adenovírus.
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Biossintese viral
A Replicação de todos os Adenovirus é similar e ocorre no núcleo da célula hospedeira. Replicação é dividida em duas fases: fase precoce e fase tardia.
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A ADSORÇÃO: à célula hospedeira é lenta e pode levar horas, e envolve dois estágios: 
uma interação inicial da proteína da fibra com uma variedade de receptores celulares, que incluem a molécula MHC de classe I e do receptor coxsackievirus-adenovírus. 
A proteína de base penton, em seguida, liga-se à família integrina de heterodímeros superfície da célula permitindo a internalização via endocitose mediada pelo receptor. 
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A PENETRAÇÃO envolve fagocitose em vacúolos fagocíticos, após o qual a atividade tóxica do pentons é responsável pela ruptura da membrana fagocítica e liberação da partícula para o citoplasma. 
O DESEMPACOTAMENTO segue uma sequencia ordenada, primeiro os pentons, liberando uma esférica, parcialmente não revestidas no citoplasma. O core migra para o núcleo onde o DNA entra através de poros nucleares, após é convertido em um complexo de vírus histonas-histonas do DNA celular. 
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Antes e independentemente da replicação do genoma, imediatamente os mRNAs precoces são transcritos a partir do DNA viral. Transcrição do genoma do Adenovírus é regulada pelo regulatórios fatores virais. Produtos dos genes precoces regulam a expressão dos genes inicias. O primeiro mRNA/ proteína que são sintetizados (~1h após a infecção) é a E1A. Esta proteína é capaz de ativar a transcrição de uma variedade de outros promotores virais e celulares e não mostra especificidade de sequencia, mas sim uma modificação do ambiente celular.
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Transcrição tardia:
No início da replicação do DNA, o padrão de transcrição muda radicalmente a partir do início para o final de genes. O DNA só recentemente replicado é utilizado para a transcrição dos genes tardios, mas este mecanismo não é compreendido. Transcrição fase tardia é impulsionado principalmente pela grande promotor tarde. Expressão gênica da fase final esta relacionada com a síntese de proteínas do virion.
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MONTAGEM: ocorre no núcleo, mas começa no citoplasma quando monômeros individuais formam em hexon e capsômeros penton. Capsídeos vazio e imaturos são montados a partir destes protomeros no núcleo, onde o core é formado a partir de DNA genômico+proteínas do núcleo associados. 
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LIBERAÇÃO: Embora a síntese de macromoléculas da celular hospedeira cesse no início da infecção, as células infectadas permanecem intactas e não lisam. Não há uma via específica para a liberação do vírus, embora a infecção prolongada acabe por levar a lise celular. Partículas do vírus tendem a se acumular no núcleo e são visíveis ao microscópio como corpos de inclusão. 
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Acredita-se que esses corpos de inclusão sejam a base de infecções latentes - a reativação seria causada por lise acidental de células infectadas, liberando partículas do vírus a partir dos núcleos - efetivando uma re-infecção. 
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Patogênese
Os Adenovirus infectam as células epiteliais de revestimento da orofaringe, bem como os órgãos respiratórios e entéricos. As proteínas das fibras virais determinam a especificidade da célula-alvo. A atividade tóxica da proteína de base do penton pode resultar na inibição do transporte celular em mRNA e da síntese de proteínas, e na lesão tecidual.
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A marca histológica característica da infecção por Adenovirus é a presença dos corpos de inclusão na célula infectada, que consiste de DNA e proteínas virais. Estas inclusões são semelhantes as observadas em células infectadas por Citomegalovirus, mas os Adenovirus não provocam citomegalia. Infiltrados de células mononucleares e necrose de células epiteliais são vistos no sitio de infecção. 
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Embora características epidemiológicas dos Adenovírus variam por tipo, todos são transmitidos por contato direto, de transmissão fecal-oral, e, ocasionalmente, a transmissão pela água não tratada adequadamente com cloro. 
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Diagnóstico laboratorial
A detecção de antígeno, PCR, isolamento viral e sorologia podem ser usados para identificar infecções por Adenovírus. A tipagem dos Adenovírus é geralmente realizada por inibição da hemaglutinação e / ou neutralização com antissoros do tipo específicos ou por sequenciamento do gene hexon. Uma vez que, os Adenovírus podem ser excretados por períodos prolongados, a presença do vírus não significa necessariamente que ele é associado com a doença.
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Tratamento e Profilaxia
A maioria das infecções é leve e não necessitam de terapia ou apenas um tratamento sintomático. Por não haver nenhuma terapia específica, a doença Adenovírus pode ser gerenciada apenas por tratar os sintomas e complicações da infecção. A principal forma de prevenção é a cuidadosa lavagem das mãos. As superfícies podem ser desinfetadas com hipoclorito de sódio.
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ASTROVÍRUS
Tema da Apresentação
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As Astrovíruses são uma das principais causas de diarreia em todo o mundo. Apesar do seu impacto na saúde humana, pouco se sabe sobre a patogênese Astrovírus. Uma razão para isso pode ser a falta de um modelo animal adequado pequena para a infecção. Nos últimos anos, tem havido um crescente informação sobre o mecanismo de Astrovírus induzida por doença em mamíferos (incluindo os humanos) e aves. 
Tema da Apresentação
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Classificação e Morfologia
Os Astrovírus humanos (HAstVs) estão classificados na família Astroviridae, a qual é divida em dois gêneros: Mamastrovírus (vírus de mamíferos) e Avastrovírus (vírus de aves). Os Astrovírus são vírus pequenos, não envelopados com capsídeo icosaédrico, têm 28-30nm de diâmetro, com uma margem lisa e uma aparência estrela quando vistos em microscopia eletrônica (ME). 
Tema da Apresentação
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O genoma é composto de RNA fita simples senso positivo, medindo entre 6,8 – 7,3 kb. São reconhecidos pelo menos oito sorotipos de HastVs, sendo o tipo 1 prevalente no mundo.
Microscopia eletrônica dos Astrovírus.
Tema da Apresentação
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Biossíntese viral
A estratégia de biossíntese dos Astrovírus ainda não foi completamente elucidada. Entretanto, dois aspectos da replicação foram examinados recentemente:
o RNA subgenômico, produzido em grandes quantidades durante a infecção, direciona a síntese das proteínas estruturais; 
a RNA polimerase viral é traduzida através de um processo de deslocamento do sítio de sinalização ribossomal.
Tema da Apresentação
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Patogênese 
Após um período de incubação 1-4 dias, a infecção Astrovírus tipicamente se apresenta como diarreia aquosa que se assemelha a uma forma leve de gastroenterite por Rotavírus. Diarreia por Astrovírus é visto principalmente em crianças de 6 meses a 2 anos de idade e pode estar associada a anorexia, febre, vômitos, dor abdominal. 
Tema da Apresentação
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Embora a diarreia por Astrovírus normalmente não resultar em uma desidratação significativa ou hospitalização, os indivíduos que sofrem de estado nutricional deficiente, imunodeficiência, infecção grave mista, ou doença gastrointestinal subjacente estão em risco para o desenvolvimento de complicações .
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Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial da diarreia causada por Astrovírus baseia-se na detecção da partícula viral nas fezes. Os Astrovírus foram detectados pela primeira vez através da visualização dos virions por microscopia eletrônica (ME). Durante muito tempo, a ME, baseada nas amostras fecais com contrastes negativos e subsequente procura por partículas virais, foi o único método disponível para se detectar Astrovírus em amostras clínica.
Tema da Apresentação
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VIROLOGIA BÁSICA
Atualmente, a detecção do vírus nas fezes pode ainda ser feita através do
teste de ELISA ou por técnicas de biologia molecular como hibridização e RT-PCR (SANTOS, 2010).
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Tratamento e Profilaxia
A profilaxia das Astroviroses limita-se aos procedimentos básicos de higiene particularmente em locais como hospitais, creches, ambientes familiares e ambientes onde refeições são preparadas e distribuídas. 
No momento, não existe vacina nem tratamento quimioterápico disponível. O tratamento é sintomático com reposição de fluidos eletrólitos.
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CALCIVIRUS
Tema da Apresentação
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VIROLOGIA BÁSICA
A gastroenterite viral é uma das doenças mais comuns em seres humanos em todo o mundo e calicivírus, especialmente Norovírus (NoV), são um dos seus principais agentes. De vários estudos, parece que, nos países industrializados, NoV são o segundo agente mais comum de gastroenterite não bacteriana aguda em crianças após o Rotavírus, com uma incidência de cerca de 12% em crianças menores de cinco anos de idade com diarreia severa, e os causa mais comum de surtos de gastroenterite viral aguda em adultos, incluindo aqueles que são transmitidas por alimentos.
Tema da Apresentação
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VIROLOGIA BÁSICA
Classificação e Morfologia 
Os Calicivírus humanos estão classificados na família Caliciviridae. Os Calicivirus são vírus pequenos que apresentam tamanho entre 27-35nm, não envelopados e simetria icosaédrica, cujo genoma é uma molécula de RNA fita simples senso positivo. Nesta família incluem os gêneros Sapovirus e Norovirus (NoV). 
Tema da Apresentação
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Biossíntese viral
O vírus é replicado no citoplasma dos enterócitos, onde o RNA de polaridade positiva atua como mRNA. Até o momento, não foi possível a propagação desses vírus em um sistema hospedeiro, o que impede o progresso na obtenção de informações acerca da biossíntese viral.
Tema da Apresentação
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Patogênese 
O papel de Calicivírus humanos, incluindo Norovírus, como agentes de doenças gastroentérica há muito tem sido reconhecido e subestimados porque as ferramentas de diagnóstico não eram comumente disponível como esses vírus permanecem incultivável por ensaios padrão de cultura celular. A aplicação de novas ferramentas de diagnóstico molecular, como RT-PCR mostrou que eles contribuem significativamente para carga de doenças diarreicas em crianças e adultos. 
Tema da Apresentação
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VIROLOGIA BÁSICA
Eles parecem ser a causa mais comum de surtos de gastroenterite em humanos inverno, popularmente conhecida como "stomach flu" no Reino Unido e "grippe intestinale" na França, e uma causa comum de casos esporádicos e surtos de gastroenterite aguda com vômitos, cólicas abdominal, diarreia, dor de cabeça e febre que ocorrem em contextos diversos epidemia, tais como restaurantes, escolas, creches, hospitais, asilos e navios de cruzeiro.
Tema da Apresentação
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VIROLOGIA BÁSICA
Transmissão
Os veículos envolvidos de infecção estão contaminados marisco, água e alimentos contaminados ou na sua origem ou por manipuladores de alimentos. Transmissão também ocorre facilmente de pessoa para pessoa ou por contato com objetos contaminados. A excreção viral assintomática pode persistir por até duas semanas, e o vírus pode sobreviver de congelamento e aquecimento a 60°C, bem como água clorada, permitindo a sua propagação na água recreativas e potável, bem como em marisco cozidos ao vapor.
Tema da Apresentação
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Diagnóstico laboratorial
O RT-PCR é a técnica mais empregada para a detecção de Calicivírus humanos em amostras clínicas (fezes, vômitos) e amostras ambientais (alimentos contaminados, água). Os ensaios imunoenzimáticos baseados em partículas recombinantes do vírus podem detectar anticorpos, sendo um título IgG de 4 vezes ou mais na fase aguda e de convalescência indicativo de infecção recente. 
Tema da Apresentação
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Tratamento de controle
O tratamento é sintomático. Devido a natureza infecciosa das fezes, é preciso ter cuidado com sua eliminação. A lavagem efetiva das mãos pode diminuir a transmissão em ambientes familiares e em instituições. A purificação da água potável e da água de piscinas deve diminuir os surtos provocados pro vírus Norwalk. Até o momento não existe vacina disponível.
Tema da Apresentação
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HERPES HUMANO
Tema da Apresentação
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VIROLOGIA BÁSICA
A família Herpesviridae compreende uma variedade de patógenos de grande importância. Todos os Herpesvírus têm a capacidade de persistir em seus hospedeiros indefinidamente, na forma de epissoma no núcleo das células que infectam. Praticamente todas as espécies de vertebrados estudadas são capazes de ser infectada por pelo menos um Herpesvirus específico que evoluiu com o hospedeiro há milênios.
Tema da Apresentação
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VIROLOGIA BÁSICA
Os Herpesvírus humano englobam todos os oito vírus herpéticos humanos existentes, sendo eles: vírus herpes simples tipo 1, herpes simples tipo 2, varicela-zoster, Epstein-Barr, Citomegalovirus e Vírus Herpes Humanos tipos 6, 7 e 8. Cientificamente, todos possuem a designação comum de Herpesvirus Humano, sendo que o determinante da diferença entre eles é a numeração que sucede a denominação e varia de 1 a 8.
Tema da Apresentação
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VIROLOGIA BÁSICA
Classificação e Morfologia 
Os Herpesvírus são vírus grandes, apresentam um core interno, rodeado por um capsídeo icosaédrico, em seguida um tegumento amorfo e finalmente um envelope. O genoma é grande, codificando pelo menos 100 proteínas diferentes e está localizado no centro do core, é composto de DNA dupla fita e está associado a uma proteína do core. O virion possui aproximadamente 150nm de diâmetro, com morfologia característica. 
Tema da Apresentação
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VIROLOGIA BÁSICA
Os Herpevirus codificam diversas glicoproteinas para adesão e fusão viral e para evadir o controle imune. Além de codificar um arranjo de enzimas específicas envolvidas no metabolismo dos ácidos nucleicos, síntese de DNA, expressão gênica e regulação protéica (DNA polimerase, helicase-primase, timidina quinase, fatores de transcrição e proteinoquinase). Muitos genes de Herpesvírus aparentam ser homólogos virais de genes celulares. 
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O tegumento contém proteínas e enzimas virais que auxiliam no início da replicação. Como todo vírus envelopado, os Herpesvírus são sensíveis a ácidos, solventes, detergentes e ressecamento. 
Esquema representativo do Herpesvirus.
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A família Herpesviridae é subdividida em três subfamílias baseada a princípio em suas propriedades biológicas. 
A subfamília Alphaherpesvirinae inclui Herpesvírus Simples 1 e 2 (HSV-1 e HSV-2; gênero Simplexvirus) e o vírus Varicela-Zoster (HHV-3; gênero Varicellovirus). Todos são vírus citolíticos, de crescimento rápido, que tendem a estabelecer infecções latentes nos neurônios sensoriais.
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A subfamília Betaherpesvirinae inclui o Citomegalovirus Humano (HHV-5; gênero Cytomegalivirus) e os HHV-6 e HHV-7 (gênero Roseolovirus). O ciclo de replicação
deste grupo é lento e produz células grandes e, frequentemente, multinucleadas (citomegalia). O genoma viral permanece latente no tecido linforeticular, glândulas secretoras, rins e outros tecidos. 
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A subfamília Gammaherpevirinae contém o vírus Epstien-Barr (HHV-4; gênero Lymphocryptovirus), que infectam as células linfoides e se tornam latentes e são citocidas para as células epiteliais; e nesta mesma subfamília também encontramos o Herpesvirus associado ao Sarcoma de Kaposi (hemangiossarcoma, ou seja, tumor maligno de vasos sanguíneos), designado Herpesvírus Humano 8 (HHV-8; gênero Rhadinovirus). 
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Biossíntese viral
A replicação dos Herpesvírus corresponde a um processo de várias etapas e sua descrição baseia-se na observação dos eventos que ocorrem na replicação do HSV. 
ADSOÇÃO: Para iniciar a infecção, o vírus precisa ser adsorvido aos receptores de superfície celular, 
ENTRADA: ao que se segue a fusão do envelope viral com a membrana citoplasmática. O capsídeo desenvelopado é, então, transportado para os poros nucleares, 
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DESEMPACOTAMENTO: onde capsídeo é desmontado e o DNA é liberado para dentro do núcleo celular. 
SÍNTESE E MONTAGEM: no núcleo ocorrem a transcrição, replicação do DNA viral e produção de novos capsídeos. O DNA viral é transcrito pela RNA polimerase da célula hospedeira com a participação de fatores virais em todo e qualquer estágio da infecção. A síntese de produtos do gene viral está bem regulamentada e, dentre os vários produtos genéticos, ocorre no citoplasma celular, mais precisamente nos ribossomos, enzimas e proteínas ligadas ao DNA viral, incluem-se:
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timidina cinases, 
DNA polimerases, 
ribonuclease redutases e 
exonucleases. 
Há evidência de que, com alguns Herpesvírus, a progênie de moléculas de DNA é gerada, continuamente, através de um mecanismo cíclico. Os novos multímeros, sintetizados a partir do genoma viral, são clivados e empacotados nos capsídeos. 
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LIBERAÇÃO: A partir desse estágio, os vírions maturam e adquirem a infectividade pelo chamado processo de "brotamento" a partir da lamela interna da membrana nuclear adquirindo, então, a estrutura envelopada, que brota para o retículo endoplasmático, e é transferido para o aparto de Golgi e levado a superfície celular por vesículas do aparato de Golgi, as vesículas se fundem a membrana citoplasmática e os virions são exocitados. In vitro, o processo completo de replicação viral envolve, aproximadamente, 18 a 20 horas (adaptado de BIBLIOMED, 2011).
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INFECÇÕES POR HERPEVÍRUS EM SERES HUMANOS
Herpesvírus Simples (HSV)
Os HSV são amplamente disseminados na população humana, são capazes de replicar em muitos tipos celulares, crescem rapidamente e são altamente citolíticos. São responsáveis por um espectro de doenças que vai desde a gengivoestomatite até a ceratoconjuntivite, encefalite, doença genital e infecções em recém-nascidos. Os HSV estabelecem infecções latentes nas células nervosas, e as recidivas são comuns (BOOKS, 2008). 
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A primo-infecção (PI) herpética, infecção inicial, ocorre ao nível da “porta de entrada” do vírus, e corresponde a uma multiplicação inicial do vírus. Após a infecção inicial, o HSV (1 e 2) permanece latente no organismo do indivíduo infectado, alojando-se nos nervo sensoriais, podendo, em qualquer momento, originar reativações com diferentes manifestações clínicas, ou permanecer, num estádio assintomático, contribuindo, contudo para a sua propagação. 
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O nível de gravidade e duração das infecções por Herpesvírus simples dependem da imunocompetência do indivíduo e da presença ou ausência de anticorpos para esses vírus. Assim, trata-se de um vírus bastante frequente em indivíduos com infecção pelo HIV, em que, numa fase inicial, a doença tem um comportamento idêntico aos doentes não imunodeprimidos, com a característica erupção vesicular.
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Sendo, na maioria dos casos, seguida de erupções ou úlceras orais ou urogenitais por vezes de grandes dimensões e bastante dolorosas, ou ainda, pneumopatias, hepatites, encefalites e meningoencefalites, que requerem um tratamento mais rigoroso ou internamento hospitalar.
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Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado por: citopatologia, PCR ou sorologia.
Tratamento 
Vários medicamentos mostram-se
 eficazes contra a infecção por
 HSV, como: aciclovir, valaciclivir
 e vidarabina (reveja a aula 6).
Ainda não existem vacinas disponíveis.
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Varicela-zoster vírus (VVS)
A varicela (conhecida no Brasil como catapora) é uma doença leve e altamente contagiosa, afetando principalmente crianças. Do ponto de vista clínico, caracteriza-se por erupção vesiculosa generalizada da pela e das mucosas. É considerada bastante contagiosa, sendo que, se transmite facilmente pelo contacto com a saliva de um indivíduo infectado, ou através de lesões cutâneas infecciosas. A doença pode ser grave em adultos e crianças imunocomprometidas. 
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O zoster (também conhecido como cobreiro) é uma doença esporádica e incapacitante de adultos ou indivíduos imunocomprometidos, caracterizada por exantema cuja distribuição limita-se a pele inervada por um gânglio sensorial. As lesões assemelham-se a varicela.
É uma doença rara e pouco contagiosa
visto que, o agente viral se
encontra ausente das vias
respiratórias.
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Ambas as doenças são causadas pelo
mesmo vírus. A varicela representa 
a doença aguda que ocorre após 
contato primário com o vírus,
enquanto o zoster constitui a resposta
do hospedeiro parcialmente imune à
reativação do vírus da varicela 
presente, na forma latente, em
Neurônios dos gânglios sensoriais.
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Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado por: citopatologia, PCR ou sorologia.
Tratamento e controle
Vários antivirais mostram-se eficazes contra a infecção por VVS, como: aciclovir, valaciclivir, fanciclovir e foscarnete.
Existem vacinas disponíveis. Contudo, as infecções podem ocorrer em pessoas vacinadas, mas geralmente são benignas.
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Citomegalovirus (CMV)
Os CMV são Herpesvírus onipresentes que constituem causa comuns de doença humana. Trata-se de uma infecção endêmica e de alta prevalência na população em geral. A maior parte das pessoas, em alguma momento da sua vida, é infectada pelo CMV. Geralmente não surgem complicações, exceto em indivíduos imunocomprometidos ou grávidas, uma vez que interfere na formação de tecidos e órgãos podendo levar a anomalias congênitas graves, inclusive aborto. 
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Existem várias vias de transmissão, sendo que a disseminação oral e respiratória são consideradas dominantes (saliva, lágrimas e urina).
Por outro lado, estudos demonstram que pode existir também transmissão sexual, ou através do leite materno (transmissão vertical), assim como a partir de transfusões sanguíneas ou de órgãos transplantados. O período de incubação após a infecção é de quatro a doze semanas, período durante o qual o antígeno pode ser detectado. 
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Logo após, ocorre a fase aguda da doença, onde o vírus é encontrado nas secreções corporais. A infecção primária por CMV em crianças maiores e adultos geralmente é assintomática, mas pode levar a uma síndrome espontânea de mononucleose infecciosa. Os sintomas mais comuns são: mal-estar, mialgia, febre prolongada, anormalidades da função hepática e lifocitose. Como já foi dito, em imunocomprometidos e gestantes podem surgir complicações.
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Diagnóstico laboratorial
O diagnóstico laboratorial pode ser realizado por: PCR, sorologia ou isolamento do vírus.
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Tratamento e controle
O uso do antiviral ganciclovir tem sido utilizado com sucesso no tratamento das infecções por CMV potencialmente fatais em pacientes imunocomprometidos; reduzindo a gravidade da retinite, esofagite e colite causadas por CMV, além de outros benefícios. 
Quanto a prevenção e controle, medidas como isolamento do recém-nascido infectado, triagem de doadores e receptores de órgãos é aconselhado. Ainda não existe vacina disponível.
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Vírus Epstein-Barr (EBV)
O EBV foi descoberto em 1964 por Epstein e Barr, que lhe deram o nome. Foi identificado a partir da observação de virions típicos dos herpesvírus humanos numa biópsia ao Linfoma de Burkitt do tipo africano (que se localiza no maxilar) – sendo o seu principal responsável. Apresenta uma vasta distribuição mundial e transmite-se pela saliva, objetos contaminados (escova de dentes, louça, etc) ou através de transfusões de sangue. 
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Transmite-se fundamentalmente pelo beijo, razão pela qual se chama à mononucleose infecciosa a “doença do beijo”. Visto que a transmissão pela saliva é a mais recorrente, é muito difícil controlar a transmissão de indivíduo em indivíduo. 
Tanto o EBV quanto o HHV-8 forma estudados na aula 8: Viroses oncogênicas / Viroses respiratórias, reveja a aula.
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RESUMINDO...
Nesta aula vimos:
Que as viroses entéricas podem ser caudas por diferentes tipos de vírus;
As formas de transmissão das viroses entéricas;
Que a famílias Herpesviridae apresenta uma variedade de espécies e que são capazes de causar doenças distintas.
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A Psicologia e sua importância nas relações humanas 
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