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* PROTEASES * PROTEASES Enzimas que pertencem ao grupo das hidrolases; Hidrólise das ligações peptídicas das proteínas; Podem apresentar atividade sobre ligações éster e amida; Envolvidas nos processos de digestão, ativação de enzimas, coagulação do sangue etc. Muito utilizadas na indústria alimentícia e de detergentes (1o lugar). * CARACTERÍSTICAS E MODO DE AÇÃO Exopeptidases: atuam nas extremidades da cadeia polipeptídica Aminopeptidases: agem na extremidade N-terminal – liberam aminoácidos livres, dipeptídeos e tripeptídeos. Carboxipeptidases: agem na extremidade C-terminal – liberam aminoácidos livres ou dipeptídeos. * CARACTERÍSTICAS E MODO DE AÇÃO Endopeptidases: atuam no interior da cadeia polipeptídica Serina-proteases (E.C. 3.4.21): possuem aminoácido serina em seu sítio ativo. Atuam em pH de 7 a 11. Serina proteases alcalinas: tripsina, quimotripsina e subtilisina. Cisteína-proteases: possuem aminoácido cisteína conjugado com histidina em seu sítio ativo. São mais ativas em pH neutro. Ex: papaína, bromelina, ficina. * CARACTERÍSTICAS E MODO DE AÇÃO Endopeptidases: Proteases aspárticas ou ácidas (E.C. 3.4.23): possuem aminoácido ácido aspártico em seu sítio ativo. Atuam em pH ácido. Ex: pepsina e renina e proteases microbianas (Aspergillus, Penicillium, Rhizopus, Neuspora, Endothia e Rhizomucor). Metalo-proteases (E.C. 3.4.24): São enzimas que dependem de metais divalentes para sua atividade. Podem ser neutras ou alcalinas. Ex: neutras – colagenases (Clostridium hystoliticum); elastases (Pseudomonas aeruginosa) e termolisina (protease de alta resistência térmica – Geobacillus stearothermophilus) Ex: alcalinas – proteases de Serratia e Myxobacter. * PROTEASES VEGETAIS Papaína: Cisteína-protease Extraída do látex dos frutos do mamoeiro (Carica papaya) Comercializada na forma de extrato bruto Atividade em pH 5,0 a 9,0 Temperatura: 60 a 70o C * PROTEASES VEGETAIS Bromelina: Cisteína-protease extraída do pedúnculo e do fruto do abacaxizeiro (Ananas cosmosus) Atividade ótima: pH de 6,0 a 8,0 Inativa em temperaturas superiores a 70o C Apresenta baixa especificidade para o substrato: hidrolisa ligações que envolvem diversos aminoácidos * Ficina Cisteína-protease menos disponível comercialmente Extraída do látex de diversas espécies do gênero Ficus pH: 6,0 a 8,0 Temperatura: 60o C Apresenta baixa especificidade para o substrato: hidrolisa ligações que envolvem diversos aminoácidos PROTEASES VEGETAIS * PROTEASES ANIMAIS Renina ou quimosina: Apresenta grande valor para indústria de alimentos Protease aspártica extraída do 4o estômago do bezerro (abomaso) Extraída do estômago seco ou fresco com ajuda de soluções salinas Sintetizada na forma de pró-enzima (zimogênio inativo) Altamente específica – hidrólise da ligação peptídica entre uma fenilalanina (aa aromático) e uma metionina * PROTEASES ANIMAIS Pepsina: Protease aspártica produzida pela mucosa do estômago na forma inativa zimogênio Atividade ótima: pH – 1,0 a 4,0 Inativa em pH>6,0 Apresenta baixa especificidade, embora prefira ligações entre aminoácidos hidrofóbicos. * PROTEASES ANIMAIS Tripsina: É específica para ligações peptídicas contendo resíduos com cadeia lateral com carga elétrica positiva, em condições fisiológicas, tais como a arginina (Arg) e lisina (Lys), na posição R1; Liberada pelo pâncreas na forma de zimogênio Atividade ótima – pH de 7,0 a 9,0. * PROTEASES ANIMAIS Quimotripsina: Serina-protease semelhante à tripsina Sintetizada como zimogênio no pâncreas Hidrolisa preferencialmente ligações que envolvam aminoácidos aromáticos pH ótimo: 7,0 a 9,0 * * PROTEASES MICROBIANAS Origem baceriana: Bacillus e Geobacillus Baixa especificidade – mais utilizadas na indústria de detergentes pH – 8,0 a 11,0 Tpt: 50 a 60o C Origem fúngica: Aspergillus oryzae (produz proteases ácidas, alcalinas e neutras) pH: 4,0 a 11,0 Tpt: 40o C Inativas em tpt>50o C * PROTEASES TRANSGÊNICAS Ex: quimosina (renina) * Aplicação Industrial das proteases: Panificação Glúten: complexo protéico formado quando a água é combinada com a farinha glutenina: tenacidade gliadina: extensibilidade elasticidade viscosidade Propriedades de qualidade de panificação: dependem principalmente das propriedades viscoelásticas do glúten --> composição das gluteninas e das gliadinas. * Proteínas da farinha * Enzimas: proteases Proteases: Causam a cisão das ligações peptídicas na estrutura do glúten Inicia-se na mistura e continua na fermentação até o cozimento Benefícios: redução de tempo de mistura, aumenta a extensibilidade da massa, e aumento da vida útil nos produtos de panificação Melhoria de aroma e produtos mais macios Proteases de Aspergillus oryzae e A. niger – seguras para consumo e baixa especificidade Liberação de grupos NH2- e –COOH – reação de Maillard * Aplicação Industrial das proteases: Coagulação do leite Existem quatro tipos de moléculas de caseína, alfa-s1, alfa-s2, beta e kappa. As caseínas alfa e beta são proteínas hidrofóbicas que são rapidamente precipitadas por cálcio. A caseína tipo kappa não precipita na presença de cálcio. * * * * * Aplicação Industrial das proteases: Clarificação da cerveja Fermentação Maturação Baixa temperatura: 0o C Depende do tipo de cerveja Finalidade: destruição do diacetil (amargo) Diacetil se converte em acetoína (sem sabor) Turvação: interação entre compostos fenólicos e polipeptídeos que se insolubilizam a baixas temperaturas * Aplicação Industrial das proteases: Clarificação da cerveja Utilização de proteases: Hidrolisam os peptídeos e impedem que eles se insolubilizem Enzimas utilizadas: papaínas – inespecíficas e termoestáveis (permanecem ativas após pasteurização) A presença de proteínas é vital para formação de espuma na cerveja – aparentemente a adição de papaína não afeta a formação de espuma (moléculas envolvidas são complexos de polipeptídeos, polifenóis, carboidratos e fosfatos – não é substrato para a enzima). * Aplicação Industrial das proteases: Amaciamento da carne Maciez – “atributo da carne cozida de ter fácil mastigabilidade sem perder sua textura característica” Maturação prolongada – catepsinas e calpaínas Aplicação de proteases: hidrolisam proteínas (miofibrilares e colágeno) da carne, tornando-a mais macia Papaína: mais aplicada – alta afinidade pela actina e boa atividade pelo colágeno desnaturado pelo calor A papaína possui temperatura de atividade 60 – 70o C – garante o amaciamento durante o cozimento. * Aplicação Industrial das proteases: Amaciamento da carne Dosagem da papaína: Carnes assadas: passam maior tempo na temperatura de ação da enzima – doses menores Carnes fritas: temperaturas muito altas em menores intervalos de tempo – doses maiores Carnes destinadas a restaurantes e serviços de alimentação – longo tempo de aquecimento – mistura bromelina + papaína (bromelina menos termorresistente é inativada após certo período de aquecimento – evita hidrólise excessiva) * Aplicação Industrial das proteases: Amaciamento da carne Métodos de aplicação da enzima: Método clássico: aplicação superficial da enzima em veículo de sal – prático e baixo custo, mas pode apresentar problemas na difusão Imersão: cortes submersos na solução da enzima. Problemas: difusão, contaminação cruzada, diluição da enzima pelos sucos da carne Injeção: uso de seringas e pistolas para aplicação no interior da peça. * Aplicação Industrial das proteases: Amaciamento da carne Métodos de aplicação da enzima: Injeção no animal vivo: Pré-tenderização Injeção da enzima na jugular do animal, 10 a 30 min antes do abate Distribuição uniforme da enzima em todos os tecidos através da corrente sanguínea Uso de enzima purificada A enzima não possui atividade na temperatura corporal do animal, só é ativa quando o corte da carne é aquecido * Aplicação Industrial das proteases: Amaciamento da carne Injeção no animal vivo: Para evitar hidrólise dos tecidos no animal vivo: enzima inativada antes da injeção com peróxido de hidrogênio (oxidação do sítio ativo da enzima) Nos tecidos após o abate, a concentração de O2 cai muito, favorecendo a redução do sítio ativo da enzima Atividade significativa só ocorre quando a enzima é aquecida em temperaturas superiores a 60o C
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