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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
UNIDADE JATAÍ
Lilian Leão da Silva Oliveira 
APLICAÇÃO DA QÚIMICA FORENSE NO ENSINO MÉDIO
JATAÍ
2017
APLICAÇÃO DA QÚIMICA FORENSE NO ENSINO MÉDIO
Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado a Unidade Acadêmica Especial de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Federal de Goiás, Regional Jataí, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura em Química.
Orientador: Professor Dr. Ricardo Alexandre F. de Matos
Jataí
2017
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Inserir aqui a ficha gerada a partir do Sistema de Geração Automática de Fichas Catalográficas, disponível no endereço
Lilian Leão da Silva Oliveira
APLICAÇÃO DA QÚIMICA FORENSE NO ENSINO MÉDIO
Trabalho de conclusão de curso de graduação apresentado a Unidade Acadêmica Especial de Ciências Exatas da Universidade Federal de Goiás como requisito para a obtenção do título de Licenciatura em Química.
Aprovado em: 28 de março de 2017.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Dr. Ricardo Alexandre Figueiredo de Matos (Orientador)
UFG/REJ
__________________________________________
Prof. Dr. Giovanni Cavichioli Petrucelli (Examinador)
UFG/REJ
__________________________________________
Prof. Alyson Benite de Freitas (Examinador)
UFG/REJ
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Estrutura da pele									15
Figura 2 – Material do Experimento								18
Figura 3 – Experimento Montado								19
Figura 4 – Estrutura do Cianoacrilato de Metila						19
Figura 5 – Polimerização do Cianoacrilato							19
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Questão 01 do Questionário							21
Gráfico 2 – Questão 02 do Questionário							21
Gráfico 3 – Questão 06 do Questionário							22
Gráfico 4 – Questão 07 do Questionário							23
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Questão 03 do Questionário							22
Tabela 2 – Questão 04 do Questionário							22
Tabela 3 – Questão 06 do Questionário							23
SUMÁRIO
1 RESUMO											8
2 INTRODUÇÃO										9
3 OBJETIVOS										13
3.1 Objetivos Gerais									13
3.2 Objetivos Específicos								13
4 DESENVOLVIMENTO									14
4.1 Perspectiva Histórica								15
4.2 Aplicação do projeto								17
5 CONCLUSÕES										24
6 REFERÊNCIAS										26
7 ANEXO 1 - CASO RICHTHOFEN							27
8 ANEXO 2 - QUESTIONÁRIO								32
1 RESUMO
A aula experimental é uma ferramenta muito importante no ensino de química na atualidade. Defender o experimentar na escola não significa negligenciar a responsabilidade sobre o ensino, a aprendizagem e o desenvolvimento e sim conciliar os objetivos pedagógicos da escola e do professor com as características essenciais da atividade lúdica e os desejos e necessidades dos alunos. Devido à menor pressão social existente sobre as aulas de experimentação, é possível observar comportamentos e maneiras de absorção de conteúdo. A inserção da experimentação nas aulas de química é bem mais interessante. Uso da aula invertida serve para conhecer melhor o conhecimento dos alunos. Diante disso este trabalho tem como objetivo apresentar ao aluno técnicas de revelação de impressão digital levando em consideração a aplicação de ciência forense no Ensino Médio como metodologia de estímulo à aprendizagem no ensino de química e perceber o papel desempenhado pela química no processo de investigação criminal, Pode-se verificar que muitos alunos não têm motivação pela área das ciências, que é descobrir o interesse, o valor de aproximar-se do mundo, indagando sobre sua estrutura e sua natureza. Com o tema, os alunos se motivaram muito com o projeto, pois interpretaram em questões criminais rotineiras o ensino de química começaram a ver a química como uma disciplina além da sala de aula. 
2 INTRODUÇÃO
Nunca se falou tanto em experimentos na escola como se vem falando atualmente. São diversos textos, artigos, livros, cursos e oficinas que abordam sobre a importância dos experimentos, principalmente em ambiente escolar. Contudo, na maior parte, esse abundante discurso, ou texto, apenas reproduz o dilema que sempre caracterizou a experimentação ao longo da nossa história. Ora a experimentação é vista como instrumental, servindo de meio para atingir algo, dando-lhe, assim, utilidade; ora é autotélica, ou seja, tendo valor por si mesma.
Nesse discurso, as práticas pedagógicas variam entre propiciar o “experimentar para ensinar conteúdos escolares” e “experimentar por experimentar”. Assim, ocorre, a experimentação sem objetivo pedagógico e não se ensina conteúdos banalizando está atividade tão importante no ensino de química. Essas práticas não conseguem encontrar um lugar para experimentá-lo na escola que a preserve como tal, sem que isso represente renúncia à sua missão de ensinar. De fato, isso é difícil, se trabalhar algo tão diferente nas escolas visto que a maioria das instituições públicas tem poucos aparatos que possa dar suporte para tais práticas pedagógicas, pois supõe uma verdadeira revolução na forma de pensar e agir em relação ao experimentar. 
Por outro lado, há quem questione a experimentação na escola: será que a abordagem do experimentar no ensino não reforça o individualismo, a competitividade e a busca do prazer imediato, comportamentos tão difundidos na atualidade e suspeitos de serem responsáveis pela crise ética e moral que acomete o nosso tempo? Diante de tantos e tão necessários novos aprendizados a fazer, experimentar na escola não é perda de tempo? A autoridade do professor, tão questionada, não será definitivamente abalada pelo fato de ele promover a experimentação em aula? 
Em meio a crise geral da educação, visível na falta de reconhecimento social do papel do professor e na desconfiança sobre a capacidade de ensinar da escola, é compreensível que uma química baseada no experimentar suscite descrédito e preocupação, tanto nos professores quanto nos alunos, reflexo de nossa sociedade. Por isso, faz todo o sentido que, uma vez mais, o tema da experimentação na escola, na educação infantil, no ensino fundamental, médio ou superior, seja posto em discussão. Assim, as práticas químicas dentro de uma perspectiva educativa e bem fundamentadas no ensino teórico, possam superar as críticas, tornando-se ferramentas que contribuam à aprendizagem dos alunos.. 
Uma primeira questão a esclarecer é que defender o experimentar na escola não significa negligenciar a responsabilidade sobre o ensino, a aprendizagem e o desenvolvimento. O nexo entre experimentar, ensinar e aprender se estabelece quando se conciliam os objetivos pedagógicos da escola e do professor com as características essenciais da atividade lúdica e os desejos e necessidades dos alunos. Para tanto, um grande desafio deve ser enfrentado como o de paradigmas que as aulas de química podem ser diferentes mediante as dificuldades financeiras e físicas da maioria das instituições, pois existem experimentos que tem bastante conteúdo. É necessário encontrar o equilíbrio sempre móvel entre o cumprimento das funções pedagógicas (ensinar conteúdos e habilidades, ensinar a aprender) e psicológicas (contribuir para o desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e criativo). Tudo isso na moldura do desempenho das funções sociais (preparar para exercício da cidadania e da vida coletiva, incentivar a busca da justiça social e da igualdade com respeito à diferença), sem propriamente dita (CHAVES, 2014).
Segundo Callois, 1990, além do mais, defender a presença de experimentos no ensino e a aprendizagem também não quer dizer fazê–la instrumento de modo a abandonar as explicações, pois, desse modo, ela corre, o risco de deixar de ser um experimento. Há, porém, que admitir que a aprendizagem de conteúdos específicos através da experimentação é imprecisa e não controlável. Isso ocorre porcausa das características do ato de experimentar, como a imprevisibilidade, a liberdade, a não literalidade (o “como se”), a regulação (regras explicitas e consensuais ou implícitas), a separação da vida ordinária (no tempo e no espaço) e a improdutividade (a ênfase no processo, e não o resultado ou produto).
Portanto, a desconfiança dos educadores em relação à experimentação não é de todo modo infundada: ainda não está inteiramente demonstrado (e talvez nunca venha a ser) que as aprendizagens dentro do experimento estão a serviço de outras aprendizagens. Porém, como algumas aprendizagens prévias são evidenciadas no experimento, ele se torna uma referência sobre as possibilidades de aprender. 
Devido à menor pressão social existente sobre as aulas de experimentação, o certo é que, experimentando, é possível observar comportamentos e maneiras de absorção de conteúdo, que talvez jamais fossem tentados, por medo do erro. Para Bruner e outros (1976), as oportunidades exploratórias propiciadas pelos experimentos promovem uma maneira não ameaçadora de manejo de novas aprendizagens, tais como a descoberta de regras e dos limites entre o real e a ficção, mantendo, ao mesmo tempo, a autoestima e a autoimagem do aprendiz. Por tudo isso, para esse autor, a aprendizagem se faz mais rápida quando se desenvolve em um contexto que envolva experimentação.
Temos diante de, nós um enorme desafio: como envolver o aluno? O que fazer para encantá-lo em salas de aula cheias, onde o único arranjo possível é o modo tradicional? O que fazer quando o aluno está presente, porém, não consegue concentrar?
Somos privilegiados por sermos professores que podem fazer a diferença, tendo em vista que, temos as ferramentas didáticas à nossa disposição. Contudo, está enganado quem pensa que a internet e as tecnologias disponíveis, por si sós, bastarão para essa geração, pois quantidade de informação que os jovens têm não se transforma em conhecimento que faça sentido sem a interferência de uma pessoa capacitada. Freire, diz que onde o homem não se liberta sozinho, ele precisa de outros homens para se libertar, ou seja, necessitamos da ajuda de pessoas que nos façam transformar em pessoas melhores, e assim, ajudar outras pessoas e o professor tem esta nobre tarefa.
. Essas informações, muitas vezes, são rasas e desconexas. Substituir o Google e aplicativos eletrônicos por uma aula investigativa e que substitua uma aula de química tradicional sendo que a mesma é bem aceita e traz muitas informações, que dará certo. Esses recursos por mais didáticos nunca substituirão a excelência de um professor. 
Estamos diante de uma geração que tem acesso à informação o tempo todo, em vários lugares diferentes, e a sala de aula, também se torna o lugar onde as informações podem ser convertidas em conhecimento. O papel do professor em sala de aula é oferecer o “algo” que instigue a curiosidade do aluno para o aprender. Em sala de aula é necessário aprofundar, debater e relacionar as diversas informações que os discentes trazem. Cada aula deve possuir uma dinâmica diferenciada, pois não se tem prévio conhecimento das questões que serão trazidas pelos alunos, nem como a leitura feita em casa ou em qualquer outro lugar vai impactar cada um. O aluno tem que se tornar coautor do processo ensino-aprendizagem. 
É evidente que o uso de experimentações na sala de aula não fará a diferença por si só. A estratégia em sala de aula, somada aos objetivos traçados pelo professor, é essencial. A utilização de metodologias, como uma aula invertida, onde a lógica é virada de cabeça para baixo: os alunos já sabem o que vai acontecer em sala, podendo levar suas anotações e dúvidas. Essa medida promove a autonomia, uma das muitas habilidades que devemos trabalhar na escola. Outra vantagem é ganhar mais tempo para aprofundar e debater assuntos importantes. 
Com este tipo de processo, pode-se avaliar quais são as dificuldades dos alunos, os pré-requisitos que estes ainda não dominam e os caminhos que se pode traçar com os mesmos. As aulas têm de ser construídas a partir de relatos descritos pelos alunos no questionário, o que possibilita acompanhar o desenvolvimento individual de cada um. Aqueles alunos que não conseguem perceber suas dificuldades e o que devem melhorar não conseguem desenvolver-se apropriadamente. A aula experimental seguida de uma aula invertida é um termo usado para caracterizar uma aula em que é dado o tema aos alunos e os mesmos, a priori, pesquisam sobre o assunto e trazem um prévio conhecimento do que vai ser explicado em aula. Com isto, leva-se estes alunos a perceberem quais pontos devem ser estudados e, que estão com dificuldades e como devem superá-las. Assim, de maneira precisa, vai-se direto ao problema e orienta-se para a sua superação. Contudo, não é necessário esperar a avaliação para que se percebam as deficiências de aprendizagem, pois, pode ser muito tarde para recuperar o conteúdo e promover a aprendizagem.
A inserção da experimentação nas aulas de química é bem mais interessante, embora, por outro lado, ela nos tire da zona de conforto. Afinal, é bem mais fácil montar uma aula do início ao fim pela nossa perspectiva em vez de usar a do aluno. Planejar uma aula pelo olhar do aluno, isto é o que de antemão é um dos objetivos da aula invertida, pois de antemão o assunto é introduzido antes mesmo de se ter iniciado o conteúdo, este método não faz parte da formação do professor, e esse olhar diferenciado pode ser obtido com a experimentação.
Uso da aula invertida serve para conhecer melhor o conhecimento dos alunos. O que interessa? O que encanta? Já tinha conhecimento sobre tal assunto? Não podemos deixar a ideia na cabeça do aluno que não se “aprende química”. Ele aprende sim, basta ensinar. É em como ensinar que devemos pensar e repensar. A ideia de transformar a sala de aula tem que ser reformulada de modo a possibilitar um ambiente propício à aprendizagem. Acreditar piamente que parte da classe docente pode mudar o estereótipo formado pela disciplina de química.
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVOS GERAIS
Reconhecer técnicas de revelação de impressão digital levando em consideração a aplicação de ciência forense no Ensino Médio como metodologia de estímulo à aprendizagem no ensino de Química.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Perceber o papel desempenhado pela Química no processo de investigação criminal;
Entender as diferentes características fundamentais de impressão digital de Vucetich;
Reconhecer os elementos químicos que apresentam nos reagentes de descoberta de impressão digital;
Observar que dentro de um procedimento de investigação pode-se utilizar a descoberta de impressão digital.
4 DESENVOLVIMENTO
O projeto Aplicação da Química Forense no Ensino Médio foi desenvolvido em uma turma do 3º ano, levando em consideração a importância do despertar a curiosidade dos alunos. Assim, as intervenções do educador, possibilita despertar uma consciência crítica sobre os fatos ocorridos na sociedade, as relações que se estabelecem entre os seres humanos, química e tudo que esteja a seu redor. 
Na escola, muitos aspectos são colocados em xeque, principalmente as questões relativas ao ensino de Química, devido os alunos terem uma imagem sobre as dificuldades em se estudar está área. 
De acordo com as Orientações Curriculares para o Ensino Médio, a especificidade de cada uma das disciplinas da área de ciências deve ser preservada. O diálogo interdisciplinar, transdisciplinar e intercomplementar devem ser assegurados no espaço e no tempo escolar por meio de uma nova organização curricular. Também compreende as formas pelas quais a Química influencia nossa interpretação do mundo atual, condicionando formas de pensar e interagir; por exemplo, discutir a associação no senso comum sobre os “produtos químicos”, como algo sempre nocivo ao ambiente ou à saúde (PCN 1997). E, o desenvolvimento deste tema permite o desenvolvimento de competências gerais como: articular e traduzir a linguagem do senso comum para a científica e tecnológica;identificar dados e variáveis relevantes presentes em transformações químicas; selecionar e utilizar materiais e equipamentos para realizar cálculos, medidas e experimentos; fazer previsões e estimativas; compreender a participação de eventos químicos nos ambientes naturais e tecnológicos (PCN 1997). 
As técnicas de impressão digital têm sido um dos métodos utilizados para investigação criminal. E, o estudo que trata da identificação humana chama-se de papiloscopia (papilas+ skopen= examinar), que é constituída por papilas dérmicas. E, pode ser dividida em três partes: A podoscopia, processo de identificação por meio das impressões das plantas dos pés, também chamada de plantares; a quiroscopia, que é o processo de identificação por meio das impressões palmares, ou seja, das palmas das mãos; e a datiloscopia: processo de identificação humana por meio das impressões digitais. Pode-se observar (figura 1) que a datiloscopia é composta por cristas e poros dermopapilares (nervuras ou linhas) que são visíveis os pequenos relevos e que desenham em diferentes padrões.
Figura 1 – Estrutura da pele (http://orbita.starmedia.com/~vitiello1/pele.html)
Ao se tocar em uma superfície a olho nu, não permite o reconhecimento da impressão digital. Porém, com os procedimentos e técnicas de investigação no recolhimento de digitais pode contribuir com grandes descobertas.
 Existem aspectos que contribui para a observação, e os principais elementos das impressões digitais são:
Cristas papilares (linhas pretas);
Sulcos papilares (linhas brancas);
Deltas (utilizados para a classificação dos vários desenhos);
Pontos característicos (ponto, ilhota, cortada etc).
Segundo Saukko (2008), é preciso muito cuidado e treino por parte dos peritos no manuseio dos reagentes e no seu uso no local do delito, afinal de contas, a fotografia e o estudo classificatório das digitais, são importantes para o processo de identificação. O trabalho laboratorial em ciências forenses e criminais é direcionado para o reconhecimento, identificação e avaliação de vestígios físicos, nomeadamente impressões digitais, recorrendo a um conjunto de ciências, em particular à Ciência de Materiais (Chemello 2006).
4.1 - Perspectiva Histórica (IDL)
Há muito tempo atrás que se suspeitava que a unicidade das impressões digitais poderia servir como método de identificação de indivíduos. Na antiguidade, na China e Babilônia, foram encontradas impressões digitais em placas de argila usadas como assinatura nas transações comerciais. No século XIV, na Pérsia, os documentos ditos do governo continham impressões digitais como assinatura (Pitkethly). 
A partir de metade do século XIX, técnicas alternativas de identificação pessoal foram ganhando espaço entre os investigadores criminais. Entre elas uma ficaria para a história: a impressão digital. As marcas das mãos e dos dedos já eram utilizadas como uma espécie de assinatura, principalmente nas colônias do então vasto império britânico. Em 1858, o administrador inglês William Herschel fazia com que os seus empregados “assinassem” contratos com a marca das suas mãos molhadas em tinta. Em 1877, o microscopista americano Thomas Taylor, que trabalhava no departamento de agricultura dos Estados Unidos, sugeriu, pela primeira vez, que os traços das mãos fossem utilizados para identificar criminosos. A sua ideia foi publicada no American Journal of Microscopy and Popular Science, mas não obteve grande repercussão.
Foi apenas em 1880 que o médico britânico Henry Faulds apresentou oficialmente um método de identificar as pessoas por meio das marcas existentes nos dedos. Publicado na revista científica inglesa Nature, o estudo de Faulds é considerado o marco inicial da técnica de dactiloscopia (ramo da lofoscopia que estuda as impressões dos dedos) (Impressão Digital 2008). Radicado no Japão, Faulds começou a ter interesse pelas impressões digitais por acaso. Observando cerâmicas antigas num museu de Tóquio, ele detectou marcas de dedos que ficaram impressas na superfície do pote durante milhares de anos. Comparando com as marcas deixadas pelos seus próprios dedos, Faulds percebeu que elas eram diferentes. Parecidas no conjunto, mas muito particulares nos detalhes. Assim, enviou as suas conclusões ao famoso biólogo britânico Charles Darwin, este enviou-as ao seu primo cientista Francis Galton. Foi ele quem tornou a análise das impressões uma ciência, desde que percebeu que os traços das impressões digitais possuíam características únicas em cada indivíduo, jamais se repetiam e eram mantidos inalterados durante toda a vida (Impressão digital 2008). Além disso, Galton classificou as linhas das pontas dos dedos em três tipos básicos: arcos, laços e espirais; num sistema cujos princípios perduram até hoje. 
Em 1901, o investigador inglês Edward Henry criou o departamento de identificação por impressão digital da Scotland Yard, a polícia inglesa que ficou famosa, entre outras coisas, por contar com os préstimos do fictício Sherlock Holmes, personagem de Arthur Conan Doyle que, não por acaso, andava sempre com uma lente de aumento. Foi a primeira iniciativa de se fazer um banco de dados com as impressões digitais de criminosos para serem comparadas com as marcas deixadas nos locais do crime (A. S. Peixoto, 2010). 
Os investigadores da Scotland Yard percebera que era inevitável que os criminosos deixassem as suas marcas (vestígios lofoscópicos). Em 1901 as impressões digitais foram pela primeira vez aceitas como prova em um tribunal, tendo sido adaptado o sistema de identificação por impressões digitais na Inglaterra e no País de Gales (Leadbetter). Em 1911, o advogado criminalista francês Edmond Locard propôs que 12 pontos característicos coincidentes bastavam para identificar uma impressão digital. Hoje, cada país adopta um número diferente de pontos para a identificação positiva (Impressão digital, 2008). 
Em mais de um século de uso, o método obteve sucessos históricos, mas também cometeu erros grotescos. Desde a descoberta, evoluiu muito e, hoje, diversas polícias no mundo usam um Sistema Automatizado Integrado de Identificação de Impressão digital (IAFIS(b)). O IAFIS é composto de dois subsistemas que processam buscas, armazenam e recuperam informação das bases de dados: o subsistema de armazenamento e recuperação de imagens e o subsistema de processamento de buscas. Nos Estados Unidos, o FBI tem um banco digital com mais de 54 milhões de impressões digitais de pessoas com cadastro (Leadbetter, 2008).
Desde 1903, o Brasil adotou a impressão digital como método de identificação de indivíduos. E, esse processo vem se aperfeiçoando a cada dia, pois exige muito cuidado e cautela na coleta de fragmentos. Quando a perícia entra na cena do crime é de suma importância as observações que devem ser adquiridas.
Neste projeto de pesquisa o foco é o reconhecimento de algumas técnicas de análises de impressão digital latente, que são explicitadas a seguir:
Pulverização catódica magnetrônica: Processo físico para fase vapor. Este processo permite a revelações de impressões digitais através do desprendimento deos elementos metálicos nas impressões digitais.
Ninidrina: este método utiliza à composição química ninidrina, a mesma reage com os aminoácidos deixados pelas impressões digitais, esta reação gera um produto púrpura, púrpura de Ruhemann, é considerado um método muito eficaz para superfícies porosas, como o papel. O pó é considerado muito eficiente, apesar das técnicas mais modernas.
Evaporação em vácuo: consiste na utilização dos metais quando colocados em vácuo estes metais não se depositam em superfícies não metálicas.
Revelação por pós: Neste método se utiliza reagentes sólidos em pó.
4.2 A aplicação do projeto
Utilizou se o método de aula invertida, em que os alunos chegam na escola com um prévio conhecimento do conteúdo que vai ser aplicado, O experimento é aplicado após a entrega da reportagem aos alunos: Caso Richthofen- Por Cezar de Lima e Felipe Faoro Bertoni, (Anexo 1), e apósa leitura os discentes respondem um questionário ( Anexo 2) sobre a reportagem e sobre o assunto relacionado a química forense. O caso da Família Richthofen foi escolhido, pois neste crime as revelações feitas pelas impressões digitais foram cruciais para o desfecho do crime, o intuito é fazer a aula invertida. 
A atividade experimental consiste em pegar um objeto que seja possível ficarem marcas de impressões digitais como um copo. Foi utilizado um recipiente com tampa, cola super bonder®, sob um aparto de papel alumínio, um sistema de aquecimento (Chapinha “Baby lise”) e um recipiente com água (Figura 2).
Figura 2 – Material do Experimento
Após isto colocou-se todos os aparatos dentro do recipiente com tampa e o material em que se encontra a impressão digital a ser coletada, neste um copo de vidro. Ligou-se o sistema de aquecimento e manteve-se este ligado por 20 minutos (Figura 3), após isto foi verificado a impressão digital da mão do aluno no copo de vidro (Figura 5).
Figura 3 – Experimento Montado
O método de coleta de impressão digital utilizado foi o Método da “Super Cola”. As colas Super Bonder® tem em sua composição os cianoacrilatos e os mesmos têm sido utilizados para revelar impressões digitais desde 1970 (Figura 4).
Figura 4 – Estrutura do Cianoacrilato de Metila
As impressões digitais em vapor de cianoacrilato de etila acontecem porque, quimicamente, o cianoacrilato (de metila ou de etila) polimeriza anionicamente, na presença de bases fracas, tais como íons hidróxido (OH-) ou de água (Figura 5). Temos então, uma camada polimérica branca no formato da impressão digital. Este método também revela vestígios de sangue e suor, sem destruir a prova e sem interferir nos testes de DNA. O cianoacrilato preserva a impressão digital por muito tempo.
Figura 5 – Reação do Cianoacrilato com água e a Impressão Digital Latente
Foi exposto para a turma os métodos mais utilizados na perícia criminal, para que os alunos conhecessem e percebessem que a química tem função importante nas resoluções de crimes (Peixoto, 2010). Outras técnicas que foram abordadas em sala de aula que podem tornar as impressões digitais visíveis à superfície é o Pó de impressão digital, onde envolve o uso de pó feito de partículas muito finas que é espanado sobre uma superfície levemente usando uma escova, e as partículas aderem à umidade e ao óleo nas impressões latentes, tornando-as visíveis; outro é o desenvolvedor químico ninidrina que foi descoberto em 1910 por Siegfried Ruhemann que quando em contato com os aminoácidos produz um sal de amônio chamado de “Roxo de Ruhemann”, com uma coloração púrpura clara e, a deposição de metal a vácuo (VMD), que requer uma câmara de vácuo, filamentos para evaporação dos metais utilizados, e algum tipo de visor para monitorar a decomposição do metal. 
Muitos conhecimentos estão envolvidos nesse projeto que os discentes partilharam com interesse e que proporciona novas descobertas. Os adolescentes nessa faixa etária não tem uma noção da relação da química forense com a química estabelecida pelos currículos, eles estabeleceram relações de causa e efeito entre os fatos e acontecimentos no cotidiano jornalístico criminal. O mais interessante são os laços criados por intermédio dos alunos que, aos poucos, vão sendo estabelecidos entre a escola e acontecimentos do cotidiano nessas aprendizagens que vão além dos muros da escola. Esses laços fazem com que os discentes participem e saibam opinar em diversos assuntos que possam envolver assuntos relacionados a química, conscientizando os alunos e influenciando-os quanto às temáticas estudadas.
Outras tantas atividades nessa área podem ser realizadas com turmas do Ensino Médio, a química forense não está no currículo do ensino médio mais adaptações podem surgir para que conteúdos inovadores passem a ser trabalhados como uma forma de gerar atração para uma disciplina que tão pouco agrada discentes. Todas podem ser adaptadas para o ensino médio, considerando também os conhecimentos prévios dos alunos. 
Foi aplicado um questionário aos alunos antes da aplicação do projeto e obtivemos os seguintes resultados que se seguem.
O Gráfico 1 nos mostra que 57% dos alunos tinham prévio conhecimento do caso Richthofen. Isso nos mostra que a grande divulgação midiática influencia no conhecimento do assunto, porém esta não apresenta detalhes técnicos de como o crime foi solucionado. E é exatamente esta lacuna que o projeto se comprometeu a preencher com o conhecimento químico do tema.
Gráfico 1 - Questão 01 do Questionário 
O Gráfico 2 corrobora exatamente com o que foi discutido sobre o Gráfico 1. Apesar de mais da metade dos alunos questionados terem conhecimento sobre o caso Richthofen, apenas 23% dos alunos associam a linguagem criminalística com o desenvolvimento da ciência, neste caso a Química. Isso nos demonstra uma falta de cultura científica, ocasionada às vezes, pela má divulgação de casos parecidos, visando-se apenas entreter ou hipnotizar o telespectador, ou por falta de interesse do próprio alunos em buscar estas respostas, muitas vezes por falta de estímulo na escola.
Gráfico 2 - Questão 02 do Questionário 
A tabela 1 já nos mostra que há um certo interesse em casos de cunho criminalístico, pois a maioria dos alunos (73%) compreende que há ferramentas que evitam mascarar ou coibir a obtenção de provas criminais.
Tabela 1 - Questão 03 do Questionário 
	Você acredita em crime perfeito diante das técnicas químicas e tecnológicas que temos hoje 
	SIM
	8
	NÃO
	22
A tabela 2 possui resultados que coincidem com as Questões 1 e 2 do Questionário, pois o fato principal de interesse no caso não tem viés científico e sim social. Observa-se que 60% dos alunos se interessaram pelo caso pelo fator familiar, 33% se interessaram pelo caso devido a motivação torpe do crime e apenas 7% dos alunos (2 alunos) se interessaram pelo caso devido a sua rápida solução, sendo este um fator que poderia associar o assunto a temas como a química.
Tabela 2 - Questão 04 do Questionário 
	Causa do impacto que o assassinato dos Richthofen
	
	Fato de o assassinato ter envolvimento familiar
	18
	Rapidez da solução do caso
	2
	Motivação do crime
	10
O Gráfico 3 mostra que se o aluno é instigado com questionamentos direcionados a química, este consegue associar a rápida solução do caso com trabalhos técnicos científicos da ciência forense, no caso a química. 40% dos alunos responderam que a química tem um papel de extremamente importante para a solução de crimes, 27% responderam que não possui papel importante e 33% não opinaram.
Gráfico 3 - Questão 06 do Questionário 
A tabela 3 nos confirma que 53% dos alunos não tinham conhecimento sobre o papel relevante da química na solução de crimes, e que 47% possuíam.
Tabela 3 - Questão 06 do Questionário
	Você sabia da importância da química na solução de crimes?
	SIM
	14
	NÃO
	16
	O Gráfico 4 nos mostra que há uma associação prévia do uso de impressões digitais com a solução de crimes. 60% dos alunos acreditavam que impressões digitais serviam apenas para desvendar crimes. Poucos (10%) associaram impressões com outros assuntos e 30% não responderam.
Gráfico 4 - Questão 07 do Questionário 
5 conclusões
O trabalho docente tem que ser mais direcionado ao guiar, de forma estruturada e planejada, a exploração dos estudantes e suas explicações sobre o que observam em vez de provê-las de explicações, modelos, teorias ou dados (POZO, 2002). O professor deve proporcionar o andaime, um andaime oculto, para que as aulas que envolvam a química e os experimentos tenha uma visão mais ampla. Dessa maneira, para muitos alunos, a aula foi vista de forma enriquecedora. 
O desafio, a surpresa, no arrebatamento, no envolvimento dos alunos por inteiro e no significado que possui o jogo e este prazer, que pode transbordar para outras atividades, como as escolares, tornando a aula de química mais atrativa. Desse modo o dilema do experimentar poraqui, também se aprende.
Uma das descobertas que mais me chamaram a atenção ocorreu quando um grupo de alunos exclamarem:
- Professora olha a minha digital, realmente funciona. Mais como minha digital foi parar neste copo com tanta precisão?
Diante desta pergunta os alunos começaram a discutir as explicações da professora.
É preciso transformar o trabalho na escola. Mesmo se tratando de Ensino Médio, diante a um currículo determinado a ser seguido, é possível explorar temas que interferem em nossa forma de viver, desencadeando uma influência positiva que parte de assuntos do cotidiano, e depois eles levarem tais temáticas como uma perspectiva positiva do ensino de química.
Pude verificar durante o estágio que muitos alunos não têm motivação pela área das ciências, os alunos não mostraram durante o ano interesse e nem se esforçaram para estudar, porém, o projeto aplicado sobre a Química Forense no Ensino Médio os alunos ficaram encantados, pois assimilaram o seriado CSI com as técnicas de investigação. 
Se tudo o que o aluno procura na ciência é a aprovação (ou a nota máxima), uma vez que tenha conseguido seu objetivo, irá esquecer comodamente tudo o que tiver aprendido. A verdadeira motivação pela ciência é descobrir o interesse, o valor de aproximar-se do mundo, indagando sobre sua estrutura e sua natureza, descobrir o interesse o interesse de fazer perguntas e procurar as próprias respostas. Nesse caso, o valor de aprender é intrínseco àquilo que se aprende, e não alheio a isso.
Claxton, 1984, diz: “motivar é mudar as prioridades de uma pessoa”, seria questão de partir dos interesses e preferências dos alunos para gerar outros novos. Para isso, o ensino deve tomar como ponto de partida os interesses dos alunos, buscar a conexão com seu mundo cotidiano com a finalidade de transcendê-lo, de ir além e introduzi-los, quase sem que eles percebam, na tarefa científica. Não se deve supor que, para aprender ciências, os alunos devem ter desde o começo as atitudes e os motivos dos cientistas; na verdade, é preciso projetar um ensino que gere tais atitudes e motivos.
Diversos autores destacam que essas estratégias didáticas de motivação devem estar baseadas na identificação de centros de interesse, no trabalho cooperativo, na autonomia e na participação ativa dos alunos, envolvendo mudanças substanciais na própria organização das atividades escolares, mostrando que a motivação não é algo que está ou não está no aluno, mas que é resultado da interação social na sala de aula.
No entanto, outra maneira de melhorar a motivação, além de mudar o valor das tarefas, é aumentar a expectativa de êxito dos alunos nas tarefas. A motivação não é apenas, é causa, mas também consequência da aprendizagem. Sem aprendizagem não há motivação. Se, apesar de se esforçar, o aluno tem a expectativa de que não será aprovado ou de que não aprenderá nada (dependendo de suas metas), dificilmente se esforçará. Dado que a valorização que o aluno faz de sua expectativa de êxito dependerá muito da avaliação que recebe do professor, essa avaliação acaba sendo um dos motores fundamentais da motivação. 
Os alunos se motivaram muito com o projeto, pois interpretaram em questões criminais rotineiras o ensino de química começaram a ver a química como uma disciplina além da sala de aula. 
6 REFERÊNCIAS
A.S. Peixoto, A.S. Ramos. Filmes Finos & Revelação de Impressões Digitais Latentes. Universidade de Coimbra, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Dept. de Eng. Mecânica,v3030-788 Coimbra, Portugal, 2009.	
BRAGA, Piera. Território e confini del gioco. In: BORGHI. Battista Quinto (et al). Gioco, cultura e formazione: temi e plemidi pedagogia Dell”infanzia.
Chaves, A. B. A IMPORTANCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. GUARABIRA, PB, (02 de agosto de 2014).
CHEMELLO, Emiliano. Ciência Forense: Impressões digitais. Química Virtual. 2006. Disponível em: www.quimica.net/emiliano/artigos/2006dez_forense1.pdf, acessado em 29/10/2016
CLAXTON, G. Live and learn. Londres: Harper et Row, 1984. 
Joseph, W.CRIME SCNE CHEMISTRY: FINGERPRINT DETECTION. COMPOUND INTEREST, 2016
M. Pitkethly, “Nanotechnology and forensics”, Materials Today 12 (2009) 6.
M.J. Leadbetter, “Fingerprint evidence in England and Wales – The revised standard”, Medicine Science and the Law 45 (2005) 1-6.
POZO, J.I.; CRESPO, M.A. A aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
POZO, J.I. Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Saukko, Paula.The Anorexic Self: A Personal, Political Analysis of a Diagnostic Discourse, State University of New York Press, Albany, 2008.
WARD, H. e cols. Ensino de ciências. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2010.
7 ANEXO 1 – CASO RICHTHOFEN 
Caso Richthofen
Por Cezar de Lima e Felipe Faoro Bertoni
O CASO
Os corpos do casal jaziam na cama. Ambos com severas lesões na cabeça. Havia respingos de sangue no chão, na cama e na parede. No interior da boca da mulher havia sido enfiada uma toalha. Apenas o quarto e mais um cômodo da mansão estavam revirados, e, no chão, ao lado do corpo do homem, havia uma arma com somente um cartucho deflagrado.
“O local do crime fala. Você apenas precisa aprender a sua linguagem. Sabia-se que a pessoa que cometeu esse crime era íntima da casa, pois seu modus operandi não era de um típico delito de latrocínio.” (Dr. Ricardo Salada, Perito Criminal)
Em outubro de 2002, no bairro do Campo belo, zona sul de São Paulo, na noite do dia 31, ocorreu um fato criminoso que, sem sombra de dúvidas, abalou o país. Era o início do “Caso Richthofen”.
Manfred e Marísia von Richthofen, foram atingidos com diversos golpes na cabeça por dois agressores (Daniel e Cristian Cravinhos), que ficaram conhecidos como “os irmãos Cravinhos”. O mórbido cenário guardava como pano de fundo um detalhe que chocaria a população brasileira, qual seja: o crime tinha sido planejado e comandado pela filha do casal, a bela Suzana von Richthofen, que na época dos fatos tinha apenas 18 anos de idade.
O homicídio fora movido pela seguinte razão: a família von Richthofen não aprovava o relacionamento amoroso entre Suzana (rica e culta) e Daniel (mais humilde e menos culto). A solução adotada pelo casal foi pragmática, ceifar a vida dos pais de Suzane.
Após a execução do plano, os criminosos resolveram simular um latrocínio, pois, dessa forma, sem a presença dos pais, Suzane poderia viver com seu namorado e, além disso, ganharia parte da valiosa herança deixada pelos seus pais. Para isso, contaram com a ajuda do irmão de Daniel, Cristian Cravinhos.
Na noite do crime, Suzane abriu a porta de entrada da casa permitindo que os irmãos Cravinhos tivessem acesso à residência. A partir daí, baseado nas confissões dos acusados no plenário do júri, Suzana teria subido ao segundo andar da casa e, após verificar que seus pais estavam dormindo, determinado que os irmãos cravinhos subissem e cometessem o homicídio, executando duros golpes na cabeça das vítimas.
A FAMÍLIA VON RICHTHOFEN
Tendo como patriarca um engenheiro alemão, naturalizado brasileiro, e matriarca uma renomada psiquiatra, a base familiar era constituída de uma educação rígida. Pelos relatos dos vizinhos, a família era muito discreta, dificilmente faziam festas na residência. Suzane, aos 18 anos, cursava Direito e falava três idiomas.
O CRIME
Suzane e os irmãos Cravinhos planejaram todo o crime. Na noite do fato, Suzane e Daniel Cravinhos, namorados, iniciaram o planejamento criminoso levando Andreas, irmão de Suzane, na época com 15 anos de idade, para uma lan house. Ao deixarem Andreas no cyber café, Cristian, irmão de Daniel, que estava próximo do estabelecimento, entrou no carro de Suzane, e os três dirigiram-se para a mansão dos von Richthofen.
O vigia da rua percebeu que o carro de Suzane ingressou na garagem da mansão por volta da meia noite. Ao adentrarem no pátio, Suzane abriu a porta da casa para que os irmãos Cravinhos, já deposse de barras de ferro, ingressassem na casa. A filha do casal subiu até o segundo andar, acendeu a luz do corredor e, após confirmar que seus pais estavam dormindo, determinou que os irmãos entrassem no quarto do casal.
Suzane teria separado sacos e luvas cirúrgicas para utilizarem no crime. Daniel golpeou o pai de Suzane (Manfred), enquanto Cristian golpeava a mãe (Marísia). Ambas as vítimas sofreram golpes na cabeça até a morte. Foram constatadas fraturas nos dedos da mão de Marísia, quem, segundo a perícia, teria tentado (em vão) se proteger, colocando a mão na cabeça. A violência dos golpes impediu qualquer reação do casal.
A cena do crime exalava crueldade, acentuada pela toalha suja de sangue que estava enfiada na boca de Marísia. O mórbido detalhe teria sido realizado, segundo a confissão de Cristian, pois a vítima, após os golpes, emitia sons parecidos com roncos, o que levou os agressores a concluírem que ela ainda estava viva.
Após verificarem que ambos estavam mortos, os agressores reviraram o quarto do casal e colocaram uma arma, calibre 38, de propriedade do pai de Suzane, ao lado do corpo de Manfred. No momento em que os agressores praticavam os golpes, não se tem certeza da posição de Suzane na casa, mas possivelmente estivesse aguardando o trágico desfecho no andar debaixo. Por outro lado, as investigações apuraram que Suzane estava junto com os irmãos Cravinhos no momento em que colocaram a toalha na boca de Marísia. Além disso, ela forneceu sacos plásticos para que os agressores depositassem as roupas e as barras de ferro usadas no crime para que pudessem descartar o material que nunca foi encontrado.
Como parte do plano, Suzane, utilizando uma faca, abriu uma maleta de seu pai, na qual sabia se encontrar dinheiro, e pegou cerca de oito mil reais, seis mil euros e cinco mil dólares, além de algumas jóias pertencentes ao casal, em uma vã tentativa de forjar um latrocínio, rapidamente descartado pelos investigadores. Tal quantia foi entregue a Cristian, como pagamento pela sua participação.
Após a execução, o casal de namorados passou para a última fase do plano: produzir um álibi. Após saírem da mansão e deixarem Cristian no apartamento onde morava, Suzane e Daniel foram para um motel na zona sul de São Paulo. Por lá, solicitaram a suíte presidencial, pagando o valor de R$ 300,00, sendo que Daniel solicitou uma nota fiscal da quantia. A intenção de criar um álibi impediu o casal de constatar o quão não usual era a conduta de solicitar nota fiscal para quartos de motéis. Essa desastrada medida somente ressaltou as suspeitas já existentes.
Cerca de 03h da manhã o casal deixa o motel e busca o irmão de Suzane na lan house. Ao pegar o irmão Andreas, os três foram até a casa de Daniel e por volta de das 04h da manhã Suzane e Andreas voltaram para casa.
Quando chegaram na mansão, Suzane teria estranhado o fato das portas estarem abertas. Andreas teria entrado na biblioteca da casa e gritado para os pais, enquanto Suzane foi até a cozinha, pegou um faca, e entregou ao seu irmão dizendo para que ele esperasse no lado de fora da casa. Nisso, depois de ligar para Daniel, Suzane se juntou ao seu irmão.
Daniel acionou a polícia e requisitou uma viatura, pois havia uma suspeita de assalto na casa de sua namorada.
No momento em que chegou a viatura, os policias militares, tomando o cuidado que a situação exigia, após ouvirem os relatos de Suzane e Daniel, que ainda estavam ao lado de fora da mansão, ingressaram na residência e notaram que a casa estava toda organizada, exceto o quarto do casal onde estavam os corpos.
Constatando o grotesco quadro que encontraram – Manfred e Marísia mortos na cama com severas lesões na cabeça – os policiais tomaram todos os cuidados para contar aos filhos das vítimas o que tinha acontecido. De imediato, após relatar o ocorrido, o Policial Alexandre Boto, estranhou a manifestação fria que Suzane fez ao receber a notícia de que seus pais estavam mortes. Sua reação teria sido: “O que eu faço agora?” “Qual é o procedimento?”
De pronto, o policial verificou que algo estava errado e isolou toda a casa para que se preservasse a cena do crime.
AS INVESTIGAÇÕES
Desde o começo das investigações, a hipótese de latrocínio foi vista com muita desconfiança. Isso porque no local do crime muitos elementos chamaram atenção dos investigadores, como: (i) o fato de apenas o quarto do casal estar bagunçado; (ii) algumas joias terem sido deixadas no local; (iii) a arma da vítima não ter sido levada, etc.
Em busca de respostas, a polícia começou a investigar as pessoas mais próximas da família: filhos, empregados, colegas de trabalho. Não tardou a vir a tona a informação de que o relacionamento de Suzane e Daniel não era aceito pela família von Richthofen. A partir daí a investigação passou a considerar Suzane e Daniel como os principais suspeitos.
No decorrer das investigações, aportou à autoridade policial um elemento inesperado, qual seja, a informação de que Cristian Cravinhos, irmão de Daniel, teria realizado a aquisição de uma motocicleta e realizado o pagamento em notas de dólares. Intimado para prestar esclarecimentos, Cristian foi ouvido, simultaneamente, mas em ambientes separados, com Daniel e Suzane. Cristian não resistiu à pressão e foi o primeiro a sucumbir, tendo confessado o delito: “eu sabia que a casa ia cair”. Em seguida, Daniel e Suzane também sucumbiram.
O JULGAMENTO
O julgamento do trio assassino demorou aproximadamente 6 dias, tendo início em 17 de julho e encerramento na madrugada de 22 de julho de 2006. Na sessão plenária os réus apresentaram versões conflitantes. Suzane afirmou que não teve qualquer participação no homicídio dos pais, que teria sido concebido e executado pelos irmãos Cravinhos.
Cristian, inicialmente, teria imputado a autoria a Daniel, afirmando não ter participação no duplo homicídio. Esclareceu que assumiu a autoria na fase investigativa na tentativa de auxiliar seu irmão a enfrentar uma pena mais baixa. Segundo relatou, teria tentado demover Suzane e Daniel do intento homicída, mas ambos estavam irredutíveis.
Daniel, por sua vez, afirmou ter sido “usado” por Suzane como instrumento para dar cabo ao plano por ela elaborado.
Posteriormente, Cristian prestou novo depoimento confessando sua participação no delito, afirmando que  desfechou golpes em Marísia von Richtofen até a morte.
Durante o plenário, as provas foram trabalhadas e os peritos que funcionaram no caso explanaram seu entendimento com a exibição de imagens e as considerações técnicas sobre as perícias.
Ainda, foram lidas cartas de amor trocadas pelo jovem casal Suzane e Daniel, momento em que Daniel teve que ser retirado da sala de sessões, diante de seu descontrole emocional, ao passo que Suzane não demonstrou reação emocionada.
Após a votação na sala secreta, os jurados consideraram os três réus culpados da prática do duplo homicídio qualificado, tendo sido Daniel condenado à pena de 39 anos e 6 meses de reclusão, Suzane à pena de 39 anos de reclusão e Cristian 38 anos de reclusão.
O CASAMENTO NA PRISÃO
Durante o cumprimento de sua pena na prisão, Suzane von Richtofen se “casou” com Sandra Regine Gomes, conhecida como Sandrão, detenta condenada à pena de 27 anos de reclusão por sequestrar e matar um adolescente de 14 anos.
ATUALMENTE
Suzane von Richthofen, hoje com 32 anos de idade, encontra-se cumprindo a pena pela qual foi condenada, no regime semiaberto, tendo obtido recentemente autorização da justiça para realizar o curso de Administração de Empresas na Universidade de Anhanguera de Taubaté. O dia 11 de março de 2016 foi a primeira vez que Suzane deixou a prisão, em saída temporária, desde o ano de 2006, quando foi condenada.
Os irmãos Cravinhos também cumprem pena no regime semiaberto.
Suzane von Richthofen durante toda a investigação, processo e julgamento demonstrou-se fria e sem reações acaloradas. Será possível cogitar que, caso não tivesse sido presa pelo grave crime que cometeu em 2002, pudesse estampar a coluna de quinta-feirado Canal Ciências Criminais, sobre os Serial Killers?
REFERÊNCIAS
Documentário Investigação Criminal – Caso Suzane Von Richtofen
Richtofen: o assassinato dos pais de Suzane – Roger Franchini
8 Anexo 2 - Avaliação Inicial
Universidade Federal de Goiás
Regional Jataí
Estágio de Licenciatura 3
AVALIAÇÃO INICIAL
Essa pesquisa tem como objetivo diagnosticar o grau de conhecimento acerca da reportagem aplicada e a relação investigativa 
Você conhecia o Caso Richthofen?
( ) SIM OU ( ) NÃO
O perito criminal Ricardo Salada fez o seguinte comentário: 
“O local do crime fala. Você apenas precisa aprender a sua linguagem. Sabia-se que a pessoa que cometeu esse crime era íntima da casa, pois seu modus operandi não era de um típico delito de latrocínio.”
Você acredita que a linguagem criminalista pode ser traduzida através da química?
( ) SIM OU ( )NÃO
Você acredita em crime perfeito diante das técnicas químicas e tecnológicas que temos hoje?
( ) SIM OU ( ) NÃO
O caso Richtofen foi muito comentado por profissionais da área do direito, químicos, jornalistas e pessoas que não tinham nada a ver com as áreas envolvidas. Você acredita que tal repercussão do caso foi porque, marque a alternativa que expressa sua opinião referente ao impacto que o assassinato causou?
( ) O fato do assassinato ter o envolvimento familiar;
( ) A rapidez da solução do crime 
( ) A motivação do crime
O caso Richthofen foi desvendado com uma rapidez espetacular, você considera que a química tem um papel de extremamente importante para a solução de crimes.
( ) SIM ( ) NÃO
Quando tocamos num objeto com as mãos deixamos resíduos, muitas vezes invisíveis, de suor, gordura e aminoácidos. Estes resíduos são deixados pelas nossas impressões digitais que, por não serem visíveis, são chamadas de latentes. O papel da Química é tornar visível o que a olho nu é invisível. Você sabia da importância da química na solução de crimes?
( ) SIM ( ) NÃO
As impressões digitais depois de reveladas são recolhidas, fotografadas e processadas para tentar descobrir quem cometeu o crime. A natureza não duplica, cada uma de nós, mesmo os gêmeos verdadeiros, temos impressões digitais únicas que nos identificam. É por este fato, que as impressões digitais são tão importantes na resolução dos crimes. As impressões digitais podem ser divididas em três formações básicas, que são os laços ou presilhas (loops), os arcos (arches) e as espirais ou vertículos (whorls):
	
	Principais tipos de impressões digitais
As digitais são importantes somente para desvendar crimes? 
( ) SIM ( )NÃO

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