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Noções de Função Derivada Seja y = f( x) a função que está representada no gráfico, e sejam x0 e x0 + (x dois valores de seu domínio. A razão incremental é dada por : Denomina-se função derivada o limite de quando (x tende a zero ( assume valores muito pequenos ). E indica-se por : NOTA: A função derivada também pode ser indicada por : y´ ( lê-se, derivada de y ) ( lê- se, derivada de y em relação a x ) Exemplo : Dada a função , definida em R , calcular a função derivada . Regras Fundamentais de Derivação: Derivada da função constante : ; k(R é nula, isto é : Derivada da função identidade : é 1, ou seja : Derivada da função potência : Exemplos: 1. 2. 3. Derivada da função seno: Derivada da função cosseno: Derivada da função exponencial : Exemplo: Derivada da função logarítmica neperiana: CAPÍTULO 4 - Movimento em duas e em três Dimensões 4.1 – Considerações Gerais: Aqui serão estendidas as considerações apresentadas nos capítulo anterior para os casos bi e tridimensionais. Vamos utilizar álgebra vetorial nos conceitos já vistos ( posição, velocidade, deslocamento e aceleração ) 4.2 – Posição e Deslocamento : Em geral, a localização de uma partícula é determinada pelo vetor posição r, que é um vetor que de um ponto de referência ( geralmente a origem de um sistema de coordenadas ) até a partícula. Pela notação de vetores, escrevemos r como : r = xi + yj + zk , onde xi , yj e zk são as componentes vetoriais de r, e os coeficientes x, y e z são as componentes escalares. Ao longo do eixo x, P está 3 unidades da origem, no sentido –i . Ao longo do eixo y, está à duas unidades da origem, no sentido +j . E, ao longo do eixo z, está a 5 unidades da origem, no sentido +k. Ex.: Inicialmente, o vetor posição de uma partícula é r1 = -3i + 2j + 5k e logo depois é r2 = 9i + 2j + 8k . Qual é o deslocamento de r1 para r2 ? Solução : (r = r2 – r1 = ( 9i + 2j + 8k ) – ( -3i + 2j + 5k ) = 12i + 3k Nota : Este vetor deslocamento é paralelo ao plano xz, porque sua componente y é nula; um fato constatado pelo resultado numérico. 4.3 – Velocidade e Velocidade Média: Uma partícula que sofre um deslocamento (r, durante um intervalo de tempo (t , tem velocidade média: A velocidade instantânea é o limite de , quando (t tende para zero. Lembramos que esse limite é a derivada de r em relação á t ou seja, ; Substituindo r pela expressão r = xi + yj + zk , temos : ; os coeficientes são as componentes escalares de v: A posição da partícula P, na sua trajetória, é mostrada no instante t1 e no instante t1 + (t seguinte. O vetor (r é o deslocamento da partícula, no intervalo (t. Também é mostrada a tangente à trajetória no instante t1. NOTA : No limite, quando (t tende a zero, a velocidade média tende para v ( velocidade instantânea ) , e também, a velocidade média tem a direção da tangente. Logo, v também tem a mesma direção, isto é, sempre tangente à trajetória da partícula. 4.4 – Aceleração e Aceleração Média: Quando a velocidade de uma partícula varia de v1 para v2, no intervalo de tempo (t, sua aceleração média , durante este intervalo de tempo é : Aceleração instantânea a é o limite de a quando (t tende a zero, ou seja, Quando a velocidade varia em módulo e/ou direção, significa que existe uma aceleração: ou ( onde as três componentes escalares do vetor aceleração são: Exemplo 1: Uma lebre atravessa correndo um estacionamento de veículos . A trajetória percorrida pela lebre é dada pelas componentes do seu vetor posição com relação à origem das coordenadas, que são função do tempo: x = -0,31t2 + 7,2t + 28 e y = 0,22t2 – 9,1t + 30 As unidades dos coeficientes numéricos nessas equações são tais que , se substituirmos t em segundos, obteremos x e y em metros. a) Calcule o vetor posição r da lebre (módulo e direção) em t=15 s : x = ( - 31) ( 15 )2 + ( 7,2 )( 15 ) + 28 = 66 m ; y = ( 0,22 )( 15 )2 – ( 9,1 )( 15 ) + 30 = -57 m Módulo do vetor r : Direção do vetor r : o ãngulo ( que r faz com o semi-eixo positivo x é : Nota : Embora a tangente de ( = 139o seja igual à de ( = -41o, não consideraremos o ângulo de 139o, por ser incompatível com os sinais das componentes de r. b) Calcule o módulo e a direção do vetor velocidade da lebre em t = 15s. Componente da velocidade na direção x : Em t = 15s, obtemos : Componente da velocidade na direção y : Em t = 15s, obtemos ; Módulo do vetor v : Direção do vetor v : Nota : Embora o ângulo de 50o tenha a mesma tangente, os sinais das componentes indicam que o ângulo desejado está no terceiro quadrante, ou seja, 50o – 180o = -130o, O vetor velocidade é tangente à trajetória da lebre e aponta na direção em que ela está correndo, em t = 15s. c) Calcule também o módulo e a direção do vetor aceleração em t = 15s . Componente da aceleração na direção x : Componente da aceleração na direção y : Observamos que a aceleração é invariável com o tempo, Podemos verificar que o vetor a tem módulo e direção constantes em toda trajetória , (os cálculos são semelhantes ao item b). Exemplo 2 : Uma partícula com velocidade (em m/s2 ) em t = 0 está sob uma aceleração constante a , de módulo igual a 3,0 m/s2 , fazendo um ângulo ( = 130° com o semi-eixo positivo x . Qual a velocidade v da partícula em t = 2,0 s , na notação dos vetores unitários, assim como seu módulo e direção (em relação ao semi-eixo positivo x) ? Solução : Como a é constante, a equação é aplicável ; entretanto , deverá ser usada separadamente para calcular vx e vy (as componentes x e y do vetor velocidade v ), pois as componentes variam de maneira independente uma da outra. Encontramos então e Onde v0x (= - 2,0m/s) e v0y (= 4,0 m/s) são as componentes x e y de v0 , e ax e ay são as componentes x e y de a . Para determinar ax e ay , decompomos a com o auxílio da equação e = ( 3,0 m/s2) (cos 130°) = - 1,93 m/s2 , = ( 3,0 m/s2) (sen 130°) = + 2,30 m/s2 . Substituindo esses valores em vx e vy , temos vx = - 2,0 m/s + (-1.93m/s2) (2,0s) = -5,9 m/s , vy = 4,0 m/s + (2,30m/s2) (2,0s) = 8,6 m/s , Então , em t = 2,0 s, temos v = (-5.9m/s)i + (8,6 m/s)j 4.5 – Movimento de Projéteis: É o movimento de uma partícula que executa um movimento bidimensional ( horizontal e vertical ) com aceleração g de queda livre para baixo. N a análise desse movimento desprezaremos os efeitos da resistência do ar. O projétil( a partícula ) é lançado em x0 = 0 e y0 = 0 com velocidade inicial , v0 = v0x i + v0yj . No gráfico abaixo são mostradas a velocidade inicial e as velocidades, com suas componentes escalares, em vários pontos da trajetória. A componente horizontal da velocidade permanece constante, ao tempo em que a componente vertical da velocidade varia sob a ação da gravidade. O alcance R é a distância horizontal do ponto de lançamento, até o ponto em que o projétil volta à mesma altura do lançamento. O Movimento Horizontal : Como não existe aceleração n a direção horizontal, a componente horizontal da velocidade permanece constante durante o movimento. O deslocamento horizontal x – x0 a partir de uma posição inicial x0 é dado pela equação: Movimento Vertical : O movimentovertical segue a análise do movimento de uma partícula em queda livre. As equações a serem utilizadas são : ; Onde Equação da Trajetória ( caminho percorrido pelo projeto ): Alcance Horizontal : Os Efeitos do Ar A trajetória das duas bolas Trajetória I (Ar) Trajetória II (Vácuo) Alcance Altura máxima Tempo de percurso 97 m 52 m 6,6 s 175 m 75 m 7,9 s O ângulo de lançamento é de 60° e a velocidade de lançamento é de 160 km/h. (I) A trajetória do lançamento de uma bola, levando em conta a resistência do ar (calculada por computador). (II) A trajetória que a bola teria no vácuo, calculada pelos métodos já conhecidos. Exemplo : Um avião de salvamento está voando a uma altitude constante de 1.200m à velocidade de 430 km/h, numa trajetória diretamente sobre o ponto em que uma pessoa está se debatendo na água. Em que ângulo ( de mira o piloto deve lançar a cápsula de salvamento, para que esta caia bem próximo à pessoa? A velocidade inicial da cápsula é a mesma do avião. Isto é, a velocidade inicial v0 é horizontal, e vale 430 km/h. Podemos calcular o tempo de vôo da cápsula, Fazendo y – y0 = 1.200 m (o sinal menos significa que a pessoa está abaixo da origem) e (0 = 0, obtemos: . Resolvendo para t, achamos . Assim obtemos a distância horizontal percorrida pela cápsula (e pelo avião ) durante esse tempo: = (430 km/h) (cos0° ) (15,665 s) ( 1h / 3600 s) = 1,869 km = 1.869 m Se x0 = 0, então x = 1.869 m . O ângulo de mira então é Como o avião e a cápsula têm a mesma velocidade horizontal, o avião permanece verticalmente sempre sobre a cápsula, enquanto ela estiver voando. Exemplo : Num filme publicitário, um ator corre pelo telhado de um prédio e salta, na horizontal, para o telhado de outro prédio mais abaixo, conforme mostrado na figura. Antes de tentar o salto, sabiamente quer avaliar se isto é possível. Ele pode realizar o salto se sua velocidade máxima sobre o telhado for de 4,5 m/s ? Ele levará um tempo para cair 4,8 m, o que pode ser determinado pela equação . Fazendo y – y0 = - 4,8 m (observe o sinal) e (0 = 0, e utilizando a equação dada acima , obtemos Agora perguntamos: “ Que distância ele alcançará horizontalmente nesse tempo? ” = ( 4,5 m/s ) (cos 0°) (0,990 s) = 4,5 m Para alcançar o outro prédio, o homem teria de se deslocar 6,2 m na horizontal). Logo, o conselho que damos ao ator é : “Não salte.” Exemplo : A figura mostra um navio pirata ancorado a 560 m de um forte, que defende a entrada de um porto, em uma ilha. O canhão de defesa está localizado ao nível do mar e tem uma velocidade de tiro de 82 m/s . Qual o ângulo de elevação do canhão para atingir o navio pirata ? Resolvendo a equação para 2(0 , obtemos . Há dois ângulos cujo seno é 0,816, ou seja 54,7° e 125,3°. Logo, achamos e O comandante do forte pode ordenar qualquer uma dessas elevações para o canhão atingir o navio pirata (se não houver influência do ar!). Qual o tempo de percurso do projétil, até alcançar o navio, para cada um dos dois ângulos de elevação calculados anteriormente ? Calculando t para (0 = 27°, temos Repetindo o cálculo para (0 = 63°, obtemos t = 15 s . O que é razoável pois o tempo de percurso para maiores ângulos de elevação deve ser, também, maior. A que distância do forte deve ficar o navio pirata, para se manter fora do alcance do canhão ? Vimos que o alcance máximo corresponde a um ângulo de elevação (0 de 45° na equação de alcance horizontal, temos À medida que o navio pirata se afasta, os dois ângulos de elevação com que o navio pode ser atingido se aproxima, tendendo para (0 = 45° quando o navio está a 690 m de distância. Além desse ponto, o navio está a salvo. 4.6 – Movimento Circular Uniforme: Uma partícula está em movimento circular uniforme se percorre um círculo ou arco circular com velocidade constante. O fato de v ser um vetor, faz com que a partícula esteja acelerada devido à mudança de direção deste . A aceleração responsável pela mudança de direção da partícula é a aceleração centrípeta( ). Uma partícula se desloca em movimento circular uniforme, com velocidade constante v, num círculo de raio r. Suas velocidades nos pontos P e q , eqüidistantes do eixo y, são vp e vq, dadas por suas componentes horizontal e vertical, naqueles pontos. A aceleração instantânea da partícula, em qualquer ponto, tem módulo e aponta para o centro do círculo. Os vetores velocidade e aceleração para uma partícula em movimento circular uniforme. Os módulos são constantes, mas as direções variam continuamente. Não há uma relação fixa entre a direção do vetor velocidade e a direção do vetor aceleração. A figura abaixo mostra exemplos em que o ângulo entre esses dois vetores varia de 0o e 180o. y f(x0 + (x) f (x0 ) o x0 x0 + (x x � EMBED Equation.3 ��� 5k 2j -3i r y x z P ( O y o x (r � P ( r1 r2 Trajetória de P tangente à curva � EMBED Equation.3 ��� y o ax ay a ( P x Trajetória de P v0 (0 v0y v0x v vy = 0 vx vy ( v x y 0 R x - x0 = ( v0cos( )t � EMBED Equation.3 ��� � EMBED Equation.3 ��� � EMBED Equation.3 ��� � EMBED Equation.3 ��� � EMBED Equation.3 ��� � � Nesta distância, o canhão de defesa do porto pode atingir o navio pirata estando em dois ângulos de elevação diferentes ( O x y P ( q ( ( vp P ( ( ( vpy vpx vqx vqy vq r r ( O ( ( ( v v v a a a � _1154411356.unknown _1154435858.unknown _1154452302.unknown _1154765321.unknown _1154780703.unknown _1154784616.unknown _1154786927.unknown _1154870859.unknown _1154871171.unknown _1154787425.unknown _1154784731.unknown _1154784274.unknown _1154767536.unknown _1154778487.unknown _1154767100.unknown _1154453036.unknown _1154764869.unknown _1154453535.unknown _1154763918.unknown _1154453643.unknown _1154453307.unknown _1154452671.unknown _1154452973.unknown _1154452521.unknown _1154438010.unknown _1154451999.unknown _1154452065.unknown _1154451220.unknown _1154451247.unknown _1154451917.unknown _1154451009.unknown _1154437628.unknown _1154437700.unknown _1154437618.unknown _1154418678.unknown _1154421153.unknown _1154435277.unknown _1154435780.unknown _1154432662.unknown _1154419624.unknown _1154420552.unknown _1154418812.unknown _1154416292.unknown_1154418249.unknown _1154418464.unknown _1154417591.unknown _1154411876.unknown _1154415967.unknown _1154411663.unknown _1153660687.unknown _1154183957.unknown _1154241391.unknown _1154410770.unknown _1154411107.unknown _1154246177.unknown _1154410484.unknown _1154184359.unknown _1154241222.unknown _1154183992.unknown _1154183015.unknown _1154183582.unknown _1154183716.unknown _1154183297.unknown _1153661147.unknown _1153661307.unknown _1153661013.unknown _1153636277.unknown _1153659136.unknown _1153659570.unknown _1153659610.unknown _1153659192.unknown _1153658536.unknown _1153659098.unknown _1153636367.unknown _1153658263.unknown _1153632695.unknown _1153635911.unknown _1153636056.unknown _1153632943.unknown _1153631872.unknown _1153632055.unknown _1153631419.unknown
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