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ECTOSCOPIA Conciência: Orientado no tempo e espaço; Vigil; Letargia; Obnubilação; Estupor; Coma ATITUDE E MARCHA Naiany Campos Rego, Medicina UniFOA. Resumo sobre a semioitécnica básica. Naiany Campos Rego Atitude ortopneica: sentado com os pés apoiados, e as maos apoiadas no colchão para melhorar a respiração. Ex: insuf. cardiaca, asma brônquica e ascites volumosas. de cocoras: alivio da hipoxia generalizada. ex: cardiopatias congenita cianotica. Atitude parkinsoniana: de pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores. Atitude em dec. lateral: em dor de origem pleurítica Genupeitoral (prece maometana): faclita o enchimento do coração no derrame pericardico. Opistótono: decorrente de contratura muscular lombar. O corpo se apoia na cabeça e nos calcanhares, emborcando-se como um arco. ex: tétano e meningite. Emprostótono: contrario do opistótono, o corpo forma uma concavidade voltada para adiante. Ex: tetano, meningite e na raiva. Posição em gatilho: hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante. ex: irritação meníngea. epástica, ceifante ou hemiplégica: o braço do lado plégico se mantem fletido junto ao corpo, enquanto a perna do lado permanece extendida. Ao caminhar, sem flexionar o joelho, forma semicírculos com a perna plégica. Ex. AVC, hemiplegia Marcha escarvante: não faz a flexão dorsal do pé. anda com os pés caídos e levanta exageradamente o membro inferior. Ex: neuropatia periférica. Marcha parkinsoniana: parece caminhar em bloco, lentamente, com passos curtos, cabeça e tronco inclinados para a frente devido a rigidez muscular Ebriosa, cerebelar ou atáxica: é oscilante, instável e a base de sustentação se apresenta alargada, semelhante a de um indivíduo etilizado. Ocorre em lesoes cerebelares. Ocorre em lesoes cerebelares. Ataxia sensorial ou tabética: instável e com base alargada. o paciente tem a necessidade de observar o chao para se orientar. Caso fechem os olhos, não conseguem ficar em pé com os és juntos (Sinal de Romberg). Ex: sífilis, deficiência de B12. Marcha senil: lenta, com passos curtos e incertos. Marcha labiríntica ou vestibular: não caminha em linha reta, desviando-se para o lado afetado Marcha anserina: acentuação da lordose lombar, com inclinação alternada para a direita e esquerda, lembrando o andar de um pato. Ex: miopatias. Marcha claudicante: manca para um dos lados. Ex: lesões do ap. locomotor e nas alterações vasculares. FÁCIES E ESTADO DE NUTRIÇÃO: 1ª impressão do paciente ao examinador: BEG, REG, MEG: F. Basedowiana: Exoftalmia, olhos salientes e brilhantes, destacado no rosto magro, olhar fixo, palpebras não chegam à íris, fisionomia de vivacidade F. Mixedematosa: Rosto largo edemaciado, nariz e labios grossos, edema periorbitário. cabelo e pele seca, com acentuação dos sulcos. supercílios escassos. Apatica, acabou de acordar. Fácies renal: edema periorbitário de face que predomina pela manhã. pele pálida de coloração amarelo palha. ex: insuficiência renal Fácies hipocrática: olhos fundos, e inexpressivos. palidez da face, boca entreaberta. perda do tec. gorduroso, afinando nariz e lábio. rosto suado. Palidez cutanea. Ex: estados agonicos e quadros graves Fácies em lua cheia (cushingóide): Rosto redondo, Acompanhado por obesidade em pescoço, tronco e abdômen,↓pregas. Ex. S. de Cushing Fácies Miastênica (hutchinson): caracterizada por ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. Ex. miastemia gravis e outra miopatias. D. de Parkinson ou “face bovina”: Cabeça levemente inclinada para frente, fixa nessa posição pela rigidez dos músculos do pescoço. olhar fixo, Fisionomia impassível, dura. Sem a mobilidade natural das pálpebras e supercílios elevados. Fácies Adenoidiana: nariz pequeno e afinalado, e boca sempre entreaberta. Ex. hipertrofia das adenoides F. Leonina:. A pele é espessa, sede de muitos lepromas. Os supercilios caem, o nariz se alarga, desaparecimento dos supercílios (madarose), lábios proeminentes e endurecidos. Ex: mal de hansen Fácies Esclerodermia: pele apergaminhada, endurecida e aderente. repuxamento dos lábios e quase completa imobilidade facial. Fácies mongoloide: elemento caracteristico na fenda palpebral: prega cutanea (epicanto) que torna os olhos obliquos, bem distantes um do outro. Rosto arredondado, boca entreaberta Luética: proeminência do osso frontal Fácies acromegálica: cabeça fica alongada, com proeminência da testa, nariz e mandíbula (prognatismo). Os tecidos moles do nariz, lábios, língua (macroglossia) e ouvidos também aumentam Tetânica: Contratura dos músculos da face faz com que os lábios fiquem repuxados horizontalmente, fendas palpebrais estreitam, se e os sulcos nasolabiais ficam mais fundos. Lúpica: Devido a fotossensibilidade, ocorre rash malar em forma de asa de borboleta Facies etílica: olhos avermelhados e certa ruborização da face. Hálito etilico, voz pastosa e sorriso meio indefinido Depressão: inexpressividade do rosto. cabisbaixo, olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante. olhar pode permanece voltado pro chão. Sulco nasolabial se aentua, e o canto da boca se rebaixa. SINAIS VITAIS: FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) - PULSO RADIAL Para avaliar o pulso utilize 2 polpas digitais. Se o ritmo for regular, conte 15s x 4. Se irregular: conte o nº de pulsações durante 1 minuto FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: Contar a frequência respiratória em repouso durante 1 minuto PRESSÃO ARTERIAL SISTÊMICA Aferição no braço: Paciente sentado, deitado ou em pé Tórax apoiado; braço nivelado com o coração Aneróide calibrado Manguito ocupando 2/3 do comprimento do braço Localizar a artéria braquial Palpar pulso radial - Inflar o manguito até o desaparecimento do pulso radial Colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial Inflar o manguito 20 a 30 mm Hg acimada PAS Desinflar lentamente – cerca de 3 mm Hg /s Gestantes a partir do 3º t: decúbito lateral E PAD normal: ½ da PAS acrescido de 10 ou 20 mmHg Intervalos de 2 min entre as medidas Hiato auscultatório: desaparecimendo dso sons durante a ultima parte da fase I e na fase II. Normalmente observamos ↑PA sistólica nos membros inferiores. Antebraço: manguito no antebraço e ausculta na artéria radial Coxa: decúbito ventral, manguito na coxa e ausculta na artéria poplítea Perna: manguito na perna e ausculta na arteria tibial anteior ou arterial tibial posterior (tibiosa) Sinal de trousseau (mão de parteiro): compressão do braço com o manguito, entre a P máx e a mín (se 140/90, insufla-se até 110) por 3-10 min, ao fim dos quais poderar aparecer espasmos carpais que podem ser provocados ao se ocluir a artéria braquial. Se o espasmo carpal ocorrer, manifestado como flexão do punho e articulações metacarpofalangeanas, extensão das interfalanges distais e articulações interfalangeanas proximais e adução do polegar e dedos, o sinal é (+) Ocorre na hipocalcemia e alcalose respiratoria por hiperventilação pode estar presente antes de manifestações maiores de hipocalcemia como hiperrreflexia ou tetania ( s de trousseau de tetania latente). Sinal de Chvostek: presença de espasmos dos músculos faciais em resposta à percussão do nervo facial na região zigomática. É um dos sinais de tetania observados na hipocalcemia. Embora classicamente descrito na hipocalcemia, este sinal também pode ser encontrado na alcalose metabólica e Hipomagnesemia. Pressão Divergente: ↑PS ↓PD (hipertensão sistólica) Causas: Todas as síndromes hipercinéticas – febre, anemia, hipertireoidismo, insuficiência aórtica Pressão convergente: ↓PS ↑PD (hipertensão diastólica) Causa: Insuficiência cardíaca, ↓DC, derrame pericárdico, IAM, choque, Hipotireoidismo. T º AXILAR: Higienização da axila e do termômetro (Hg ≤ 35ºC) Colocá-lo no oco axilare deixar por 2min; Manter por aproximadamente 5 minutos Tº: 35.5 a 37 (media de 36-36.5) Temperatura retal: utiliza-se um termometro especial, de maior calibre. Tº: 36 a 47,5 (0,5 > axilar). Hipertermia: > normal com fatores ambientais (insolação, vestimenta inadequada, atividade fisica) Hipotermia: valores ˂ normal Febrícula: até 37.5ºC Febre moderada: 37.6 a 38.5ºC Febre alta: Acima de 38,6 Febre contínua: tº sempre acima do normal com variações de até 1ºC Febre irregular ou séptica: picos muito altos intercalados por ↓Tº ou periodos de apirexia Febre remitente: hipertermia diaria com variações de mais que 1ºC, porém, sem periodos de apirexia Febre intermitente: intercalam-se periodos de Tº elevada ou periodos de apirexia Febre recorrente:↑Tº durante alguns dias interrompida por periodo de apirexia que dura dias ou semanas MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ADULTO: Cicurferencia abdominal: meio caminho entre a crista ilíaca e a última costela Homens: até 102 cm Mulheres: até 88cm Relação cintura-quadril (RCQ): C em um ponto médio entre o final dos arcos costais e o Q no nivel das espinhas iliacas anteriores. Mulheres: RCQ ˂ 0,8 Homens: RCQ ˂ 0,9 IMC = ABESO 2009 PELE E FÂNEROS Coloração: normocorado, palidez, eritema, cianose (Hb reduzida >5g%), icterícia Cor arroxeada da lingua sugere - cianoce central Edema: sinal do cacifo Estado de hidratação: ↓turgor cutaneo: ao puxar a pele e ela demora a voltar ao normal quando desidratado elasticidade cutânea: quanto elástica, hidratado umidade cutanea: quanto mais áspera, hidratado mucosas secas, olhos com enoftalmia (fundos) fontanelas: deprimidas (em crianças) Lesões das unhas Unhas em ‘’vidro de relógio’’: implementação > 160º. Ocorre em hígidos da raça negra. Faz parte do hipocratismo digital. Ex: card. cogenita, bronquiectasia, fibrose cística. Unhas de BEAU: sulcos tranversais à lúnula. Ex.: doenças renais e hepáticas. Unhas de Mee: faixas transversais brancas. Ex: d. sistemica aguda, intoxicação por arsenio. Unhas de Plummer: unha parcialmente descoladas do leito ungueal. Ex.: hipertireoidismo Unhas de lindsay: parte proximal esbranquiçada e a distal vermelha ou rosa. Ex.: Ins. Renal cronica com uremia. Unhas de Terry: faixa esbranquiçada a 1 a 2 mm da borda distal. Ex: hipoalbuminemia. Coiquiloníquia: depressão nas unha, sendo mais frequente nos casos de anemia PESCOÇO PALPAÇÃO DOS LINFONODOS: Inspeção: alterações da pele, simetria, pulsações, depressões, cicatrizes, ↑glds parótidas, submandibulares, tireoide ou linfonodos. Palpação: Sempre comparar o lado contralateral Linfonodos da cabeça e pescoço: Examinado de frente para o paciente (ou posteriormente) Cabeça fletida e apoiada na mão do examinador Polpa dos dedos indicador, médio e anular em movimentos circulares. Inclinar a cabeça de modo a relaxar o M. esternocleidomastóideo quando necessario infonodos supraclaviculares: Paciente sentado, olhando para frente realiza a manobra de Valssalva, de modo a tornar as cadeias mais superficiais e facilitar sua palpaçã Linfonodos axilares: Médico posiciona o braço esquerdo do paciente sob o seu braço esquerdo com a mão direita inicia a palpação do oco axilar O mesmo processo é aplicado no outro lado. Retropeitorais: com a mão em pinça, procede-se a compressão e deslizamento em toda a face posterior acessivel do m. grande peitoral Epitrocleano: mantendo o membro em flexão. Segurando o antebraço com a mão heteróloga do examinador. Com a mao contraria, em pinça, procede a compressão e deslizamento da goteira epitrocleana Tamanho: variam entre 0,5 a 2,5 Coalescência: junção de dois ou mais linfonodos (massa de limites imprecisos). ocorre por processo capsular que os une por fibrose inflamatória ou neoplásica Consistência: Endurecido: proc. neoplásicos ou inflamatórios com fibrose Amolecido: processo inflamatório ou infeccioso) Mobilidade: móvel aderido ao plano profundo: comprometimento capsular com estruturas adjacentes) Sensibilidade: edema, calor, temperatura, fistulização doloroso: processos infecciosos não dolorosos: infecções virais, processos parasitarios e neoplasico INFECCIOSA NEOPLÁSICA Evolução rápida com sinais inflamatórios Evolução progressiva Doloroso Indolor Pele local com hiperemia Pele sem alterações locais no inicio Conscistencia amolecida Conscistencia pétrea Hipertermia local Normotermia local Superfície regular e lisa Superfície irregular Em geral menores que 2cm Em geral maiores que 2 cm Frequentemente múltiplas desde o inicio Frequentemente único de inicio Presença de sinais de infecção Ausência de sinais de infecção movel com a evolução Aderido a plano profundo Na infância podem estar aumentados sem ser considerados sinal de doença. Em lactentes e crianças, linfonodos maiores que 1 cm na região cervical, maiores que 1,5 cm na região inguinal e maiores que 0,5 cm em qualquer outra cadeia são considerados anormalmente aumentados. Considerando-se o tamanho, é aceito que a presença de linfonodos palpáveis de qualquer tamanho no período neonatal deve ser considerada adenomegalia. EXAME DA TIREÓIDE A flexão do pescoço provoca o relaxamento do m. esternocleidomastóideo e, projeta a tireoide mais para frente Sempre se solicita ao paciente fazer DEGLUTIÇÕES à seco ou com água, e então se palpa e avalia a mobilidade. Se a Gld tireoide tiver aumentada, deve ser auscultada (paciente respira e segura a respiração) Abordagem Posterior: Paciente: sentado com o pescoço inclinado para trás Examinador: de pé, posteriormente ao paciente. Polegares fixos na nuca; ponta dos indicadores e médios quase se tocando na linha mediana Lobo D: palpado pelos dedos da mão esquerda enquanto a outra mão afasta o m. esternocleidomastóideo Lobo E: palpado pelos dedos da mão direita enquanto a outra mão afasta a traqueia Abordagem Anterior: Paciente: sentado ou em pé, com o pescoço inclinado para trás Examinador: anteriormente ao paciente Os polegares palpam a glândula, enquanto os outros dedos se apoiam nas regiões supra claviculares Com a mão E se afasta a traquéia e com o polegar direito se palpa a glândula. Volume: não deve ultrapassar o ventre lateral do m. esternocleidomastóideo Consistência: elástica; firme, endurecida, pétrea Mobilidade: móvel; ou imóvel (aderida a planos profundos) Superfície: lisa; nodular ou irregular Temperatura: normal; aumentada Sensibilidade: indolor, dolorosa Presença de frêmito ou sopro: ausente, presente (Gld hiperfuncionante) APARELHO CARDIOVASCULAR INSPEÇÃO Tipo de tórax: Visualização do ictus cordis: Pode ser visível pessoas muito magras ou com alterações como hipertrofia Abaulamentos: mais comum em crianças com doenças cardíacas ou alterações da caixa torácica (cartilagem mais maleável) Se há Presença de impulsos no precórdio, não é osteomuscular, em casos de ↑cardíaco Em adultos é raro e característico de aneurisma de aorta Fúrcula esternal: decorre de alterações de aorta (aneurismas), HAS e d. valvares aórticas Região da a. pulmonar: observado na linha paraesternal esquerda com o 2º EIC, devido a p. e., hipertensão pulmonar PALPAÇÃO: PESQUISA DE ICTUS CORDIS PALPÁVEL: Longilíneo: 5º EIC, 1 a 2 cm dentro da linha hemiclavicular E Mediolíneo: 4º ou 5º EIC E Brevilíneo: 4º EIC, deslocando-se para fora e para cima 2cm da linha hemiclavicular E Pode ser impalpável sem indicar anormalidade, depende da configuração do tórax Alteração de localização: indica dilatação e/ou hipertrofia do VE Extensão: Normalmente 2cm Difuso –necessário mais que 3cm para palpá-lo Propulsivo: eleva a mão que palpa a cada contração (<3 hipertrofiado) Amplitude: apoiando a ponta da canetaobliquamente ao corpo; pede-se que o paciente pare de respirar; o mov. Que a caneta realiza é a amplitude. Ictus hipercinético: hipertireoidismo, anemia intensa, sobrecarga ventricular E Mobilidade: em condição normal, desloca-se aprox. 1cm. comparando sua localização em dec. dorsal e dec. lateral. Mínima ou ausente sugere pericardite Duração: persistente de ↓intensidade, sugere miocardiopatias dilatada. Persistente e hipercinético, sugere hipertrofia ventricular Ritmo e f: melhor avaliado na ausculta. Raras vezes podem ser feitos durante a palpação. Ex: ritmo de galope (b3) B – hipertrofia ventricular direita C – hipertrofia ventricular E sem dilatação D – hipertrofia ventricular E com dilatação FRÊMITO: sensação tátil do conjunto de vibrações que formam os sopros Localização: utiliza-se como referência as áreas de ausculta Fase do ciclo cardíaco: analisa-se a coincidência ou não com o pulso carotídeo. AUSCULTA: Paciente: tórax totalmente desnudo Em decúbito dorsal com a cabeça apoiada sobre pequeno travesseiro Sentado ou de pé com o dorso levemente inclinado: propício a escutar fenômenos na base do coração Em decúbito lateral E com a mão E sob a cabeça: propícia para fenômenos da área mitral Diafragma: som de ↑f (B1 e B2) Campanula: som de ↓f (B3 e B4) Focos: importante palpar antes de colocar o receptor AÓRTICO: Linha paraesternal D com o 2º EIC PULMONAR: linha paraesternal E com o 2º EIC AÓRTICO ACESSÓRIO: Linha paraesternal E com o 3º EIC TRICÚSPIDE: linha paraesternal E entre o 4º e 5º EIC MITRAL: linha hemiclavicular E com o 4º ou 5º EIC. (Ictus) BULHAS CARDÍACAS: B1: fechamento das valvas mitral e tricúspide. Maior intensidade na área mitral. (Coincide com o pulso arterial) Mais grave e de maior duração que B2 - TUM B2: fechamento da valva aórtica e pulmonar ao final da sístole. Componente aórtico auscultado em todo precórdio; o pulmonar somente no foco pulmonar e borda esternal Sob condições normais, o componente aórtico precede o pulmonar. Som mais agudo e seco – TÁ - desdobramento - TLA Desdobramento de B2: Na expiração, as 2 valvas se fecham em sincronia, gerando som único. Na inspiração: componente pulmonar sofre retardo em relação ao aórtico (prolonga sístole do VD, pelo ↑retorno venoso pelo ↑P(-) no toráx B3: vibrações da parede ventricular subitamente distendida durante o enchimento rápido Mais frequente nas crianças e adultos jovens Mais audível na área mitral com o paciente em dec. lateral esquerdo Sua Presença da origem ao ritmo ‘’galope ventricular ’’ TUM-TA-TU B4: contração atrial ou distensão da parede ventricular ao final da diástole Sua presença é anormal - ritmo de galope atrial Ausculta melhor em área aórtica acessória. ARRITMIAS: perturbações na formação dos estímulos cardíacos que promovem a contração Sinusais: Taquicardia: FC > 100bpm Bradicardia: FC ˂ 60bpm (atletas podem ter FC fisiológica de até 50bpm) Extra-sinusais: Extra-sístoles: sistema de condução funciona normalmente, mas algum outro foco de condução se adianta ao seu ritmo, resultando em uma pulsação antecipada cujo pulso não é percebido, seguida de um intervalo maior entre os batimentos, para então retornar ao seu ritmo normal. Fibrilação atrial: há vários estímulos de condução querendo comandar o estímulo elétrico, originando um caos. O átrio não consegue contrair sincronicamente, apenas vibra desordenadamente. Frequência de contração pode chegar a 500/min, pois o nó AV consegue filtrar esses estímulos e manter uma ritmicidade de contração ventricular Fibrilação ventricular: análogo a atrial. Presença de vários focos de condução no ventrículo, gerando caos, que não permite a contração única e efetiva, mas várias contrações fracas e inefetivas. O ventrículo não consegue exercer função de bomba ejetora, o fluxo para o cérebro torna-se praticamente ausente e se o indivíduo não for tratado imediatamente, pode ir a óbito CLIQUES (RUÍDOS DE EJEÇÃO): são sistólicos, agudos, breves de ↑f e notável intensidade. Classificados conforme fase da sístole em que ocorrem. Principais causas: prolapso da valva mitral, brida pericárdica ou pleuropericárdica. ESTALIDOS: diastólicos, secos, de curta duração, ocorrem entre B3 e B4, e tem origem na valva mitral ou tricúspide Estalido de abertura mitral (EAM): na estenose mitral, a abertura da valva mitral provoca um ruído seco (TÉ), bem audível no foco mitral e borda esternal E. Costuma ser intenso, e por esse motivo pode ser palpável em alguns casos Estalido de abertura tricúspide (EAT): mais audível na borda esternal E e D. difícil diferenciar EAT da EAM. SOPROS: Vibrações de intensidade > as bulhas. Originadas no <3 e/ou seus grandes vasos, pela perda do fluxo laminar Os mecanismos de sopros são: Fluxo de sangue através de obstrução parcial Fluxo de sague através de irregularidade valvar ↑fluxo de sangue através de estruturas normais Fluxo de sangue dentro de uma câmara dilatada Fluxo de sangue regurgitante através de uma valva incompetente Alteração da viscosidade Sopro Sistólico: Ejeção: estenose da valva aórtica ou pulmonar (crescendo-decrescendo) Regurgitamento: regurgitação de sangue dos ventrículos para os átrios, quando há Insuf. Mitral ou tricúspide, ou de um ventrículo para o outro, quando existe comunicação entre eles. Audível desde o início da sístole; por isso aparece junto a B1, mascarando-a. ocupa todo período sistólico com intensidade +- igual e termina antes de b2 ou pode recobri-la. Sopro Diastólico: Estenoses atrioventriculares (mitral e tricúspide): ocupa a porção mediada diástole; algumas vezes se prolonga, podendo sofrer certo reforço no fim da diástole ou pré sístole Insuficiência das valvas aórtica e pulmonar: inicia-se imediatamente após b2, podem ficar restritos a 1ª parte da diástole (protodiástole) ou ocupar a meso e telediástole. São de ↑f, em decrescendo e agudo. ‘’caráter aspirativo’’ IRRADIAÇÃO: diafragma em várias direções para determinar a irradiação (axila, fúrcula esternal, reg. supraclavicular E) INTENSIDADE: ++++/IV +: fraco (audível com atenção em ambiente silencioso) ++: moderada +++: moderada, com frêmito ++++: intensos (audível mesmo quando se afasta o estetoscópio ou se interpõe a mão do entre esse) MANOBRAS QUE ↑ OU ↓ UM SOPRO: Paciente sentado com o tronco inclinado para frente: ↑sopros de base Paciente em dec. Lateral E: ↑sopros de valva mitral (auscultado com campanula) Manobra de rivero carvallo: pedir ao paciente para inspirar profundamente, segurar um pouco a respiração, seguida de uma expiração profunda. Isso ↑RV que ↑intensidade dos sopros de lado D e ↓lado E., em que o inverso ocorre na expiração. PULSOS ARTERIAIS Observar: localização, frequência, ritmo, simetria, amplitude (depende da PP), tensão, estado da parede arterial. Rítmico: com f consstante Regular: quando não há variação de amplitude Palpação bilateral (exceção da carotídeo) importantes: Temporal, carotídeo, subclávia, radial, braquial, ilíaco, femoral, poplíteo, pedioso, tibial posterior, Aórtico. Suspeita de Coartação da Aorta - devem ser palpados, simultaneamente os pulsos femorais e radial Pulso carotídeo: Reflete o funcionamento do VE; Único em que não se pode fazer palpação bilateral simultânea; Avaliar trombose – panturrilha rígida TIPOS DE PULSO Célere (martelo d’água): aparece e some com rapidez. Decorre do ↑PP (ins. aórtica, fistulas arteriovenosas, anemias graves e hipertireoidismo) Paradoxal: ↓ intensidade ou desaparece com a inspiração forçada. (Tamponamento cardíaco, pericardite constritiva e asma grave). Parvus et tardus: ↓amplitude e retardo da elevação do pulso, que se encontra lentificado (Característico da Estenose aórtica) Pulso bisferiens: é dicrótico (dupla onda por pulso), porém, aparece no ápice da onda. P/ diferenciar: ↑P da artéria, o bisferiens fica mais nítido e o dicrótico ↓ Alternante:alterna intensidade ↑ ou ↓ com a mesma frequência. Mais perceptível no radial. Sinal precoce de disfunção ventricular (Caraterístico da Insuf. Cardíaca E) PULSO VENOSO DA JUGULAR: reflete o funcionamento da parte direita do coração. Mais visível que palpável Localizar o ângulo de Louis Paciente em supina a 45º Luz tangente ao pescoço Estimativa da PVC: distância vertical desde o nível superior das pulsatilidades até ao nível do ângulo External (geralmente 3 cm) + 5 cm; Valores normais não devem ultrapassar 8 cm. APARELHO RESPIRATÓRIO Região posterior: deve ser examinada com o paciente sentado Região anterior: pode ser analisada com o paciente sentado ou em dec. dorsal INSPEÇÃO Coloração do paciente: Formato do tórax: O diâmetro anteroposterior ↑com a idade, mas também pode ser indicativo de DPOC Presença de nodulos ou vasos visíveis Abaulamentos ou retrações Frequência e Ritmo respiratório: Eupneia Padrão normal. FR = 12-20 rpm Taquipneia Respiração rápida e superficial FR >24rpm Bradipneia Respiração com profundidade normal e ritmo regular FR ˂ 10rpm Apneia Período de cessação da respiração Hiperventilação ↑FR e profundidade Hipoventilação Respiração superficial e irregular Cheyne-Stokes: fase de apneia seguida de incursões respiratórias que chegam ao máximo e decrescem. Ocorre pela variação de O2 e CO2 no sangue. É ouvida melhor do que é vista. Ex.: ins. cardíaca, hipertensão intracraniana, AVE, traumatismo crânio encefálico. Respiração de Kussmaul: acidose. (Diabética) Biot: mesmas causas da de cheyne-stokes. Se apresenta com 2 fases. 1ª: apneia, seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e amplitude. Pode indicar comprometimento cerebral. Iminência de parada resp. Ritmo de Cantani: aparece na acidose metabólica e precede o ritmo de Kussmaul TIRAGEM: retração dos EIC durante a respiração. (Sinal de lemos torres) Obstaculo em uma via respiratoria, dificultando ou impedindo a penetração do ar Tiragem em um hemitorax: oclusão de um bronquio principal (exsudato espesso, neoplasia, corpo estranho) Tiragem bilateral: quando a obstrução está acima da bifurcação traquela. Ex. angina difterica, laringite estridulosa Tipo respiratório: em pé predomina o torácico, deitado predomina o diafragmático Retração supraclavicular ou contração do estenocleidomastóideo ou de músculos acessórios, durante a inspiração - indicativos de grave dificuldade respiratória PALPAÇÃO Identificação de áreas hipersensíveis, Avaliação de anormalidades observadas (massas ou trajetos fistulosos) EXPANSÃO RESPIRATÓRIA: Anterior e posterior ápices pulmonares: ambas as mãos espalmadas de modo que se toca a base do pescoço e os polegares se toquem levemente, em agulo quase reto ao nivel da vertebra proeminente enquanto os demais dedos ficam nas fossas supraclaviculares bases pulmonares: apoia-se os polegares nas linhas paravertebrai, na altura das apofises espinhosas da 9º ou 10º vertebra toracicas, com as mãos envolvendo a região lateral da caixa torácica, recobrindo os últimos arcos costais. Ao posicionar as mãos, faça-as deslizar um pouco para dentro, a fim de elevar pregas cutâneas frouxas entre os polegares Observar a movimentaç~so de suas mãos. Solicite ao paciente que inspire profundamente. Observe a divergência dos polegares, durante a inspiração, e sinta a amplitude e simetria do movimento respiratório. Analisar a simetria da caixa torácica expansibilidade: Unilateral: apical (processo infeccioso ou cicatricial; basal (derrame pleural, hepatomegalias e esplenomegalias difusa no pmeumotórax, hidrotórax, atelectasia) Bilateral: Apical: processo infeccioso ou cicatricial; basal: gravidez, ascite, obesidad, derrame pleural bilateral; difusa: (efisema pulmonar, esclerodermia FTV: (vibrações palpáveis, transmitidas da caixa torácica para a árvore broncopulmonar, quando a paciente fala. Região posterior, lateral e anterior (partes interosseas) comparando ambos os lados do tórax Peça ao paciente que repita ‘’33’’. Se o FTV for fraco, solicite ao paciente que fale mais alto. Apenas uma mão deve ser utilizada Identificar e localizar regiões que apresentam ↑, ↓ ou ausência do frêmito. Tipicamente é mais acentuado na região Inter escapular do que nos campos pulmonares inferiores e, pode ser mais proeminente do lado direito do que o esquerdo estar ausente ou ↓ sobre o precórdio. PERCUSSÃO Dedo médio da mão esquerda hiperextendido sobre a parte a ser percutida Dedo que golpeia: deve ficar quase em ângulo reto, e golpear com um movimento rápido e seco Afaste rapidamente o dedo que golpeia para não abafar os sons criados Procurar percutir os EIC e omitir regiões escapulares. A percussão do tórax exige uma técnica mais firme devido a espessura de sua parede. Aplique mais pressão com o dedo que está parado, ao invés de aplicar mais força ao golpe. Use a mesma técnica em ambas as regiões e percuta 2x em cada local. REGIÃO PARA SER PERCUTIDA E AUSCULTADA médico atrás e a esquerda do paciente. Iniciar a percussão do tórax pela sua face anterior, de cima para baixo, e golpeando ora de um lado, ora de outro, em pontos simétricos. região lateral: o paciente deve colocar suas maos na cabeça região posterior: pode se pedir que o paciente cruze os braços Na região anterior do tórax, o <3 produz macicez do 3º ao 5º EIC. Percuta o pulmão E lateralmente a essa área Claro pulmonar (atimpânico): presença de gás com paredes alveolares normais Hipersonoridade pulmonar: ↑ de ar nos alvéolos (mais claro e intenso) generalizada: pode ocorrer no enfisema e asma unilateral pode indicar pneumotórax Timpanico: gás não septado, ar aprisionado no espaço pleural (amplitude, ressonante). Maciço: seco, grave, sem ressonância. Quando há liquido ou tecido sólido. Aparece nas consolidações pulmonares e no derrame pleural Submaciço: Condensação pulmonar. Fibrose e atelectasia pulmonar AUSCULTA DO TÓRAX Oriente o paciente a respirar pela boca, profundamente. Compare regiões simétricas Intensidade dos sons: maior na região inferior dos campos pulmonares posteriores. Ausculta do coração: pode auscultar , porém, vai atrapalhar um pouco. Mas é imporante auscultar RUÍDOS RESPIRATÓRIOS: MV - Suave e de tom grave. produzidos pela turbulencia do ar circulante ao chocar-se contra as saliencias das bifurcações bronquicas. RUÍDOS ADVENTÍCIOS: Sons adicionais superpostos aos respiratórios Mecanismo Características Causas Estertores Crepitantes (finos) Secreção excessivas das vias aéreas Liquido nos alvéolos que ↑tensão superficial e resulta no colabamento alveolar na expiração. Na inspiração, ↑P interalveolar causando o descolabamento dos alvéolos, gerando o som. Atritar do cabelo; Abertura de velcro Agudos, de duração curta Final da inspiração Não se modifica com a tosse +Audível – bases pulmonares Modficam-se ou são abolidos com a posição Edema pulmonar, pneumonia, Insuf. cardíaca congestiva Estertores Bolhosos (grossos) Oclusão transitória das vias aéreas Secreção viscosa e espessa, obstruindo o lúmem; formação de bolhas que se rompem Ruptura de bolhas Final da inspiração e toda expiração Sofrem alterações com a tosse pode ser ouvido em todas as regiões não modficam-se com a posição Bronquite crônica bronquiectasia Sibilos ↓calibre das vias aéreas bronquiolares Vibração das paredes bronquiolares e do conteúdo gasoso, em estreitamento Chiados, agudos Inspiratório e expiratório Asma, bronquite, corpos estranhos, tumores Roncos ↓calibre da traqueia e brônquios (1ªordem) Vibração da traqueia, brônquios e cont. gasoso Sons graves Predominantemente expiratórios Bronquites, bronquiectasia Obstruçãolocalizada SONS VOCAIS TRANSMITIDOS Paciente diz 33 - Os sons transmitidos através da parede torácica são abafados e indistintos – ressonância vocal O ↑ e ↓da ressonância vocal coincidem com as modificações do FTV, o fenômeno e o mesmo – facilitação da chegada das vibrações a parede torácica ↑ressonância vocal (Broncofonia): Condensação pulmonar (inflamatória, neoplásica) - ↓ressonância vocal: na atelectasia, espessamento pleural e derrames Transmissão é facilitada: Consolidação (pneumonia, infarto pulmonar) Pectotilóquuia fônica: ausculta-se a voz com nitidez (afônica – mesmo cochichadas) TRATO GASTROINTESTINAL REFERENCIAS ANATOMICAS: A projeção dos órgaos varia; a apresentada é baseada num individio alto e medilineo Hipocôndrio D Epigástrio R. epigástrica Hipocôndrio E Lateral direita, Flanco D R. Mesogátrica R. Umbilical. Lateral E Flanco E Inguinal D; Fossa ilíaca D Hipogástrio, R. Hipogástrica, R. púbica Inguinal E; Fossa ilíaca E Hemiabdome D e E: de acordo com uma linha vertical sobre a cicatriz umbilical Baixo ventre – corresponde ao hipogástrio Andar superior e inferior do abdome – de acordo com linha horizontal sobre a cicatriz umbilical rebordas costais, apófise xifóide, sínfise púbica, INSPEÇÃO Tipo de abdome: Globoso (protuberante): ↑global do tamanho. Diâmetro anteroposterior maior que o transverso. Pode ser fisiológico (obesidade) ou patológico (ascite, pneumoperitônio, obstrução intestinal, Hepatoesplenomegalia e grandes tumores) Ventre de batráquio: diâmetro transverso maior que o anteroposterior. E. ascite em regressão (P nas laterais) Em avental (pendular): caracteriza obesidade Escavado: doença consumptiva ou emagrecimento Abdome assimétrico: Hepatoesplenomegalia, neoplasias, hérnias de parede, Mecacólon e síndromes obstrutivas Presença de hérnias: comum nos pacientes com ascite ou depois de operações abdominais. Abaulamentos: pode indicar massas abdominais Para diferenciar se está localizado na parede ou na cavidade abdominal, solicita-se ao paciente realizar contrações musculares. Se a massa ficar melhor distinguida, está na parede. Caso contrário, está localizada na cavidade abdominal MANOBRA DE VALSAVA: com o paciente em pé, solicita-o para soprar contra a mão, o que ↑P abdominal e a hérnia se torna palpável Peristaltismo visível: não visível em pacientes normais. Pode ser normal em pessoas muito magras. Podem torna-se visível em pacientes caquéticos, com adelgaçamento da parede abdominal Obstrução pilórica: no epigástrio, do rebordo costal E para o D Obstrução intestinal: peristalse irregular ao redor do umbigo Cicatrizes cirúrgica Cicatriz Umbilical: plana, normotusa, Retrusa ou protusa Abaulamento - sugere ↑P intra-abdominal, ↑órgão abdominal. Distribuição dos pelos: alteram-se na ins. Hepática crônica. No homem, os pelos pubianos adquirem forma ginecoide e, na mulher, tendem a desaparecer. Pulsações epigástricas: a aórtica pode ser visível em pessoas magras. ex: hipertrofia ventricular D, aneurisma da aorta abdominal. Dedos em baqueta de tambor (hipocráticos): Ex: formas avançadas de cirrose e DPOC. Circulação colateral: vasos superficiais distendidos Tipo porta: cabeça de medusa, que se irradia a partir do umbigo (c) Tipo cava inferior: obstrução da VCI. Veias de fluxo ascendente (b) Tipo cava superior: obstrução da VCS. Veias de fluxo descendente (a) Direção do fluxo: comprima um segmento da veia com os 2 indicadores, esvaziando-as. Solte um dos dedos para observar se há reenchimento, o que determinará o sentido do fluxo. Repita soltando, o outro dedo para testar Lesões e coloração cutânea: Purpuras e equimoses: associadas a uma hepatopatia traduzem alterações na crase sanguínea ex: ins. hepática Eritema palmar: pequenos eritemas que formam uma coloração vinhosa nas eminências tênar ou hipotênar ou ambas ou plantas dos pés. ex: cirrose, mas é menos frequente que as aranhas hiperpigmentação na linha do cinturão: Doença de Addison Erupções cutâneas: quando acompanhadas de diarreia, sugere febre tifoide – roséolas Aranhas vasculares: formações arteriolares que aparecem na região superior do corpo. Comprimindo-as no centro observa-se seu momentâneo desaparecimento ou desvanecimento. Frequente em: doenças hepáticas crônicas, e o ↑progressivo de seu número sugere deterioração da função hepática Sinal de cullen: pigmentação azulada na região periumbilical. Denota hemoperitônio S. de Grey-Turner: pigmentação azulada nos flancos (pancreatite hemorrágica) AUSCULTA Auscultar os 4 quadrantes, por pelo menos 2 min à procura de movimentos peristalticos. Ausculta do fígado: Atrito: inflamação fibrinosa da capsula de glisson e peritônio. Processos inflamatórios ou neoplásicos do parênquima hepático, ou fazendo parte da peritonite generalizada. PALPAÇÃO E MANOBRAS ESPECIAIS Esquentar a mão e perguntar se há alguma região com presença de dor. Antes de palpar o abdome, solicite duas informações: Aponte onde começou a dor; 2. Aponte onde se encontra no momento Mono ou bimanual - Geralmente monomanual para avaliar a parede, e bimanual para avaliar o conteúdo abdominal PALPAÇÃO SUPERFICIAL: Mão espalmada com movimentos sutis, de baixo para cima em todos os quadrantes. Se o paciente relatou dor - começar de fora da área indicada como sensível para a área de mais dor. Tensão abdominal: palpa-se delicadamente a parede com as falanges distais dos dedos com o paciente em dec. Dorsal. Hipertonia muscular localizada: acompanha processos inflamatórios viscerais que comprometem o peritônio parietal Hipertonia muscular generalizada (abdome em tábua): encontrada em perfurações de vísceras ocas ↑tensão sem contratura muscular: Ascite volumosa, massa intra-abdominal, distensões abdominais - ↑ tensão associado a contratura: Peritonite difusa com irritação do peritônio parietal e lesões do nn motor central ou nervos intercostais Sensibilidade da parede abdominal: verificar ↑sensibilidade e pontos dolorosos Hiperestesia cutânea: testada com dedos e objetos pontiagudos sobre a pele. Reflete irritação de neurônio (Radiculopatia, reflexo víscero-sensitivo) Presença de nodulações: localização e características Espessura da parede abdominal: se pinça a parede entre os dedos indicador e polegar. ↑ pela obesidade e anasarca. Temperatura: áreas com ↑ ou ↓ da Tº. (Ex.: Área com ↑espessura e ↑Tº sugere abscesso) PALPAÇÃO PROFUNDA: É preciso que a musculatura esteja relaxada Técnica do deslizamento: desliza-se as mãos na superfície abdominal em movimento de vai-e-vem PALPAÇÃO DO FÍGADO: 1º a percussão e depois apalpação, pois assim, depois de delimitar a localização é mais fácil palpar. LEMOS – TORRES: bimanual Paciente em dec. Dorsal Examinador: Mão E espalmada sob a região lombar D, na topografia renal, empurrando de modo a suspender o fígado. Mão direita espalmada sobre o abdome. Com a inspiração profunda - A mão direita vai de encontro a borda inferior do fígado, devido sua descida forçada pelo diafragma. Com as falanges distais dos dedos indicador e médio ou em forma de gancho com o polegar e o indicador uma palpa e a outra impulsiona (Observar as fáceis) MATHIEU: em garra Paciente: em decúbito dorsal Examinador: ao nível do ombro D do paciente. Com as mãos paralelas no hipocôndrio direito As extremidades dos dedos fletidos, formando garras, na borda inferior (identificada anteriormente), tentam palpar o fígado na inspiração profunda. As pontas dos dedos trazem a borda hepática para cima para ser avaliada. Em cardiopatas a compressão hepática com a mão, provoca turgência da veia jugular externa direita. Se esse sinal for positivo, indica insuficiência ventricular direita. superfície (regular ou lisa; irregular), consistência (elástica ou normal, firme, aumentada; diminuída), sensibilidade (indolor; dolorosa), Espessurada borda (fina*; romba), e o refluxo hepatojugular* (ausente; presente). PALPAÇÃO DA VESÍCULA BILIAR: Mesmas manobras utilizadas para palpação do fígado. Palpável em condições patológicas. Ex. carcinoma, distensão pela colecistite, obstrução biliar por carcinoma pancreático BAÇO BIMANUAL EM DECÚBITO DORSAL Examinador: à direita do paciente Mão esquerda – na região lombar esquerda, impulsionando o baço para cima Mão direita – abaixo da margem costal esquerda, na inspiração profunda, comprime em direção ao hipocôndrio esquerdo, tentando perceber o baço SCHUSTER: Paciente: dec. Lateral Direito com perna direita estendida e a coxa esquerda fletida sobre o abdome em 90°; ombro esquerdo elevado com braço Esquerdo por traz da cabeça. Examinador: à direita do paciente, com mão esquerda sobre área do baço como se quisesse desloca-lo para baixo. Na inspiração profunda – examinador avança sua mão direita em direção ao rebordo costal. Isso faz com que o efeito da gravidade desloque o baço para diante e para a direita, facilitando a sua palpação Cuidado para não confundir a última costela, que é flutuante, como baço. Palpável em 2% dos adultos saudáveis e em 5% a 10% em crianças pequenas Palpado quando atinge ↑2x do seu tamanho habitual; Classificação (Boyd I a IV): Palpável, I (sob a reborda costal esquerda), II (entre reborda costal e cicatriz umbilical), III (ao nível da cicatriz) ou IV (abaixo da cicatriz). Consistência e sensibilidade Mole e doloroso: estados infecciosos agudos Duro e pouco doloroso: esplenomegalias esclerocongestivas, como na esquistossomose mansoni e cirrose hepática Duro e irregular: leucemias crônicas e linfomas OUTRAS MANOBRAS PALPAÇÃO DO PONTO CÍSTICO: Interseção entre o RCD com a borda externa do m. reto abdominal, na inserção da linha hemiclavicular. Nos obesos: interseção da linha que une a crista ilíaca anterossuperior ao arco costal, passando pelo umbigo. Paciente: em decúbito dorsal, inspira profundamente. Após expiração, o examinador aprofunda a mão ou o polegar sob o rebordo costal, no ponto cístico e, na inspiração, observa-se se ocorre parada na inspiração devido a dor. Desperta dor nos processos inflamatorios da vesicula biliar. PONTO APENDICULAR (DE MC BURNEY): Situado à dois terços da distancia da linha que une a espinha iliaca antero-superior á cicatriz umbilical. Dor nesse ponto sugere apendicite aguda, especialmente quando há sinais de reação peritoneal. MANOBRA DA DESCOMPRESSÃO SÚBITA: comprime-se um ponto até o máximo tolerado, descomprimindo subitamente. O peritônio, caso inflamado, provoca reação dolorosa, que se corresponde na expressão facial do paciente Ponto epigástrico: metade da linha xifoumbilical. Sensível na ulcera péptixa em atividade Pontos uretrais: localiza-se na borda externa dos musculos retos abdominais em dois niveis: na interseção com a linha horizontal que passa pela cicatriz umbilical e outra que liga as duas espinhas iliacs antero-superiores. A maior sensiilidade nestespontos é encontrada na cólica nefrética durante a migração do calculo renal Sinal de Courvoisier: VB palpável + icterícia - sugere neoplasia maligna comumente localizada na cabeça do pâncreas. SINAL DE BLUMBERG: ↑súbido da dor após a descompressão súbita. é positiva em todos os casos de irritação peritoneal. Quando positivo no ponto apendicular sugere apendicite aguda com inflamação no peritonio. Sinal de Murphy – dor quando exercida compressão no ponto cístico durante inspiração profunda. Colelitíase e colecistite Sinal de Rovsing: reforça a hipótese de apendicite - dor na fossa ilíaca direita à compressão retrógrada dos gases na fossa ilíaca esquerda, se pressiona profundamente a fossa ilíaca esquerda de forma ascendente. Com isso, a pressão intraluminal atinge o foco infeccioso na fossa ilíaca direita. Exame digital retal: Devido a possibilidade da posição do apêndice ser pélvica, o exame retal faz parte da avaliação básica. Sinal de Lenander: diferença de temperatura áxilo e retal em torno de 1 ºC.; salvo em casos de febre elevada Sinal de Rowsing: realiza-se a palpação profunda e ascendente, desde o colon descendente (FIE), segindo a moldura do intestino grosso, levando o ar, em sentido contrario ao trajeto do bolo fecal, até o apendice., estimulando o deslocamento de ar para a região do apendice. A distensão do apendice sugere apendicite aguda. Sinal de Gersuny: na palpação do fecaloma, além de sua consistência elástica, segue-se a descompressão brusca, o deslocamento entre a parede intestinal e o conteúdo fecal, Devido aos gases presentes. Achado típico do Mecacólon; Sinal do Psoas: dor na região hipogástrica quando se faz a extensão forçada da coxa em decúbito lateral direito ou esquerdo, para pesquisa do comprometimento do músculo esquerdo ou direito, Sinal do obturador: faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma rotação interna da coxa. Tem maior sensibilidade nas apendicites com posição retrocecal, aderido ao músculo obturador. Dá-se positivo quando se refere dor no hipogástrio PERCUSSÃO Seguir o mesmo trajeto da ausculta. (Mínimo de 1m) Som normal: maciço (baço e figado), timpanismo (visceras ocas), submaciço (quando há conteúdo alimentar no intestino) Em alguns casos é comum encontrar macicez nos flancos , compativel com orgao maciço ou viscera oca com conteudo solido ou liquido Espaço de Traube: Espaço semilunar do 6º ao 11º EIC, tendo como limites: gradeado costal, baço, pâncreas, cólon, rim e estômago. Normalmente apresenta timpanismo. (área de projeção do fundo do estomago). Som Timpânico: ar dentro de víscera oca. Percebido em quase todo o abdome, porém, mais nítido no espaço de Traubé Som Hipertimpânico: ↑ quantidade de ar nos seguimentos do trato digestivo (obstrução intestinal, pneumoperitônio) Som Submaciço: quantidade de ar, ou superposição de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal, como se observa nas áreas de projeção do fígado, baço e útero gravídico. Som Maciço: ascite, tumores ou cistos contendo liquido gravidez, maciez movel: sugere a presença de liquidos macicez fixa: sugere tumores, plastões SINAL DA MACICEZ MÓVEL: Revelada em ascite de médio volume Decúbito dorsal: na percussão se obtém som timpânico no mesogástrio, e som maciço nos flancos o liquido se acumula nas regiões laterais do abdome e as alças intestinais aproximam-se da parede anterior Decúbito lateral direito e esquerdo: se percute novamente. Se a macicez der lugar ao timpanismo, o conteúdo possui mobilidade. o liquido desloca-se para a região mais baixa, determinando o aparecimento de som maciço, enquanto que na parte oposta obtem-se som timpanico Teste da onda líquida: Paciente em dec. dorsal – ele ou um auxiliar coloca a margem cubital da mão sobre o abdome, exercendo leve pressão Examinador: Mão esquerda - espalmada, sobre a parede lateral direita do abdome Mão direita - dá um piparote com o dedo médio, na parede lateral esquerda As ondas liquidas transmitem-se para o lado oposto, sendo percebidas pela mão esquerda – SINAL DE PIPAROTE Quando a ascite é muito tensa, a mão do auxiliador pode ser dispensada. Ascite de pequeno volume: As manobras semiotécnicas geralmente falham na sua percepção. O paciente deve ser sempre examinado de pé, e o médico deve estar atento a mudança de som do abdome superior até o baixo ventre; a percussão deve ser complementada pelo piparote. Em caso de dúvida que é frequente, o examinador deve referir-se na sua descrição como ‘’questionável ascite’’. Em tal situação, a US é o método que estabelece o diagnostico Ascite de médio volume: Não há sinal de piparote, pois quando o paciente está deitado o liquido se acumula nos flancos. Ascite de grande volume: Diagnostico é quase obvio a inspeção; uma simples manobra de piparote’’ o confirma HEPATIMETRIA: Limite superior - identificada pela percussãona linha hemiclavicular Direita, abaixo do mamilo - som passando de claro pulmonar, a submaciço (área de transição) e maciço (área hepática). (5º - 6 EIC) Limite inferior: continuação da percussão na linha hemiclavicular e medioesternal ou pela palpação Sinal Torres-Homem – percussão intensamente dolorosa na área hepática. Característica de abscesso hepático. Adultos: borda inferior não deve ultrapassar 1cm do rebordo costal, tomando como referência a linha hemiclavicular D Crianças: o limite normal pode estar 2 -3cm do rebordo costal Sinal de jobert: timpanismo na área hepática – ar livre na cavidade peritoneal (pneumoperitônio) devido à perfuração de víscera oca perfuração gastro-intestial ou da vesicula); ou atrofia hepática, interposição de alça intestinal, pneumoperitônio Percussão do Baço: Nem todo baço percutível é palpavel, porém todo baço palpável é percutível Palpação do Rim: Método de Devoto: paciente em dec. Dorsal, o examinador exerce pressão contrária com uma das mãos e com a outra, espalmada, ele tenta pinçar o polo inferior do rim na descida inspiratória. Método de Israel: semelhante a devoto, porém p paciente deve estar em dec. Lateral Sinal de Giordano: Punho percussão dolorosa na região lombar do paciente sentado. Os golpes serão concentrados na região da loja renal, a dor, que geralmente faz o paciente retirar o corpo da posição normal, sugere afecções inflamatórias retroperitoneais, refletindo odor renal ou uretérica Aumento unilateral: tumor ou hidronefrose Aumento bilateral: hidronefrose, rins policísticos Dor renal: paciente refere na última costela ou logo abaixo posteriormente. É contínua, sem grande intensidade. Ocorre pela distensão da cápsula renal. Dor ureteral: dor em cólica, intensa que freqüentemente se inicia no ângulo costo vertebral e se irradia para o quadrante inferior do abdome em direção ao testículo ou grande lábio. Ocorre pela distensão súbita do ureter. Dor da bexiga urinária: é contínua e de pouca intensidade, podendo se irradiar para todo o abdome, havendo uma tendência a se localizar na região supra púbica, aparecendo nas cistites. Quando há distensão súbita da bexiga (retenção) a dor é intensa e na distensão crônica não há dor. Dor prostática: localiza-se no períneo e ocasionalmente no reto. Dor ao urinar: aparece nas irritações da bexiga ou uretra Urgência miccional SINTOMAS E SINAIS urinários: Disúria: micção associada à sensação de dor ou desconforto. Oligúria: diurese ˂ 400 ml em 24 horas. Anúria: diurese ˂ 100 ml em 24 horas. Poliúria: diurese > 2.500 ml em 24 horas. Polaciúria: necessidade de urinar repetidas vezes, com intervalos inferiores a 2 horas, sem aumento do volume. Noctúria: urina mais de uma a duas vezes por noite. SISTEMA NERVOSO Conciência: ALTERAÇÃO QUANTITATIVA DA CONSCIÊNCIA Orientado no tempo e espaço. Estado de Alerta (Vigil): Paciente com resposta plena. 1º nível – Sonolência - Letargia Apático, lentificado e sonolento. Fácil despertar com um estímulo. Mantém movimentos de defesa e correção da postura. Reflexos conservados, exceto os de deglutição e tosse 2º nível – Obnubilação Afetação discreta da clareza e vigília. Pode despertar falando ou tocando. estado de apatia, pensamento lento e confuso. Pode estar parcialmente desorientado. 3º nível – Estupor Só desperta com estímulos intensos ou dolorosos. sonolencia patológica com prejuízo importante da consciencia. Existem movimentos de defesa, mas raramente movimentos espontâneos da postura. Reflexos conservados. 4º nível – Coma Não é possível despertar o paciente. Desaparecem os movimentos de defesa , reflexos cutâneos e tendinosos. primeiros graus: reflexo pupilar e corneano presentes Últimas fases: desaparece 1º o reflexo corneano e por fim o reflexo pupilar ESCALA DE GLASGOW: avaliação quantitativa do coma O menor resultado é 3: morte encefálica; a maior é 15: melhor estado de coma, saindo do coma, torporoso AVALIAÇÃO QUALITATIVA DA CONSCIÊNCIA - EXAME PSÍQUICO OU AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL Compreende várias funções: Orientação, Memória, Linguagem, Inteligência, Atenção A alteração súbita do estado de consciência é uma emergência médica Orientação: capacidade da pessoa saber quem ela é (autopsíquica) e de localizar-se no tempo e no espaço (temporoespacial) 1ª alteração qualitativa - Demência Síndrome caracterizada pelo declínio intelectual a partir um nível cognitivo elevado, associado a mudanças no comportamento e na personalidade, resultando em comprometimento das capacidades psicossociais. Teste do estado mental – MINIMENTAL: Para avaliação qualitativa: Normal > 26 Demência < 24 Limítrofe 24 a 26 Com comprometimento estrutural do SNC: Primárias: D. de Alzheimer, Demência frontal, D. de Pick, Demência por corpúsculos de Lewy Secundárias: Doença cérebro vascular, Tumores, Neuro infecção, Hidrocefalia de pressão normal Sem comprometimento estrutural do SNC: Causas metabólicas: Carência de vit. B12, Alcoolismo, Demência dialítica Causas endócrinas: Hipotireoidismo, Hipoparatireoidismo, hiperparatireoidismo, podem ou não fazer parte da alteração da consciência: Disfonia, Disartria, Dislalia, Dislexia, Disgrafia, Afasia 2ª alteração qualitativa – Depressão Teste de Yesavage: teste para depressão no idoso Normal: até 5 Depressão: ≥7 Depressão grave: ≥ 11 FUNÇÕES COGNITIVAS Linguagem: meio verbal e motor que um individuo tem para se expressar. Disartrias: fraqueza do 1º ou 2º neurônio motor; central ou periférica. Disfonias: fraqueza mm laringe/palato mole; alterações das cordas vocais e/ou n. recorrente E Dislalias: gagueira, sem alteração do SNC.distúrbios do aprendizado da articulação. Dislexia: provável natureza genética. Disgrafia: escrita irregular. Pode haver lesão do SNC. Denomina-se afasia quando: 1º) a linguagem pré-morbida era normal; 2º) disfunção da linguagem não é simplesmente articulatória; 3º) não se está perante um pacte com distúrbios cognitivos gerais (atenção, memória, vigília devem ser normais) Deve-se pesquisar fala espontânea, nomeação de objetos; compreensão auditiva; repetição; leitura; escrita. • Afasia motora ou de Brocca; ou verbal: área de Broca – dificuldade para falar. • Afasia de Wernick; Receptiva: área de Wernicke – dificuldade para compreender • Afasia de condução. Anamnéstica: esquece o nome do objeto. EQUILÍBRIO E COORDENAÇÕ MOTORA Equilíbrio estático - Prova de Romberg: Paciente em posição ortostática, calcanhares unidos, olhos fechados e braços ao longo do corpo. Se apresentar desvios para os lados ou cair = positivo Romberg +: lesões de nervos periféricos (polineurites); lesões de cordões posteriores de medula; labirintopatias. Exame da Marcha - Equilíbrio dinâmico pede-se para que o paciente ande com um pé à frente do outro em linha reta por um curto espaço, e verifica-se se há distúrbios de marcha Postural: quando o pé está apoiado e sustenta o peso. Oscilação: quando o pé se move para diante e não sustenta o peso. Observar: Ritmo, Flexão do joelho, Simetria, Distância da ponta do pé ao calcanhar. Exame da coordenação motora: propriocepção + função cerebelar Prova dedo-nariz: Paciente em ortostatismo, braços estendidos lateralmente, pede-se para tocar a ponta do nariz. Repete-se várias vezes: 1º com os olhos abertos e, depois, fechados Prova calcanhar-joelho: Paciente em dec. dorsal, membros inferiores estendidos. É solicitado que o paciente toque o joelho oposto com o calcanhar do membro examinado. Deve ser realizado várias vezes, 1º com os olhos abertos, depois, fechados. Prova dos movimentos alternados: Pede-se para o paciente ficar com os braços estendidos e realizar movimentos rápidos e alternados, tais como: abrir e fechar a mão (pronação e supinação) repetidamente, Extensão e flexão dos pés. Taxia: A coordenação muscular normal Ataxia: distúrbios da taxia Perda da coordenação (ataxia) pode ser:cerebelar, sensitiva e mista. FUNÇÃO MOTORA TÔNUS MUSCULAR Inspeção: Músculos se deprimem e ficam achatados quando comprimidos Palpação: Sentir a consistência que pode estar aumentada ou diminuída Percussão: Quando praticada sobre o músculo causa contração Movimentação Passiva: Permite estabelecer flacidez e resistência ao movimento Hipotonia: lesão radicular posterior e poliomielite, lesões de medula e vestibulares. Hipertonia: lesões extra e piramidais Normal; Aumentado: HIPERTONIA PLASTICA (sinal da roda dentada): no Parkinson. HIPERTONIA ESPASTICA (sinal do canivete): lesões do trato piramidal. PARATONIA: incapacidade do pcte relaxar, embora se solicite. Em idosos, doenças hemisféricas bilaterais. Diminuído: difícil de determinar. Nas doenças cerebelares, nas coréias, neuro e miopatias, quadros hemisféricos infantis. FORÇA MUSCULAR: Contração muscular contra resistência ou gravidade (graus de 0 a 5) Manobra dos braços estendidos: Paciente ortostático com os braços estendidos devendo assim permanecer por 1 min Raimiste: Paciente em decúbito dorsal, antebraço em ângulo reto sobre os braços Mingazzini: Paciente em dec. dorsal, coxas em ângulo reto sobre a bacia e pernas em ângulo reto sobre as coxas. Em déficit, esta posição não se mantém por muito tempo, surgindo oscilações ou queda progressiva da perna (déficit do quadríceps), da coxa (déficit do psoas) ou de ambos segmentos ( déficit do quadríceps e do psoas ). Barre: Paciente de dec. ventral, com as pernas flexionadas em ângulo reto sobre as coxas Em déficit: a posição não se mantém por muito tempo, surgindo oscilações ou queda progressiva do membro Comparativo entre um lado com o outro REFLEXOS Musculo relaxado – distrair o paciente Pega correta do martelo - pancada rápida e direta, sem resvalar Observe a força, a velocidade e a amplitude da resposta reflexa, e compare sempre os dois lados REFLEXO BICIPTAL (C5-C6) Interposição dos dedos – flexão do antebraço REFLEXO MIOTÁTICO TRICIPITAL: (C7-C8) flexão do antebraço Paciente repousa o braço sobre a mão não dominante do examinador De forma que o antebraço balançasse livremente, formando um ângulo próximo de 90° com o braço. Identifica-se o tendão do músculo tríceps braquial, a 2 cm do olecrano e se percute sobre este tendão. REFLEXO MIOTÁTICO PATELAR (L3-L4): extensão do joelho Paciente sentado com membros inferiores livres e relaxados. Identifica-se o ligamento patelar, se distrai o paciente e percute o ligamento Arreflexia Hiporreflexia: hipotireoidismo Normoreflexia Reflexo vivo Hiper-reflexia: hipertireoidismo REFLEXO DE AQUILEU (S1-S2): Paciente sentado, examinador de cócoras anteriormente, apoia o pé sobre sua mão não dominante. Relaxa o pé e distrai o paciente. Percute o tendão de Aquiles – flexão plantar do pé Paciente com o joelho apoiado sobre uma cadeira de forma que o pé relaxe e se percute o tendão – flexão de joelho Paciente em decúbito ventral. Se apoia o pé e percute o tendão – flexão do quadril Reflexos Cutâneos Superficiais Sinal de Babinski: flexão dorsal (extensão) do hálux, quando se estimula a parte lateral da planta do pé Lesão do trato piramidal devido a lesão, passa a ter um funcionamento elétrico deficitário, assim como ocorria no 1º ano de vida quando ainda não era mielinizado Sinais de irritação meníngea (Rigidez nucal, dor lombar, Brudzinski, Lasègue e Kernig) Rigidez de nuca: examinador coloca uma das mãos na região occipital do paciente em decubito dorsal e , suavemente, tenta fletir a cabeça dele. Se o movimento for facil e amplo, não há rigidez nucal, a nuca é livre. Caso contrario, fala-se em resistencia, defesa ou rigidez de nuca. Ex: meningite e hemorragia subaracnóidea. Prova de Brudzinski: examinador repousa uma mão sobre o tótrax do paciente em decubito dorsal e membros estendidos e, com a outra, na região occipital, executa a flexão forçada da cabeça. Positivo quando a flexão da nuca determina flexão involuntária das pernas e coxas. Prova de kerning: extensão da perna, estando a coxa fletida em ângulo reto sobre a bacia e a perna sobre a coxa. positivo quando o paciente sente dor ao longo do nervo ciático e tem resistencia ao movimento. Ex: radiculopatia ciática. Sinal de Lasègue: em dec. dorsal é feita a flexão da coxa sobre a bacia, mantendo o membro estendido. Estica a perna e a eleva. Positivo: depois de 30 º o paciente não deixa e flexiona a perna. dor é o sinal que procura o ciático EXAMES DOS PARES CRANIANOS Olfatório: Olfato Óptico: Visão Oculomotor: Movimento dos olhos e pálpebras Controle parassimpático do tamanho da pupilar Troclear: Movimento ocular Trigêmeo: Tato facial, Mov dos músculos mastigatórios Abducente: Movimento ocular Facial: Movimento da expressão facial, Gustação dos 2/3 anteriores da língua Vestíbulo coclear: Audição e equilíbrio Glossofaríngeo: Movimento dos músculos da orofaringe, Controle parassimpático das glds Salivares, Gustação 1/3 posterior da língua Vago: Controle parassimpático visceral, Nocicepção visceral, Movimento dos músculos da orofaringe Acessório: Mov dos músculos da garganta e pescoço Hipoglosso: Movimentação da língua 1 – NERVO OLFATÓRIO Exame da olfação: testado pelo reconhecimento de odores conhecidos, evitando subst. que possam irritar a mucosa Aproximar o frasco de café por ex., e de olhos fechados, o paciente deve reconhecer o aroma que o examinador colocar diante de cada narina, separadamente. Hiposmia: Redução Anosmia: Abolição Alteração: diosmia, cacosmia ou parosmia Causas: Rinites Agudas; Interrupções ou compressões das vias olfatórias, trauma cerebral, hidrocefalia; Lesões das vias 2 – NERVO ÓPTICO Exame da Acuidade Visual: Quadro de Snellen: se coloca o quadro a 6 metros do paciente e pede para que ele distinga as letras graduadas Para analfabetos, se usa um quadro especial em que se identifica se os ‘E’ estão para cima, para baixo. Exame do campo visual: Examinador de frente ao paciente, pede para que ele olhe seus olhos O examinador desloca um objeto, a cerca de 30 a 40cm, nos sentidos horizontal e vertical, e o paciente diz até que ponto está percebendo Cada olho pode ser examinado separadamente. Exame do Fundo de olho: Com o oftalmoscópio se avalia a retina, papila óptica, artérias veias e capilares. Atrofia ótica primária: papila branca com bordos nítidos. P. ex., na esclerose múltipla e sífilis; Atrofia ótica secundária: pós-edema, papila com contorno irregular, vasos aumentados de calibre; Neurite retrobulbar: nem o paciente nem o médico enxergam. Paciente tem perda de visão, sem alterações no f. olho Síndrome de Foster-Kennedy: atrofia óptica primária de um lado e papiledema do outro. Ex. tumores 3 – N. OCULOMOTOR, 4 - N. TROCLEAR E 6 - N. ABDUCENTE Nervo oculomotor: músculos oblíquos inferiores, reto superior, inferior e medial (musculatura elevadora da pálpebra) Nervo abducente: inerva o músculo reto lateral Nervo troclear: inerva o músculo oblíquo superior Exame da motilidade ocular (motilidade extrínseca): Paciente com a cabeça imóvel, desloca os olhos nos sentidos horizontal e vertical (movimentos circulares) Se for normal, acompanha sem mover a cabeça A aproximação do dedo aos olhos permite examinar a convergência ocular. Feito em cada olho separadamente e, depois simultaneamente Estrabismo convergente: paralisia do nervo abducente Estrabismo divergente: paralisia no óculo motor. Exame da pupila (motilidade intrínseca): Feixe luminoso e Convergência ocular. Em ambiente de pouca luminosidade o paciente deve olhar para um ponto mais distante O examinador incide o feixe de luz em uma pupila e observa a resposta dos dois lados. Reflexo fotomotor direto: contração da pupila da qual se fez o estimulo Reflexo fotomotor consensual: contração da pupila oposta Reflexo de acomodação: Em seguida, se aproxima dos olhos um objeto, e aspupilas se contrairão novamente Midríase: ↑contorno Miose: ↓contorno (luz) Isocoria: igualdade de diâmetro Anisocoria: diâmetro desigual Discoria: irregularidade do contorno 5 - NERVO TRIGÊMIO Raiz Motora: função motora. Inerva os músculos da mastigação (temporal, masseter e pterigoideos). exame:pedindo ao paciente que cerre a mandíbula e realize movimentos laterais com a boca. Avalia-se a contratura e simetria com a mandíbula fechada A lesão unilateral apresenta: Atrofia de regiões temporais e masseterinas Abertura da boca com desvio para o lado da lesão Na trinca dos dentes há debilidade do lado paralisado Dificuldade do movimento de lateralização da mandíbula Raízes sensoriais: sensibilidade geral da metade anterior do segmento cefálico. Sensibilidade Corneana: paciente com os olhos virados para o lado oposto, a fim de perceber o menos possível a prova. Uma mecha de algodão toca suavemente entre a esclerótica e a córnea. Resposta normal: contração do orbicular das pálpebras. (Reflexo córneo-palpebral) Sensibilidade Superficial: pedaço de algodão ou pincel macio, que são roçados de leve em várias partes da face. Pode haver hiperestreita, hipoestesia e anestesia. Sensibilidade Térmica: dois objetos com temperaturas diferentes que se colocam em vários pontos de forma alternada, pedindo para discriminá-los. Sensibilidade Dolorosa: espeta-se o rosto com algo pontiagudo, não afiado. (Não usar agulha). Sensibilidade Profunda: utiliza-se o diapasão aplicando-o sobre uma saliência óssea. 7 – NERVO FACIAL Responsável pela sensibilidade da língua, sensibilidade proprioceptiva dos músculos da mimica e pela sensibilidade tátil, térmica e dolorosa de parte do pavilhão auditivo. Avaliação: solicita-se ao paciente enrugar a testa, mostrar os dentes, franzir os supercílios, fechar as pálpebras abrir a boca, assobiar, inflar a boca e contrair o platisma. Diagnóstico diferencial das paralisias faciais: Paralisia por lesão do nervo facial (ou periférica): Toda a hemiface homolateral é atingida. Paralisia por lesão da via corticonuclear ou feixe geniculado (comum em AVC e neoplasias cerebrais): Somente a metade inferior da face é atingida. Paralisia facial central: AVE x paralisia periférica da hemiface esquerda Paralisia facial unilateral periférica: assimetria da face, com impossibilidade de fechar as palpebras, repuxamento da boca para o lado e apagamento do sulco nasolabial contralateral e lagoftalmia Paralisia facial periférica unilateral Lagoftalmia (olho permanece aberto), ausência do piscar, lacrimejamento, desvio da boca para o lado normal. 80% das paralisias são a frigore. Outras causas: diabete, neoplasias, otite média, trauma, herpes zoster e hanseníase. 8- NERVO VESTIBULOCOCLEAR RAIZ VESTIBULAR: equilíbrio. Na lesão - paciente perca a noção de onde está a cabeça, Sinal de Romberg: Exame da Marcha: Nistagmo: reflexo para estabilizar a imagem após a rotação da cabeça RAIZ COCLEAR: audição Voz cochichada, Atrito dos dedos próximo ao ouvido PROVA DE WEBER: Diapasão vibrando é colocado sobre o vértice da cabeça Normal - ambos ouvidos receberem o som em igual intensidade. Perda neurossensorial: lateraliza para a orelha boa PROVA DE RINNE: compara a audição por via aérea e por via óssea 1º: diapasão na região mastoide 2º: Quando o paciente deixar de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Em condições normais, o paciente acusa a percepção do som (Rinne +). Perda condutiva: condução Óssea > aérea Perda neurossensorial: condução aérea > óssea 9 - N. GLOSSOFARÍNGEO Sensibilidade gustativa: pelo uso de substancias, doce, salgada, acida e amarga (açúcar, sal, vinagre) 10 - N. VAGO Inspeção do palato: úvula desviada para o lado comprometido. 9 E 10 Estes nervos são avaliados principalmente pelas alterações clínicas 11 – N. ESPINHAL OU ACESSÓRIO Exclusivamente motor, fazendo parte do nervo vago Sua alteração determina atrofia do musculo esternocleidomastóideo e da porção superior do trapézio Inspeção: sua lesão causa atrofia com deficiência de elevação do ombro (trapézio) e rotação da cabeça para o lado oposto (esternocleidomastoideo). 12 – NERVO HIPOGLOSSO Exclusivamente motor que se dirige para os músculos da língua. Lesões bilaterais: atrofia, fasciculada, paralisia, dificuldade para mastigar e deglutir na metade comprometida Inspeção da língua: no interior da boca ou exteriorizada, movimentando-a para todos os lados, forçando-a de modo que vá de encontro à bochecha.
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